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segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

Os Melhores Livros de 2018

Neste início de ano demorei mais um pouco do que o habitual a trazer-vos o apanhado do ano que findou, mas como vem sendo hábito, abaixo vos deixo as "estatísticas das minhas leituras do ano 2018.
E como vem sendo hábito também, convido-vos a partilharem nos comentários quais foram as vossas melhores leituras do ano transato.


Os números:

Em 2018 li 18 livros (incluindo antologias, romances e noveletas) somando 6.745 páginas (contando com as páginas que têm as versões físicas dos audiolivros) e mais de 158 horas de audiolivros escutados.
- 5 destes livros estavam em português (2 de autores portugueses), 12 em inglês e 1 em espanhol.
- 4 foram lidos em formato físico2 em ebook 13 em audiolivro.
Nota média de leitura: 6,39 de 10 possíveis. 

O Género mais lido em romance foi, mais uma vez, a Ficção Científica, tanto em romance (6)  como em conto (11).

Li 13 álbuns de banda desenhada, e 22 volumes manga, num total de cerca de 6.588 páginas.
A nota média de BD e Manga foi 7,06 em 10 possíveis.

Li, ao longo do ano 35 contos. Nota média dos contos é 6,95 em 10 possíveis.




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Seguem-se os Tops!
 

 Top 5 de romances/antologias de 2018:
1) "A Lança do Deserto (Demon Cycle 2)", de Peter V. Brett

2) "Tor.com: Selected Original Fiction 2008-2012", antologia

3) "The Lost World (Professor Challenger 1)", de Arthur Conan Doyle
4) "Obsidio (The Illuminae Files 3)", de Amie Kaufman, Jay Kristoff
5) "Jonathan Strange & Mr. Norrell", de Susanne Clarke

Top 5 de BD e Manga de 2018:
1) "História do Sexo", de Philippe Bernot e Laetitia Coryn

2) "Monstress", de Marjorie M. Liu e Sana Takeda
3) "Ojisama to Neko", de Umi Sakurai
4) "One Punch Man", de One e Yusuke Murata
5) "A Leoa - Um Retrato Gráfico de Karen Blixen", de Anne-Caroline Pandolfo e Terkel Risbjerg

Top 5 contos de 2018:
1) "After the Coup". de John Scalzi (Tor.com: Selected Original Fiction 2008-2012)

2) "How To Win", de Rosellen Brown (The Best American Short Stories Of The Century)
3) "The President’s Brain is Missing", de John Scalzi (Tor.com: Selected Original Fiction 2008-2012)
4) "Regarding Your Application Status", de John Scalzi

5) "The German Refugee", de Bernard Malamud (The Best American Short Stories Of The Century)


Tops por categorias:


Melhor Autor/a Português/esa: Nuno Nepomuceno (Pecados Santos)
Melhor Autor/a Estrangeiro/a: Marjorie M. Liu (Monstress)
Melhor P. Principal Masculina: Jonathan Strange (Jonathan Strange & Mr. Norrell)
Melhor P. Principal Feminina:  Leesha Paper (A Lança do Deserto )
Melhor P. Secundária Masculina: Ahmann Jardir (A Lança do Deserto )
Melhor P. Secundária Feminina :  Inevera  (A Lança do Deserto )
Melhor Vilão:  Garou (One Punch Man)
Melhor Casal Literário:  Connel & Alexia (Heartless)

Podem consultar a lista completa do que li em 2018 AQUI.

sexta-feira, 5 de outubro de 2018

Tor.com: Selected Original Fiction 2008-2012

"Tor.com: Selected Original Fiction 2008-2012", antologia com contos de Ken Macleod, Sylvia Day, John Scalzi, Charles Stross, Brandon Sanderson, Brit Mandelo, Meghan McCarron, e Rachel Swirsky (ainda não publicado em Portugal)

Opinião:
Já li vários contos disponíveis no site Tor.com, que nos dá a conhecer o trabalho de ficção curta de muitos bons autores da actualidade, bem como o lindíssimo trabalho dos muitos ilustradores que colaboram destas histórias.
Reunidos numa edição audiolivro estão alguns desses contos, de autores bem conhecidos meus, e de outros com quem tive agora o primeiro contacto.
No geral gostei de todos e aconselho-os a lerem estes e a explorarem também as centenas de outros contos que em Tor.com.
Abaixo segue a minha opinião de cada um dos contos nesta antologia:


“Earth Hour” by Ken Macleod
Esta história toca em temas actuais e pertinentes: o clima, o desenvolvimento científico, a dependência digital e a corrupção, entre outros. Temas sobre os quais me interesso bastante e que foram uma das razões porque gostei do conto. No entanto a escrita em si não em agarrou, nem a escolha da sequência de acções. 
Nota: 6,5/10

