“The End has Come (Apocalypse Triptich 3)”, de vários (ainda não publicado em Portugal)
Estranhamente, neste volume final, quase todos os contos me pareceram muito curtos, especialmente os primeiros. Não que a maioria não tenha sido bom independente do seu tamanho, mas alguns precisavam de mais palavras, mais explicações, mais conclusões.
Os meus contos favoritos foram: “Carriers”, de Tananarive Due; Dancing with a stranger in the land of nod”, de Will McIntosh; “Prototype”, de Sarah Langan; “Wandering Star”. de Leife Shallcross; “Jingo and the Hammerman”, de Jonathan Maberry; e "The Happiest Place", de Mira Grant.
“Bannerless”, de Carrie Vaugh
Num cenário que parece bem mais apaziguador após o colapso da sociedade, encontramos comunidades que lutam por sobreviver com regras estritas. As pessoas tentam ajustar-se às novas regras do mundo mas mesmo quando as coisas parecem correr bem há sempre alguém que não está disposto a seguir as normas.
Neste caso temos uma gravidez não autorizada e os investigadores que são chamados a descobrir o que levou a isso.
Num tom mais calmo e sereno, acabamos por descobrir que o terror não tem de vir em proporções bíblicas para ser marcante, mesmo depois do apocalipse.
“Like all beautiful places”, de Megan Arkenberg
Tal como nos volumes anteriores, o conto deste/a autor/a não me cativou. Parece que não se passou nada de muito relevante desta vez. Foi só uma mostra do que restou mas não há tensão ou nada que me puxe, embora o conceito de o virtual substituir o real, porque o real é demasiado horrível para ser confrontado directamente, até ser interessante.
“Dancing with a stranger in the land of nod”, de Will McIntosh
Eu tenho mesmo de ler um livro deste/a autor/a. Eu gosto mesmo muito da escrita. Consegue criar personagens interessantes em um ou dois parágrafo e isso é obra. Cada um dos seus contos nas outras antologias se focou em pessoas diferentes e eu sempre me interessei por todas. A premissa por si só também é muito envolvente.
Adorei o laço que se criou entre os sobreviventes, mas especialmente adorei a escolha final da protagonista.
“The seventh day of deer camp”, de Scott Siegler
Eu gosto da ideia de que o apocalipse começou e terminou no espaço de pouco mais de 48 horas. É um conceito muito intrigante.
Aqui o autor pega nas exactas mesmas personagens e a trama começa mais ou menos onde terminara a anterior. O protagonista vai-nos mostrando as suas motivações há medida que narra os acontecimentos passados, e com isso ficamos a conhecê-lo melhor.
Mas mais uma vez o final é demasiado aberto e desta ve-z não foi suficiente para mim.
“Prototype”, de Sarah Langan
Esta história engana-nos de forma subtil logo desde o início. E eu adorei isso.
Neste mundo passaram-se alguns milhares de anos desde o apocalipse e o cenário não é menos aterrorizador do que no auge da mudança.
Gostei muito da escrita calma e das personagens (do cão também) e de toda a construção da sociedade sobrevivente. Um bom conceito, bem executado.
“Acts of Creation”, de Chris Avellone
Esta história fala de sesitivos, seres que são mais do que humanos comuns, armas criads pelo homem e agora temidas. A forma como eles são tratados ao longo de toda a narrativa é cruel, mesmo tendo em conta as suas habilidades. O final não é de todo surpreendente mas o conto, num todo, é bom e o conceito é intrigante e até bastante plausível.
“Resistance”, de Seanan McGuire
Passou-se um tempo indeterminado desde as primeiras duas partes desta história e encontramos a protagonista sozinha num mundo de “veludo”. O fungo espalhou-se por toda a parte e ela perdeu tudo.
Este é, sem dúvida, o final certo para esta história. É muito aberto mas não é daqueles que nos deixa insatisfeito. No entanto a escrita em si não me cativou tanto desta vez. Achei um pouco repetitiva demais e menos arrepiante que nos contos anteriores.
