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sábado, 23 de abril de 2016

Dia Internacional do Livro e dos Direitos do Autor

Não podia deixar passar o Dia Internacional do Livro e dos Direitos do Autor em branco, certo?

Por isso gostaria de vos convidar a divulgar, aqui e nas redes sociais, quais os vossos autores favoritos de sempre e qual o(s) livro(s) que leram este ano que mais gostaram.

E porque além de autora sou também leitora, deixo uma pequena lista de alguns dos meus autores favoritos (sem ordem de preferência): Markus Zusak, Marissa Meyer, Luís Filipe Silva, Edgar Allan Poe, J.K. Rowling, Carina Portugal, Brandon Sanderson, Vitor Frazão, Robin Mckinley, João Barreiros, Manuel Alves.
E o livro que mais gostei de ler este ano foi: "28 Days Later", uma banda desenhada de Micheal Alan Nelson e Declan Shalvey.

E não se esqueçam de respeitar sempre o trabalho do autor, seja ele escritor, fotógrafo, músico, ilustrador, compositor, escultor ou outro "-or".
Ajudem os autores e lembrem-se de, sempre que usam uma foto linda no vosso mural do facebook ou no blog, mencionar que é o autor (ou caso não saibam referir isso mesmo). Os autores do mundo inteiro agradecem!

quinta-feira, 12 de março de 2015

Compras Literárias - Dez 2014 a Fev 2015

Vídeo com o apanhado das minhas compras  literárias dos últimos meses.


Compras:
- "Saga - Volume 1", de Brian K. Vaughan e Fiona Staples;
- "A Filha da Profecia", de Juliet Marillier;
- "Livro Português das Fábulas", de José Viale Moutinho;
- "Teleny", de Oscar Wilde;
- "O Sinaleiro & Para ser Lido ao Crepúsculo", de Charles Dickens;
- "A Carta Roubada & Berenice", d eEdgar Allan Poe;
- "Xerazade - A Última Noite", de Manuela Gonzaga.

Comentem se já leram algum destes livros.

sábado, 10 de maio de 2014

::Autor:: Edgar Allan Poe

Biografia (via Wikipedia):
Edgar Allan Poe (nascido Edgar Poe; Boston, 19 de Janeiro de 1809 - Baltimore, 7 de Outubro de 1849) foi um autor, poeta, editor e crítico literário americano, fez parte do movimento romântico americano. Conhecido por suas histórias que envolvem o mistério e o macabro, Poe foi um dos primeiros escritores americanos de contos sendo considerado o inventor do gênero ficção policial, também recebendo crédito por contribuição ao emergente gênero de ficção científica. Ele foi o primeiro escritor americano conhecido a tentar ganhar a vida através da escrita por si só, resultando em uma vida e carreira financeiramente difícil. Arthur Conan Doyle viveu e escreveu parte de suas obras em Southsea, um bairro elegante de Portsmouth.

Livros que li do autor:
Histórias Extraordinárias I - Opinião
Histórias Extraordinárias II - Opinião

A visitar: Site dedicado ao Autor, Autor na Wikipedia, Autor no Goodreads,

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Só a Leitura Salva

Vi este vídeo no blog Mundo de Fantas e achei que valia a pena partilhar:
Manifesto - Só a leitura salva from Marcos Felipe on Vimeo.


Já agora, fica também o trailer da adaptação cinematográfica de dois livros que li e cujos filmes pretendo ver:  
The Hunger Games (Os Jogos da Fome), de Suzanne Collins:  

The Raven, baesado na obra de Edgar Allan Poe:

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Histórias Extraordinárias II

"Histórias Extraordinárias II", de Edgar Allan Poe (Publicações Europa-América)

Sinopse:
É indiscutível o lugar ocupado por Edgar Allan Poe na literatura norte-americana, em particular, e na literatura universal, em geral. Considerado um dos melhores escritores do mundo, sobretudo depois da tradução que Baudelaire fez da sua obra. Poe revela, nestes contos, uma personalidade paradoxal e surpreendente, sendo os mesmos o produto de uma mente ao mesmo tempo rigorosamente lógica e impetuosamente imaginativa. Para a solução das intrigas, estas histórias requeriam um rígido processo de dedução mental, tornando-se estes textos precursores da literatura policial, fantástica e de terror gótico. Considerado no seu tempo um «escritor maldito», Poe permanecerá como um dos marcos da literatura universal.

