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segunda-feira, maio 19, 2025

bolas

Desta vez, para meu pesar, o voto não foi suficiente útil para ajudar a eleger António Filipe.

Quanto ao resto: vitória da AD: pode chefiar-se um governo e receber uma avenças por fora, ao domicílio familiar. Como se vê, é o um assunto que não interessa a ninguém, a maioria dos portugueses faria o mesmo, se pudesse.

PS: Pedro Nuno Santos foi vendido como radical... e os portugueses, manhosos como são, não gostam disso. É verdade que também há uma aversão bastante justificada ao partido do catastrófico António Costa, uma enguia de manobrismo. Quero lá saber do PS, ainda para mais gafado do tifo woke...

Chega: afinal, um partido bem português. Antes das eleições do ano passado, não acreditava que chegasse aos 10%; hoje já não digo nada. Pode ter-se um mentiroso e um demagogo como líder, que os eleitores estão-se nas tintas. "Coragem, portugueses," disse o Almada, que continuava...

BE e Livre: a bancada woke perde um deputado no conjunto. É bem.

IL: nada a acrescentar.

PCP: perde um deputado, e dos melhores.

PAN: também são terrivelmente woke, mas no meio desta hecatombe até gostei que Inês Sousa Real ficasse em Parlamento; dá-lhe um outro ar.

JPP: não sei bem o que é, mas Filipe Sousa tem um discurso civilizado, o que quer que isto signifique.

E pronto.

segunda-feira, maio 08, 2023

uma 'voltigeuse' banal e outros caracteres móveis

«Depois de uma voltigeuse  banal furando arcos de papel de seda, um intermédio cómico pelo primeiro clown, prodígios de equilíbrio duma criança sobre um arame, cães sábios, barras fixas, um salafrário num cavalo em pelo.» Abel Botelho, O Barão de Lavos (1891) - «E enquanto as notas lhe passam para a mão, mergulha os olhos abstractos nos olhos da mulher.» João Gaspar Simões, Elói ou Romance numa Cabeça (1932) - «Como antes se disse: é completamente impossível conhecer-se inteira uma árvore genealógica; o que pode é cada um possuí-la toda no seu carácter.» José de Almada Negreiros, Nome de Guerra (1938)

sábado, dezembro 07, 2019

estampa CCCLXXXV - Almada Negreiros


Arlequim e Colombina (1938)

quinta-feira, setembro 26, 2019

vozes da biblioteca

«A luz parecia desprender-se, como um véu, da imensurável cavidade, deixando ainda vermelhar a telha francesa das casas abastadas, enquanto os negros telhados dos pobres se somavam já à escuridão que avançava.» Ferreira de Castro, A Lã e a Neve (1947)

«Mas não podendo o sempre durar sempre, como explicitamente nos tem ensinado a idade moderna, bastou que nestes dias, a centenas de quilómetros de Cerbère, em um lugar de Portugal de cujo nome nos lembraremos mais tarde, bastou que a mulher Joana Carda riscasse o chão com a vara de negrilho, para que todos os cães de além saíssem vociferantes, eles que, repete-se, nunca tinham ladrado.» José Saramago, A Jangada de Pedra (1986)

«Ser homem ou mulher é apenas a natureza; chamar-se João ou Manuela já é a natureza mais a vida inteira: é o problema.» José de Almada Negreiros, Nome de Guerra ([1925]1938)

quinta-feira, fevereiro 07, 2019

vozes da biblioteca

«Das duas uma: ou as pessoas se fazem ao nome que lhes puseram no baptismo, ou ele tem de seu o bastante para marcar a cada um.» José de Almada Negreiros, Nome de Guerra (1938 [1925])

«Eu sentia-me tão frouxo que entrei no primeiro café cuja mancha luminosa esparrinhava nas pedras molhadas.» José Régio, Jogo da Cabra Cega (1934)

«Vendo-se miserável, vaiado, escarnecido, desatou a perseguir na rua os bandos de garotos que o não reconheciam como "fidalgo daquém e dalém mar, senhor da tropa e das arábias"; e nenhum Sancho amigo se amerceou dele, nem ninguém, salvo a própria vida, que, depois de castigá-lo tão impiedosamente como merecia, o abandonou ao descanso da sepultura comum.» José Marmelo e Silva, Sedução (1937)

sábado, junho 02, 2018

«Boas maneiras, bilhete de identidade, contribuinte, gravata.» José Emílio-Nelson, O Anjo Relicário (1999)

«Rompem fogo / pandeiretas / morenitas, / bailam tetas / e bonitas, / bailam chitas / e jaquetas, / são as fitas / desafogo / de luar.» José de Almada Negreiros, «Rondel do Alentejo», Poemas (póst., 2001)

«As mães são as mais altas coisas / que os filhos criam, porque se colocam / na combustão dos filhos, porque / os filhos estão como invasores dentes-de-leão / no terreno das mães.» Herberto Helder, A Colher na Boca (1961) / Ou o Poema Contínuo (2001)

segunda-feira, abril 09, 2018

«A noite é bem o prolongamento do dia que não satisfez.» José de Almada Negreiros, «Cabaret», Poemas (póstumo, 2001) 

«A ti, que tanta vez -- em túnica de neve -- / Roças por minha febre a trança de veludo, / E sinto, mansamente, o passo aéreo e leve, / À lâmpada do Estudo...» Gomes Leal, «À memória de minha irmã», A Mulher de Luto (1902)  

«Acorde místico e divino,  / Murmúrio lânguido de prece, / É como um som azul e branco, harpa e violino, / A tua voz que me adormece.» António Feijó, «Aquela que veio tarde», Ilha dos Amores (1897)

segunda-feira, março 27, 2017

livros que me apetecem

Coração Mais que Perfeito, Sérgio Godinho (Quetzal)
Desobediência Civil, Hannah Arendt (Relógio d'Água)
Escravos em Portugal, Arlindo Manuel Caldeira (A Esfera dos Livros)
Três História Desenhadas, José de Almada Negreiros (Assírio & Alvim)




terça-feira, julho 07, 2015

sexta-feira, maio 15, 2015

a má sorte que as fez putas

«A história verídica é a única que vale e pode-se contar: o primeiro homem que elas conheceram era um pulha! E cada uma teve o seu para virem juntar-se todas ali nas sala das distracções, dos estranhos e do esquecimento.»