“Wandering Star”. De Leife Shallcross
Gostei mesmo muito deste conto. A ideia de que, no futuro, um simples quilt seria minuciosamente analisado para tentar entender a vida de quem o fez, sendo um retrato da devastação que se abateu sobre a terra, é fascinante.
O facto de a narrativa estar entrecortada com pedacinhos/retalhos desse mesmo passado é o que realmente lhe dá riqueza. E não deixa de ser, o seu curto espaço, algo que nos faz pensar (especialmente o fim e o justificado egocentrismo perante o caos).
"Heaven come down", de Ben H. Winters
Neste desfecho datrilogia de contos que começou de forma impressisonante, teve um meio muito bom e que agora termina bastante diferente do que eu tinha imaginado. A protagonista vê-se sozinha e finalmente, depois de treze anos sendo a única no mundo que não conseguia escutar Deus, acaba por conseguir comunicar com ele e aprende que é muito mais do que aquilo que pensava. O desfecho é fantástico. O único senão é que achei a escrita menos cativante, mas fora isso foi muito bom.
“Agent Neutralized”, de David Wellington
A escrita deste autor empresta a esta história ainda mais tensão nas várias cenas. Temos perseguições na estrada, reuniões cobertas de culpabilização, e por fim a redenção desta personagem que já seguimos desde o volume um. Gostei bastante deste desfecho e a escrita é muito envolvente.
"Goodnight Earth", de Annie Bellet
A forma como este conto está escrito é muito envolvente. As personagens são muito interessantes e, com pequenos vislumbres do seu passado ficamos a saber bastante sobre eles, de tal forma que fiquei com muita vontade deler mais sobre eles. A história é cheia de acção, bem descrita e não mais do que necessária. E no fim há um vislumbre de esperança.
“Carriers”, de Tananarive Due
Uma história emocionante com um final mais feliz do que seria de esperar depois daquilo pelo que as personagens passaram. Uma mulher que foi abusada e usada como cobaia durante anos, não consegue ter uma reforma sossegada, sempre com medo de que os seus tormentos voltem, por isso quando o seu companheiro de sofrimento lhe diz que há algo de bom a retirar de tudo aquilo porque passaram, ela duvida. Mas a esperança é uma semente que cresce depressa.
Adorei.
“In the Valley of the Shadow of the Promised Land”, de Robin Wasserman
As personagens desta história são tão machista! Só os homens é que são de importância. As mulheres quase nem merecem ser mencionadas pelo nome (excepto na segunda parte, volume anterior), mas por um lado nada menos seria de esperar, visto que estas personagens têm como base a Bíblia e … bem … o livro sagrado não é exemplo de igualdade dos sexos. O desfecho de Isaac foi … bem … bíblico; e seguir o raciocínio dele ao longo da vida e no fim dos seus dias abre os olhos ao fanatismo religioso. Quer dizer, quem tratava os filhos como ele tratava e os punha um contra o outro para eles serem os novos Abel e Caím, esperava o quê do seu fim de vida?
“The Uncertainty Machine”, de Jamie Ford
Esta história é muito estranha, mas também as anteriores deste autor o são. E não é que não nos sejam dadas informações suficientes sobre o mundo, o que ele era e naquilo em que se tornou, mas eu não me consegui ligar bem ao cenário.
Já as personagens são todas muito cheias de falhas mas este protagonista, em especial, é difícil relacionar-me com ele. Parece tão distante.
E mesmo assim, apesar de tudo o que disse, a história é fascinante. E o declínio dele absorveu-me.
“Margin of Survival”, de Elizabeth Bear
As descrições do ambiente e das próprias personagens fizeram deste um conto muito visual. Era quase como se sentisse a fome da protagonista e o seu receio de ser apanhada.
A história toma mais que uma direcção, especialmente no final e, confesso, fiquei bastante confusa com o desfecho, mas o resto do conto compensa, com uma personagem interessante com quem me pude relacionar facilmente. Lembrou-me um pouco da história de Paolo Bacigallupi: “Water Knife” mas nem sei bem porque fiquei com essa sensação.
