Estava ali e comecei a pensar que a Liberdade era outra coisa, que devia começar no respeito que devemos ter pela liberdade dos outros...
Há muito que eu não tinha qualquer dúvida de que éramos uma cambada de sacanas, invejosos, hipócritas e cínicos.
Interrompi o trabalho que estava a fazer para escrever umas frases sobre este povo que ainda não percebeu bem o que é isso da democracia, dos direitos e deveres, que devem ser todos nós.
As senhoras funcionárias públicas (ainda com pausa quase colectiva para o café...) estavam muito incomodadas porque a jovem da esplanada utilizava o subsídio do desemprego para comprar todos os dias um jornal e um maço de tabaco. E ainda conseguiram ir mais longe: disseram que eram elas que lhe estavam a pagar aqueles vícios.
Pensei para os meus botões, «santa ignorância», embora me apetecesse mandá-las para um sitio qualquer, ou simplesmente, trabalhar...
Parece que as pessoas têm a culpa de estar desempregadas, de não existir trabalho. Mas pior que isso é haver quem pense que eles não deviam utilizar o subsídio de desemprego como muito bem entendem.
Este sentimento pidesco da nossa sociedade, faz-me desejar ser outra coisa, diferente. Como eu gostava que isto não fizesse parte da essência de se ser português...
O óleo é de Raymond Leech.
Somos um povo espantoso...para o bem e para o mal!
ResponderEliminarAbraço
Sem me querer intrometer.. Tenho também um texto sobre isso:
ResponderEliminarhttp://www.olindapgil.com/2014/01/3000.html
somos, somos isso tudo.
ResponderEliminar:(
Realmente!!!
ResponderEliminarsem dúvida, Rosa.
ResponderEliminaré o país que temos, Olinda...
ResponderEliminarinfelizmente, Piedade.
ResponderEliminarpois, Rita.
ResponderEliminar"Este sentimento pidesco" diz o Luís, pois eu penso muitas vezes que não foi por acaso que a P.I.D.E. vingou e se aguentou durante tantos anos.
ResponderEliminarUm abraço
pois não, Elvira, infelizmente.
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