Mostrar mensagens com a etiqueta Victoria Nuland. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Victoria Nuland. Mostrar todas as mensagens

terça-feira, junho 04, 2024

ucraniana CCL - mas o que quer este "especialista"?

 Raramente vejo a sic, não tenho, por isso, de o ouvir. Mas como compro o Diário de Notícias, lá o leio, de vez em quando e a contragosto. Não há diferença nenhuma entre o que ele diz e o que ouvimos a pessoal como o secretário-geral da Nato, um qualquer ministro inglês dos Negócios Estrangeiros, um porta-voz da Casa Branca. Não, na verdade, há: o carregar nas tintas. Para este Germano Almeida, há que espicaçar, conformar e fazer aceitar a opinião pública da inevitabilidade da guerra.

Fala-nos dos "longos tentáculos da espionagem russa", que obviamente existe, mas cala-se em relação aos porta-vozes oficiosos dos interesses dos Estados Unidos, como vários comentadores ligados a institutos americanos. Não sei se é o caso, e na verdade estou-me nas tintas, de tal forma aparece como comentador comprometido com a estratégia estadunidense.

Vejamos o início deste parágrafo: "Sem uma Ucrânia democrática não haverá uma Europa democrática.» Está-se mesmo a ver, não é? Curiosamente, a democrática Finlândia, só para falar no caso mais evidente, aguentou-se como tal durante décadas, a fazer fronteira com a União Soviética, e nem precisou de aderir à Nato, uma vitória actual dos Estados Unidos e dos seus propagandistas.

Depois, defende que Putin está nos boletins de voto destas eleições. Pois estará, assim como o Pentágono e a CIA, mas para Germano ça va sans dire.  Por mim, podem chamar-me putinista à vontade, apesar de alguns pergaminhos. Dito por esta tropa, é para o lado que durmo melhor. De qualquer modo, sem esquecer a brutalidade na Chechénia, contra a qual, nas minhas fracas possibilidades me insurgi (e posso prová-lo), não me esqueço convenientemente dos massacres da Segunda Guerra do Iraque -- nem agora da duplicidade mostrada perante os crimes do governo israelita.

O que escreve sobre a farsa da "Conferência de Paz" na Suíça, fá-lo sem um pingo de espírito crítico; é pura propaganda para convencidos e ignorantes. Mas tem quase razão quando diz que para a Rússia ver a Ucrânia na UE é, tornou-se uma impossibilidade -- ou não estivesse a UE transformada em instrumento dos EUA.

Lengalenga para atrasados mentais: "Não foi a Ucrânia que invadiu a Rússia; é a Rússia que está a invadir a Ucrânia.» Decididamente, nunca leu Platão. Além disso, "o próprio direito de fronteira -- sustenta -- passará a estar em causa", se a Rússia vencer a guerra. A Sérvia que o diga...

Finalmente, evoca Zelensky com o seu "os russos só entendem a linguagem da força", para terminar, funéreo: «E nós demorámos tempo demais a compreender isso verdadeiramente.» 

Então que conclusões tirar, depois de lido este "especialista"? Que temos, Europa, de ir para a guerra. Há outra?

E porque vai a Europa para a guerra? Segundo Germano & Cia., é a democracia europeia que está em perigo com uma vitória da Rússia (ela está aí, semi, ou total). A obscena Nuland -- "Fuck the EU" -- não diria melhor.

domingo, março 24, 2024

ucraniana CCXXXVI - o que Nuland sabe, já Putin se esqueceu

Confesso que tive as maiores reservas quando ouvi o comentário do major-general Agostinho Costa, feito em cima do acontecimento, atribuindo à Ucrânia a acção terrorista em Moscovo; este sábado, porém, ouvindo o major-general Carlos Branco, que embora não taxativo, não se eximindo a levantar questões complicadas, começo a ver a coisa com outros olhos. Menos pela circunstância de um dos tadjiques perpetradores do atentado ser um mercenário a combater junto dos ucranianaos, e nem tanto pela informação altamente reveladora de os operacionais terem sido previa e parcialmente pagos para executarem aquela missão (trocando por vil metal as virgens prometidas no Paraíso), mas o facto de Carlos Branco ter recordado -- e eu bem me lembro disso -- que antes de ser despedida, Victoria Nuland, essa conhecida doença venérea americana contraída pela Ucrânia, ter deixado no ar a ameaça de alguma surpresas estarem a ser preparadas para Putin.