Opinião:
Mais uma vez Edgar Allan Poe surpreendeu-me. Com este segundo livro de contos, posso dizer que este autor passou a ser um autor que terei todo o prazer em voltar a ler, pois embora use de alguns dos artifícios que não gosto na escrita (diálogos demasiado longos e explicativos) a verdade é que este autor tem uma escrita maravilhosa e consegue contar histórias  de uma forma singular. Arrepiei-me várias vezes durante este segundo volume de contos, ainda mais do que no primeiro (opinião). Ou não fossem também alguns destes mais macabros. Achei curioso que este volume tenha dois tipos de contos. Os de mistério (detectivescos e de caça ao tesouro) e os de terror. Os géneros, em certos contos, misturavam-se e confundiam-se de um modo muito intrigante, o que só me fez gostar mais deste livro.
Ficam então as minhas curtas opiniões sobre cada um dos contos:

Os Crimes da Rua Morgue
Este conto trouxe-me à memória as aventuras do Sherlock Holmes (ou será que deveria dizê-lo ao contrário?), com a sua componente mais de investigação e percepção da cena do crime.
Confesso que não gostei partcularmente de como a história foi narrada, mas não há como negar que os 'poderes' de dedução do protagonista são fenomenais. Além disto, adorei a introdução do conto, que falava do xadrez e das mentes realmente brilhantes.
Uma citação:
«É um facto que um homem engenhoso é sempre fantasista, enquanto o homem verdadeiramente imaginativo é, no fundo, um analista.»

A Máscara da Morte Vermelha
Adorei este pequeno conto, pelo seu simbolismo (Não nos vale de nada fugir dos problemas, pois eles acabam sempre por nos bater à porta) e a única coisa que não gostei muito foi a parte em que o narrador diz algo do género «Mas antes disso deixem-me dizer-vos como são os salões». A descrição em si estava boa, a apresentação é que não, parecendo quase teatral. Mas fora isso o conto é muito bom.

O Poço e o Pêndulo
Uma história quase claustrofóbica, descrita de forma muito viva. O leitor quase que se sente na pele do condenado. O início, na escuridão total, foi descrita de maneira a deixar o leitor quase cego e com a ansiedade do prisioneiro. Excelente narrativa.

O Coração Revelador
Um uso assustador da narrativa na 1ª pessoa, em que a loucura é uma constante e a culpa se sente de forma palpável. Não é o melhor conto do volume, mas está muito bem conseguido nas suas poucas páginas.

O Escaravelho de Ouro
Adorei este conto ate chegar à parte final. Não é novidade que desgosto particularmente de info-dumps (descargas de informação) sobre qualquer forma, mas especialmente em forma de monólogo. Embora admita, com muita resignação, que o autor é dos que o fazem da melhor forma, isso não me impediu de achar que o conto teria sido muito melhor se todo o mistério não tivesse sido resolvido num último e longo monólogo.
Esta nada típica caça ao tesouro recordou-me as antigas histórias de piratas e por isso gostei muito de a ler, mas tê-la-ia adorado se o verdadeiro mistério fosse mostrado aos poucos e não despejado no final.

O Gato Negro
Um conto arrepiante do início ao fim, embora não possa deixar de notar uma quase repetição do final de um outro conto, "O Coração Revelador". Esta é uma daquelas histórias que nos lembra os medos populares e, mais uma vez, como a culpa nos pode corroer (ou não).

A Carta Roubada
Adorei a resolução deste mistério, embora o já adivinhasse, simplesmente achei imensamente irónico que a solução fosse a mais óbvia e ainda assim passasse despercebida a quase todos. Mais uma vez, no entanto, os longos monólogos foram um pouco exagerados. No entanto, sendo isto parte do estilo do autor e da época, acabei por me resignar a apreciar a história pelo seu valor. Até porque a escrita do autor é fantástica e os seus diálogos parecem muito verossímeis.

A Verdade bo Caso do Sr. Valdemar
Este conto fez-me recordar um pouco o "Reanimador" de Herbert West (opinião) e acabou por ser quase tão arrepiante como este, apesar de todas as suas diferenças. Um conto perturbante mas bem descrito, apesar de o final não me ter convencido totalmente.

