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segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Eona

"Eona (Eon 2)", de Alison Goodman (ainda não publicado em Portugal)


Sinopse (inglês):
Finally able to embrace her true identity, Eona has already won a massive personal victory. However, a major battle still rages for control of the empire. After slaughtering his own family, High Lord Sethon has seized the throne. Left unstopped, his relentless ambition would leave the whole country in ruins.
Although she is new to her powers, Eona is now the resistance's only hope. She must learn to harness the mysterious strength of her Mirror Dragon if Emperor Kygo is to claim back his kingdom. Yet knowledge comes at a price. Who can she trust, and how long can she resist the terrible truth of her ancestor's prophecy?
In the second book of the stunning Dragoneye duology, Eona's quest for self-discovery leads her on a perilous and devastating journey in which ties of love, loyalty and legend are shaken to the core
.

Nota: Este livro é também conhecido como "The Necklace of the Gods", "Eona - The Last DragonEye" e "Eona - Return of the DragonEye".

Opinião (audiolivro):
Nota: Esta opinião contém SPOILERS. Se não leram o primeiro livro (Eon), então tenham cuidado. E lamento mas também não consegui impedir-me de dar alguns spoilers para este segundo livro. Sigam com precaução.

Ao que parece eu devo ser das poucas pessoas que gostou menos deste segundo livro que do primeiro. Espantosamente, quase todas as opiniões que li deste livro são bajuladoras, mas eu atrevo-me a discordar.
No entanto tenho de admitir que este livro flui muito melhor que o primeiro, não sofre de um início aborrecido (bem longe disso) e mantém o leitor agarrado às suas páginas, tentando adivinhar o que se segue. Aqui houve uma grande evolução narrativa. Enquanto no volume anterior o leitor facilmente adivinhava o que se iria passar a seguir, neste segundo volume tudo surpreende, tudo faz sentido, tudo é imprevisível.

A história em si é muito rica, cheia de reviravoltas bem conseguidas, com um excelente desenvolvimento de personagens (exceptuando uma ou outra) e um mundo muito bem explorado. Uma maravilha a nível de enredo e exploração do mundo. Gostei especialmente do que se relacionava com os Dragões, embora gostasse de saber mais.

A nível de personagens a coisa já não correu tão bem, Embora não possa negar que a autora soube usar a trama para evoluir as suas personagens, Eona continuou a ser uma protagonista com a qual não me consegui relacionar de forma nenhuma. Pior que isso, ela tornou-se uma daquelas personagens que parecia não aprender com os erros e as burrices que ela fez no primeiro livro, voltou a fazer no segundo, o que apenas conseguiu irritar-me (enquanto leitora). Por outro lado, outras personagens estivera muito bem nos seus papéis, incluindo Ryko, Lady Dela, Kygo, Chart, Ido, entre outros. Infelizmente não posso dizer o mesmo do Sethon porque foi apenas um vilão genérico, sem espinha nem alicerces interessantes. Outras personagens que mereciam, a meu ver, um melhor desenvolvimento foram a mãe da Eona, a Kinra e o Dillon.

Ainda relativamente às personagens, tenho de confessar algo: aparentemente eu devo ser a única pessoa no planeta (mais uma vez) que odiou o romance entre a Eona e o Ido. Sinceramente, e permitam-me o que vou dizer, acho um bocado doentia a permissividade com que os leitores apoiam certos vilões. Ok, há crimes que se podem perdoar, mas como podem apoiar um romance em que o homem tentou (e por pouco não conseguiu) violar a rapariga? Sinceramente, expliquem-me lá isso que eu não entendo. E não venham com a desculpa de "é ficção" porque há coisas que nem na ficção se tornam aceitáveis (pelo menos para mim).
Assim, um dos grandes factores que me levou a não gostar tanto do livro e uma das coisas que me fez desgostar ainda mais da Eona, foi a relação que ela manteve com o Ido, que para mim não fazia o menor sentido.
Confesso que quando chegou à cena deles no barco, eu fiz pausa no audilivro e tive de respirar fundo durante uns bons minutos. Estive quase para desistir do livro porque me enojou a cena (eu não posso ser a única a lembrar-se que ele a tentou violar no livro um) e só não desisti do livro porque já ia a meio e como era o último da duologia, pareceu-me mal ficar por ali.

A escrita da autora continuou rica, embora por (raras) vezes algo confusa. No entanto certas cenas pareceram estender-se eternamente, como se o relógio tivesse parado., Refiro-me a cenas tensas, de acção, em que algo deveria acontecer em segundos, mas a descrição demoravam uma eternidade, ou porque a autora narrava algo ou porque as personagens tinham uma conversa que, tenho a certeza, nunca poderiam ter naquele espaço de tempo.
Fora isso achei a escrita rica, especialmente no que respeitava a descrever os cenários e a força da natureza. A cena final com os dragões também estava escrita de uma forma que me agradou.

Em suma, este é um bom final para a duologia e, em termos da trama central, um livro que vale a pena ler. No entanto foi-me impossível ter qualquer ligação de empatia com a protagonista ou o triângulo amoroso, não que este estivesse a mais, porque em termos de enredo acaba por ser uma boa jogada, mas porque me enojou em certos momentos.
Não me arrependo de ter lido a duologia Eon, mas contava que este segundo volume fosse mais maduro do que foi.

