Ora então quem foi o maior português do século XX? Não foi, certamente, o Salazar. Não foi Gago Coutinho, extraordinária figura de inteligência e acção ou Jaime Cortesão, outra. Foi o homem que o Estado hoje homenageou, depois de lhe arruinar a vida -- o amoralismo de Salazar não se detinha diante de ninguém -- e depois ocultá-lo para que se esquecessem. Foi preciso que um historiador expatriado no Canadá, Rui Afonso, trouxesse luz sobre um homem que foi sacrificado por ser bom e digno, salvando centenas ou milhares de vidas (pouco importa para o caso a exactidão do números), para que o país o conhecesse. Salvar vidas, destruindo a sua própria, chama-se a isto heroísmo.
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terça-feira, outubro 19, 2021
portugueses
ARISTIDES DE SOUSA MENDES do Amaral Abranches
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