terça-feira, novembro 30, 2010
segunda-feira, novembro 29, 2010
Secrets Behind the Wall, seguido de The Embryo Hunts in Secret - O meu Estoril Film Festival 2010 (12)
Kabe no Naka no Himegoto (Secrets Behind the Wall), seguido de Taiji Ga Mitsoryosuru Toki (The Embryo Hunts in Secret), de Kôji Wakamatsu (Japão, 1965 e 1966). «Homenagem Kôji Wakamatsu».
O Japão do milagre, a industrialização, a finança, os negócios, o bem-estar, os estudos para lá chegar, as casas como colmeias, a opressão disso tudo, o desvio sexual, o voyeurismo, a dominação como partes integrantes de. Dois pormenores, não de somenos: o violoncelo elegíaco de «Secrets Behind the Wall»; a voluptuosidade com que a actriz é mostrada em «The Embryo Hunts in Secret». Não vi «Caterpillar», de 2010, o que terei de fazer.
O Japão do milagre, a industrialização, a finança, os negócios, o bem-estar, os estudos para lá chegar, as casas como colmeias, a opressão disso tudo, o desvio sexual, o voyeurismo, a dominação como partes integrantes de. Dois pormenores, não de somenos: o violoncelo elegíaco de «Secrets Behind the Wall»; a voluptuosidade com que a actriz é mostrada em «The Embryo Hunts in Secret». Não vi «Caterpillar», de 2010, o que terei de fazer.
domingo, novembro 28, 2010
K.364 A Journey by Train - O meu Estoril Film Festival 2010 (11)
K.364 A Journey by Train, de Douglas Gordon (Reino Unido, EUA, França, 2010). «CinemArt».
Avri Levitah e Roi Schiloach são dois músicos israelitas, cujos pais tiveram de fugir da Polónia, após a invasão nazi. O documentário de Douglas Gordon dá-nos um pouco da viagem de comboio entre a Alemanha e a Polónia -- com o simbolismo que o caminho-de-ferro tem naquele contexto histórico... -- e depois o encontro com a Orquestra de Poznan, cidade em que, desde 1939 até à actualidade, as piscinas municipais funcionam no edifício que fora a sinagoga principal. Em fundo, a Sinfonia Concertante para Violino, Violeta e Orquestra K. 364. Mozart liga os dois mundos e torna imponderável o opressivo peso da História.
Io Sono Tony Scott - O meu Estoril Film Festival 2010 (10)
Io Sono Tony Scott, de Franco Maresco (Itália, 2010). «Em competição».
Um documentário sobre um dos maiores clarinetistas da transição swing / be bop. Tony Scott (1921-2007) foi, por votação dos críticos da Downbeat, músico do ano durante quatro vezes, em finais da década de cinquenta (o outro grande instrumentista desse período foi Buddy De Franco), tendo tocado com todos -- de Billie Holiday a Charlie Parker, de Duke Ellington a Dizzy Gillespie e Bill Evans, que lançou. Nova-iorquino filho de sicilianos, resolve mudar-se para Itália nos anos sessenta, depois de uma passagem prolongada pelo Oriente, ensaiando aí vários projectos de fusão e o que viria a designar-se por world music. Documento triste, pois alguém que fora um dos mais destacados músicos do seu tempo, acaba ignorado, menorizado, ridicularizado. Scott nunca deixou de ter a noção do que era e de quem era, o que por vezes não (lhe) facilitava as coisas. Até à sua morte, poucos perceberam que lidavam com uma lenda viva. O filme acaba por tornar-se numa espécie de expiação colectiva, um atestado do remorso. Maresco é cáustico para com o seu país, afirmando que só lá é que algo semelhante poderia acontecer... Desconhece Portugal, é claro.
site
sábado, novembro 27, 2010
sexta-feira, novembro 26, 2010
I'm Still Here - O meu Estoril Flm Festival (9)
I'm Still Here, de Casey Affleck (EUA, 2010). «Fora de competição».
De Joaquin Phoenix ficara-me o extraordinário desempenho como Johnny Cash, em «Walk The Line», que lhe valeu uma nomeação para Oscar de melhor actor e a atribuição de um Globo de Ouro. Este filme de Casey Affleck (cunhado de Phoenix) quer documentar a pretensa história do actor de Hollywood que, não conseguindo prosseguir com o papel de estrela, quer tornar-se músico hip-hop. É um outro habitat, e as coisas não correm de feição. Se fosse um verdadeiro documentário, seria patético; assim, permite-nos ter uma perspectiva, de dentro, sobre a natureza instável ou periclitante do "estrelato".
quinta-feira, novembro 25, 2010
quarta-feira, novembro 24, 2010
Framtidens Melody (Song of Tomorrow) - O meu Estoril Film Festival (8)
Framtidens Melody («Song of Tomorrow»), de Jonas Bergergard e Jonas Holmström («Em competição»).
