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terça-feira, 28 de janeiro de 2020

Os melhores livros de 2019

Já estamos quase no fim do mês de Janeiro e só agora me dei conta que ainda não fiz o apanhado das leituras de 2019 aqui no blog.
2019 foi um ano em que o blog esteve inativo. Peço desculpas pelo desaparecimento, mas trabalho a tempo inteiro e estou a tirar uma licenciatura em regime pós-laboral, o que significa que me sobra tempo quase nenhum para tudo o resto. Assim não tive mesmo oportunidade de publicar nada no blog e por isso peço desculpas. É muito provável que 2020 seja em tudo semelhante, pelas mesmas razões, mas tentarei contrariar essa tendência tanto quanto me seja possível.


Mas vamos ao que interessa! Os números.
- Em 2019 li 21 romances (3 ebooks, 18 audiolivros), 13 álbuns de BD/Manga e 5 contos.
- De romances foram cerca de 7.133 páginas (incluindo aproximadamente 223 horas de audiolivros), e cerca de 1.700  páginas de BD/Manga.


- Dos romances, 2 eram de autores portugueses.
- Os géneros mais lidos foram a Fantasia (6) e a Ficção Científica (6).
Este foi o primeiro ano em que não li nenhum romance em formato físico, tendo apenas lido versões físicas de 3 álbuns de BD.


Média das classificações:
- Romances: 6,38 / 10;
- BD/Mangas: 7,2 / 10;
- Contos: 7,10 / 10.


Top de Romances:
1) "Mortal Engines (The Hungry City Chronicles #1)", Philip Reeve
2) "Índice Médio de Felicidade", David Machado
3) "O Castelo de Vidro", Jeannette Walls
4) "The Blade Itself (The First Law #1)", Joe Ambercrombie
5) "All the Crooked Saints", Maggie Stiefvater


Top de BD / Mangas:
1) "Monstress", de Marjorie M. Liu & Sana Takeda
2) "One Punch Man", One & Yusuke Murata
3) "V de Vingança", Alan Moore & David Lloyd


Top de Contos:
1) "Carnívora", Manuel Alves
2) "My third-world girlfriend", R.J. Silver
3) "O Pequeno Herói", Carina Portugal


Melhor Autor/a Português/esa: David Machado (Índice Médio de Felicidade)
Melhor Autor/a Estrangeiro/a: Philip Reeve (Mortal Engines)
Melhor P. Principal Masculina: Tom Natsworthy (Mortal Engines)
Melhor P. Principal Feminina:  Maika (Monstress)
Melhor P. Secundária Masculina: Jezal dan Luthar (The Blade Itself)
Melhor P. Secundária Feminina :  Katherine Valentine (Mortal Engines)
Melhor Vilão:  Sand dan Glokta (The Blade Itself)
Melhor Casal Literário: -nenhum-


A lista de todos os títulos que li no ano transato será publicada em breve.

sábado, 29 de outubro de 2016

A Vida em Romances - Junho a Setembro

Quatro meses de leituras, uns com muita variedade e outros com pouquíssima. Houve de tudo.


"The Raven King (The Raven Cycle 4)", de Maggie Stiefvater
Este livro vai merecer uma opinião mais detalhada, bem como o seu antecessor. Entretanto posso dizer que a autora soube fechar muito bem a saga e embora eu não concorde com todas as suas decisões, na verdade este foi um livro empolgante, cheio de momentos fortes, crescimento das personagens e a história teve um desfecho merecido. Quando comecei a leitura tive dúvidas que a autora conseguisse atar as pontas todas mas a verdade é que o fez. É uma leitura forte, com algumas cenas bem arrepiantes, mas certamente agradará a quem já leu o resto da série. De verdade que vos tenho de convidar a dar uma oportunidade a esta série pois é mesmo muito boa.
7,5/10

"Teoria Geral do Esquecimento", de José Eduardo Agualusa
Nesta opinião tenho mesmo de citar a Andreia Ferreira que, no seu blog d311nhe4, disse sobre este livro: “Que nome tão apropriado!”. Poucos dias depois de ler o livro já pouco me recordava dele. Os traços gerais da história permanecem mas os nomes das personagens e os seus trilhos pelas páginas varreram-se rapidamente. Não foi um livro que marcou. Por outro lado este livro recordou-me um pouco o “Transparentes” do Ondjaki (opinião aqui), não só porque grande parte da história se passava num prédio mas por causa dos temas e da própria dinâmica da narrativa.
Gostei do facto de ter várias perspectivas diferentes sobre esta época da história de Luanda mas na verdade as personagens, que eram tantas, não tinham suficiente independência para moverem a narrativa. Eram um pouco estéreis. Uma pena, pois a escrita do autor até me agradou.
6/10

