Sinopse:
Querida leitora,
Alguma vez quis saber como era ser imortal? Viajar pela noite caçando os vampiros que perseguem os humanos? Ter riqueza e força ilimitadas? Essa é a minha vida e é escura e perigosa. Sou herói de milhares, mas ninguém me conhece. E adoro todos os minutos. Pelo menos era o que eu pensava até que, certa noite, acordei algemado ao meu pior pesadelo: uma mulher conservadora, de camisa apertada de cima a baixo. Ou, no caso de Amanda, abotoada até ao queixo. É inteligente, sensual, espirituosa e não
quer ter nada a ver com o paranormal, por outras palavras, comigo.
A minha atracção por Amanda Devereaux vai contra tudo aquilo que represento. Já para não dizer que, da última vez que me apaixonei, isso me custou não só a minha vida humana como a minha alma. Ainda assim, sempre que olho para ela, dou por mim a desejar tentar de novo. A desejar acreditar que o amor e a lealdade existem. Ainda mais perturbador, dou por mim a perguntar se haverá alguma forma de uma mulher como Amanda amar um homem cujas cicatrizes da guerra são profundas, e cujo coração foi ferido por uma traição tão selvagem que não sei se voltará a bater de novo.
Kyrian da Trácia
Opinião:
Depois de ter lido Amante de Sonho, o primeiro desta série, não ter apreciado muito, ainda assim decidi dar uma hipótese a Prazer da Noite, já que o tinha cá em casa e ainda tinha esperanças que a série ficasse melhor.
Em Prazer da Noite somos realmente introduzidos à sociedade dos Predadores da Noite, o que faz, em parte, com que o primeiro livro pareça algo redundante.
Tal como tinha acontecido anteriormente, adorei as bases para esta série: a mitologia greco-romana e o oculto em geral. Ainda assim, acho que nesse aspecto o livro anterior foi muito mais interessante e explorou melhor este lado da trama.Talvez por isso, e por se ter focado um pouco demais no casalinho principal, o enredo deixou algo a desejar. Não que fosse mau de todo mas tinha demasiadas lacunas e acabou por reservar muito poucas surpresas. Para mim o que realmente estragou este livro foi o final. Foram poucas as vezes que desprezei tanto um desfecho. Sabem quando parece que o autor nem se esforçou por fazer algo diferente, arriscado? Quando tudo pareceu encaixar demasiado bem, demasiado convenientemente? Pois foi um final desses, e eu fiquei muito decepcionada com o confronto final entre o Kyrian e o mau da fita, especialmente porque os poderes da Amanda apareceram do nada. Muito conveniente!
A nível de personagens, como quase todas as mulheres, sou muito imparcial quando o protagonista é um macho cheio de cicatrizes emocionais do passado. Pelo menos na ficção. Dito isto, gostei dessa parte da história, embora tivesse gostado de saber mais sobre a ex-mulher do Kyrian.
E por falar em Kyrian, achei que ele, a Amanda e mais algumas personagens secundárias que trilharam as páginas, foram bem desenvolvidas. E não fosse pelo facto de a Amanda de repente descobrir que tem poderes fantásticos, tudo teria sido muito bem conseguido a nível de desenvolvimento de personagens. Posso dizer que, definitivamente, não foi culpa das personagens o eu não ter apreciado mais este livro. Até porque o relacionamento dos protagonistas se desenrolou bem.
Passando à prosa, posso dizer que, no geral, gostei mas não fiquei propriamente fã da autora, especialmente porque desgostei com especial fervor das cenas mais sensuais (não as sexuais) porque a autora estava sempre a repetir o quanto a Amanda e o Kyrian se sentiam atraídos um pelo outro, e era tão repetitivo! Simplesmente pareciam-me demasiado frequentes, demasiado semelhante e sem grande charme. Já as cenas mais explícitas estavam bem conseguidas, especialmente a cena das amarras, pela sua carga emocional e pelo impacto que teve nas personagens.
Havia, no entanto, outra grande falha na prosa da escritora, que se notava com especial intensidade nas cenas de acção, que eram ridículas e sem qualquer genica. E os diálogos então ... ai os diálogos nas cenas de acção! Só de pensar até me arrepio, de tão más que eram.
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Tradução (Rita Guerra), Capa, Design e Edição:
Tenho de dar os parabéns à tradutor pelo bom trabalho. Embora certas expressões não caíssem muito bem, quase sempre o texto fluía na perfeição.
Quanto ao design de capa, bem, não é que seja totalmente do meu agrado (O Kyrian é loiro!), mas prefiro-o, mil vezes, ao novo que por aí circula (à direita). No que refere ao design interior, a Chá-das-Cinco não decepciona, com uma edição cuidada e muito agradável de folhear.
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