“Eve of Sin City” by Sylvia Day
Eu queria tanto gostar disto, sendo que a série (Marked) já me tinha chamado a atenção. no entanto, e apesar de a escrita ser cativante e carismática, senti que estava a ler mais do mesmo. A premissa, do Caim e do Abel e dos Marcados, está interessante mas depois caímos no romance habitual com o "bad boy" e ... já não tenho muita paciência para isso. Este conto, por si só, tem alguns pontos de interesse.Ficamos a conhecer relativamente bem as personagens e as suas personalidades, mas a acção em si é mediana.
Nota: 5,5/10

“The President’s Brain is Missing” by John Scalzi
Este conto foi tão divertido! A premissa, por si só, é hilariante, mas a execução ainda mais o é porque as personagens se levam bastante a sério mas as circunstâncias são de rir. O único senão deste conto é mesmo o abuso de "he said/she said" logo após cada trecho de diálogo. Acho que, muitas vezes, era desnecessário. Fora isso, está excelente.
Nota: 8/10

“Overtime” by Charles Stross
Mais um conto que se leva muito a sério mas cujas situações são divertidas demais para isso. Temos um funcionário (público?) que se esqueceu de pedir as férias para a época de Natal e acaba a ter de trabalhar sozinho. O lado burocrático do paranormal, aqui no seu melhor. Adorei o "mundo alternativo" em que se passa esta história e fiquei muito curiosa por ler mais aventuras de "The Laundry Files". O único senão é que o sistema paranormal, ou mágico, não é muito explicado, mas também não o é de tal forma que ficamos sem perceber nada.
Nota: 7/10

“Firstborn” by Brandon Sanderson
Este é o tipo de história que dava um livro. Não que não esteja contado de forma interessante, mesmo no formato conto, mas nota-se que havia muito mais para contar, muito mais para explorar das personagens. Brandon Sanderson consegue manter o leitor interessado mas eu não consegui apreciar realmente esta narrativa porque estava sempre a notar o que faltava. o que move o vilão? Quais os reais laços entre o protagonista e o seu comandante?
Não costumo dizer isto muitas vezes mas esta história não funciona como conto.
Nota: 5,5/10

“Down on the Farm” by Charles Stross
Esta personagem, a mesma de "Overtime" é super-divertida. Gosto do tom destas histórias e tenho muita vontade de ler os livros da série.
Aqui somos apresentados a uma instituição psiquiátrica onde estão internados apenas pessoas que trabalham com o paranormal e cujos conhecimentos poriam em perigo a "segurança nacional" se fossem deixados numa instituição comum.
As personagens são todas super-interessantes e o início da narrativa é muito interessante e as curvas e contra-curvas também. Embora não seja grande fã da conclusão, o divertimento é garantido.
Nota: 6,5/10

“After the Coup” by John Scalzi
A sério, este autor tem uma ideias para contos que são o máximo! Adorei! Um técnico informático que é obrigado a confrontar-se com um alienígena, porque este combate em arena é vantajoso politicamente. É tão engraçado como cheio de acção. Muito bom equilíbrio de personagens espectaculares, história cativante, acção e comédia.
Nota: 8,5/10

“The Finite Canvas” by Brit Mandelo
Focado em duas personagens, este é um conto profundo, que questiona valores, de acordo com as circunstâncias. Uma médica na terra, abordada por uma assassina mafiosa que vem dos espaço (da parte rica da sociedade) mas que esconde mais segredos do que apresenta à primeira vista.
Gostei muito deste contos, pelas personagens e pelas questões morais, embora a narrativa me parecesse lenta, me certos momentos
Nota: 7/10

“Swift, Brutal Retaliation” by Meghan McCarron
Uma história sobre uma família que acabou de perdeu um membro, e como cada um deles lida com isso. Juntem a isto um fantasma raivoso e rancoroso e é este conto que resulta. Adorei as irmãs! Levavam as brincadeiras sempre longe demais mas nada que não seja ate compreensível aos olhos de como a mãe e o pai gerem a família (ou não gerem).
Nota: 7,5/10

“Portrait of Lisane da Patagnia” by Rachel Swirsky
Conceito muito interessante, o de se conseguir passar a essência de algo directamente para a tinta e para uma tela. Muito "Dorian Gray".
Esat não é a história de Lisana, embora ela seja o grande foco e a grande obsessão da vida da nossa protagonista. Esta é uma história rica, com personagens interessantes e um sistema de magia muito curioso. Gostei!
Nota: 7,5/10

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Lock In & Unlocked: An Oral History of Haden's Syndrome

"Lock In", de John Scalzi (ainda não publicado em Portugal)

Comecei a ler este livro praticamente sem saber dele, excepto que tinha lido a premissa há uns meses e me tinha parecido interessante, e também que na imprensa se falava bem dele.

