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domingo, novembro 10, 2024

Ainda as estranhezas (dos que lutam para não mudar)...


(não é a continuação de ontem, mas até podia ser, quase no sentido inverso)

Curiosamente, dois dos lugares mais avessos a mudanças (talvez por serem estranhos por natureza), são o futebol e a política.

Apesar das aparentes inovações e das palavras bonitas ditas pelos dirigentes da Liga e Federação, a "chico-espertice" continua a reinar em toda a linha no futebol (são muitos milhões a saltar de bolso em bolso, por cima e por baixo da mesa...), assim como a habitual má gestão (são muito mais os clubes "falidos" que os com as chamadas "boas contas"...).

É toda esta incompetência que faz com que a "corda" seja cortada sempre no mesmo lado: o canto dos treinadores, que se perderem duas vezes seguidas, são despedidos e obrigados a assumir todas as culpas, desde a falta de qualidade dos atletas contratados até ao dinheiro que não chega às contas dos profissionais no final do mês (nem o sindicato os vale). 

Na política, embora também continue a prevalecer a "chico-espertice", é um mundo mais "finório" (até porque nem nos tempos de "banca rota", o dinheiro falta...). Mesmo que existam mais "rabos de palha", há muito mais "arte" para os esconder.

Isso faz com que aconteça o inverso do futebol: só se demitem ministros e secretários de estado (por mais incompetentes que sejam ou por serem suspeitos de ter feito desaparecer a "caixa das esmolas" da paróquia onde eram autarcas...), se não existir outra alternativa qualquer, como eles saírem pelo próprio pé...

Pois é. Há coisas que passam o tempo a mudar... e outras que nunca mudam.

Vá-se lá perceber porquê...

(Fotografia de Luís Eme - Almada)


quarta-feira, outubro 23, 2024

As "narrativas para todos os gostos"...


Eu sei que nunca nos faltaram bons mentirosos, da mesma forma que também sei que a sua existência era quase anedótica, pouca gente os levava a sério. Algo que não os incomodava nem um pouco. Até tinham um certo gozo em serem descobertos e apontados a dedo, por terem uma imaginação demasiado fértil.

O problema foi quando a mentira (aliás os mentirosos...) entrou em campo e começou a querer passar pela verdade, a deixar o riso de lado e ficar com o ar mais sério do mundo. 

A América voltou a dizer-nos, de que tudo é possível, com a eleição de um presidente, capaz de mentir até nos seus sonhos. Não foi preciso esperar muito pelas imitações...

Grave foi ela ter conseguido entrar no Parlamento, agarrada a um novo partido, que no início parecia enganar apenas os "incautos" do costume. Com a técnica dos "vendedores de banha da cobra", foram-se aproveitando da indignação e indecisão crescentes e enganaram muito mais gente, do que eles próprios deviam prever. Ao ponto de terem conseguido arranjar emprego a cinquenta "inimigos da verdade" na Casa da Democracia nas últimas Legislativas.

E com eles, não só se popularizaram, ainda mais, as "narrativas para todos os gostos", como se banalizou a falta de respeito pelo próximo, com um comportamento público indecoroso.

Como de costume, tinha pensado em escrever outra coisa. Queria apenas chegar a este tempo em que vivemos, com as tais "narrativas para todos os gostos".

Por falar em narrativas, e se o Odair Moniz,  assassinado por um agente da polícia, nem sequer tinha uma arma preta nas mãos, quanto mais branca?

Sim, porque para variar, temos várias versões populares do triste acontecimento. E até a polícia, tem pelo menos duas versões do que sucedeu (a oficial e a oficiosa)...

(Fotografia de Luís Eme - Algarve)


quinta-feira, outubro 03, 2024

O "calimero" da Capital...


Se há um político que me irrita, à séria, é o "alcaide" da Capital. Podia ser apenas por causa da voz, mas é muito mais que isso.

Sempre que o vejo armado em "calimero", lembra-me os "putos mete-nojo" que acabamos por aturar na primária, que passavam a vida a choramingar e a fazer queixinhas, por não terem jeito para jogar à bola ou para coisas ainda mais simples, como jogar à "apanhada" ou às "escondidas"...

