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sábado, novembro 18, 2023

Um "Sábado quase sem Sol" (com o Romeu)...


O Inverno aproxima-se a passos largos, com nevoeiros pouco usuais (desde há uma semana, pelo menos, pois no domingo à noite viajei até Setúbal e nunca tinha olhado a Cidade do Sado com tanta nebulosidade. Sem falar da viagem, felizmente havia pouco trânsito (o Sporting-Benfica tinha acabado há pouco e devia haver muita gente ainda "digerir" o resultado...).

Mas toda a semana esteve assim. Ontem também fui às Caldas almoçar com a minha mãe e o meu irmão, e o nevoeiro esteve presente pelo menos até meio da viagem (sem nunca ser cerrado e ainda bem, só depois de Torres Vedras é que o Sol apareceu com alguma genica...).

Mas o que queria mesmo falar era deste sábado, quase sem sol, com aquela humidade matinal que tenta entrar-nos pelos ossos dentro, por ser o título do livro de contos de estreia do Romeu Correia ("Sábado sem Sol"). Isso acontece porque fiquei a pensar nas coisas importantes que não se disseram ontem, no lançamento da segunda edição de "Um Passo em Frente", porque o convite que nos foi feito para falarmos da forma como conhecemos o escritor almadense, levou-nos para uma viagem mais pessoal que colectiva.

Hoje acordei a pensar que o Romeu era quase único, porque conseguia juntar com a mesma mestria a oralidade e a escrita. Ele era um excelente contador de histórias, de sala ou café, além claro, das muitas histórias que conseguia meter dentro dos livros e nos palcos. 

Pensei e escrevi mais coisas (até lhe chamei "influenciador"...). Aliás, devemos registar sempre um ou outro apontamento, mais importante, das histórias que nos contam, para que elas posteriormente não se tornem confusas, depois de se misturarem com outras que temos dentro da nossa cabeçinha.

Quando não o faço, por vezes já não sei ao certo qual é o seu verdadeiro "espaço" e "tempo"...

(Fotografia de Luís Eme - Ginjal)


sexta-feira, novembro 17, 2023

Um Excelente Momento Cultural


Hoje foi apresentada a nova edição do livro de contos de Romeu Correia, "Um Passo em Frente", na sala de leitura da Biblioteca Central de Almada.

O historiador Alexandre M. Flores não se limitou a fazer apenas a apresentação da obra e a recordar o autor. Após a sua intervenção convidou uma boa parte dos presentes, que conheceram e conviveram com o escritor almadense, a partilhar um episódio ou uma história que tivessem vivido com Romeu, com todos os presentes.

Foi um excelente momento cultural, e provavelmente, a melhor homenagem que se poderia fazer a um contador de histórias único, no panorama do Concelho de Almada.

Enquanto ia ouvindo os testemunhos, comecei a pensar que Romeu Correia foi muito mais importante do que pode parecer. Há centenas de pessoas (para não dizer milhares...) que gostam de livros graças ao escritor e dramaturgo de Almada. Eu, por exemplo, não tenho qualquer dúvida que foi ele me abriu as portas da cultura almadense e me despertou o interesse pela história local. Foi mais ou menos isso que disse no meu testemunho, além de ter contado a forma como nos conhecemos e tornámos amigos. 

(Fotografia de Luís Eme - Almada)


quinta-feira, fevereiro 16, 2023

"Uma Sereia Chamada Ermelinda"


Nos anos em que ando mais envolvido com projectos literários, leio menos.

O mais curioso, é esta quase pausa, começar logo em Janeiro, mesmo que no começo do ano ainda tenha bastante disponibilidade para ler.

Este mês pensei que talvez seja possível "fintar" esta quase paragem com a escolha de livros mais pequenos e interessantes... A minha primeira escolha foi a peça de teatro "Uma Sereia Chamada Ermelinda", da autoria de Alexandre Castanheira (lida em dois "actos"...). O mais curioso, foi ter assistido à peça em 2011 (ano da edição do livrinho que me foi oferecido pelo autor...), que se baseava no romance autobiográfico, "Cais do Ginjal", de Romeu Correia, encenada pela Associação Manuel da Fonseca, e nunca a ter lido.

Gostei de ler a peça, porque Alexandre Castanheira não se cinge ao "Cais do Ginjal" (pelo menos foi o que senti...), há por ali pequenas coisas dos "Tanoeiros", do "Tritão" e até de obras biográficas, como a história de vida de Armando Arrobas, que Romeu quase imortalizou.

E tem também uma forte componente de resistência e consciencialização política, através da Ermelinda, que é muito mais que uma "sereia"...

Foi bom reviver lugares e personagens (dentro e fora dos livros), numa obra que tem uma dedicatória muito singular e pessoal...


quarta-feira, dezembro 27, 2017

A Importância do Neo-Realismo ou Outra Coisa Qualquer (parecida)...


