Não queria voltar a falar de futebol, mas quando uma equipa perde por três a zero, com aquela que é considerada a melhor do Mundo (por ter Messi...), e depois em casa, consegue vencer por quatro a zero (sem aquelas coisas estranhas do nosso campeonato...), tenho de fazer uma grande vénia aos seus jogadores e ao seu técnico.
Para quem não liga a estas coisas do futebol, estou a falar do jogo de ontem das meias-finais da Liga dos Campeões, entre o Liverpool e o Barcelona.
Já hoje escrevi num comentário que o futebol continua a viver mais da improvisação e da inspiração do momento, que das tácticas do quadrado ou do triângulo. E não se pode, nem deve, falar de "lógica", por que isso conta muito pouco. Contam sim os golos que entram dentro das balizas e são validados.
É preciso ter a frieza do mestre Pedroto, que dizia, muito bem, que uma bola atirada ao poste ou à trave, se não entrar na baliza, é um golo falhado...
Eu por exemplo, num dos raros textos que escrevi sobre futebol aqui no "Largo", disse que não compreendia as apostas do Moreirense e do Santa Clara, em dois técnicos (Ivo Vieira e João Henriques...), porque ambos tinham descido as suas equipas na época passada.
Moral da história: O Ivo e o João foram os treinadores mais em evidência durante a Liga portuguesa nesta época (se excluir Bruno Lage, claro...), com grandes jogos e excelentes classificações das suas equipas.
O pior de tudo, é quando quem nem sequer dá "chutos na bola", quer ser a figura do jogo, acabando por ter uma influência directa no seu resultado final (os famosos "roubos de igreja", que o mestre Pedroto, também gostava de denunciar...).
E lá se vai a beleza e a imprevisibilidade, daquele que continua a ser o desporto que desperta mais paixões pelo mundo inteiro...
(Fotografia de Luís Eme)