Esta "merda de gente" quando cresce, além de não perder o hábito de fazer "queixinhas", de tudo e de todos, torna-se cobarde, cínica e hipócrita, a tempo inteiro.

E se têm a sorte de ter um "emprego", onde podem dar largas à sua "imaginação" e "mariquice", nunca mais temos descanso.

É por isso que o "alcaide" tem tido a lata de se aproveitar de tudo o que foi bem feito pelos socialistas no Município (como se fosse obra sua...), ao mesmo tempo que os culpa, de tudo o que corre mal, mesmo que já esteja no poder há mais de três anos...

(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)


sexta-feira, setembro 13, 2024

Governantes que passam o tempo a "brincar com o fogo" (ano após ano)...


Este título não é para seguir, de uma forma literal, mesmo que este Setembro ventoso, esteja a trazer de volta o drama dos fogos, de Norte a Sul. 

Falo de ministros que fingem resolver os problemas, seja na Educação, na Saúde ou na Justiça. De ano para ano, vemos que os problemas anteriores, não só se mantêm, como se agravaram.

Pergunto: como é que é possível, que num país que na actualidade se debate com a falta de professores, continue a ter os problemas de sempre, na sua colocação? Com gente a ter de continuar a dar aulas, a 200 e 300 quilómetros de casa. É no mínimo, vergonhoso.

Fala-se que cada vez se nasce menos no nosso país (sei que os emigrantes têm equilibrado a "balança", felizmente...), como é que é possível assistirmos todas as semanas a problemas graves (com mães e filhos em risco...), a episódios caricatos, com ambulâncias a deslocarem-se para mais que um hospital (chegam a percorrer mais de 200 quilómetros...) que não estão preparados para receber grávidas? O curioso, é que ao mesmo tempo que se fecham serviços públicos no SNS, surgem novos hospitais e clinicas particulares em praticamente todos os distritos...

Como é que possível que os ministros da justiça e da administração interna, não consigam resolver os problemas com os agentes policiais e os guardas prisionais, tratando-os como meros funcionários públicos? Eles têm funções especiais, pelo que devem ter um tratamento também especial, para que não aconteça o que acontece hoje: não se vê um agente na rua (a excepção são os polícias municipais nas cidades grandes...), cuja presença física também dava um forte contributo na segurança dos cidadãos. E quando um guarda prisional nem sequer se dá ao trabalho de olhar para as câmaras de vigilância da prisão (seja por falta de pessoal ou de vontade), está tudo dito...

É uma vergonha a falta de sentido de estado dos nossos ministros (sejam eles sociais democratas ou socialistas). Salvo raras excepções, nota-se que estão mais vocacionados para "cortar fitas" e vender "banha da cobra", que para resolver os problemas graves que se avolumam, ano após ano, nos seus ministérios.

(Fotografia de Luís Eme - Almada)


quinta-feira, setembro 12, 2024

Quando a mentira parece ter o mesmo peso da verdade...


Depois do jantar já se ouviam ecos da entrevista do antigo presidente do Benfica (que qualquer benfiquista sabia, antecipadamente, que iria ser um ataque pessoal ao presidente actual do Clube, aproveitando as suas fragilidades e as deste Benfica...).

O meu filho perguntou-me se o Luís Filipe Vieira se se voltasse a candidatar, se iria ganhar as eleições no Benfica. Disse-lhe que não. Acrescentei de seguida que, Vieira, Pinto da Costa, Bruno de Carvalho, e outros que tais, não cabem no futebol actual, que terá de ser, forçosamente, mais sério e mais transparente.

Ao dizer isto, sabia que estava apenas a dar a minha opinião.

Voltando à entrevista, o pior de tudo isto, é a existência de um jornalismo de sarjeta, sem contraditório, que desce cada vez mais baixo, passando a maior parte do tempo a "levantar poeiras" e a provocar "incêndios", em todos os sectores da sociedade, como é o praticado pelo grupo do "CM".

Não tenho qualquer dúvida de que o mundo seria um lugar mais saudável sem as Laranjas, os Pintos, os Octávios e gente da mesma laia nas redacções. Para eles vale tudo, desde a criação de factos à exploração do que existe da mais rasca, no ser humano.