Almada Negreiros, Nome de Guerra (1938)

sábado, dezembro 27, 2014

lapidar

«A natureza chega tão complexa às feições de cada um que somos forçados a não poder aceitar cada qual resumido ao lugar em que a sociedade o põe.»

Almada Negreiros, Nome de Guerra (1938)

quarta-feira, setembro 10, 2014

o nosso íntimo pessoal

«O nosso íntimo pessoal é de ordem humana, estética e sagrada. Serve apenas o próprio. É o seu único caminho. O melhor que se pode fazer em favor de qualquer é ajudá-lo a entregar-se a si mesmo. Com o seu íntimo pessoal cada um poderá estar em toda a parte, sejam quais forem as condições sociais, as mais favoráveis e as mais adversas. Sem ele, nem para fazer número se aproveita ninguém.»

Almada Negreiros, Nome de Guerra (1938)

quinta-feira, maio 30, 2013

uma capa de Almada Negreiros

do período espanhol:
José Más, La Huída, Madrid, Renacimiento, 1927.

quarta-feira, novembro 08, 2006

Pessoa















desenho de Almada Negreiros

domingo, setembro 10, 2006

Correspondências #58 - Amadeu de Sousa-Cardoso a Robert Delaunay

Manhufe - Amarante
(18 septembre 1915?)
Cher Ami,
J'arrive de la chasse et trouve votre carte postale. A mon prochain voyage à Porto, je m'occuperai des couleurs.
Merci de vos renseignementes.
Que la guerre est charmante -- c'est un peu littéraire, mais il se peut... Qu'elle doive être émotionante, je n'ai aucun doute. Je vous avoue mon regret de me trouver si loin. Je voudrais la sentir plus près, la vivre davantage.
Que la paix soit devenue trop chère, je vous crois -- on la paie. Mais si on ne participe pas à la guerre, si peu que ce soit, on s'embête. Il nous faut quelque chose de fort -- je suis militariste!
On me dit de Porto qu'il faudrait que vous remplissiez un bulletin ou je ne sais quoi pour qu'on vous envoie vos télégrammes. Donc, votre adresse que j'ai donné ne sufit pas; il la faut signée de votre main.
Salutations à Madame, et, pour vous, une amicale poignée de main.
A. de Souza-Cardoso
In Correspondance de Quatre Artistes Portugais -- Almada-Negreiros, José Pacheco -- Souza-Cardoso, Eduardo Vianna avec Robert et Sonia Delaunay
(edição de Paulo Ferreira)

domingo, abril 23, 2006

estampa XXXVII

Posted by Picasa
Almada Negreiros, Auto-retrato com Grupo
Centro de Arte Moderna (FCG), Lisboa

terça-feira, novembro 22, 2005

sábado, junho 18, 2005

Correspondências #5 - José Régio a João Gaspar Simões

Coimbra, 18 de Fevereiro de 1927

Meu caro Simões:

Recebi a sua carta, justamente quando pensava em lhe escrever. Muito lhe agradeço o ter pensado tanto no jornal e em mim que se me antecipou. As notícias são: O Branquinho partiu há 8 dias para Lisboa, de modo que fiquei sozinho em Coimbra a preocupar-me com a saída do primeiro número da Presença. Escrevi a alguns presuntivos colaboradores da dita, e recebi: Versos do António Navarro (de que Você gostará mais que do Soneto da Contemporânea); informação do Mário Saa de me mandar brevemente qualquer coisa; informação do Martins de Carvalho de mandar também brevemente um trecho da sua dissertação; esperanças do meu irmão de também brevemente mandar um desenho com algumas palavras sobre arte. Logo que todos estes «brevemente» sejam «presente» -- o número sairá. Além desta colaboração, o primeiro número terá: Versos do Branquinho, do Bettencourt e do Fausto; prosa sua, do Almada e minha. Como vê, já a dificuldade de encher espaço vai sendo substituída pelo do espaço para conter... No entanto tudo se arranjará, e creio que o primeiro número da «Presença» gritará de facto: Presente! Peço-lhe para mandar o seu artigo logo, mesmo logo, que esteja pronto. Queria escrever-lhe mais, mas escrevo-lhe da Central, e com uma pena de tinta permanente... Quer isto dizer que a tinta me falta a cada palavra que escrevo, porque nunca me afiz a semelhantes viadutos de tinta. Escreva, sim? e, uma pergunta: Quando vem dar uma fugida cá?
Saudades dos amigos, e um abraço do
José Maria dos Reis Pereira
In João Gaspar Simões, José Régio e a História do Movimento da «presença»

quinta-feira, junho 02, 2005

Pintura e bate-chapas

AutoAlmada não é um stand de automóveis, AutoColumbano não fica na avenida lisboeta, AutoManta não se especializou no mítico modelo da Opel; são simples abreviaturas de auto-retratos de alguns pintores n'«os meus documentos».

AutoAlmada

Posted by Hello Um auto-retrato de Almada Negreiros