Mostrar mensagens com a etiqueta Sting. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Sting. Mostrar todas as mensagens

quinta-feira, março 10, 2022

graças a Deus, ou ao Diabo, a Rússia tem um arsenal de armas nucleares (e o Sting mal empregado) (ucranianas XLI)

1. Não fora isso, a guerra já estaria generalizada ao continente e não só. Embora haja falcões que considerem a possibilidade de usar armas nucleares tácticas, a cartada mais arriscada de todas, a que se junta a formatação das opiniões públicas para um alargamento da guerra -- os quiproquós entre a Polónia e os EUA demonstram-no tão bem --, além dos tontinhos e dos doidos varridos, em especial alguns tudólogos do comentariado.

2. Entre uma piadola e duas gargalhadinhas, as rádios vão pondo no ar o Russians, do Sting,  que está longe de ser um tema unilateral. Do álbum de estreia do cantor e baixo dos Police, um bom disco e uma bela música, com uma incrustação de um trecho do Tenente Kijé, do Prokofiev. Mal empregada.

ucranianas

sexta-feira, março 15, 2019

no meio da apatia geral, incluindo a minha, lembrei-me duma música do Sting

No primeiro álbum a solo, The Dream Of The Blue Turtles (1985), sem adivinhar Gorbachev, «Russians» era uma canção de esperança na humanidade dos russos, num contexto exacerbado de Guerra Fria. Em face da histeria e da retórica armamentistas, os ex-membro dos Police manifestava a sua esperança no amor que os russos teriam pelas suas crianças, não desencadeando um conflito que extinguiria a humanidade. Dentro da música, uma citação de uma passagem do Tenente Kijé (1933-34), do enorme Prokofiev, em tempo de canção de embalar.
Muitas vezes me ocorre a composição do Sting, quando penso no inferno que estamos a criar, para nós próprios, mas que atingirá em cheio os nossos filhos e os nossos netos, aqueles que dizemos amar e julgamos que amamos.
Um magnífico artigo de João Camargo no Público de hoje (sem link, mas aconselho também este seu texto no Expresso), a propósito da greve de jovens estudantes contra as alterações climáticas, interpela-nos. Pelo menos a mim. Quais têm sido as minhas acções para fazer a diferença. Muito poucas, quase nada, para além da preocupação de algum civismo ecológico mais dou insuficiente, e vociferação contra o capitalismo predatório de que todos nos vamos alimentando.
Já devo ter escrito que uma tarte à bucha & estica deveria ser atirada em cheio ao focinho dos políticos, empresários, jornalistas económicos estipendiados e todos quantos nos viessem falar no conhecido crescimento da economia.
Cresçamos, pois, infinitamente, até não haver mais recursos naturais, até darmos cabo da vida daqueles que dizemos amar. Olhemos bem para eles, e depois para o espelho. Os nossos olhos nos dirão o que somos.