"À Boleia Pela Galáxia (Hitchhiker's Guide to the Galaxy 1)", de Douglas Adams
Depois de já ter visto o filme algumas vezes desde que este saiu, tive muita curiosidade por ler o livro que lhe deu origem. Notam-se várias diferenças mas o livro é também ele muito engraçado. O Marvin era demais! E a prosa é tão séria que torna tudo ainda mais divertido. A imaginação do autor é prodigiosa.
O único senão é que por culpa de já ter visto o filme pouca coisa me surpreendeu. Mas recomendo muito esta leitura. E certamente vou ler o livro seguinte da série.
7,5/10

"Stars Above (The Lunar Chronicles 4,5)", de Marissa Meyer
Já publiquei a minha opinião na íntegra noutro post, AQUI.
Mas resumindo gostei bastante de revisitar as personagens, saber um pouco mais do seu futuro e especialmente do seu passado. Também a única história que não tinha relação com nenhuma personagem conhecida foi uma boa leitura. No entanto não acho que quem não seja já fã da série vá apreciar esta antologia. É muito dirigida aos fãs.
7,5/10

"O Retrato da Biblioteca (Imtharien 1)", de Carina Portugal
Já por várias vezes falei na Carina Portugal, por esta ser uma das minhas autoras portuguesas favoritas de fantasia em conto. Por isso tinha muita curiosidade em ler o seu único romance, publicado há alguns anos em ebook. A escrita da autora sobressai mesmo no estilo de romance mas nota-se que entretanto amadureceu bastante. Aqui neste livro a escrita é bela mas sem refreio. Tem floreados que se estendem, por vezes, longe demais. A história tem bastante potencial e certas cenas estão bem conseguidas mas no geral há muitas partes que estão um pouco que a "encher monte". A Liriana não é propriamente uma personagem que me tenha chamado no início mas a sua evolução ao longo do livro, especialmente na segunda metade, foi muito bem conseguida. Personagens como o Leonardo estão muito bem conseguidas, mas por outro lado, tanto a Laura como a Alexis, precisavam de muito mais profundidade, visto que elas são uma parte tão integrante da narrativa. Vê-se que este livro foi escrito com o intuito de ter continuação e eu confesso que não apreciei muito o final.
No entanto vejo o potencial na história e tenho a certeza que se a Carina voltasse a pegar neste projecto agora lhe daria outra vida.
5,5/10

"O Quarto de Jack", de Emma Donoghue
Eu adorei basicamente tudo acerca deste livro mas na verdade não consigo expressar muito bem tudo o que nele gostei e só por isso é que não escrevi uma opinião a solo para ele.
Desde o primeiro parágrafo que fiquei envolvida no livro, coisa que na verdade não esperava. A forma como a autora constrói a narrativa, como nos envolve na vida das personagens e nas sua limitações, a forma como não explica nada e deixa o leitor assimilar a situação ao seu próprio passo, foi a melhor parte. É o tipo de história que me parece absolutamente viável e a carga emocional por detrás desta história é infinita. E a voz do Jack, que é quem narra toda a história, está tão bem conseguida. Pontos máximos para a narração.
Adorei como a saída do Jack para o exterior foi feita, como era nos pequenos detalhes que se via como era difícil para ele mas ao mesmo tempo não era tão difícil como para a sua mãe.
O único senão deste livro é que eu acho que os tempos da acção não são muito realistas, especialmente depois de os dois serem libertos. Tudo aconteceu demasiado rapidamente. A adaptação do Jack foi rápida demais e a admissão da mãe de volta à sociedade também.
9/10

"A História de Uma Serva", de Margaret Atwood
Esta história é daquelas que sabemos que poderiam vir a ser reais, mesmo não querendo acreditar que a sociedade pudesse chegar a estes pontos. A autora mostrou, aos poucos, como a protagonista chegou aonde está, como o mundo em que ela vive conseguiu descer tanto de nível. E na verdade não está a história do mundo cheia de histórias assim? onde um governo totalitário consegue vergar nações? A História de Uma Serva dá que pensar, especialmente depois do meio do livro, quando realmente o leitor começa a perceber o que levou a história até aquele ponto. No início estamos meios perdidos mas a forma como a autora distribui a informação é soberba!
O ponto fraco do livro é, por fim, a própria narração, que tem poucas nuances e soa muitas vezes desinteressada (e não desinteressante). E o epílogo não ajudou muito, na verdade.
No entanto destaco as personagens, a história e a forma como esta nos faz pensar na nossa sociedade moderna, nas que vieram antes de nós e nas que poderão ainda estar para vir.
7/10