O Barril de «amontilhado»
Inesperado é a palavra chave que descreve este conto. Confesso que fui apanhada totalmente de surpresa pelo desenrolar dos acontecimentos neste pequeno conto, mesmo quando o início assim agourava.

Hop-Frog
Um conto macabro de vingança, diria ... quase poética. Com muito boas descrições, só pecou um pouco por não mostrar mais a animosidade, ou melhor, as razões para esta existir entre o bobo e o rei. Foram-nos dadas a conhecer apenas duas situações que não foram suficientes para perceber realmente o porquê de toda aquela raiva. No entanto achei o conto muito bem estruturado e as personagens bem conseguidas.


Em suma, Edgar Allan Poe é um escritor que sabe usar na perfeição a narrativa na 1ª pessoa, de tal forma que o leitor entra na pele dos personagens, por mais que estes se diferenciem de nós.
O meu conto favorito foi o "A Máscara da Morte Vermelha", mas todos os outros foram muito bons.
Mais um livro que me agradou imenso e mais um autor que terei debaixo de olho. Arriscaria até dizer que se torna desta forma um dos meus favoritos.
Certamente voltarei a ler mais deste autor, que mostra de forma clara porque é ainda hoje considerado um dos mestres do mistério e horror.

Tradução (Luísa Feijó):
Esta a par da excelente tradução do primeiro volume e não tenho grandes falhas a apontar. A decisão de manter certos dizeres nas línguas originais, foi bem pensada e as notas de rodapé estavam adequadas.

Capa, Design e Edição:
A capa está bastante antiquada, mas retratada de certa forma um dos contos do volume, apesar de ser exageradamente 'vampírica' (coisa que o autor não usa em nenhum dos seus contos).
O design interior está muito simples, não havendo grande coisa a assinalar excepto que, devido às margens muito reduzidas, por vezes tornava-se muito difícil ler o texto nos cantos das folhas, junto da encadernação.


---- Onde encontrar o livro: Europa-América - Goodreads - Wook - Fnac - Project Gutemberg -

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Histórias Extraordinárias I

"Histórias Extraordinárias I", de Edgar Allan Poe (Publicações Europa-América)

Sinopse:
Se estas Histórias Extraordinárias são, por um lado, reveladoras de um espírito atormentado e de uma imaginação estranha, por outro lado, divulgam um escritor genial. Muitas vezes criticado no seu tempo por levar uma vida pouco puritana (insurgindo-se contra o status-quo e tendo sido inclusivamente consumido pelo álcool), Edgar Allan Poe será reconhecido em todas as épocas posteriores como o escritor impulsionador da literatura de raciocínio, ainda característica fundamental da literatura moderna, e o precursor dos contos policiais, da literatura fantástica e do terror gótico, de que estes textos são o exemplo máximo.

Opinião:
Logo no início temos uma curta Nota Biográfica que ajuda a entender um pouco do autor e, consequentemente, a sua escrita. Foi uma forma bastante interessante e pertinente, de começar o livro.

Manuscrito Encontrado numa Garrafa
Eloquente, com descrições detalhadas, mas não aborrecidas, e momentos de expectativa. somos apanhados um pouco de surpresa pela sucessão de eventos. O único senão, é ficarmos sem respostas, apenas podendo 'opinar' sobre o realmente se passou com as embarcações tão bem apresentadas.

Ligeia
Fiquei rendida às descrições da Ligeia, e também eu senti o amor que o narrador por ela sentia. O final, embora um pouco previsível, não deixou de ser espantoso, e todos os pequenos detalhes tiveram um propósito, embora no início não o parecesse.

O Homem que fora consumido
Fui apanhada totalmente de surpresa, por este pequeno conto. Logo desde o início, fique de sobrancelha erguida, pois as descrições que no conto anterior me tinham apaixonado, neste pareciam ... forçadas. Mas tudo tinha um explicações e achei deliciosos os diálogos (que no fundo eram repetitivos, mas que tinham imensa teatralidade). O fim foi, simplesmente, surpreendente.

A queda da casa de Usher

Se o mistério em torno da casa me parecia intrigante desde o início, achei que a execução não foi a melhor. Talvez por se ter focado no 'amigo' e o 'anfitrião', ao invés de entrar mais na família e na casa. Também não fiquei grande fã do fim, embora tenha percebido a sua resolução. Mais uma vez, demasiadas perguntas ficaram por responder, mas ao contrário do que acontece no Manuscrito Encontrado numa Garrafa, neste fica uma ligeira sensação de vazio.

