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sexta-feira, julho 18, 2025

III Guerra Mundial? Quase parece uma evidência. E onde estão as vozes práticas e inteligentes que possam impor paz?

Recordo-me de o Papa Francisco dizer, creio que no início do pontificado, que já estaríamos numa III Guerra Mundial, com contornos naturalmente diferentes dos dois conflitos anteriores. Francisco, uma das poucas vozes com ressonância global que, tendo apenas o poder da própria influência, era alguém que não podia deixar de ser escutado. Não sei -- não sei mesmo -- se Leão XIV tem possibilidades semelhantes, dadas as diferenças de índole e carisma. Veremos. Uma voz porventura equivalente será a de Tenzin Gyatso, o Dalai-Lama, já nonagenário e com anticorpos na cúpula dirigente da China, país ocupante do Tibete -- nunca esquecer esta verdade insofismável.

Já não há para aí santos, que se saiba, e também tenho dúvidas de que gente como um Mandela, um Luther King ou um Gandhi, tivessem peso político suficiente pra desviar o curso dos acontecimentos em direcção à catástrofe. Mão amiga fez-me chegar este texto de Dmitry Trenin, um analista russo prestigiado, traduzido pelo jornalista Carlos Fino, que, ao contrário dos muitos que peroramos sobre o problema, conhece e sabe o que sentem os russos.

Estamos ainda no patamar académico, e é no político que ele se resolve, com base no discernimento principalmente de Putin, mas também de Xi Jinping. De Trump não há discernimento, mas instinto de vendedor de automóveis; o que se está a passar com o Brasil, mostra o grau de alucinação do homem; tal como alçar e manter na presidência um fulano intelectualmente diminuído e incapaz como Biden é revelador da podridão do sistema político americano, o que já toda a gente sabia, diga-se.

É claro que Trump, não sendo de modo nenhum estúpido (ao contrário de boa parte dos congéneres europeus) é demasiado básico e para ser tomado por metafísicas existencialistas, em boa medida, parece, o caso de Putin (embora, não descartando também o que de aparentemente frio e cerebral terá o presidente russo).

Como, portanto, não há santos disponíveis, só podemos assentar esperanças nos nossos irmão em humanidade, mesmo que demasiado humanos, que possam aliar algum poder -- mesmo que em articulação -- à imposição de bom-senso, especialmente quando no pilar europeu sobressaem pequenos rafeiros enraivecidos como Merkel, Merz ou Starmer.

Que forças à escala global podem chamar as partes (Estados Unidos e Rússia + China), se a América descambar ou não tiver pulso nos seus rafeiros? Onde estão essas vozes com alguma influência? A Índia de Modi, o Brasil de Lula, a África do Sul de Ramaphosa -- por sinal, todos Brics, o que pode ser uma vantagem. Talvez juntando Sheinbaum, os países árabes do Golfo, e mais uns quantos, sem menosprezar o poder dos grandes líderes espirituais -- e os bons ofícios de pequenos países possam impulsionar acordos para a paz. Seria bom que a Suíça continuasse a contar, mas também a Costa Rica, a Mongólia -- por que não o

 E o melhor é ter começado já.

quarta-feira, maio 28, 2025

ucraniana CCCXC - Trump a ladrar, e aí está Medvedev

Era até previsível. Trump não se contém, Medvedev, que diz o que Putin não deve dizer, manda-o para a casota

Como ainda ontem escrevi, no que respeita à sua segurança e soberania, a Rússia marimba-se para a qualidade do presidente americano que tem pela frente. Assim é, assim continuará a ser -- até porque a Rússia continua com o fundamental apoio económico da China e da Índia, entre outros. Se estes lhe tirarem o tapete, admito que seja mais complicado, mas não estou a ver, por exemplo Xi Jinping a encetar este tipo de contabilidades com os Estados Unidos. 

Meu deus, os russos (e os ucranianos com eles) enfrentaram os mongóis, os polacos, os suecos, os turcos, os franceses, os alemães estão agora a enfrentar praticamente todo o Ocidente. Querem mais? Eles têm. 

segunda-feira, maio 26, 2025

o príncipe e o parolo de maralago

Nos últimos anos do regime de apartheid, entre muitas outras, havia três vozes da resistência sul-africana em liberdade relativa que o mundo ouvia com particular atenção: Oliver Tambo, presidente do ANC no exílio, o bispo Desmond Tutu e o líder da confederação sindical do país, a COSATU, chamado Cyrill Ramaphosa.