"Graceling - O Dom de Katsa (Graceling Realm 1)", de Kristin Cashore
Este livro vai merecer uma opinião separada mas posso já adiantar que o adorei. Katsa é uma protagonista forte e que conduz a história de forma a que o leitor se sinta sempre envolvido, e apesar de a prosa não ser muito rica é bem mais que suficiente para manter o leitor agarrado. O romance é muito bom. Super-fofo! Katsa a Po! E como eu gosto do facto de este livro se levar bem a sério e não se prender nas limitações de outros YA (Romances Young Adult), Tão refrescante! O mundo é também ele fantástico e é sempre refrescante ler high-fantasy onde tanto personagens femininas como masculinas têm um papel predominante e determinante.
8/10

"O Trono de Vidro (Throne of Glass 1)", de Sarah J. Maas
Oh, por onde começar? Tanto Graceling como O Trono de Vidro começam com a premissa de uma protagonista que é uma famosa assassina do reino, mas onde Graceling brilha com uma protagonista forte e independente, O Trono de Vidro tropeça e cai com estrondoso aparato. Não posso evitar compará-los, se bem que apenas superficialmente, pois depois desta premissa semelhante nada é igual.
Em O Trono de Vidro a Celaena é uma protagonista fraca, forçosamente feminina e um pouco infantil. De assassina a rapariga não tem nada. Não mata ninguém quase até ao final do livro e no único combate em que ela entra na competição ela leva porrada forte e feio. Não consegui visualizá-la como sequer aprendiz de assassina, quanto mais assassina profissional e de renome por todo o reino.
O romance também é fraquito. Quase não há química nenhuma entre os cantos do triângulo amoroso, excepto ali uma chama pequenita entre a  Celaenae o Chaol.
A história não me envolveu, as personagens não me prenderam, e não tenho qualquer intenção de ler as sequelas.
5/10

"O Nome do Vento (The Name of the Wind (Kingkiller Chronicles 1))", de Patrick Rothfuss
Ainda continuo dividida na minha opinião deste livro, mesmo já o tendo lido há quase dois meses. Pois eu adoro o mundo que o autor nos mostra, aos bocadinhos; gosto das personagens, mesmo quando as detesto; adoro a prosa que tornou uma história demasiado extensa em algo que se lê muito bem; e vejo imenso potencial nesta série. Contudo acho que há muita coisa desnecessária na história. Muitos detalhes a mais.
Kvothe, o protagonista, é quase perfeito demais (por vezes irrita) mas depois tem aquelas saídas de estupidez que o tornam mais interessante. E na verdade a história é toda um pouco máscula (não consigo descrevê-la de outra forma), embora a personagem da Denna seja refrescante, especialmente mais perto do fim.
Haveria demasiadas coisas a dizer sobre este livro mas o que eu sei mesmo com certeza é que vou ler o seguinte. E convido-vos a experimentar porque a prosa de Patrick Rothfuss merece ser lida.
6,5/10

"Changeless (Parasol Protectorate 2)", de Gail Carriger
Outro livro que merecerá, sem dúvida, uma opinião à parte. Entretanto posso dizer que foi uma delícia regressar a esta série. A escrita da autora é simplesmente fantástica: witty e hilariante! A nova personagem (de grande enfoque) foi uma adição espectacular à série e eu adorei a história do início ao fim, embora aquele final me tivesse caído um pouco mal, ou não fosse ele tão brutal. Tive logo de ir a correr ler o livro seguinte! :)
8/10

"The Man in the High Castle", de Philip K. Dick
Mais uma vez Philip K. Dick dá-nos uma premissa fantástica, mostra uma imaginação prodigiosa, mas depois espeta-se na narração. As suas personagens são interessantes mas pensam todas de uma forma muito semelhante, e se uma foge da norma isso acaba por não ser suficiente. O auto filosofou um pouco demais neste livro.
Mas o que realmente me enervou neste livro foi a falta de um final. Com tantas histórias diferentes contadas no livro, apenas uma se pode dizer que teve um final digno do nome.
No entanto não há como negar a genialidade do livro e da história.
5,5/10

E vocês? Quais foram as vossas melhores leituras dos meses recentes?

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Dream Thieves

"Dream Thieves (Raven Cycle 2)", de Maggie Stiefvater (ainda não publicado em Portugal)

Opinião:
*Atenção: Esta opinião conterá spoilers do primeiro livro da série*
Depois de no livro anterior eu ter mencionado que o Ronan tinha sido uma das personagens menos exploradas, eis que este segundo volume da série The Raven Cycle se foca exactamente nele. E ao que tudo indica o próximo dará mais atenção a outra personagem negligenciada: a Blue.
Pois então, The Dream Thieves começa praticamente logo a seguir aos acontecimentos de The Raven Boys, logo após a estranha revelação de Ronan, que é a base para todo este livro: Ronan consegue arrancar objectos e seres directamente dos seus sonhos. E é impressionante como a autora consegue convencer o leitor deste facto, à medida que as páginas vão avançado, tornando-o tão perigoso quanto fascinante, de tal forma que passado um pouco eu já nem acreditava que até ali isso não tivesse sido um dado adquirido da história.