Não sou muito de discutir coisas  da família do "sexo dos anjos", é por isso que não me importa se o neo-realismo existiu mesmo, ou se é apenas um nome que se deu a algo que teve um papel político e ideológico marcante, com mais ou menos qualidade, na nossa literatura dos anos 40 e 50 do século passado. No cinema quase não se deu por ele, porque o dinheiro que existia era sobretudo para a continuidade de comédias de riso fácil e pouca substância, tão úteis para o entretenimento popular...

Estou a dizer isto por que nos almoços abertos e amigos da Olivença (fala-se quase aos gritos e com muitos gestos, à boa maneira italiana...), onde se fala de tudo e mais alguma coisa, a cultura nunca fica esquecida. 

Começámos com os livros, com Redol, Soeiro Pereira Gomes, e até o nosso Romeu Correia, que embora não gostasse muito do rótulo, tem obras que são mesmo deste "território", como é o caso do "Trapo Azul", "Calamento" ou "Gandaia".

Não demorou muito tempo a mudarmos para outra arte, pois alguns nostálgicos trouxeram para a mesa o cinema italiano dos "bons velhos tempos" (este lugar comum também têm muito que se lhe diga...).

Os nomes dos realizadores Federico Fellini, Roberto Rossellini, Vittorio De Sica e Luchino Visconti foram os mais repetidos. "Ladrões de Bicicletas", "Stromboli", "Roma Cidade Aberta", "Caminho da Esperança", e tantas outras fitas, foram recordadas. Dos actores e actrizes a Anna Magnani superou tudo e todos...

(Fotografia de autor desconhecido)

sábado, novembro 25, 2017

Romeu "Excessivo"...

O Município de Almada resolveu aproveitar a comemoração do 20.º aniversário do Fórum Romeu Correia para realizar dezenas de iniciativas de homenagem ao grande Escritor de Almada, neste ano em que se comemora o centenário do seu nascimento, praticamente em apenas uma quinzena.

Não pensaram no quanto isso poderia ser "cansativo" para as pessoas, principalmente para os indiferentes ou aqueles que sempre olharam de lado para Romeu Correia.

Isso poderá explicar a ausência de público numa sessão tão prometedora como a de ontem, em que se iria falar da matéria mais popular, e de mais evidência como autor, a sua faceta de dramaturgo, com as peças que escreveu e as que visitaram os palcos, especialmente de grupos amadores, de Norte a Sul.

É também nestes momentos que eu percebo a parte "postiça", da Almada, "Capital do Teatro"... Não apareceu um actor, um encenador ou um amante de teatro...

(Fotografia de Luís Eme)

sexta-feira, novembro 17, 2017

Os Meus Passeios Mágicos com Romeu Correia...


Quando pensei em escrever o meu último livro, "Passeio Mágico com Romeu Correia", tinha como principal objectivo, homenagear, e dar a conhecer, quem foi realmente Romeu Correia, que por vezes é "criticado" por quem nunca leu um livro da sua autoria nem assistiu a uma peça sua.

Mas não pensei nestes "amigos da onça" (que também aprendiam alguma coisa com a sua leitura...), pensei sobretudo nas gerações mais novas, que apenas conhecem Romeu Correia por ser o patrono da grande sala da Cultura de Almada. Com o meu livro ficam a conhecer o Romeu em todas as suas vertentes, especialmente nas que mais se destacou (literatura, teatro e desporto).

Recordo sobretudo os nossos passeios pelo Almada, que foram a fonte de inspiração para o título deste livro. E vou transcrever o que escrevi na "Apresentação", neste dia que é de Romeu Correia:

[…] O uso da palavra “mágico”, dentro de um “passeio”, fez-me recuar no tempo, voltar às nossas “piscinas” que começavam na esplanada do senhor Manuel, na Praça da Renovação. Depois avançávamos pela rua Fernão Lopes, atravessávamos o Largo do Tribunal subíamos as escadas até ao Jardim, e quase sem darmos por isso, estávamos na Rua Direita... Íamos parando aqui e ali, para que o meu querido “cicerone” me explicasse melhor, quem eram as personagens que se iam misturando na nossa conversa, dando vida a uma Almada que continua a existir na memória do Romeu e das Gentes que se orgulham de viver numa Terra solidária e fraterna, que não deita fora o passado (o Orlando e o Chico permanecem na primeira fila...).[…]

domingo, novembro 05, 2017

O Dia Seguinte...


Por muitos lançamentos de livros que façamos, cada um tem a sua história.

A apresentação  do meu "Passeio Mágico com Romeu Correia" acabou por ter um significado ainda mais especial, por neste dia se realizar em Almada, praticamente em simultâneo, e organizado pela SCALA, associação da qual sou dirigente, a "Festa do Associativismo Almadense" (espectáculo de música, poesia e dança).