Narração (Nacny Wu):
A minha opinião mantém-se igual à do volume um. Não fiquei fã do trabalho de Nancy Wu enquanto narradora de audiolivros porque lhe falta a faceta vocal para dar vida às personagens, e sendo "Eona" um título com tanta riqueza de personagens, foi difícil digerir certas interpretações mais medíocres, especialmente quando se tratavam de personagem masculina. No entanto, depois de habituada, não foi muito mau.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Eon - Dragoneye Reborn

"Dragoneye Reborn (Eon 1)", de Alison Goodman (ainda não publicado em Portugal)


Sinopse (inglês):
Sixteen-year-old Eon has a dream, and a mission. For years, he's been studying sword-work and magic, toward one end. He and his master hope that he will be chosen as a Dragoneye-an apprentice to one of the twelve energy dragons of good fortune.
But Eon has a dangerous secret. He is actually Eona, a sixteen-year-old girl who has been masquerading as a twelve-year-old boy. Females are forbidden to use Dragon Magic; if anyone discovers she has been hiding in plain sight, her death is assured.
When Eon's secret threatens to come to light, she and her allies are plunged into grave danger and a deadly struggle for the Imperial throne. Eon must find the strength and inner power to battle those who want to take her magic...and her life.


Nota: Este livro pode ser encontrado com três títulos diferente: "The Two Pearls of Wisdom". "DragonEye Reborn" e "Eon", mas é mais conhecido como "Eon" (o nome da saga)

Opinião (audiobook):
"Eon - DragonEye Reborn" é um daqueles livros cujo início nos testa a paciência, mas cujo final faz valer a pena.No entanto é-me difícil decidir se simplesmente gostei do livro, ou se gostei muito. Isto porque o livro se arrastou desnecessariamente durante a primeira parte (uma primeira parte muito grande).

Em termos de história, temos uma trama intensa, com muitas raízes e diversificada. Não é de todo imprevisível mas a forma como a autora encadeia a acção torna irrelevante o facto de o leitor lhe adivinhar certas cenas-chave.
No entanto, uma coisa que me dificultou a ligação à história no início, foi o Eon, isto porque esta é uma personagem que é oposto de tudo o que as pessoas acreditam que ele é, ou melhor, é oposto de tudo o que teria de ser para suceder, e ainda assim sucede. Senão vejamos: Eon tem 16 anos, quando deveria ter (obrigatoriamente) 12, é uma rapariga quando deveria ser (obrigatoriamente) um rapaz, e ainda por cima tem uma deficiência motora quando não o poderia ser pois tais pessoas são inaceitáveis na sociedade do livro.
Como leitora achei isto altamente inverossímil. Até aceitaria 2 destes quebra-regras, e isso já seria esticar a corda. Um seria mais que suficiente, mas a autora decidiu usar as três ferramentas e isso fez com que só no final eu conseguisse ligar-me ao/à Eon/Eona. Quando temos demasiadas razões para ter 'pena' de um protagonista, acabamos por ter a reacção contrária.

Por outro lado, o mundo que Alison Goodman nos apresenta é extremamente rico, extremamente interessante e é impossível não ter vontade de o visitar. Está explorado de forma subliminar e exemplificado neste primeiro livro e espero que no segundo ainda melhor o esteja. Para fãs da cultura oriental, este livro será um mimo. No entanto as belas descrições são por vezes exageradamente minuciosas, chegando a ser aborrecidas.
Por outro lado, adorei o facto de a autora não ter medo de tocar em temas que raramente vejo retratados em livro, e especialmente tanto juntos. Temos eunucos, transsexuais, deficientes físicos, entre outras coisas. E acreditem que o faz de forma muito interessante.

A nível de personagens, o livro também é extremamente rico. Não houve nenhum pelo qual não me interessasse e guardo-os todos na memória. As personagens estão muito bem expostas e exploradas, de forma gradual e cada qual com o nível de intensidade que a sua função (no livro) requer. Assim, podem ter a certeza que se a autora gasta tempo a apresentar uma personagem, é porque mais tarde ou mais cedo a vai usar para algo importante.
As minhas personagens favoritas foram: Ryko, Lady Dela, o Chart e a Rilla, assim como o príncipe Kygo. Mais no final, também Eona me cativou, mas só mesmo no final, pois no resto do livro irritou-me solenemente este/a protagonista, tanto pela sua estupidez como dependência no seu mestre.

Quanto a prosa (eu li/ouvi em inglês), gostei bastante, mas achei a primeira parte excessivamente morosa e algumas descrições exageradas. Alison Goodman queria mostrar-nos tudo o que imaginou, e com isso exagerou. Às vezes a planta arquitectónica do palácio parecia mais importante que a intriga palaciana (só para dar um exemplo) e isso distraía o leitor.
Outra coisa que não gostei particularmente, foi a forma como a autora decidiu dar-nos a descrição física de Eon/Eona. Sendo que o livro está contado na 1ª pessoa, decidiu pôr a personagem em frente a um espelho para nos dizer como era a sua aparência física. Isso não se faz! É das coisas mais clichés de todos os tempos.
Fora isto, o livro está muito bom, no entanto há que suportar a primeira parte, para então chegar ao bom. Não é que na primeira parte não aconteçam coisas interessantes, porque acontecem muitas, mas como estamos a ser introduzidos num novo mundo, isso toma um pouco o papel principal. E num livro com mais de 600 páginas, a primeira parte, como devem imaginar, é muito grande.

Em suma, "Eon - DragonEyes Reborn" é um livro que começa ameno e depois se torna em algo muito bom. Com excelentes personagens, um mundo fabuloso e uma história intrigante, fica a vontade de ler o segundo e último livro desta duologia (que pelos vistos é ainda maior).


Narração (Nancy Wu):
Embora a narração de Nancy Wu não seja má de todo, de início custou-me habituar, especialmente quando personagens masculinas entravam em cena. Mas depois de alguns capítulos já estava mais integrada na narração e não me fazia espécie alguma.

Booktrailer:

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