Ronan é uma personagem que parece fácil odiar mas na realidade não o é. E isso faz dele uma das personagens mais interessantes da série e do bando.
Efectivamente a autora conseguiu, neste livro, dar novas dimensões a várias personagens e nem sempre foram precisas muitas palavras para o conseguir, senão vejamos o Grayman, uma das personagens mais interessantes do livro. E até o Cavinsky, que acabou por ser um vilão mais interessante que o do livro anterior, não precisou de muitas cenas para se estabelecer.
Já dentro do grupo de Raven Boys há o exemplo do Adam que sofreu grandes mudanças que deram origens a muitas reviravoltas e por conseguinte, tanto no caso dele como do Ronan, era impossível saber que passo ia dar a seguir. E também as cenas com o Gansey e o Adam, quando estavam na casa do Gansey, foram muito boas e criaram muita tensão.

A escrita da autora continua a surpreender-me, especialmente nas suas descrições, sempre na dose certa. Houve uma grande evolução desde a série The Wolves of Mercy Falls (não querendo eu estar a dizer que nesses livros a escrita era má, porque não era). A prosa é envolvente, rica e cheia de mistério e fantasia, mesmo nas coisas mais banais.
O único ponto negativo, a meu ver, foi que o romance não funcionou muito bem. Estava fofo mas não fez clique. Faltava-lhe algo de mais extraordinário, mais aconchegante.
E por falar em relacionamentos eu tenho ainda de acrescentar que adorei a interacção do Ronan com os irmãos e também o relacionamento entre o Ronan e o Gansey, pois embora eles passassem muito tempo separados neste livro, o elo estava lá. E aquela boca do Cavinsky ... dá muito tema de conversa.


Em suma, eu adorei esta sequela, apesar de a cena final com o Cavinsky ter sido um pouco exagerada, o resto do livro estava fenomenal e todas as revelações, mudanças e possibilidades testam a imaginação do leitor. Ainda não pegaram nesta série? Pois eu recomendo-a!

Sinopse (edição brasileira "Ladrões de Sonhos" pela editora Verus):
Ao lado de Blue, os garotos corvos — o privilegiado Gansey, o torturado Adam, o espectral Noah e o sombrio e perigoso Ronan — continuam sua busca pelo lendário rei galês Glendower. Mas suas explorações enfrentam um duro contratempo conforme segredos, sonhos e pesadelos começam a enfraquecer a linha ley — um canal invisível de energia que conecta lugares sagrados e que pode levá-los até o rei. Será por isso que a floresta mística de Cabeswater sumiu inexplicavelmente? Quem é o misterioso Homem Cinzento e por que ele está procurando o Greywaren, uma relíquia que permite tirar objetos de sonhos? E o que isso tem a ver com o indecifrável Ronan? Conforme Blue e os garotos corvos procuram respostas a essas e outras questões, o perigo que os envolve se torna cada vez mais real, e será preciso apostar todas as fichas nessa aventura enigmática.

sábado, 25 de julho de 2015

The Raven Boys

"The Raven Boys (The Raven Cycle 1)", de Maggie Stiefvater (ainda não publicado em Portugal)

Maggie Stiefvater já não é uma estreante na minha lista de leituras: Shiver, Linger e Forever são três títulos da sua série Wolves of Mercy Falls que já li, e pretendo terminar a série com Sinner, em breve.
Entretanto ouvi falar muito bem desta nova série da autora e decidi pegar-lhe e Bolas!, apanhei uma surpresa e tanto. Pensava eu que a série Wolves of Mercy Falls era sombria e pessimista que chegue mas nada que chegue aos calcanhares da série Raven Cycle. Emo much?
Oh, mas não se deixem deter por isso pois o livro é muito bom!

No início, confesso, tive alguma dificuldade em distinguir duas das personagens: Adam e Nate. Mas foi só no princípio porque rapidamente os dois se tornaram bastante diferentes. E por falar em Nate ... eu estava a contar com aquela reviravolta mas mesmo assim a autora soube usar bem as suas cartas (pun intended). E se não fazem ideia do que falo  porque estou a tentar manter esta opinião livre de Spoilers. Desculpem qualquer coisinha.

Então The Raven Boys começa por apresentar-nos aos quatro rapazes que dão nome ao livro, todos eles frequentadores de uma prestigiada escola para a elite (leia-se podres de ricos). Conhecemos também Blue e a sua fabulosa e estranha família. Ora os rapazes e Blue não podiam ser de meios mais diferentes (tirando um deles que é pobre) mas mesmo assim os seus destinos cruzam-se pouco depois de Blue descobrir que Gansey (o líder da matilha) vai morrer nos próximos doze meses. E como é que ela descobre isto? Ora pois a sua família é constituída de psíquicas que lêem o destino nas cartas por isso nada mais normal. Hem?
A isto sucedem-se uma série de situações, descobrimentos e laços de amizade e inimizade sempre em mudança. Coisa que a autora entrega na hora certa, ao passo certo e o leitor fica agarradinho à história, por mais sombria que ela acabe por ser.