Um filme magnífico sobre a amizade, sobre o sonho, as expectativas da vida -- sobre a vida. Janos é um cantor de rua, sem grandes competências para as convenções sociais, e sem particulares ambições que não sejam as de poder viver livremente. É, no entanto, possuidor de um talento incrível que faz dele uma espécie de jogral. Stig é um velho que de moto próprio se torna uma espécie de manager, pretendendo para Janos as luzes da ribalta e o sucesso que merece. No fundo, é Stig quem precisa mais de Janos, que pacientemente se deixa "auxiliar"... O filme gira todo em torno deste delicioso equívoco, e é duma grande sensibilidade. Os actores, não profissionais, se não erro, estão esplêndido, e a música de Janos (Sven-Olof Molin) é do outro mundo. De todos os que vi a concurso, este seria o meu premiado.
terça-feira, novembro 23, 2010
já percebemos os "mercados"
Os "mercados" não vão descansar enquanto não sugarem o que puderem, já se percebeu. Do que precisamos, Portugal, Europa, é de políticos à altura das circunstâncias; não de gente pequena, de pequenos políticos nem de tecnocratas que se limitam a constatar o problema («é assim, estamos em capitalismo, são os "mercados", basta de palavreado»...). Sim, basta de palavreado acocorado e parta-se para a acção. E a acção tem de ser política e institucional, envolvendo a União Europeia -- se queremos salvar a União Europeia e não recuar décadas no que se adquiriu politica e civilizacionalmente, que é algo que estas mentes vesgas e torpemente merceeiras não percebem.
segunda-feira, novembro 22, 2010
«Um homem de camisa demasiado limpa não é um homem honrado.» - O meu Estoril Film Festival 2010 (7)
Não sei que sentido terá hoje falar-se de contra-cultura. É um conceito a rever. Mas se pensarmos em transgressão e desafio, Alberto García-Alix é um nome. Não me impressiona muito a foto de chuto com título poético ou o grande falo erecto dum tipo cujo nome me esqueci de assinalar (Pancho, Nacho ou assim -- mulheres fascinadas, homens invejosos). A toxicodependência e a pornografia, a deficiência e a irreverência já não chocam muito pouco. A grande foto da exposição «De donde no se vuelve» (desgraçadamente, não vi o documentário), a fotografia mais transgressora e desafiante é a de um imaculado "peitilho" intitulada: Um homem de camisa demasiado limpa não é um homem honrado. Perfeito.
(Auto-Retrato)
domingo, novembro 21, 2010
A Espada e a Rosa - O meu Estoril Film Festival 2010 (6)
A Espada e a Rosa, de João Nicolau (Portugal, França, 2010). «Em competição».
E depois da cena do fiscal das finanças, quando tudo parecia ir bem e nos preparava para assistirmos a algo interessante, com humor e voz própria, o filme escangalha-se e transforma-se num pastelão insuportável, que as deixas piadéticas das personagens agravam, nem se salvando o inevitável Luís Miguel Cintra (papéis daqueles, ele fá-los até a dormir) ou o José Mário Branco, cuja aparição teve pelo menos o condão de me acordar. (Para filmes longamente aborrecidos, uma frase longa.)
Cul-de-Sac - O meu Estoril Film Festival 2010 (6)
Cul-de-Sac, de Roman Polanski (Reino Unido, 1966). «Homenagem Roman Polanski».
O primeiro que vi do Polanski foi o deslumbrante «Tess», no desaparecido Cinema Palácio, no Estoril, e tive pena de não o rever nesta homenagem que o EFF organizou. Polanski é uma figura trágica (assistiu à morte da mãe, abatida à queima-roupa por um militar nazi; a mulher, Sharon Tate, morta de forma macabra com um filho seu no ventre; o caso de abuso de menor que ainda o persegue...) e também é um dos maiores cineastas do nosso tempo e, se calhar, da história do Cinema (deixo isso aos especialistas). O seu texto publicado no Catálogo -- não sei se escrito propositadamente para --, intitulado «O cinema é uma luta, é guerra» é exemplar na lucidez e na fibra que demonstra. Algo assim só pode ter saído da pena de um criador de excepção.
Nunca vira o «Cul-de-Sac», uma comédia de reféns, um «beco-sem-saída» em que se metem dois foras-da-lei, e que não acaba bem para eles. Donald Pleasence estupendo como industrial retirado para o seu castelo na Escócia, ao lado da espampanante Françoise Dorléac; a Pleasence e ao inefável Lionel Stander se deve o mais hilariante do filme (se o João Bafo-de-Onça tivesse figura humana, seria a de Stander...).
sábado, novembro 20, 2010
sexta-feira, novembro 19, 2010
quinta-feira, novembro 18, 2010
Copie Conforme - O meu Estoril Film Festival 2010 (4)
Copie Conforme, Abbas Kiarostami (França, Itália, 2010). «Fora de competição».