Lock In passa-se uns bons anos após uma doença chamada Síndrome de Hayden ter matado milhares de pessoas enquanto outras vítimas permaneceram vivas mas impedidas de operar os seus corpos. Ou seja, os seus cérebros continuam activos mas não se conseguem movimentar ou ser auto-suficientes. Os avanços científicos permitem a estas pessoas andarem no mundo real através do uso de uma espécie de robots (thrips) ou através dos Integradores (Integrators) que são pessoas que também contraíram o Síndrome de Hayden mas que não ficaram em Lock In e que conseguem deixar entrar Haydens na sua mente através de software e hardware instalados nos seus cérebros.
A história começa no primeiro dia de trabalho de Shane, no FBI, com a investigação de um crime que envolve um Integrador, e o que parece ser um caso simples acaba por ser bem mais complexo e com ramificações em toda a comunidade Hayden.

Ora o conceito está excelente e o autor explora-o muito bem e a um ritmo fácil de seguir. A princípio achei que o autor estava a arriscar demasiado porque atira o leitor para aquele mundo futuro sem grandes bases de compreensão, mas a forma como decidiu ir explorando a sociedade futura, aos poucos, funcionou bem melhor do que se tivesse debitado a informação toda logo no início. Isso teria sido bem aborrecido. Assim o leitor vai percebendo as coisas lentamente e realmente não existem grandes momentos em que a dúvida seja mais persistente que a curiosidade por ler mais.
Este mundo futuro está bem construído e é bastante plausível. Gostei especialmente de o facto de as pessoas que vivem em Lock In começarem a considerar que não precisam do mundo físico para nada (por mais contraditório que isto seja, visto que eles existem no virtual apenas se os seus corpos terrenos sobreviverem).

O protagonista, Shane é uma personagem de quem é fácil de se gostar, embora não seja um daqueles protagonistas que marca. Mais única foi a sua parceira, Van, que era um pouco maluca mas ao menos sempre se destacava. O Shane era um pouco perfeitinho de mais e uma coisa que estranhei bastante foi o facto de, apesar de ser a sua primeira semana no trabalho, ele ser quem fazia quase tudo. A Van estava lá a fazer o quê, afinal? (Além de ser diferente, quero eu dizer) E o mesmo pode ser dito de todas as pessoas que se cruzavam no caminho do Shane, pois todos acabavam por ter um papel nesta intrincada situação. Muito conveniente.
Mas eu já estou a pensar demasiado, pois a verdade é que Lock In me manteve agarrada à história do princípio ao fim.

O mistério desenrola-se aos poucos e é muito interessante, especialmente no meio, no entanto o final desiludiu-me um pouco; achei que o desfecho foi fácil de mais, que houveram complicações a menos naqueles últimos dois capítulos. Tanta coisa podia ter corrido mal e teria sido mais interessantes se pelo menos uma delas tivesse. Faltou-lhe brilho, ou melhor … Fogo!

Como já referi, custou-me um pouco a entrar na história mas foi coisa que durou pouco tempo. Logo, logo estava embrenhada e curiosa por saber mais deste mundo futurista. E isso deve-se em grande parte à prosa do autor. Certamente que ficarei atenta a mais trabalhos do autor, que soube conduzir esta história de mistério com a dose certa de ficção científica. Apenas gostava que tivesse dedicado um pouco mais de tempo a tornar as personagens ainda mais especiais.

Em suma, Lock In, que escutei em versão audiolivro, foi uma boa surpresa. Um livro que me manteve agarrada e cujo fim, apesar de um pouco abaixo das minhas expectativas, não deixou de ser bem encaixado na história. Gostei e recomendo.
Bónus: Wil Wheaton foi quem narrou o audiolivro. Conhecem?

Bónus 2: O audiolivro vinha com um extra que não sei se faz parte do livro original: chama-se “Unlocked: An Oral History of Haden's Syndrome” e é bastante curioso, especialmente por ser lido depois do livro em si, apesar de narrar acontecimentos anteriores à trama do livro. Gostei deste extra!

Sinopse (em inglês):
A blazingly inventive near-future thriller from the best-selling, Hugo Award-winning John Scalzi.
Not too long from today, a new, highly contagious virus makes its way across the globe. Most who get sick experience nothing worse than flu, fever, and headaches. But for the unlucky one percent - and nearly five million souls in the United States alone - the disease causes "Lock In": Victims fully awake and aware, but unable to move or respond to stimulus. The disease affects young, old, rich, poor, people of every color and creed. The world changes to meet the challenge.

A quarter of a century later, in a world shaped by what’s now known as "Haden’s syndrome", rookie FBI agent Chris Shane is paired with veteran agent Leslie Vann. The two of them are assigned what appears to be a Haden-related murder at the Watergate Hotel, with a suspect who is an "integrator" - someone who can let the locked in borrow their bodies for a time. If the Integrator was carrying a Haden client, then naming the suspect for the murder becomes that much more complicated.
But "complicated" doesn’t begin to describe it. As Shane and Vann began to unravel the threads of the murder, it becomes clear that the real mystery - and the real crime - is bigger than anyone could have imagined.

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