Claro que esta gente já existia antes de 2016, só aproveitou o "vale tudo", que cresceu, um pouco por todo o lado, após a eleição de Donald Trump, ao ponto de virar de pernas para o ar, a política, a justiça e o jornalismo, como se a mentira tivesse o mesmo peso da verdade... 

(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)


quarta-feira, julho 31, 2024

Temos é de fechar bem os olhos...


Estava a ouvi-lo e a ver-me ao espelho. 

Lá estava eu a enredar-me na "teia de contradições", que é a nossa vida... 

Ambos gostamos de escrever ficção. Adoramos ouvir histórias de e com pessoas, E depois, não consegumos acreditar em "estórias da carochinha"...

Quando ele disse, «sei que o meu forte nunca foi ter uma mente muito aberta», sorri. Continuou a baralhar-me ao acrescentar que, «nunca consegui acreditar em milagres, com ou sem santinhos.» E depois concluiu, «provavelmente o problema é meu...»

Claro que sim. O problema é nosso. 

Se fecharmos bem os olhos, até é possível termos direito a uma dessas visões milagreiras, temos é de fechar bem os olhos...

(Fotografia de Luís Eme - Tejo)


domingo, julho 28, 2024

Os loucos que nos estão a levar à loucura...


Este mundo está a tornar-se um "paraíso" para todos aqueles que têm poder e se afastam, sempre que podem, do que entendemos por racionalidade. Começam pelo uso das palavras (são capazes de dizer  as coisa mais estúpidas e grotescas, com o ar mais sério do mundo), mas se alguém lhe der "a mão, rapidamente fica sem braço". 

Há cada vez mais exemplos de gente louca, que não só pensa, como faz aquilo que mais lhe convém, com a conivência de uma "corte de vassalos", sem vontade própria, que fingem ter serradura na cabeça.

Talvez Putin, seja a personagem principal deste "filme de terror". Talvez. Mas cuidado com as outras personagens, pouco secundárias como são Trump, Maduro, Netanyahu, Jimping ou Jong-il. 

É tudo gente capaz de aliar à paranóia, o gosto pelos "jogos de guerra". 

Se não os conseguirmos "destruir" vai ser difícil escapar ao que eles andam a "escrever nas estrelas"...

(Fotografia de Luís Eme - Algarve) 


segunda-feira, junho 24, 2024

«Sempre se mentiu muito. Ajuda a viver.»


Como é que eu podia desmontar uma frase como esta? Não podia...

O Carlos estava certo, tal como o seu cigarro, que emergia de um mundo já quase sem fumadores clássicos.

Eu sabia que a mentira é como aquelas facas que se usam apenas nas conversas e que têm dois gumes. Tanto ajuda como desajuda a viver. Depende sempre da forma e do método com que é usada.

Foi por isso que não disse nada. Ele fingiu não perceber e mudou de assunto. E ainda bem, falou-me de um escritor que eu desconhecia, Nelson Aldren. Era americano. Havia um ou dois realizadores que adaptaram os seus romances para o cinema. Adiantou-me que ele escrevia sobre as pessoas que não contavam, os pobres, os desgraçados, os marginais. E ainda me disse que ele era de Chicago...

E rematou a conversa, dizendo que o Aldren era incapaz de mentir, nos livros e, provavelmente, na vida.

(Fotografia de Luís Eme - Ginjal)


domingo, junho 23, 2024

O Sol é mesmo um Deus...


No nosso canto, ainda só sentimos umas ligeiras transformações, até porque gostamos de Sol (ainda existem campos de golfe no Algarve e tudo)...

Mas no Mediterrâneo as coisas estão longe de ser simples e fáceis.

Ainda estamos em Junho e já se fecham ilhas (aos turistas...), como aconteceu em Capri, na Itália, porque a única água que existe por lá em abundância, é a salgada.

Segundo as notícias do mundo, há várias regiões do planeta (em vários continentes...) onde as temperaturas têm ultrapassado os 50 graus, como se fosse uma coisa normal.

Continuamos a fingir que não é necessário mudar de vida. Não sei bem porquê. Ou talvez saiba.