“Jingo and the Hammerman”, de Jonathan Maberry
Um dos meus contos favoritos deste volume, senão mesmo o favorito. O otimismo de Jingo contrastando com o realismo de Hammerman, é fantástico. Mais que isso as introspecções e ponderações sobre aquilo que as pessoas foram forçadas a fazer após o apocalipse zombie, foi, em momentos, bastante refrescante. (isto vindo de quem já viu mais filmes, leu mais BDs e leu mais livros de zombies do que se lembra).
O final (por assim dizer) não foi o mais inesperado mas foi executado de uma forma exemplar. O que fica por dizer não tem mesmo de ser dito.
“The Last Movie ever made”, de Charlie Jane Anders
Estas personagens, ao longo das três antologias, tiveram em mim um efeito meio psicadélico. A escrita do autor e as acções das personagens deixaram-me sempre numa pilha de nervos, mas daquelas que nos puxam para ler mais.
Com decisões, mais uma vez, bem questionáveis, o nosso protagonista faz do mundo caótico em que vive o melhor que pode. Desta vez a anarquia do mundo é enriquecido pelo facto de toda a gente ter ficado surda sem nenhuma explicação plausível.
Vale mesmo a pena ler os três contos.
“The Gray Sunrise”, de Jake Kerr
O que mais gostei neste conto foi o elo entre o pai e o filho, que começa muito ténue e acaba por se fortalecer com a provações porque passam. A descida do pai para a depressão também está muito bem feita e todo o ambiente (especialmente quando se fala das tempestades e de como eles passam por elas no interior do pequeno barco) está bem descrito.
“The Gods have not died in vain”, de Ken Liu
Num futuro onde consciências humanas são transportadas para o mundo digital, e onde essas consciências criaram o caos, quase arrasando a humanidade, é-nos apresentada a nova geração de “deuses”. E será que este é o único possível futuro para a humanidade?
Uma coisa interessante também foi o choque de ideias entre a filha da carne e a filha digital. A relação das duas, em específico.
Mesmo assim confesso que a escrita da autora, ou talvez mais o compasso em que conta a história, tal como nos contos anteriores, não me cativou muito.
“The Happiest Place…” , de Mira Grant
Este conto foi uma das maiores surpresas desta antologia. Tanto pelo seu cenário: pós-apocalipse na Disneylândia, como pela força dasua protagonista que, sozinha, tinha de manter tudo a andar, manter a fachada. A revelação final apanhou-me de suspresa, apesar defazer um certo (bizarro) sentido. Gostei muito da escrita, da protagonista e da história. Talvez volte a dar uma oportunidade a esta escritora, visto que o único outro trabalho que li dela foir o Feed, o qual não gostei.
“In the Woods”, de Hugh Howey
Sendo que o leitor sabe mais do que as personagens no início desta história, a confusão deles passa para nós mas não é tão eficaz. No entanto todo o conto é cheio de adrenalina e tensão e agarrou-me do início ao fim.
“Blessings”, de Nancy Kress
Eu gosto de histórias que são supostas distopias mas cuja solução para os problemas da humanidade e do planeta nos fazem pensar: “será que realmente não seria melhor assim?”. Porque sabemos que, quase sempre, ao solucionar uns problemas arranjamos outros.
Em termos de personagens o conto até foi fraquito, mas o conceito é suficientemente bom para o tornar interessante. Lembrou-me um pouco o “Childhood’s End” do Arthur C. Clarke.