Um historiador de arte e uma antiquária encontram-se na Toscânia, desenvolvendo um jogo de faz-de-conta de uma relação marital que não existe, nem se pretende -- pelo menos da parte dele -- venha a existir.
Binoche encontra Kiarostami. O iraniano é um artista refinado, com a justa medida do pudor. No encontro com o público, disse que as reacções que tem tido -- ao script, primeiro, e depois ao filme -- confirmam a sua intuição de que há mais semelhanças do que diferenças entre pessoas de culturas distintas. Também me parece -- talvez apenas com a ressalva de a sensibilidade de Kiarostami me parecer ainda intocada pela coisificação em que vamos chafurdando. A delicadeza do filme parece-me pouco ocidental...
Um historiador de arte e uma antiquária encontram-se na Toscânia, desenvolvendo um jogo de faz-de-conta de uma relação marital que não existe, nem se pretende -- pelo menos da parte dele -- venha a existir.
Binoche encontra Kiarostami. O iraniano é um artista refinado, com a justa medida do pudor. No encontro com o público, disse que as reacções que tem tido -- ao script, primeiro, e depois ao filme -- confirmam a sua intuição de que há mais semelhanças do que diferenças entre pessoas de culturas distintas. Também me parece -- talvez apenas com a ressalva de a sensibilidade de Kiarostami me parecer ainda intocada pela coisificação em que vamos chafurdando. A delicadeza do filme parece-me pouco ocidental...
quarta-feira, novembro 17, 2010
Chronicle of a Disappearance -- O meu Estoril Film Festival 2010 (3)
Chronicle of a Disappearance, Elia Suleiman (PSE, Israel, Alemanha, França, 1996). «Retrospectiva Elia Suleiman».
Grande filme, quase caseiro, rodado ainda sob o optimismo dos Acordos de Oslo (vide cena em baixo). Suleiman, laico e antinacionalista, vai para além dos clichés. A Nazaré natal que ele nos mostra podia ser qualquer pequena cidade de qualquer país. Um humor fino e elegante. Pedi-lhe, após a exibição, para comentar a impressão que me tinha causado o seu humor, que considerei muito tatinesco. Ele disse que um dos técnicos que o acompanhou na rodagem, um francês, lhe perguntou se conhecia a obra do Jacques Tati, o que então não se verificava. Quando tomou contacto com ela, achou interessante comprovar como podia haver sensibilidades semelhantes em tempo e espaço tão diferentes. Muito interessante outra das suas declarações: «Não quero adorar a terra mais do que ela o deve ser...», afirmando-se descrente na identidade, um artificialismo (a palavra é minha) que só faz sentido naquilo a que Suleiman chamou « a familiaridade do espaço», ou seja: a terra natal.
Autobiografia Lui Nicolae Ceausescu - O meu Estoril Film Festival 2010 (2)
Autobiografia Lui Nicolae Ceausescu («Autobiografia de Nicolae Ceausescu»), de Andrei Ujicã (Roménia, 2010). «Em competição».
Afinal o Ceausecu até era um gajo porreiro e eu não sabia!... Este pode ser o efeito do filme -- que não é um documentário nem uma obra de ficção -- visto de uma forma desprevenida ou sem a noção razoável do que foram os regimes da esfera soviética. Ujicã visionou mil horas de filmes de propaganda e aproveitou três para exibir a ascensão, triunfo e queda do ditador romeno, sem contextualizações.
É um filme que levanta questões complexas, pois se Ceausescu, apparatchik alçado à chefia do Partido, que aparece como um homem comum, nem melhor nem pior que os outros, na absolutização do seu poder e na paranóia que acaba por condicionar os ditadores, é também, e em boa medida, um produto do sistema. Sistema que em teoria se exerce das bases para a cúpula, mas que, fruto da repressão policial e da censura (que nem aparecem ao de leve no filme) próprias de um estado totalitário, acaba por degenerar no exercício florentino do controlo do aparelho de estado pela clique próxima do ditador, que o adula e eleva a pai da pátria. É muito fácil diabolizar um homem, quando, no fundo, se sabe que esse homem -- chame-se Ceausescu, Hitler ou Salazar -- não exerce o mando se não tiver à mão, não um punhado de fiéis, mas uma verdadeira multidão, uma boa parte da sociedade que acha melhor encolher os ombros e levar a vidinha avante. Esta é a questão. Porque todo o oportunista que seja bem sucedido na tomada do poder, encontra sempre quem se chegue à frente e se preste a fazer o trabalho sujo, em troca duma pequeníssima (ou nem tanto) parcela desse poder que sobre si recaia. Todos nós conhecemos casos.