E já que falamos da escrita, posso dizer que a autora realmente me surpreendeu. A prosa de The Raven Boys é muito bela e visual, muito emotiva. Nota-se uma clara evolução e esta só traz riqueza à história.

Falemos agora das personagens e eu aqui tenho de dizer que a forma progressiva como a autora nos vai mostrando as muitas facetas das personagens joga bem a favor da narrativa. O foco neste livro está claramente no Gansey, no Adam e no Noah. Um pouco por causa disso senti que o Ronan foi algo negligenciado embora o seu silêncio fale volumes de si e aquelas cenas com o Raven fossem demais. Mas mais que isso senti que a Blue é a personagem mais básica deste livro. A sua personalidade chega ao leitor como plácida e de alguém que se deixa levar pela corrente. Eu espero sinceramente que isto seja corrigido nos próximos volumes porque comparativamente ao brilhantismo do retrato da sua família, a Blue está bastante unidimensional. Outra personagem que merecia ter tido um pouco mais de desenvolvimento foi o vilão que definitivamente não teve direito a metade do espaço literário que precisava para ser mais interessante ao leitor.

Tirando estes pequenos defeitos, o livro é fabuloso, rico na prosa, contado quase exclusivamente num tom sombrio e misterioso que por vezes ganha cor em fantasias bem vivas. Houve no entanto momentos eu que tudo o que eu pensava era: mas porque é que estas personagens são todas tão Emo? E sim, elas realmente o são, especialmente os rapazes, mas por outro lado toda o imaginário por detrás da história da cidade de Henrietta é fascinante de ler e a verdade é que mal posso esperar para ler o próximo livro a série.


Nota: Esta opinião baseia-se na versão audiolivro narrada por Will Patton.

Sinopse (edição brasileira de "Os Garotos Corvos" pela editora Verus):
Todo ano, na véspera do Dia de São Marcos, Blue Sargent vai com sua mãe clarividente até uma igreja abandonada para ver os espíritos daqueles que vão morrer em breve. Blue nunca consegue vê-los - até este ano, quando um garoto emerge da escuridão e fala diretamente com ela.
Seu nome Gansey, e ela logo descobre que ele é um estudante rico da Academia Aglionby, a escola particular da cidade. Mas Blue se impôs uma regra: ficar longe dos garotos da Aglionby. Conhecidos como garotos corvos, eles só podem significar encrenca.
Gansey tem tudo - dinheiro, boa aparência, amigos leais -, mas deseja muito mais. Ele está em uma missão com outros três garotos corvos: Adam, o aluno pobre que se ressente de toda a riqueza ao seu redor; Ronan, a alma pertubada que varia da raiva ao desespero; e Noah, o observador taciturno, que percebe muitas coisas, mas fala pouco.
"Os garotos corvos é uma narrativa incrivelmente rica e única, um thriller sobrenatural de sabor diferente" - School Library Journal


BookTrailer:

terça-feira, 1 de julho de 2014

domingo, 15 de junho de 2014

Forever - Um Amor Eterno

"Forever - Um Amor Eterno (The Wolves of Mercy Falls 3)", de Maggie Stiefvater (Editorial Presença)

Sinopse:
Depois de Shiver e Linger, dois romances que emocionaram leitores de todas idades em países de todo o mundo, Forever abre quando Grace acaba de sair da sua mutação em loba... acossada desde logo, ao aperceber-se de que a comunidade humana planeia o extermínio da alcateia a que agora pertence. Sam faria tudo por ela, mas conseguirá ele encontrar a cura para recuperar Grace e ficar com ela para sempre?

Opinião:
Eu estava ansiosa por ler a finalização desta trilogia, até perceber que, se calhar, não era o final. Quando descobri que Sinner vai ser lançado em menos de um mês, fiquei de orelhas em pé. Mas afinal parece que Sinner é um spin-off, uma história tipo sequela mas à parte. "Assim está bem", pensei eu ...

O livro começa com um primeiro capítulo que, a princípio, parece banal, mas depois chega aquela frase final e BAM! E o livro é praticamente todo assim. Temos um momento de normalidade e depois "cai o Carmo e a Trindade". E o livro só teve a ganhar com isso. Capítulos mais cheios de adrenalina, mas sem exageros. Será até melhor dizer que há muita tensão, em vez de acção.

