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sábado, julho 21, 2018

4x4



Herdeiro sem honraria
Casa, bens materiais,
Eu por nada trocaria
O legado de meus pais.
                               
                                    José Correia Tavares

Ó mães de fala amorosa,
Arrulhos do nosso ninho,
Dai-nos bênção piedosa,
Que nos proteja o caminho!

                                           Júlio Brandão

Peço às altas competências
perdão, porque mal sei ler,
p'ra aquelas deficiências
que os meus versos possam ter.

                                                 António Aleixo

Cantigas de portugueses
São como barcos no mar --
Vão de uma alma para outra
Com riscos de naufragar.
                             Fernando Pessoa

sábado, junho 18, 2005

Correspondências #5 - José Régio a João Gaspar Simões

Coimbra, 18 de Fevereiro de 1927

Meu caro Simões:

Recebi a sua carta, justamente quando pensava em lhe escrever. Muito lhe agradeço o ter pensado tanto no jornal e em mim que se me antecipou. As notícias são: O Branquinho partiu há 8 dias para Lisboa, de modo que fiquei sozinho em Coimbra a preocupar-me com a saída do primeiro número da Presença. Escrevi a alguns presuntivos colaboradores da dita, e recebi: Versos do António Navarro (de que Você gostará mais que do Soneto da Contemporânea); informação do Mário Saa de me mandar brevemente qualquer coisa; informação do Martins de Carvalho de mandar também brevemente um trecho da sua dissertação; esperanças do meu irmão de também brevemente mandar um desenho com algumas palavras sobre arte. Logo que todos estes «brevemente» sejam «presente» -- o número sairá. Além desta colaboração, o primeiro número terá: Versos do Branquinho, do Bettencourt e do Fausto; prosa sua, do Almada e minha. Como vê, já a dificuldade de encher espaço vai sendo substituída pelo do espaço para conter... No entanto tudo se arranjará, e creio que o primeiro número da «Presença» gritará de facto: Presente! Peço-lhe para mandar o seu artigo logo, mesmo logo, que esteja pronto. Queria escrever-lhe mais, mas escrevo-lhe da Central, e com uma pena de tinta permanente... Quer isto dizer que a tinta me falta a cada palavra que escrevo, porque nunca me afiz a semelhantes viadutos de tinta. Escreva, sim? e, uma pergunta: Quando vem dar uma fugida cá?
Saudades dos amigos, e um abraço do
José Maria dos Reis Pereira
In João Gaspar Simões, José Régio e a História do Movimento da «presença»

quinta-feira, junho 09, 2005

Caracteres móveis #19 - Raul Brandão e Júlio Brandão

[...] o mundo ri-se, põe-se a rir do que não entende e magoa e até mata... Ri-se do que é elevado, ri-se do que é sagrado!
A Noite de Natal
(edição de José Carlos Seabra Pereira)