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segunda-feira, 1 de janeiro de 2018
The End has Come
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terça-feira, 7 de fevereiro de 2017
Dangerous Women
"Dangerous Women", antologia com contos de Brandon Sanderson, Caroline Spector, Carrie Vaughan, Cecila Holland, Diana Gabaldon, Diana Rowland, George R.R. Martin, Jim Butcher, Joe Ambercrombie, Joe R. Lansdale, Lawrence Block, Lev Grossman, Megan Abbot, Megan Lindholm, Melinda M. Snodgrass, Nancy Cress, Pat Cadigan, S.M. Stirling, Sam Sykes, Sharon Kay Penman, Sherrilyn Kenyon
Opinião:
Sem dúvida que esta antologia nos traz mulheres fortes, cheias de garra, capazes de lutar pelo que acreditam e de inspirar outros a fazer o mesmo, quer elas sejam as boas ou as más da fita.
Dangerous Women reúne alguns dos melhores contos que li este ano e quase todos os contos estão num patamar bem alto, tirando dois ou três que foram mais fracos.
Gostei muito das histórias, das protagonistas e da riqueza das histórias e diversidade de pontos de vista. Aconselho! Mesmo a quem não se acha muito fã de ficção curta.
"Some Desperado", de Joe Abercrombie (narrado por Stana Katic)
A protagonista é uma espécie de criminosa em fuga de outros criminosos, e está metida num grande sarilho logo no início. A forma como ela se desenrasca e se consegue defender é digna de se ver. O mais interessante para mim, neste conto, foi a forma como a protagonista foi tão bem apresentada ao leitor. Ficamos a conhecer várias facetas dela num curto espaço de tempo e a sua atitude na batalha fina surpreendeu-me, na positiva. O fim propriamente dito é bastante aberto mas compreensível. O único senão do conto é o início mais moroso e o facto de os vilões serem muito estereotipados.
Nota: 7/10
"My Heart is Either Broken", de Megan Abbot (narrado por Jake Weber)
Este foi um dos meus contos favoritos da antologia. Fala-nos de um casal que está destroçado pelo desaparecimento da sua filha. O que realmente me cativou foi o facto de ser narrado na perspectiva do marido e vermos a sua crença, a início parece inabalável, sendo aos poucos corroída pela semente da dúvida. No fim nada é certo mas também o leitor fica com os mesmos receios. Adorei!
Nota: 8.5/10
"Nora's Song", de Cecila Holland (narrado por Harriet Walter)
Gostei muito desta família real e de como elas interagiam, de como eram tão unidos à mãe e tão distantes em relação ao pai (coisa que rapidamente se entende porque acontece). O facto de a narradora ser a Nora, uma das crianças mais pequenas, também me agradou. Dava ao texto um ar mais inocente mas ao mesmo tempo muito inquisidor.
Infelizmente o final bastante inacabado deixou-me insatisfeita. E aqui a "mulher perigosa" é mais ambígua.
Nota: 6/10
"The Hands that are not There", de Melinda M. Snodgrass (narrado por Jonathan Frakes)
A história aqui começa num bar onde um homem se senta com um estranho e este lhe conta uma história mirabolante que poderá ou não ser verdadeira. A premissa por si só é banal e confesso que não me senti cativada a início, no entanto quando a Sammy entrou em cena a coisa mudou de figura. Sedutora, confiante e imprevisível. Uma verdadeira Dangerous Woman.
No final fica a dúvida se o estranho estaria a inventar tudo aquilo ou se poderia mesmo ser verdade.
Nota: 5.5/10
"Bombshells", de Jim Butcher (narrado por Emily Renkin)
Raios! Não devia ter lido este conto antes de ler todos os livros da série Dresden. Mega spoilers!
Mas esquecendo isso por um bocado, este conto segue uma missão da nova aprendiz de feiticeira, numa aventura feita só de mulheres, cheias de determinação e com o "Power of the Rack", como diz a própria protagonista.
Cheio de acção, bons diálogos e humor, gostei desta aventura e da surpresa final que fez com que o conto tivesse um significado bem grande até para a série principal de Dresden Files. Gosto disso!
Nota: 7/10
"Raisa Stepanova", de Carrie Vaughan (narrado por Inna Korobkina)
Uma história diferente das outras que já li da autora. Fala-nos de uma piloto de avião de guerra, durante a 1ª Guerra Mundial, ou alguma semelhante, e de como as mulheres tinham de ter muito carácter para estar na força aérea. A mentalidade caseira e patriótica da protagonista salta à vista em cada palavra e foi uma mudança boa.
