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terça-feira, março 19, 2024

ucraniana CCXXXV -autocracias, plutocracias...

Sim, é verdade, a Rússia está numa deriva autocrática, acelerada pela guerra. Já o escrevi, várias vezes, e mantenho: nunca, na sua longa história, os russos foram tão livres e tão prósperos como com Putin; mas a verdade é que, desde que sobreveio o estado de guerra, essa liberdade contraiu-se. Até por razões psicológicas do próprio Putin, já detectáveis nas entrevistas do Oliver Stone, em que se tem a noção que ele se vê a si próprio como o garante da estabilidade, progresso e segurança do país. 

Assistimos agora a discussões de lana caprina sobre a situação democrática russa, como se isso interessasse a alguém que não aos próprios russos. Também tão pouco me interessa que os Estados Unidos, que obviamente tem coisas fantásticas -- da liberdade de imprensa à liberdade religiosa -- seja uma plutocracia repelente, com milhões de farrapos humanos, das prisões às ruas, que o darwinismo social deixa para trás. Liberdade de imprensa e de expressão que não impediu que os muitos massacres perpetrados pelos americanos por esse mundo além se efectivassem. Talvez os iraquianos, quando foram massacrados por motivos espúrios, levantassem os olhos para o Céu, com este lindo pensamento: são bombas e a minha família vai morrer sem perceber bem porquê; felizmente são lançadas por um país demoliberal, em que a liberdade de expressão e associação é à prova de bala (perdoem a infelicidade da imagem os familiares das crianças massacradas, num país em que o mais forte prevalece sempre, neste caso, a NRA) 

A verdade é que me estou relativamente nas tintas, quando vejo os títeres europeus da plutocracia (a começar pelos portugueses), mais idiotas úteis e outros analfabetos, a  preparar-nos, no mínimo, para alimentar a Nato, braço político do Pentágono. Para já é só dinheiro; há-de chegar a altura (se a Rússia não se despachar a resolver aquilo como deve) em que dirão ser preciso mandar tropas. A desvergonha destes canalhas é axiomática. 

A propósito: digo já que sou favorável a serviço militar e serviço cívico (para os objectores de consciência) obrigatórios, para ambos os sexos, mas não para que os soldados portugueses vão servir de carne-para-canhão dos americanos na Ucrânia, como acontece com os pobres ucranianos. Fica para outro post.

quarta-feira, março 22, 2023

não sei se estão a ver a imagem (ucranianas CLXXVI)

Ao contrário dos comentadores do costume (quem os ouça, parece que estão a falar da Etiópia, ou quase), a Rússia está nas mãos da China, como esta precisa daquela. Os patifes dos americanos bem podem guinchar, como o inenarrável Kirby, ou virem com patéticas falinhas mansas, como o seráfico Blinken. Já em 11 de Fevereiro do ano passado, ou talvez até antes, escrevi aqui: "Os Estados Unidos irão 'defender' a Ucrânia atá ao último ucraniano." O que eu ainda não sabia era que o Putin tinha mesmo razão quando na entrevista ao Oliver Stone tratava os europeus como vassalos dos americanos.
 Os chineses sabem bem com quem estão a lidar, a Rússia também lhes é um seguro de vida, se os Estados Unidos resolverem atacar (em desespero). Imagine-se que a Rússia dá garantias à China: um ataque à China desencadeará uma resposta russa...
Eu sei que os americanos estão à espera de um milagre que faça cair Putin (andam a tent´-lo há anos); mas amanhã não será a véspera desse dia.

domingo, março 05, 2023

Estados Unidos e Rússia, ambos estavam à espera (ucranianas CLXX)

 Estava a ver o Oliver Stone num podcast, quando a certa altura diz que não se lembra de ter assistido a uma tão grande massa de propaganda, a propósito da guerra na Ucrânia; outros já o disseram, um dos primeiros de que me lembro foi Miguel Sousa Tavares. Esta miserável propaganda de condicionamento da opinião pública estava a ser preparada de há muito, pelo menos desde a abortada presidência Hillary Clinton.

O Putin sabia-o muito bem; basta ver as entrevistas ao Oliver Stone. E assim também ele se preparou para os pacotes  de sanções, que tanto êxito têm tido em prejudicar os cidadãos europeus...

Porque uma das evidências que vai ficar desta guerra, será o molho de imbecis ou espertalhões à frente da UE -- ontem, tivemos a atrasada mental da presidente do PE em Kiev --; mas pior que isso, a fraqueza e cobardia dos líderes europeus, Eles mostraram que na hora da verdade a União Europeia é uma mistificação, e que quem manda é quem pode.

Entre nós, dois ministros dos Estrangeiros, um pior que o outro; um primeiro-ministro que gosta de agradar a quem detém o poder, um PR tornado num porta-medalhas, sem qualquer relevância neste assunto, nem internamente -- e a gravidade da situação assim o exigia. Apesar de pouco ter conseguido por ocasião do banditismo ocidental no Iraque e até no episódio da província sérvia do Kosovo, que diferença para Jorge Sampaio.


domingo, abril 04, 2021

Putin a tremer de medo da pimponice do Biden, e ainda a propósito do documentário do Oliver Stone


A retórica é conhecida, e já fazia parte do arsenal soviético, a começar pelo genocídio das populações indígenas, continuando na segregação racial -- o tal racismo estrutural que para cá querem importar --, para não falar no resto. Como se previa, Putin que nem varas verdes.
Quanto ao resto, vi ontem a primeira de quatro partes do documentário do Oliver Stone sobre o Putin, que não só recomendo, para já, mas que se os restantes forem como o primeiro, aqui virão parar.
Oliver Stone, um novaiorquino que não se deixa comer por estúpido, tem outra vantagem, que é a de não se amedrontar com os lacaios e prostiputas do costume.
Ainda sobre o Stone, que combateu no Vietname, ao que parece com bravura, está imune a insinuações de traição ou falta de patriotismo (aliás, não é impunemente que se faz um filme como «Snowden»), o que foram as galdérias e os serviçais do costume arranjar? É evidente, assédio sexual. Uma coelha da Playboy diz que foi tocada nas mamas de forma inapropriada. Imagina-se... E apareceu também uma actriz, cujo nome omito com desprezo -- é uma das "justiceiras" do Woody Allen, com melhor currículo em ser apalpada do que a desempenhar papéis -- que também falou em maneiras impróprias, seja lá o que isso for.
Portanto, como não lhe pegam no patriotismo nem o intimidam ou coarctam, venha de lá o arsenal de abuso sexual, que tanto jeito dá e tão eficaz tem provado ser para calar um gajo.
Que falta de paciência...

domingo, outubro 09, 2016

SNOWDEN


O filme de Oliver Stone sobre o extraordinário Edward Snowden. Como cinema, interessa-me pouco; não assim enquanto obra política, que é sensacional.