William Wilson

Apesar da escrita mais que intensa do autor, a verdade é que achei este conto um pouco 'arrastado'. Perde-se um pouco no contar demorado de certas cenas e chega a repetir-se. Embora tudo culmine no final (que consegui antever quase no início do conto), achei que se arrastou um pouco além do que deveria e assim perdeu alguma intensidade. Ainda assim consegue ser um conto acima da média, com descrições bem interessantes e um protagonista ambíguo.

O Homem da multidão

Gostei da narração, e das descrições, curtas mas significativas que o narrador fez de cada uma das pessoas que observou na multidão. No entanto (e talvez tenha sido culpa minha por não perceber o verdadeiro significado da história), cheguei ao fim sem saber, afinal de contas, o que o texto nos tentava dizer. Pareceu-me que a ideia era falar sobre o homem que perdeu um dia atrás de outro homem - que supostamente seria o estranho da multidão -  quando na verdade ó estranho era ele. Ainda assim, e sob esta perspectiva, acho que falta ao texto um 'objectivo' mais intenso.

Uma descida no Maelström

Este conto recordou-me um pouco o Manuscrito Encontrado numa Garrafa, sendo no entanto melhor do que este, na medida em que as descrições fazem com que pareça que estamos mesmo lá, no meio do turbilhão. É muito intenso e só tem um ponto mais fraco, que é o início, que nos dá a entender que a história será sobre algo diferente, ou seja, diverge a nossa atenção para o que realmente interessa. no entanto, não incomoda muito.

Eleanora

Acho que este conto é uma descrição perfeita do amor intenso. Todas as suas frases e palavras nos relembram os tempos em que estivemos (ou estamos) apaixonados e como o mundo parecia diferente. E depois a separação e como parece que o mundo perde a cor. Quando pensamos que nada mais será tão arrebatador como aquele amor, logo a vida nos prega uma partida e voltamos a ver o mundo a cores.
Foi um conto bastante diferente dos restantes, na medida que tem um final feliz e com esperança (e bem vindo).

O retrato oval

A velha ideia de que um retrato pode roubar a alma de uma pessoa é aqui usada de forma algo ... incompleta. O autor deu demasiadas informações anteriores ao que realmente interessava na história, e apesar de ser um conto muito curto (o mais curto do volume), as primeiras duas páginas mostraram-se praticamente irrelevantes, o que tirou fôlego à narrativa. No entanto, o lado bom é que gostei muito da forma como o autor descreveu a criação da pintura. Quase podia ver a vida desvanecer-se da mulher.


Em suma, foi um livro muito bom, que me fez fã do autor (do qual espero ler mais contos em breve). Realmente há autores que sabem narrar contos, e outros que trabalham melhor em romances. Poe mostra-se um contista por natureza. A escrita do autor captou-me logo desde a primeira frase, e apenas me puxou com mais força durante cada um dos contos. Por vezes abusa um pouco nos "antecedentes", mas rapidamente nos embrenhamos nas histórias e nas personagens.
No entanto nota-se já que há temas recorrentes: Amores trágicos, tempestades no mar. Felizmente nenhum destes se tornou aborrecido.
Aconselho a quem nunca leu o autor, experimentar alguns dos seus contos (imagino que já sejam do domínio público, se estiverem com vontade de ler em Inglês). É sem dúvida um autor a repetir (ainda bem que tenho mais dois livros dele em casa).

Tradução (J. Teixeira de Aguilar):
Impecável, na maioria dos casos, e muito auxiliar à narrativa.
Contudo, especialmente no caso de O Homem que fora consumido senti falta da tradução de algumas expressões latinas e francesas, pois se algumas eu compreendia, e outras estavam traduzidas em nota de rodapé, alguns ficaram por traduzir e isso deveria ser melhorado.

Capa, Design e Edição:
A capa é muito genérica e nada tem a ver com nenhum dos contos apresentados, o que é bastante estranho. faz lembrar as séries de policias dos anos 80, mas em nada favorece a leitura da obra de Poe.
A edição, sendo de bolso, tem a letra bastante pequena e por vezes a tinta falha, fazendo com que seja difícil ler, mas no geral proporcionou uma leitura agradável e sem grandes problemas de visão.

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