Sempre fomos bons a inventar coisas, como se a autodestruição fosse o caminho... 

(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)


sábado, junho 22, 2024

Contradições que escapam à compreensão de quem tem dois dedos de testa


Eu sei que os políticos e a sua prática diária - cada vez com mais contradições - está longe de fazer parte da compreensão da maior parte dos portugueses.

Mas quando se começa a entrar no jogo do "vale tudo", 

Como é que se pode compreender, que a mesma pessoa que é boa para ser candidata ao cargo da presidência do Conselho Europeu, com o apoio do PSD, possa ser envolvida num caso em que não teve qualquer interferência (caso das gémeas...), apenas por ter recebido um e-mail (provavelmente de informação e que deve ter o mesmo destino de uma boa parte da correspondência electrónica...), com os votos dessa mesma força política.

São todas estas coisas, no mínimo, esquisitas, que afastam cada vez mais as pessoas do mundo da política e das eleições...

(Fotografia de Luís Eme - Almada)


segunda-feira, maio 20, 2024

Já chega de dar atenção a "palhaços" que brincam com a democracia (e com todos nós)


Não tinha pensado escrever uma linha sobre o episódio na Assembleia da República entre o presidente e os partidos, por causa do "palhaço" do costume.

Mas não consigo deixar de concordar com a postura de Aguiar Branco, nesta situação e noutras (em banalizar e desvalorizar os "espectáculos" que os fascistas com assento parlamentar, gostam de dar...). 

Grave foi o que o "palhaço" disse em Espanha, dizendo que os governos socialistas de Espanha e de Portugal eram os mais corruptos da Europa. Tal como também já tinha sido muito grave a sua acusação ao Presidente da República de "traição à pátria".

Faz-me confusão que os partidos políticos não percebam que o que o "palhaço" quer é atenção e que reajam exactamente como ele quer (das televisões não falo, porque o que elas querem é "palhaçadas" diárias...).

(Fotografia de Luís Eme - Caldas da Rainha)


terça-feira, maio 14, 2024

Mais um espectáculo montado pelas televisões (que preferem, sempre que podem, "inventar a realidade")



Estou fartinho de saber que a gente da televisão tem a a mania que inventa a realidade.

Deve ter sido por isso que hoje fomos "bombardeados" (desde manhã cedo...) com inúmeros filmes realizados junto à porta da AIMA, como se só hoje é que se formassem filas intermináveis em busca de uma senha e se passasse a noite por ali a contar a estrelas (tal como acontece em vários centros de saúde...). 

Existem filas, provavelmente desde que foi formada a AIMA.

Gostaria era que resolvessem o problema destas pessoas, que estão cheias de razão (quase todos os serviços públicos, estão povoados de péssimos profissionais que passam o dia a tentar não fazer nada. É por isso que não atendem telefones nem respondem a e-mails, como se quem os procurasse, fosse obrigado a chegar ao "desespero"...), mas sem ser necessário todo este espectáculo, que até contou com a cumplicidade da ministra...

(Fotografia de Luís Eme - Cova da Piedade)


domingo, maio 12, 2024

Contacto directo com o conhecimento acelerado e ilusório (dos "antigos-modernos")...


Continuo a pensar que a leitura é fundamental para a compreensão do mundo que nos rodeia. 

Não vou ser "fundamentalista" e dizer que o facto de se lerem coisas menos profundas na actualidade leva a que se esteja menos aberto ao conhecimento. Até porque os números não enganam, anda-se mais tempo na escola e por muito que se passeiam os livros, alguma coisa fica dentro de nós...

Os problemas da nossa sociedade estão longe de ser dos jovens (não é por acaso que são quase os únicos que protestam contra o que não se faz para combater as alterações climáticas ou contra o genocídio de Gaza).

Num contacto familiar recente (com a parte mais afastada, a paterna...), achei curioso o facto de quase todos os meus tios e parentes mais afastados, com idades entre os 70 e os 80 anos, terem nas suas mãos um smartphone, que agora os ligava ao mundo, a todas as horas e minutos.