Não gostei particularmente do final mas fora isso achei a protagonista muito forte e guerreira, e gostei do foco da história.
Nota: 7/10
"Wrestling Jesus", de Joe R. Lansdale (narrado por Scott Brick)
Um, se não mesmo o meu conto favorito da antologia. Não tem meias medidas com as palavras ou com as situações porque passa o protagonista. E só bem depois do meio é que ficamos a saber afinal quem é a mulher perigosa desta história. A sua ausência e a sua quase inexistência acabam por tornar a experiência ainda melhor, visto que quase tudo fica à imaginação do leitor. O seu feitiço será real ou fruto da imaginação de Jesus?
Mas o melhor do conto é mesmo o elo que se cria entre Jesus e Marvin. Muito especial!
Nota: 9/10
"Neighbors", de Megan Lindholm (narrado por Lee Meriwether)
Gostei muito do tema deste conto: Alzheimers. Aqui conhecemos uma senhora já com uma certa idade, que vive só. Tem uma vizinha com Alzheimers que desaparece uma noite depois de a visitar e, a partir daí, a sua vida nunca mais será a mesma. Ver o progresso da doença escrito desta forma foi bastante intrigante e fantasioso, mas não menos penoso.
Nota: 7.5/10
"I Know How to Pick 'Em", de Lawrence Block (narrado por Jake Weber)
O ambiente neste conto é bastante sombrio. Nenhuma das personagens é amistosa e o protagonista, que é quem está em foco, é especialmente intenso. O final, apesar de ser algo de prever, acabou por surpreender pela sua crueza . O melhor é mesmo a personalidade fria do protagonista e a força da narração.
Nota: 7.5/10
"Shadows for Silence in the Forest of Hell", de Brandon Sanderson (narrado por Claudia Black)
Uma história muito interessante que se passa em volta de uma estalajadeira que não é bem aquilo que parece à primeira vista. A protagonista é a personagem mais bem construída mas, como sempre, o autor consegue que todas as outras sejam marcantes à sua maneira. A história e a luta (mental e física), bem como todo o sistema de magia aqui apresentados, são memoráveis. Só achei que a acção se arrastou um pouco de mais no início. Fora isso, vale mesmo a pena.
Nota: 8/10
"A Queen in Exile", de Sharon Kay Penman (narrado por Harriet Walter)
Embora ache a história em si interessante, isto era matéria para dar um livro e não um conto. Teria sido muito mais proveitoso se o conto se focasse apenas numa cena da história desta rainha no exílio e não tentasse descreve grande parte da sua vida adulta em algumas páginas. O que acontece é que não há personagens interessantes, a acção salta muito e a prosa tem escassez de profundidade, já que não se debruça em nada ao pormenor.
Nota: 4.5/10
"The Girl in the Mirror", de Lev Grossman (narrado por Sophie Turner)
Aquela que era uma premissa muito interessante acabou por perder algum alento com uma prosa pouco enérgica. Faltava-lhe ânimo e havia demasiadas coisas a distrair a atenção do leitor. Não havia um foco real. As coisas iam acontecendo para serem giras mas não senti grande ligação nem com as personagens nem com a escola de magia.
Nota: 5/10
"Second Arabesque, Very Slowly", de Nancy Cress (narrado por Janis Ian)
Uma história muito rica! Em poucas palavras percebemos que o mundo está um caos e como as regras da sobrevivência nele operam. A nossa protagonista é uma mulher considerada já velha entre os seus, embora não seja muito, e como ela lida com a sua crescente debilidade e como acaba por influenciar, sem saber bem como, outros mais novos a tomarem decisões que alterarão para sempre a vida de todos eles.
Adorei o conceito, a prosa e o final.
