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domingo, fevereiro 04, 2018

Cacilhas Aproxima-se do Pior Algarve...


Nas três últimas vezes  que fomos jantar a Cacilhas (três restaurantes diferentes...) notámos duas coisas: pagámos mais e fomos pior servidos que o que era habitual.

Não me agrada nada esta "aproximação" aos piores exemplos do Algarve, nos tempos em que esta região quase se "transvestia" numa colónia inglesa. 

Tenho alguma pena que os donos dos restaurantes não percebam que vão ser eles que irão ficar a perder, a médio prazo, porque os turistas podem só vir a Cacilhas uma vez, mas os portugueses (que continuam a estar em maioria...) nunca gostaram de "comer gato por lebre"...

Era bom que pensassem no assunto, porque ainda vão a tempo de inverter esta má prática, de pensarem apenas no lucro. A sua experiência devia dizer-lhes que os clientes satisfeitos voltam sempre, ao contrário dos outros... 

(Fotografia de Luís Eme)

domingo, dezembro 20, 2015

Um Natal Mais Farto, Mas Apenas de um Lado...


Apesar de haver muitas queixas dos comerciantes, nota-se que há mais gente nas lojas. E não acredito que a maioria apenas se limite a ver...

Claro que para se gastar dinheiro em prendas, não se compram outras coisas, porque o dinheiro do cidadão comum não é igual aos dos banqueiros, não estica e encolhe, conforme as suas vontades.

Mesmo assim estranhei entrar num restaurante no sábado à noite e encontrá-lo completamente vazio. Muitas vezes este "vazio" é um convite a mudarmos de freguesia, mas nós ficámos, o que deve ter dado algum jeito ao dono, à empregada de mesa e à cozinheira...

Depois de nós entrou apenas um senhor, que comeu uma sopa e uma bifana no pão.

E fomos muito bem servidos, apesar do desânimo natural de quem abre as portas para servir os outros e para ganhar a vidinha...

A fotografia é de René Groebi.

segunda-feira, julho 13, 2015

Corpos Pintados a uma Só Cor na Praia


Num tempo em que muitos homens ainda não andavam em tronco nu nas praias, já havia algumas mulheres que se despiam rente ao mar.

Foi-me confidenciado por uma actriz famosa que uma boa parte das mulheres ligadas ao teatro, actrizes e coristas dos anos de ouro do Parque Mayer, escolhiam praias mais isoladas para se despirem (as praias menos centrais da Costa de Caparica), protegidas por alguns rapazes de confiança, que faziam um papel parecido com os de segurança.

Não existia qualquer espécie de exibicionismo naquela peculiaridade, havia sim um gosto e uma opção, de ter o corpo todo bronzeado da mesma cor, sem a marca do fato de banho.

Isto passou-se nos anos trinta, quarenta e cinquenta do século passado, quando as praias ainda não eram populares nem o "bikini" estava oficializado...

O óleo é de Paul Gustave Fischer.

segunda-feira, maio 26, 2014

Fruta Mais Barata e Menos Doce


Sempre ouvi dizer que o barato sai caro. Infelizmente na maior parte dos casos é verdade...

Noutros casos, pode não sair caro, mas acaba por ser um desperdício, já que a sua qualidade deixa sempre muito a desejar. 

Pela imagem já devem ter percebido que estou a falar de fruta. O melhor exemplo que encontro são os morangos que se vendem por aí em caixas grandes, quase sempre produzidos pelos nossos vizinhos espanhóis, que gostam de vender "gato por lebre". Devem ser fabricados de uma forma completamente artificial, apesar de "crescidos" sabem a tudo menos a morangos.

Vão-se os morangos aparecem as cerejas, os melões, etc, Mais uma vez baratos mas pouco doces.

Eu sei que nem todas as bolsas conseguem chegar às "bolinhas" da Cova da Beira, mas...

O pior é que esta ideia de que o tamanho é que contava na fruta, foi imposta pela Europa, fingindo que o que era nacional, por ser mais pequeno e rugoso, não prestava. E nós lá embarcámos em mais uma de tantas patranhas europeias...

O óleo é de Emanuel Javelid.

terça-feira, janeiro 15, 2013

O Cheiro Bom das Tangerinas


Gosto de comer tangerinas pelo seu sabor doce mas também pelo cheiro bom que me deixa nas mãos.

Sem esquecer a famosa vitamina cê, que dizem que dá uma boa ajuda na luta contra as constipações e gripes...

O óleo é de Emanuel Javelid.

sexta-feira, novembro 09, 2012

«Faz o que eu digo, não faças o que eu faço.»


A senhora do Banco Alimentar tem sido o centro de muitas conversas de café e também a fonte de inspiração de vários textos e comentários na blogosfera.

A experiência de vida é das coisas mais importantes quando nos deparamos com um tema pertinente e polémico como este. O Carlos, para espanto de todos, defendeu a dona Isabel Jonet, enquanto saboreávamos o café. Foi mais longe e disse que o seu discurso é fruto da sua educação religiosa e também dos hábitos austeros das famílias salazaristas, pelo menos dentro do país.