Sabia que a maior parte deles estudou apenas até à quarta-classe e nunca lera um único livro sem imagens (nem mesmo um dos meus...). E os únicos jornais que liam eram os desportivos, às segundas-feiras... Ou seja, nunca tiveram acesso a tanta informação como nos nossos dias. Informação que raramente questionam. Subentendi que uma boa parte deles - pelas conversas que circularam sobre o nosso país e os políticos -, eram potenciais votantes no Chega. Limitei-me a ouvi-los, sem ter a tentação de os "levar à razão" (as patetices eram quase uma banalidade...). Preferi ouvir e fazer as minhas constatações sociológicas.

Quando tive oportunidade falei com a minha mãe sobre este encontro (continua leitora, apesar dos seus oitenta e muitos...) e estivemos de acordo sobre as "lacunas culturais" destes familiares. Acabámos por ir mais longe, até por sabermos que este era um "mal geral" da população portuguesa, com mais de sessenta anos. Algo que ainda se nota mais nas pessoas que sempre viveram em meios pequenos. 

Como nunca aprenderam a "ler com olhos de ver" a realidade, muito menos a fazer as suas próprias análises críticas (sem auxiliares de memória), hoje ao lerem as notícias (bem "mastigadinhas"...) que fazem o favor de lhes enviar para os seus smartphones, sentem-se "homens novos", capazes de discutir, sobre tudo e mais alguma coisa. 

Noto que existe alguma inocência, misturada com "chica-espertice", na sua quase "fé", de que todas as notícias que lhes enviam "são verdadeiras"...

(Fotografia de Luís Eme - Barreiro)


quarta-feira, maio 08, 2024

(se conseguirem, digam ao governo que destruir é o contrário de construir)


Não sei o que vai na cabeça destes "governantes de meia tijela", que já nem sequer vão ao engano, dizem logo através da sua prática diária, que estão aqui sobretudo para "destruir".

Na saúde pediram um relatório com patins ao então director-geral do SNS. Ele fez-lhes a vontade, mas saindo pelo próprio pé, por outra porta. Na Santa Casa da Misericórdia tentaram embrulhar a provedora em papel de jornal já rançoso e amarelado, ao mesmo tempo que lhe chamavam tudo menos Alice. Vamos ver o que vai acontecer nesta e na próxima semana... Na defesa, com a falta de soldados e marinheiros, o ministro pensou que talvez não fosse má ideia mandar para lá os rapazes mal comportados (dando-lhe ainda como bónus, armas...). Toda a gente percebeu que era uma "ideia de caca", menos os doutores Nuno e  Margarida... Mas tudo indica que a "missa" ainda só vai a metade. Nem o chefe da PSP conseguiu escapar a este "vendaval" das demissões e de novas nomeações. Parece que o comandante é bom rapaz e dono do seu nariz, nada que seja da conveniência desta gente estranha que está apostada em "deitar abaixo o castelo"...

Deixo para o fim as finanças, que devem ter um ministro do mais "forreta" que existe, que antes que se veja obrigado a dar o que foi prometido durante a campanha eleitoral, aos médicos, professores, polícias, e demais descontentes, já lançou o alerta que não há dinheiro. Culpa os malvados "xocialistas" de o terem gasto "até ao último cêntimo"...

Com esta gente nada parece estar seguro, em cima ou debaixo da mesa...

(Fotografia de Luís Eme - Almada)


segunda-feira, fevereiro 26, 2024

Mentiras, descontentamentos e dúvidas...


Não sei muito bem bem onde começa a realidade e acaba a ficção, nos números que nos são oferecidos diariamente como o "retrato eleitoral" do partido da extrema-direita.

Isso acontece por todo este movimento - tal como o seu líder - usarem como principal fundamento a mentira. Não há um facto que não seja manobrado e tenha uma leitura muito própria, quase sempre distante do que realmente aconteceu (os "rateres" transformados em tiros são apenas uma pequena amostra...). Até foram capazes de inventar uma sondagem cujo resultado lhes oferecia um "empates técnico" com as duas maiores forças políticas portuguesas...

É por isso que me faz alguma confusão que possam existir pessoas tão "parvas" no nosso país, ao ponto de andarem atrás de um "vendedor de banha da cobra", que é capaz de dizer uma coisa de manhã e o seu contrário da parte da tarde. 