A história é tudo o que se esperava depois de Shiver e Linger. Os problemas somam-se e as soluções têm de ser encontradas o quanto antes. Ou não estivessem os Lobos de Mercy Falls em perigo de extinção.
temos, neste livro, uma boa resolução para a trilogia, mas uma que é, na sua cerne, demasiado vaga para ser satifatória.
A nível dos Lobos e dos seus problemas, as coisas ficam bem assentes, a nível da Grace e do Sam, ainda melhor as coisas ficam resolvidas, mas que dizer da sobreviovência deles? Aquelas frases finais do livro irritaram-me. De verdade!
Eu adoro finais em aberto mas aquilo ... aquilo foi preguiça! O que aconteceu á Grace? Isso não é o tipo de coisa que se deixa à imaginação do leitor. É o tipo de coisas que o leitor quer saber com toda a certeza possível. Coisa que não aconteceu e que denegriu o meu gosto pelo livro.

A nível de personagens, Cole St. Clair rouba o estrelato todo. Mas tanto ele como Sam evoluiram muito neste livro. O mesmo já não pode ser dito da Grace, que continua a iritar-me por estar sempre a mentir aos pais (Noruega? A sério?) e porque neste livro parecia muito unidimensional. Não tomava decisões nenhumas, e nem sequer os seus sentimentos por Sam pareciam muito verdadeiros.
Isabel foi uma personagem que gostei e, ao mesmo tempo, odiei. Nesta série há um qualquer ódio pelas figuras paretnais e maternais que transparece em todas as personagens. Não há nenhuma personagem que tenha uma relação normal, ou sequer saudável, com os seus pais. E foi demais!
Dito isto, a relação entre o sam e a Garce foi super-fofa, apesar da apatia da Grace, que me irritou mais vezes que não. E o Cole a Isabel também tiveream um bom desenvolvimento relacional, de tal forma que até tenho muita curiosidade em ler o Sinner, apesar de não gostar muito da Isabel.

Quanto à escrita da autora não tenho nada a apontar, excepto que aquilo não é final que se dê a uma trilogia (as últimas frases ... ai!). Tenho dito!

Em suma, Forever foi um desfecho quase competente, se não fosse pelo final tão aberto. Adorei o desenvolviemento de personagens como o Sam e o Cole, gostei do compasso da história, e o romance foi super-fofinho. Gostei mas não amei.

Tradução (Maria do Carmo Figueira), Capa e Edição:

A tradução estava boa mas não foram poucas as vezes em que o nome do Samm e do Cole foram trocados, de forma bem clara. A capa é lindíssima! Adoro esta série de capas. E, melhor ainda, agora saiu, nos USA, uma nova série de capas que também é belíssima. O.O (vou colocar em baixo para verem)
A Edição da Presença está muito boa, com um papel que gosto muito e num formato que me agrada.

Nota: Livro emprestado pela Andreia Ferreira. Obrigada!

cliquem para ver maior

::Autor:: Maggie Stiefvater

Biografia (via Editorial Presença):
Maggie Stiefvater é uma jovem escritora norte-americana nascida em 1981, que escreve ficção fantástica juvenil. Todas as suas obras se têm tornado grandes êxitos, batendo recordes de permanência nas tabelas de vendas. Entre os vários títulos que já publicou destacam-se The Scorpio Races e The Raven Boys. A trilogia Shiver conta já com um milhão e setecentos mil exemplares impressos só nos EUA, tem recebido inúmeras nomeações e prémios e encontra-se traduzida em 36 idiomas.

Livros que li da autora:
- Shiver - Um Amor Impossível (The Wolves of Mercy Falls 1) - Opinião
- Linger - Um Amor Adiado (The Wolves of Mercy Falls 2) - Opinião
- Forever - Um Amor Eterno (The Wolves of Mercy Falls 3)- Opinião
- The Raven Boys (The Raven Cycle 1) - Opinião


Livros da autora publicados em Portugal:
- Shiver - Um Amor Impossível (The Wolves of Mercy Falls 1), Editorial Presença, 2011
- Linger - Um Amor Adiado (The Wolves of Mercy Falls 2), Editorial Presença, 2012
- Forever - Um Amor Eterno (The Wolves of Mercy Falls 3), Editorial Presença, 2013

A visitar: Site Oficial da Autora, Facebook da Autora, Twitter da Autora, Goodreads da Autora, Editorial Presença (editora portuguesa)

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Linger - Um Amor Adiado

"Linger - Um Amor Adiado (The Wolves of Mercy Falls 2), de Maggie Stiefvater (Editorial Presença)

Sinopse:
Em Shiver, Grace e Sam descobrem-se um ao outro. Agora, em Linger, terão de lutar para ficarem juntos. Para Grace, isto significa desafiar os seus pais e guardar só para si o segredo sobre o perigo que corre. Para Sam, isto significa lutar contra o seu passado como lobisomem... e descobrir uma forma de sobreviver no futuro.