Ficámos mais convencidos quando ele afirmou: «as famílias do Estado Novo, tal como a Igreja Católica, sempre viveram inspiradas na expressão, faz o que eu digo, não faças o que eu faço.»

Ficámos todos de acordo, que só iremos perceber o verdadeiro alcance das palavras da senhora, quando for realizado um novo peditório para o Banco Alimentar...

O óleo é de Charles Levier.

quarta-feira, outubro 10, 2012

A Alegria de Estar e de Ser


Quando sentimos que o melhor do almoço não é a comida - mesmo quando a saboreamos com regalo -, mas sim a companhia, está tudo dito.

E não são apenas as conversas, as brincadeiras, as anedotas que nos fazem querer estar, é sentirmos o verdadeiro sentido da amizade. Almoçamos sobretudo porque gostamos da companhia uns dos outros. A única coisa que trazemos na manga é a vontade de passarmos um bom momento.  

Reparo também que raramente falamos em política ou futebol.

Escolhi o óleo é de Joanna Upperton, porque tem as cores que deviam pertencer a todas as cidades.

sábado, março 03, 2012

As Políticas Miseráveis Matam



Tenho muito poucas dúvidas de que o número excessivo de mortes, neste inicio de ano, está ligado às políticas miseráveis deste governo.


O frio excessivo fez aumentar um pouco por todo o lado as gripes e constipações, às quais os corpos mais debilitados não conseguiram resistir. Haverá várias explicações para o facto. Adianto duas: a incapacidade financeira de muitas pessoas para garantirem uma alimentação suficiente, para comprarem os medicamentos necessários e até para pagarem o aquecimento das suas casas. E ainda outra que está a ser silenciada, a ausência de condições de assistência médica a uma boa parte das pessoas, principalmente as que vivem em meios pequenos, cada vez mais entregues à sua sorte, devido ao fecho de dezenas de centros de saúde.


Para quem ainda tivesse dúvidas, ficou provado que a política de centralidade deste governo mata.


Pior que a insensibilidade gritante destes ministros, que preferem fechar um centro de saúde a acabar com as suas benesses, desde os cartões de crédito, aos transportes, passando pelas despesas da representação, é o silêncio de Paulo Portas e dos seus "comparsas", que na oposição fingiam ser os grandes defensores dos "pobrezinhos" e "velhinhos".


O óleo é de Luís Selem.

quarta-feira, dezembro 15, 2010

A Solidariedade e a Solidariedadezinha

Estes tempos de crise são bons para os "recém-convertidos" à solidariedadezinha (especialmente se houver por ali um câmara de televisão à espreita...).

Falo de todos aqueles que precisam de publicidade para os seus negócios ou para o seu ego e tornam públicas as suas "dádivas". Os restaurantes (claro que há excepções...) foram os primeiros a colocarem-se em bicos de pés para ajudar os pobres com as "sobras" das refeições, mas depois de terem feito as contas, afinal parece que sobra pouca comida...

Poderia continuar a dar exemplos, mas para quê?

A boa prática da solidariedade, mesmo em instituições históricas (como a Cruz Vermelha e Cáritas, por exemplo), suplanta todas as "aventuras" promocionais que nos lembram que ainda há quem acredite que com um bom cheque se pode "comprar" o céu, como na Idade Média.

As coisas quando se fazem com o coração, fazem-se anonimamente, sem se estar à espera de obter qualquer dividendo.

quarta-feira, março 31, 2010

O Preconceito na Caixa do Supermercado

Não pude deixar de reparar nas compras da senhora que estava à minha frente, na caixa do super mercado, com mais de cem quilos de envergadura, eram pizzas, salsichas, hamburguers, ovos, batatas fritas, bolachas, colas, etc.

Em contraponto com a lentidão de movimentos da senhora, fui invadido pela ligeireza dos pensamentos preconceituosos, que povoaram de imediato a minha cabeça.
Para os derrotar, uma parte de mim, começou a defendê-la. «Provavelmente aquela comida é para os filhos...» Mas o preconceito racional continuava activo: «o que não deixava de estar errado, até porque a sua filha já lhe seguia as pisadas.»
Tive de ser ainda mais forte para os silenciar, lembrar-lhes que aquela comida, que para muitos é de "plástico" era a mais económica e mais rápida de se fazer em casa, das muitas que se vendem por aí. «Estamos a voltar ao tempo em que as visitas ao talho e à peixaria começam a ser um "luxo", que não está acessível a toda a gente...»
E quem disse que o senhor "preconceito" me largava?
«Claro que se pode fazer uma comida mais barata e mais saudável, tendo como base as saladas e as sopas de legumes, mas muitas pessoas têm a mania que detestam sopa (a começar nos nossos filhos...)», exclamou ele no alto da sua sapiência...
Escolhi este óleo de Botero, porque a gordura, pelo menos na arte, continua uma formosura, apesar dos preconceitos da sociedade.