Clic! O caso, para mim, mudou de figura, e percebo agora porque razão Putin nem se deu ao trabalho de mencionar as ratazanas do Estado Islâmico. É que o que Nuland aprendeu, já Putin se esqueceu.

segunda-feira, agosto 21, 2023

como tudo está interessante no Níger

O Níger, as reservas de urânio e o pontapé no cu dos franceses, uma tendência na antiga África gaulesa, e que bem feito! Macron,  boneco de pim-pam-pum, doméstico e internacional (Meloni, pô-lo ko, com pundonor).

Os russos, claro, aproveitam; os americanos, com bases a sul, estão prudentes; quem mandam, porém, para defender os seus interesses? Victoria Nula(nd), famigerado estafermo do golpe de estado na Ucrânia em 2014, humilhada agora em Niamei. (Ver, aqui, O Velho General .) A estupidez dos neocons é sem limites.

O clima aquece mesmo no Sahel: a França não vai querer largar o osso, mas não tem capacidade para sustentar uma guerra ali; os Estados Unidos se não contiverem os danos, vão avançar com os europeus dos costume na defesa da democracy no Níger, até aos últimos africanos dos países a cujos líderes pagam. Porém, a influencia da Rússia (sem falar da China, a assistir) é cada vez maior, felizmente; e a Argélia, cujas forças armadas não são nada despiciendas, já avisou que não vai tolerar uma intervenção armada dos países africanos a soldo do Ocidente. Talvez por isso, a Nigéria, com o maior exército da região, já terá recuado.

Uma nota para Cabo Verde, cujo PR, José Maria Neves, descartou apoiar a veleidade de uma intervenção armada no Níger (na defesa dos interesses franceses, acrescento eu). Chama-se a isso ter dignidade, além de finura diplomática. Um exemplo, incluindo para Portugal, na guerra da Ucrânia.

PS - O Níger, tal como a Ucrânia, é um território onde os impérios se guerreiam, algo que uns quantos indigentes professores e comentadores das relações internacionais ainda não perceberam.


sábado, julho 01, 2023

Se o Zelensky se tornou definitivamente um palhaço, os líderes europeus são o quê?... (ucranianas CXCVII)

Lembro-me bem de quando começou esta nova fase da guerra entre a Rússia e os Estados Unidos na Ucrânia. Embora bastante crítico da liderança ucraniana, em quem depositara esperanças (fui um dos muitos enganados pelo Zelensky), recusei-me aos ataques ad hominem que logo surgiram. Só muito recentemente vi quanta razão tinham todos quanto o insultavam, a começar pelo meu Pai, que lhe antonomasiou o nome em palhaço.

Pois este fantoche dos americanos e dos ingleses anda a ajudar a preparar o ambiente para uma intervenção da Nato (ou de países Nato) na Ucrânia -- tese temerariamente abstrusa defendida por falcões alucinados desde o princípio (crêem que a guerra se limitará à Europa, porque, no fundo fuck the E.U. ) --, vem outra vez com a história de um próximo ataque nuclear da Rússia, o miserável bandalho. O mesmo, aliás, que ordenou o ataque a Zaporizhia, ocupada então como agora pelos russos, mas que os merdia queriam que acreditássemos que os russos estavam a bombardear-se a si próprios.

Quando um indígena como Pedro Sánchez vai a Kiev dizer que a UE vai apoiar a Ucrânia, "independentemente do preço a pagar", o que é ele, que está muito provavelmente de saída da presidência do governo espanhol -- o que é ele a não ser outro paupérrimo palhaço?

Aliás, como disse, Sanches Osório numa entrevista ontem ao Sol, «a Europa não manda nada na guerra», o que sempre se soube, de resto -- mas que é bom repetir, especialmente quando Costa & Marcelo nos vierem endrominar.