Se o que está em causa é o descontentamento político, existem forças políticas democráticas mais que suficientes (tanto à esquerda, ao centro como à direita) para receberem todas as pessoas insatisfeitas, em vez de se virarem para uma "mentira partidária e política". 

Embora saiba que basta mais um voto, para quem cantem vitória, gostava muito que esta gente desonesta recebesse uma lição de democracia, no dia 10 de Março. 

(Fotografia de Luís Eme - Cacilhas)


quinta-feira, janeiro 25, 2024

Nunca entendi (nem vou entender) esta vontade da justiça em ser notícia...


Quando não mudamos de opinião como quem muda de camisa, corremos o risco de passarmos por "burros" (e acabamos por o ser no olhar dessa gente que hoje diz uma coisa e amanhã o seu contrário). Nada que nos preocupe.

Tudo isto para dizer que continuo a pensar o mesmo sobre a nossa justiça e os seus "justiceiros", desde que um ex-primeiro ministro foi preso em directo no aeroporto. E hoje foi um dia em cheio para o ministério público, para a polícia judiciária, para os juízes, para as televisões e para os muitos "especialistas" em justiça. Ao mesmo tempo que a "corrupção" chegou à Madeira, Sócrates voltou a ser "corrupto" (tal como mais duas ou três figurinhas). 

Não tenho nada contra, mas preferia mais acção de verdade (uma justiça mais certeira e mais recatada) e menos ficção (com a passagem de menos "filmes" na televisão...). Ou seja, que todos estes "bandidos" fossem realmente condenados pela justiça e não pelas televisões, pelas rádios e pelos jornais.

Estou cansado de julgamentos populares, que não passam disso mesmo, com a justiça a não funcionar, já que os processos duram anos e anos e os "condenados" permanecem em liberdade, quase sempre sem prescindir (e sem que lhes sejam retirados) dos pequenos e grande luxos da chamada alta sociedade.

E também finjo que não percebo porque razão é que existem tantas "acções justiceiras" rente às eleições.

A primeira palavra que me ocorre é mesmo, "vergonha". É uma vergonha o que vai acontecendo, tanto para a justiça como para o jornalismo. Assuntos que deviam ser tratados com seriedade e sobriedade, ficam-se pela farsa, pela comédia e pela tragédia, para depois caírem no esquecimento.

Nunca entendi (nem vou entender) esta vontade da justiça em ser notícia, de preferência em directo, deixando para segundo plano a sua verdadeira função: ser justa e eficiente.

(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)


terça-feira, janeiro 23, 2024

A mediocridade que se alimenta (cada vez mais) do "sonho americano"...


Cada vez gosto menos deste mundo que nos rodeia, desta "americanização" da nossa sociedade.

Nunca achei muita piada à ideia do "sonho americano", de que tudo é possível... porque a vida não é bem assim.

Até porque quem se alimenta deste "pão-tudo é possível", gosta da ilusão quase cinéfila, de que se pode viver cada vez com menos regras, onde "pisar o outro" até pode ser uma constante. É preciso é "alimentar o sonho", mesmo quando não se tem jeito para nada. Bom é pensar que se pode ser tudo e fazer tudo.

Esta é uma das explicações para que cada vez existam mais medíocres, cuja capacidade maior é serem bons a fazer "jogo sujo", afastando todos os que lhes "fazem sombra". 

Só ainda não consegui perceber é como é que alinhamos "neste jogo", com tanta facilidade...


domingo, dezembro 17, 2023

Um Natal mais estranho que todos os outros...


Não me lembro de sentir o Natal tão estranho como neste nosso tempo.

Os miúdos cresceram e já não ligam muito a estas coisas...

Mas sei que não é isso. 

Cada vez suporto menos este mundo que nos rodeia, que é para tudo, menos para natais.

Incomoda-me cada vez mais a normalização do egoísmo, da mentira e do roubo da vida...

Deve ser também por isso, que não me apetece, quase nada, receber ou dar presentes. Prefiro ficar mais fora que dentro desta "febre consumista"...