Isso fez com que ainda acabasse por ser mais marcante ter a Sala Pablo Neruda do Fórum Romeu Correia, cheia de amigos.

Outro aspecto não menos agradável é sentir que este livro a partir de ontem deixou de ser apenas meu (felizmente).

Agora só é preciso que ele cumpra o seu principal objectivo: apresentar o Romeu Correia, na primeira pessoa, especialmente a todos aqueles que não tiveram a possibilidade de conhecer pessoalmente o grande contador de histórias de Almada...

(Fotografia de Fernando Lemos)

terça-feira, outubro 31, 2017

O Meu "Passeio Mágico com Romeu Correia"


Sei que devo estar a ser um pouco repetitivo, pelo menos para quem visita todos os meus blogues.

Mas a hora é mesmo do Romeu Correia e do livro que escrevi em sua homenagem, que será apresentado no próximo sábado na Biblioteca Municipal de Almada (Sala Pablo Neruda).

Livro que está escrito em forma de entrevista e dividido em 15 capítulos temáticos. Não estavam previstos tantos. Mas surgiram algumas frases do Romeu, que pediram para ter algum realce. Vou dar apenas um exemplo.

Criei um capítulo sobre o "Contador de Histórias" apenas por encontrar uma verdadeira "pérola", numa entrevista que ele deu ao "Diário de Lisboa" em 1982:

«Se tivesse nascido há mil anos, não teria sido cobrador no banco, seria um contador de histórias.
E sentir-me-ia muito honrado em andar de terra em terra, de povo em povo.»

(Fotografia -  Romeu Correia na "Almada Velha", durante uma das muitas visitas guiadas que fez - de autor desconhecido)

sexta-feira, abril 21, 2017

Uma Descoberta ao Café (sobre o Romeu)...


Hoje acabei por parar uns bons minutos na esplanada da "Rifera", do bom do Fernando, para beber um café e ficar a conversar com o Carlos Durão, que tem uma peculiaridade especial, quando lhe fazemos uma pergunta ele oferece-nos quase sempre várias respostas, indo buscar sempre mais pessoas e lugares, graças à sua "memória de elefante". 

Falámos sobre Cacilhas e o Romeu Correia acabou por vir à baila, porque sabia que o Carlos me podia dizer algo que desconhecia... E disse mesmo. Primeiro começou por me falar do Arrobas do seu seu filho Gregório, grande futebolista do Sporting e do Atlético, depois lá veio a surpresa...

Quando o Carlos resolveu transformar a "Fonte da Alegria" (que pertencia à família) no restaurante e snack-bar mais moderno de Cacilhas, "O Farol" (que continua bem vivo e a manter o mesmo nome, logo à saída dos cacilheiros, na esquina, entre o Largo de Cacilhas e o começo do Cais do Ginjal), em Abril de 1961, recordou que nos dias de nevoeiro passou a ter um cliente habitual logo pela manhã, que aproveitava a quase paragem da circulação dos transportes fluviais, devido à falta de visibilidade no Tejo, para ficar numa das mesas de "O Farol", a escrever as suas histórias, provavelmente desejoso de que o nevoeiro se mantivesse pela manhã fora...

E esta? Acabei por descobrir mais um café onde o Romeu escreveu...

(Fotografia de autor desconhecido)

quinta-feira, abril 20, 2017

Romeu, um Escritor de Café...


Hoje voltei ao Museu da Cidade de Almada para consultar alguma documentação sobre Romeu Correia, e depois acabei por visitar a exposição, "Um Homem Chamado Romeu Correia".

E aquilo que me chamou mais a atenção nesta segunda visita foi a velha mesa de café (pelo que ouvi comentar do "Café Central" de Almada...).

Na tarde da inauguração aquele espaço (no final da exposição rente ao elevador...) estava sempre cheio de gente e não pude apreciar ao pormenor tudo aquilo que estava em cima da mesa e ao seu redor...


É uma excelente forma de terminar uma exposição, com uma mesa que simboliza muito bem o que o Romeu sempre foi, um escritor de café, tanto em Lisboa como em Almada. Não de um, mas de muitos cafés...

(Fotografias de Luís Eme)

domingo, abril 09, 2017

A Exposição do Romeu no Museu da Cidade


A exposição, "Um Homem Chamado Romeu Correia", inaugurada ontem no Museu da Cidade, rompe com os modelos tradicionais de qualquer mostra biográfica, porque os seus mentores e organizadores quiseram oferecer também um objecto artístico.

Durante a inauguração de ontem, toda a gente dizia maravilhas do que estava a ver, mas sei que os "velhos de Almada" não vão ficar calados, a partir de hoje... E isso vai acontecer sobretudo por ignorância, por incapacidade de perceber que uma exposição deve ter sempre uma componente artística e um toque de originalidade, mesmo que tenha de fugir aos parâmetros tidos como normais do que é uma mostra biográfica (se é que isso ainda existe hoje..).