O actual presidente sul-africano, político experimentado, respeitável e respeitado, esteve como um príncipe ao lado do americano, Trump, emblema do desprezível kitsch que não se enxerga.

É por isso que ele pode fazer momices, trafulhices & outras trumpices com uma marioneta como Zelensky, enganar porcarias como Macron e Starmer, desprezar e destratar a cúpula política da UE. Em relação a Putin e Xi Jinping, que já se esqueceram daquilo que Trump anda agora  a aprender, a coisa fia mais fininha, como se está a ver.

Quando se depara com alguém com a densidade, a história e a categoria de Cyrill Ramaphosa, resulta isto, um parolo de maralago.




 

quinta-feira, janeiro 02, 2025

"Seja muito bem-vindo Presidente Xi!". disse então Marcelo

Estou perplexo com a mensagem de Ano Novo do Presidente da República, no que respeita à  política externa (deposi, confesso que perdia a atenção). Ver o chefe do estado apontar a China como ameaça, assim às claras, fazendo todos os fretes a países estrangeiros e dizendo nada ao interesse nacional, lembrou-me a calorosa recepção há uns anos a Xi Jinping. Interessava, porque estávamos de mão estendida? É para um tipo sentir-se envergonhado.

Para não falar da questão Russa, como se alguém tivesse perguntado alguma coisa ao PR -- e se alguém perguntou, não foram decerto os portugueses. Finalmente, no que respeita ao interesse nacional e às nossas boas relações com os Estados Unidos, que dada a vizinhança atlântica são do nosso interesse, o Presidente deve ter-se esquecido que a presidência mudou, embora não mude o desejo de vassalagem. Se Trump tirar o tapete a Zelensky, o que dirá Marcelo? Não será difícil tentar adivinhar.

Tudo isto é revelador de uma falta de dimensão e de sentido de estado que não nos deve admirar que outros políticos, entretanto guindados a funções internacionais, não passem de anões funcionais. 

sexta-feira, outubro 25, 2024

o que vale é que Putin está isoladíssimo; o que vale é que temos lideranças europeias esclarecidas, verdadeiros estadistas / comentadores e alegados "jornalistas", está a chegar a hora do vómito

 





Eu só gostaria de ver alguns comentadores com a cara pintada de preto. Quanto à maioria dos alegados jornalistas, com orelhas de burro e virados para um canto.

(Não sei se repararam na expressão fúnebre do gabinete ucraniano reunido com o secretário da Defesa americano.)

terça-feira, maio 07, 2024

ucraniana CCXL - estão aflitos com a Rússia, e vão pedir ajuda à China -- quão patético pode ser-se?

Os próceres da UE -- Ursula e cãezinhos, mais o inacreditável Macron, entre outros anões --, conduzem-nos, ineptos e mentecaptos, num caminho que se estreita cada vez mais, enquanto Rússia e Estados Unidos não decidirem parar ou avançar com a guerra na Ucrãnia. Aflitos à frente do mundo inteiro, pedem à China que convença a Rússia a isto e mais aquilo. Com a Europa à rasca com o imbróglio para que se deixou arrastar, com os Estados Unidos em indefinição, excepto no que respeita à Formosa, território chinês, ainda por cima, com o qual ameaçam mais ou menos veladamente a China, está-se mesmo a ver que XI Jinping irá fazer o jeito a estes dois patéticos patetas.

Lembro-me de quando o mote dos comentadores de meia-tigela era minimizar a Rússia, com risinhos sobranceiros -- fazia parte da propaganda burra americana, como se a menorização da Rússia junto da carneirada no Ocidente garantisse, só por si, qualquer espécie de vantagem. Cheguei a ouvir uns asnos qualificarem a Rússia como um satélite da China. Chama-se a isto bronquite académica.

Essa abordagem parece já ter passado, e agora temos o "perigo russo" (um perigo criado pelo Pentágono, a caminho de mais uma derrota estratégica no seu já longo cadastro). Estão aflitos, agora, sem que percebam que, por muito importante que a China seja para a Rússia neste contexto (e é-o), nunca aquela terá capacidade para desviar a grande nação eslava do seu foco estratégico: defender-se da ameaça americana, que não só é real, como na sua percepção se agiganta, fazendo aparecer toda a sorte de fantasmas. 