Opinião:
Depois de ter adorado o primeiro livro desta série (Shiver), foi com alguma expectativa que dei início a esta leitura. Já passados mais de dois anos desde que li Shiver e, talvez por isso mesmo, a distância fez-se notar.

Primeiro que tudo devo referir que, numa primeira instância, ouvi este livro em formato adiolivro, mas descontente com este, passei ao papel, onde a história me agarrou mais.

Linger parece-me mais juvenil, mais melodramático, mais emo. Nas doses certas isto poderia até nem ser mau (já li muitas coisas juvenis, melodramáticas e emo, sem que tal me aborrecesse) mas neste caso senti algum decepção.

A escrita da autora não me cativou tanto como da primeira vez e, sinceramente, não gostei de algumas das decisões que tomou em relação a personagens como o Sam (que se tornou detestável pela forma como tratava o Cole, embora claramente o menos estável fosse o Cole) e a Grace. Por outro lado o Cole, contra todas as probabilidades, foi uma personagem que me cativou imenso.

Felizmente grande parte deste sentimento de decepção desapareceu na segunda metade do livro, que se mostrou mais madura, mais imprevisível e empolgante.
O final, apesar de não me ter agradado totalmente, ao menos conseguiu cativar-me, e recuperou em mim a vontade de ler o terceiro volume (que aparentemente já não é o último do que a princípio era uma trilogia).

Em suma, Linger foi um romance fofo, com um desfecho interessante e algumas boas cenas, mas que pecou por uma primeira metade demasiado ... adolescente.
 
Capa, Design e Edição:
Adoro a edição da Editorial Presença, tanto pelo formato do livro, como pelo tipo de papel, e pelo cuidado com a edição. A tradução também está muito boa e recomendo que leiam em português, se assim o preferirem.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Lançamentos 5

Nestes primeiros meses de 2011 e no próximo, foram/serão lançados em Portugal alguns títulos que eu li em Inglês. Aqui ficam:
Título: "Uma Bruxa em Apuros", de Kim Harrisson
Editora: Saída de Emergência (Chá das Cinco)
Lançamento:
3 de Março 2011
«Todas as criaturas da noite se juntam no "The Hollows" de Cincinnati, para se esconderem, para investigarem, para se divertirem ... e para se alimentarem.
Os vampiros são donos da noite num mundo com perigos para além da imaginação, onde um predador come o outro -- e é o trabalho de Rachel Morgan manter este mundo civilizado.
Uma bruxa caça-cabeças com muito sex-appeal e uma atitude a condizer, ela irá trazê-los de volta vivos, mortos ... ou mortos-vivos.»
tradução livre, feita por mim
Podem ler a minha opinião aqui. (pessoalmente não gosto do título em Português)

Título: "Shiver - Um amor Impossível", de Maggie Stiefvater
Editora: Editorial Presença
Lançamento: 11 de Janeiro 2011
«Sam e Grace são dois adolescentes que vivem um amor sublime e aparentemente impossível. Todos os anos, quando chega a Primavera, Sam, abandona a sua vida de lobisomem e recupera a forma humana, aproximando-se de Grace, mas sempre que regressa o Inverno, vê-se obrigado a voltar à floresta e a viver com a sua alcateia. Conseguirá o seu amor vencer os muitos obstáculos que ameaçam separá-los para sempre? Uma história cheia de aventuras e descobertas, mágica, original, que desafia a mente e enternece o coração.»
Podem ler a minha opinião aqui.

Título: "O Beijo da Meia-Noite", de Lara Adrian
Editora: Quinta Essência
Lançamento: Fevereiro 2011
«Gabrielle Maxwell, uma reconhecida artista de Boston, celebra o êxito da sua última exposição exclusiva. Entre a acalorada multidão, sente a presença de um sensual desconhecido que desperta nela as fantasias mais profundas. Mas nada relacionado com essa noite nem com esse homem é o que parece. À saída, Gabrielle presencia um homicídio e, a partir desse momento, a realidade converte-se em algo escuro e mortífero, e ela entra num submundo que nunca soube que existia, habitado por vampiros urbanos.
Lucan Thorne é um vampiro, um guerreiro da Raça, que nasceu para proteger os seus – assim como os humanos que com ele coexistem – da crescente ameaça dos vampiros renegados. Lucan não pode correr o risco de unir-se a uma humana, mas quando Gabrielle se converte no alvo dos seus inimigos, não tem escolha e é forçado a levá-la para esse outro mundo que lidera, no qual serão devorados por um desejo selvagem e insaciável.
Nos braços do formidável líder da Raça, Gabrielle irá enfrentar um extraordinário destino de perigo, de sedução e dos mais sombrios prazeres...»
Podem ler a minha opinião aqui.