Há quem ainda não tenha percebido, e insista na lenga-lenga da justeza das ideias subvertidas pela perversidade dos homens -- daqueles homens --, quando é evidente que as sociedades policiadas e bloqueadas nunca se questionam, a não ser quando já é demasiado tarde para a sua regeneração. Foi a isso que assistimos nesse ano glorioso de 1989. E foi interessante ver um Gorbachov -- que viria a ser vítima da própria revolução que lançou -- enfadado com aquela brigada do reumático do Pacto de Varsóvia: Honecker, Husak, Kadar, Jivkov, Jaruselski (este doutra estirpe, que não posso desenvolver agora) e o Ceausescu, é claro, o último a cair e da forma mais inglória.
Ah, e já agora deixem-me lembrar um dos meus heróis, Alexander Dubcek, o homem da Primavera de Praga,que aparece no filme sempre com aquela serenidade, a propósito de quem se falou de socialismo de rosto humano, tão contrastante com a dureza dum Brejnev, e registar a enérgica oposição de Ceausescu à intervenção das forças do Pacto de Varsóvia na Checoslováquia.
Um filme apaixonante, pelo que traz à luz e pelas questões que suscita.
Ah, e já agora deixem-me lembrar um dos meus heróis, Alexander Dubcek, o homem da Primavera de Praga,que aparece no filme sempre com aquela serenidade, a propósito de quem se falou de socialismo de rosto humano, tão contrastante com a dureza dum Brejnev, e registar a enérgica oposição de Ceausescu à intervenção das forças do Pacto de Varsóvia na Checoslováquia.
Um filme apaixonante, pelo que traz à luz e pelas questões que suscita.
terça-feira, novembro 16, 2010
segunda-feira, novembro 15, 2010
Au Fond des Bois - o meu Estoril Film Festival 2010 (1)
Au Fond des Bois, de Benoît Jacquot (França e Alemanha, 2010), «Fora de competição».
Sul de França, 1865. Um mendigo asselvajado pede guarida em casa de um médico conhecido por acolher os desvalidos e sentá-los à sua mesa. Aquele tem uma filha que se deixa perturbar pela estranha criatura, exercendo sobre ela um inexplicável ascendente. Um ambiente pesado de século XIX na província, trouxe-me à memória (associação talvez espúria, teria de confrontar vinte e tal anos depois) o díptico de Claude Berri, «Jean de Florette» / «Manon des Sources», há muitos anos visto no Casino. Os actores principais, Isild Le Besco e Nahuel Perez Biscayart, anjos perversos, pequenos demónios, estão fantásticos e fazem jus a este filme soturno.
domingo, novembro 14, 2010
sexta-feira, novembro 12, 2010
quinta-feira, novembro 11, 2010
terça-feira, novembro 09, 2010
segunda-feira, novembro 08, 2010
domingo, novembro 07, 2010
sábado, novembro 06, 2010
sexta-feira, novembro 05, 2010
quinta-feira, novembro 04, 2010
saboroso anacronismo, ou ainda dizem que o Saramago não tinha sentido de humor
quarta-feira, novembro 03, 2010
terça-feira, novembro 02, 2010
Igreja de Nossa Senhora da Anunciação, Bagdade
Leio o Dalai Lama: «a guerra é como um incêndio na comunidade humana cujo combustível são pessoas vivas» (Ética para o Novo Milénio). Por estar consciente disso, fui um dos milhões que em todo o mundo se manifestaram contra a guerra criminosa no Iraque. Qualquer pessoa bem formada e informada percebia o que de terrível iria acontecer aos inocentes, por capricho e ganância da trupe do Bush filho, do repugnante Blair e desse palhaço amacacado chamado Aznar (Barroso, felizmente para nós, foi duma irrelevância em tudo aquilo, que seria ridículo se não fosse trágico). O ataque à igreja de Bagdade no passado domingo deve-se a esta cáfila que soltou no Iraque o sectarismo religioso e o tribalismo. Eles continuam a ser responsáveis pela mortes das mulheres, das crianças, dos padres e dos polícias, pessoas que serviram de combustível nesta guerra que só terminará, após a retirada dos americanos, com o domínio sanguinário de uma das facções -- muito provavelmente dos xiitas com apoio do Irão, guerrilha endémica sunita finaciada pela Arábia Saudita, para não falar do Curdistão, problema ainda mais complexo.
Não sou um pacifista à outrance, muitas vezes não há outra solução para garantir a paz. Para continuarmos em terrenos saddâmicos: quando o carniceiro invadiu o Koweit, dificilmente haveria outra alternativa -- e por essa razão os EUA conseguiram formar aquela coligação.
Mas a tragédia de domingo, a última de milhares ocorridas desde a segunda invasão do Iraque, por causa das armas de destruição maciça que nunca existiram (lembram-se?), tem assinatura.
segunda-feira, novembro 01, 2010
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