Como qualquer historiador dirá, a história da Rússia é feita de conquistas e perdas. Está-lhe inscrito na pele, também por ser demasiado grande para que pudesse ser diferente. China ou Estados Unidos serão sempre mais um. 

quarta-feira, março 22, 2023

não sei se estão a ver a imagem (ucranianas CLXXVI)

Ao contrário dos comentadores do costume (quem os ouça, parece que estão a falar da Etiópia, ou quase), a Rússia está nas mãos da China, como esta precisa daquela. Os patifes dos americanos bem podem guinchar, como o inenarrável Kirby, ou virem com patéticas falinhas mansas, como o seráfico Blinken. Já em 11 de Fevereiro do ano passado, ou talvez até antes, escrevi aqui: "Os Estados Unidos irão 'defender' a Ucrânia atá ao último ucraniano." O que eu ainda não sabia era que o Putin tinha mesmo razão quando na entrevista ao Oliver Stone tratava os europeus como vassalos dos americanos.
 Os chineses sabem bem com quem estão a lidar, a Rússia também lhes é um seguro de vida, se os Estados Unidos resolverem atacar (em desespero). Imagine-se que a Rússia dá garantias à China: um ataque à China desencadeará uma resposta russa...
Eu sei que os americanos estão à espera de um milagre que faça cair Putin (andam a tent´-lo há anos); mas amanhã não será a véspera desse dia.

terça-feira, maio 24, 2022

a guerra da Ucrânia vista à maneira do «Maus» (ucranianas XCIX)

 Maus, de Art Spiegelman, se bem se lembram, é uma novela gráfica que conta a história do pai, um sobrevivente de Auschwitz, sob a forma de animais antropomorfizados: os judeus eram ratos, gatos os nazis, e os polacos colaboracionistas, porcos.

Se animalizar os líderes desta guerra entre a Rússia e os Estados Unidos na Ucrânia, Biden será um lobo velho e Putin um urso; Boris Johnson, um porco, Ursula uma cadela, como o rafeiro do Borrell, Stoltenberg, assim como o Duda, da Polónia, chacais; Lukashenko, um facochero. Guterres, sei lá, um mocho ? Já Xi Jiping, esse tem sido um panda, come raízes de bambu e vê.

Em tempo: esquecia-me do Zelensly -- uma raposa, claro.


segunda-feira, fevereiro 06, 2017

a trolha na Ucrânia, a lata do Boris Johnson e a resposta que só Trump poderia dar a um jornalista pacóvio

O Boris Johnson, um beto para o qual se necessita de paciência extrema, vem à reunião da UE perorar sobre a Rússia, liderada pelo killer do Putin, e os líderes europeus fazem as habituais figuras de estúpidos. Líderes europeus que contam, note-se; porque os que até agora quase não contam, como António Costa, podem ter as posições sensatas e inteligentes que quiserem, porque lhes é igual ao litro. Merkel faz que não houve, Hollande, sempre imbecil, sente-se amparado na sua imbecilidade, Mogherini cacareja parvoíces -- e todos fazem boa cara à impertinência dos ingleses, em vez de os mandarem calar, por ausência total de legitimidade para exigir, dar, sequer aconselhar o que quer que seja na UE.
Não, isto está lindo. Não acompanho apenas a ralé de boa parte dos prostitutos & avençados do jornalismo económico, parvos por concordarem com o Xi Jinping na defesa dos mercados. Não, pá. O Trump, apesar dos balbucios, também diz coisas certas. Vejam como ele entalou o pacóvio da Fox News, que, ao falar de Putin, acrescentou: «É um assassino. Ele é um assassino!» E só o Trump, no gozo de toda a impunidade que lhe dá 1) o Poder, 2) o dinheiro próprio, 3) o apoio das massas, poderia ter respondido: «Então e nós? Somos ou não somos uns grandes filhos da puta?!»
Brilhante.

terça-feira, novembro 11, 2014

esta foto aterroriza-me

Shinzo Abe, primeiro-ministro do Japão e Xi Jinping, secretário-geral do PC da China