Também a banda desenhada "The Walking Dead" (ler opiniões aqui) foi recentemente lançada em Portugal pela DEVIR. Para já, tanto quanto sei, só o primeiro volume saiu, mas espero que em breve outros lhe sigam as pisadas.

Sagas a serem publicadas presentemente são:
"The Lords of the Underworld", da Gena Showalter, publicados pela Harlequin (podem ler as minhas opiniões aqui).



"A Irmandade da Adaga Negra", da J.R.Ward,  publicados pela Casa das Letras (podem ler as minhas opiniões aqui).











"Na sombra do Desejo" será lançado em breve

E ainda a Saga "Academia de Vampiros", da Richelle Mead (podem ler as minhas opiniões aqui):

Para já é tudo, mas se souber de mais alguns títulos meus conhecidos, vou colocando por aqui.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Shiver

"Shiver (The Wolves of Mercy Falls 1)", de Maggie Stiefvater (ainda não publicado em Portugal)

Sinopse:
Durante anos a Grace observou os lobos na floresta atrás de sua casa. Um lobo de olhos amarelos -o seu lobo- é uma presença gelada sem a qual ela parece não conseguir viver. Entretanto, o Sam tem vivido uma existência dupla. No Inverno, a floresta congelada , a protecção da matilha, e a companhia silenciosa da rapariga sem medo. No Verão, uns pequenos meses preciosos de vida enquanto humano ... até que o frio o força a transformar-se de volta.

Opinião:
Eu adoro livors que me fazem chorar, seja de felicidade ou de tristeza, pois no fim significa que senti algo com a leitura. Deste livro eu esperava algumas lágrimas, pois a premissa assim o prometia, e nesse aspecto não desapontou. Na parte final do livro estive várias vezes com as lágrimas nos olhos.

Adorei a premissa e a forma como a autora expôs a história e toda a lenda por trás dos lobos. Imaginativa e muito credível, de forma que não ficamos com a sensação de já termos visto algo assim. Está certo que não é totalmente original, mas a forma como é usada faz com que marque.

O romance foi muito bem exposto e é impossível não torcer pela Grace e pelo Sam, que se complementam muito bem e embora ajam como adolescentes que são, nunca agem como crianças e isso dá-lhes uma certa maturidade que não parece fora de sítio na história.
Os dois protagonistas forma muito bem explorados, e só tive pena que as restantes personagens não tivessem suficiente tempo de antena para podermos conhece-las bem. (talvez na sequela?)
Gostei da forma como a autora tratou do assunto dos pais negligentes, embora me apetecesse esmurrar os pais da Grace que são das pessoas mais irresponsáveis que já vi em ficção ou na realidade. Nem sequer se dão ao trabalho de, quando chegam a casa, ver se a filha está em casa ou não, se está viva ou morta. Que exemplos!
O que menos gostei foi a maneira como a Grace se esqueceu de tudo o resto assim que o Sam entrou na sua vida. Quando a Olivia precisou dela ela nem se lembrou da amiga. Imperdoável! Mas nem isto fez com que a Grace se tornasse detestável, porque mais tarde lá se conseguiu redimir e na verdade ela teve as suas razões para querer passar o maior tempo possível com o Sam.
E por falar em Sam, ele é sem dúvida a minha personagem favorita. Tão querido! E nada do que ele fazia parecia fora de contexto, forçado ou falso. A sua vida estava tão bem mostrada que era impossível não simpatizar com ele.

A escrita está muito boa. Simples, mas algo musical, com várias referência subliminais a cores, cheiros e sons, já que os protagonistas têm os sentidos muito apurados. Além disso tem até poesia (de autores que desconhecia) e letras de música (inventadas pela autora). Adorei a escrita, embora não seja nenhuma obra-prima.

O final foi escrito de forma a deixar o leitor na expectativa até à última linha e confesso que me surpreendeu. Estava a contar com um final muito triste, e tive-o, mas ao mesmo tempo a autora consegui apanhar-me um pouco de surpresa (se bem que confesso que estava a torcer para que fosse assim). Está simplesmente perfeito!

Em suma, este é um grande livro que me proporcionou algumas horas muito bem passadas, num romance que me encheu as medidas, que surpreendeu e que não posso deixar de recomendar. Lindo! (e eu nem gosto muito de romances) Só fica o aviso que, se forem tão sensíveis como eu, vão terminar o livro em lágrimas. (o que não é necessariamente mau)


Capa:
Adorei a capa desde a primeira vez que a vi (tanto a versão branca como preta, mas mais a branca), mas agora, depois de ler o livro, posso dizer com todas as letras que está perfeita! Consegue transmitir muito bem o sentimento com que se fica depois de ler o livro. Agradável mas ainda assim gelado.

Podem ver aqui um booktrailer feito pela própria autora:

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