Notei que além do mostrar, também há a preocupação do sentir... e é isso que faz com que o trabalho de encenação (com o dedo do cenógrafo José Manuel Castanheira), que gira à volta dos livros,  das peças de teatro, do percurso de vida de Romeu, e sobretudo, da palavra, do acto de criar, seja único.

(Fotografia de Luís Eme)

segunda-feira, março 27, 2017

Hoje Festeja-se o Teatro...


Quando a actriz francesa, Isabelle Hupert diz que «O teatro é muito forte» e que «resiste a tudo, à guerra, à censura, à penúria.», fala verdade.

O teatro é também um dos espectáculos mais versáteis e que pode ter menos custos. Muitas vezes basta a vontade das pessoas... e o palco pode ser a rua, uma pequena casa, uma sala de amigos... sem precisar de ser o grande auditório.

Mas falando mais a sério, o desejável é que existam realmente condições para que os grandes criadores possam ver encenadas as suas peças, que os verdadeiros actores não tenham de ter segundos empregos para sobreviverem. 

Sou completamente contra todo o tipo de subsidio-dependência, mas sei que o teatro em Portugal não tem público (penso que se excluirmos a revista dos bons tempos e algumas peças comerciais, nunca foi uma actividade lucrativa...). As boas companhias devem ter apoio do Estado e das Autarquias, mas com a assinatura de protocolos, em que os seus elementos tenham de ir às escolas, tenham de participar activamente na educação e formação de novos públicos.

E também têm de deixar de encenar alguns textos estrangeiros, que além de não terem nada a ver com a nossa realidade, são medíocres, vivem de uma "fama"  fabricada por críticos que se acham donos do gosto de todos nós.

(A escolha desta capa não foi nada inocente. Além do teatro ser um "Amor de Perdição", estamos no ano do nascimento de Romeu Correia, grande escritor e dramaturgo almadense)

domingo, março 19, 2017

A Estreia dos "Bonecos de Luz" do Romeu

Entramos no auditório Lopes Graça do Fórum Romeu Correia e descobrimos a sala a média luz, os actores estão entretidos a jogar à bola no palco, acompanhados pelo som de uma bateria e de uma viola baixo.

Ficamos a pensar que talvez seja o "aquecimento", para os actores e para o público...

Depois iniciou-se o verdadeiro espectáculo teatral, um misto entre o musical e a comédia, mas distante do romance adaptado. Senti-me meio perdido e experimentei um sentimento de frustração no meu olhar de espectador, porque aquilo não eram os "Bonecos de Luz" do Romeu...

Mas depois do quarto de hora inicial, em que todos andámos a "apanhar bonés", a peça começou a ganhar o jeito do romance, as personagens encarnaram os seus verdadeiros papeis e além do Zé Pardal e do Biganga, apareceu o Ti Paulino, a filha, Miquelina, e os homens que levavam os "bonecos de luz" de terra em terra, o patrão Nicolau e o Lopes, o projeccionista da máquina cheia de manhas...


E ai sim, o romance passou a ser descrito com graça. Depois o Zé Pardal despiu a farpela de futebolista de rua de gosto duvidoso (com a camisola do Ronaldo que se vende nas feiras...) e encarnou a personagem do Charlot, ao vestir as roupas da viúva rica e ao calçar as botas enormes do falecido marido. E o musical e a comédia transformaram-se em drama..

Felizmente a peça acabou bem, para mim e para todos os espectadores, e a Companhia de Teatro de Almada está de parabéns pelo trabalho realizado. 

Até porque o mundo não mudou assim tanto, se olharmos apenas para as pessoas e esquecermos as "máquinas"...

(Fotografias de Luís Eme)

sexta-feira, dezembro 30, 2016

À Espera de 2017, sem ter Godot por Perto...

Não tenho grandes balanços para fazer de 2016, foi um ano com parecenças com outros, recentes.

Sei que houve uma dedicação excessiva (pelo menos para quem trabalha sobretudo com as letras...) à fotografia, com duas exposições grandes (foi muito para um amante de fotografia mediano...). Algo que com toda a certeza não irá acontecer nos tempos mais próximos.

2017 será forçosamente um ano diferente: há um livro que quer muito existir (além de alguns compromissos já assumidos, ele já está a crescer e a andar de um lado para o outro...), irá nascer um novo blogue (dedicado a Romeu Correia, no ano do centenário do seu nascimento) e espero, finalmente, viajar com Fernando Pessoa por Cacilhas. 

Talvez também exista uma peça de teatro. Mas vamos ficar por aqui. Já são coisas suficientes para fazer de 2017 um ano diferente... 

(Fotografia de Luís Eme)