Mas o que preferia mesmo, era que toda a hipocrisia deste tempo passasse depressa, mesmo percebendo que um dia não são dias, pelo menos para quem vive na rua, que tem a possibilidade de ter roupa lavada e comida quente, durante a época festiva. 

E até pode ser que um ou outro seja "sorteado", para passar a consoada com uma daquelas famílias ricas, que gostam de manter as tradições...

(Fotografia de Luís Eme - Almada)


segunda-feira, novembro 20, 2023

Os tempos em que quem vota parece ser ainda mais "louco" do que quem é eleito...


Eu sei que sempre houve loucos a chegarem ao poder e a dar a sua contribuição para a "destruição" de direitos e deveres que demoraram décadas a sair do papel, como se a aspiração de se viver numa sociedade mais justa fosse algo do outro mundo. Mas agora passou a ser uma coisa normal. De repente aparece um tipo com um ar de quem veio de um circo qualquer, depois de passar umas temporadas em qualquer hospício, a disparatar e a apontar dedos e medir toda a gente pela mesma bitola (são todos ladrões e corruptos...). Como se isso fosse a "chave" para a eleição...

Depois dos EUA, do Brasil e do Reino Unido, agora é a vez da Argentina ter o seu "ultraliberal" (o regime que pode ser tudo e nada ao mesmo tempo...), onde continua a sobressair uma cabeleira tonta, misturada com um discurso populista, digno de qualquer vendedor de pulseiras ou chás milagrosos.

Provavelmente muitos argentinos votaram no senhor Mitei, porque pensaram que pior do que o que vivem, deve ser impossível (com uma inflação a 150%...). Mas estão enganados. É sempre possível escavar o "buraco" ainda mais para baixo...  O maior exemplo que se lhes pode dar é o Brasil, que apesar de estar longe de ser um país pobre, a maior parte das pessoas vivem com grandes dificuldades, graças ao "desgoverno" de Bolsonaro. 

Essa será uma das explicações (a par da violência urbana...), para termos tantos imigrantes brasileiros entre nós.

Nós perguntamos, como é que alguém pode ser eleito, a defender (entre outros disparates) a livre comercialização de órgãos humanos ou a chamar o Papa Francisco de "comunista" e de "diabo".

Pode, porque quem vota parece ser ainda mais "louco" que quem é eleito...

(Fotografia de Luís Eme - Ginjal)


quinta-feira, novembro 02, 2023

Políticos que são cada vez mais actores do "fingimento" e da "mentira"...


Eu sei que não devia, mas continua a fazer-me alguma confusão que ainda existam pessoas em fila - algumas em bicos de pés - à espera de um convite para qualquer cargo político.

Dando o salto para o governo central, o que espera esta gente é "cumprir ordens" e ser a "voz do dono" do primeiro-ministro. Se alguns não têm competência para mais nada (percebe-se à légua que não dizem o que sabem nem sabem o que dizem...), outros não são tão maus como os pintam.

Além de serem cargos bem remunerados (já não se ouve um ministro a dizer na televisão e nos jornais que "perde dinheiro" como o doutor "pintelho"...), se pensarmos no vencimento médio de um cidadão português, oferecem-lhe visibilidade e mordomias que valem "mais que tudo". Sim, não se podemos esquecer que algures, há uma terra, onde vive um "pai do ministro", um "tio do ministro", a "sobrinha do ministro", e claro, "a prima do ministro"...

O resto é o menos importante. Governar na visão de António Costa é "entreter", jogar com as palavras (mesmo que possa existir algures um Pedro Nuno Santos que o deixa "possesso", por não lhe dar muito espaço para a fabulação...).

É a única explicação que encontro, por exemplo, para que este governo não chegue a qualquer entendimento com os professores e os médicos. Até porque estamos a falar de ministros que conhecem bem os dossiers, os corredores dos ministérios e até os sindicalistas, porque antes de serem os responsáveis máximos destas pastas, já foram secretários de Estado da Educação e da Saúde...

O que é grave, é perceber-se que a alternativa política que existe, não oferece nada de novo às pessoas. Olha-se para Montenegro e percebe-se que é mais um artista da arte do "fingimento" e da "mentira"...

(Fotografia de Luís Eme - Sobreda)