Nota: 7.5/10
"City Lazarus", de Diana Rowland (narrado por Scott Brick)
Com um protagonista tudo menos ortodoxo, que nem sequer pode ser chamado de anti-herói, foi na sua personalidade que residiu grande parte da força deste conto. A localização e o problema da cidade, como uma personagem por si só, foi do que mais manteve o meu interesse.
A mulher perigosa deste conto é fácil de adivinhar mas as suas motivações só transparecem aos poucos. A sua manipulação dos personagens é refrescante.
Nota: 7.5/10
"Virgins", de Diana Gabaldon (narrado por Alan Scott-Douglas)
Uma coisa que me intriga neste conto, e não tem mesmo nada a ver, é porque este título? Parece-me a mim que nenhuma destas personagens é propriamente virgem. Ehehe!
Este foi o meu primeiro contacto com a famosa escritora Diana Gabaldon e confesso que a prosa me agradou bastante. No entanto o machismo é bastante intenso em toda a trama e eu não posso ignorar isso, mesmo tendo em conta que isto se pasou há uns bons séculos atrás, quando as mulheres pouco mais eram que objectos.
Confesso, algumas cenas aqui deixaram-me desconfortável e isso não é coisa fácil de se fazer. Bom sinal? Claro!
O problema é que não consegui simpatizar muito com os protagonistas, o que me parece que será um empecilho caso eu alguma vez pretenda ler a série Outlander.
Prosa impecável, crueza que chegue e sobre, mas uma história que embora interessante acabou por se arrastar bastante e, na verdade, não surpreendeu muito.
Nota: 6.5/10
"Hell Hath no Fury", de Sherrilyn Kenyon (narrado por Stana Katic)
Este conto é um dos mais rurais pois, apesar de se focar num grupo de jovens moderno, passa-se numa cidade fantasma, amaldiçoada, onde coisas estranhas acontecem e são despelotadas muito graças a uma dessas jovens que é uma espécie de medium.
Apesar do início bastante comum, gostei de como o folclore foi usado e da própria protagonista. O final pareceu-me demasiado feliz.
Nota: 6.5/10
"Pronoucing Doom", de S.M. Stirling (narrado por Claudia Black)
Embora este conto seja bastante expositivo, eu na verdade gostei muito da protagonista e especialmente do conceito por detrás deste mundo envolto em caos. A força das mulheres nesta religião que as mesmas criaram é extraordinária. E gostei de como elas iam inventando as leis e os rituais à medida que deles iam precisando. Na prosa notava-se a hesitação da protagonista, mas também a sua resolução.
Os temas aqui abordados também são muito interessantes e algumas das abordagens e escolhas dão que pensar, quer seja pelo uso abusivo dos recursos do planeta, como pela culpabilidade da sociedade por ignorar os sinais de abusos nos seus vizinhos, ou pela transferência de justiça para as mãos do povo, que não pode apenas decidir qual o castigo mas deve também reforçá-lo e viver com isso na sua consciência.
Nota: 7.5/10
"Name the Beast", de Sam Sykes (narrado por Janis Ian)
Os saltos de cena deste conto poderiam ter sido bons instrumentos para manter o suspense do leitor, e na realidade ao princípio funcionou, mas depois comecei a ficar confusa, a misturar as sequências e a perceber que na verdade o leitor acaba por não saber nada de nada da espécie de criaturas que aqui são descritas. Só sabemos que são selvagens, letais e que tem inteligência talvez superior à dos humanas. O que realmente as motiva? Porquê aqueles alvos? Não sabemos, e isso para mim não é suficiente.
A relação entre o casal de estranhos seres estava muito interessante, mas nem isso nem a relação da fêmea com a filha foram suficientes para me convencer.
Nota: 4/10
"Caretakers", de Pat Cadigan (narrado por Maggi-Meg Reed)
Talvez o conto mais familiar de toda a antologia, não com uma, mas sim duas mulheres perigosas (ou poderei até dizer mais).
Também esta história fala da velhice e até de Alzheimers, mas do ponto de vista das duas filhas de uma pessoa doente. Não há aqui fantasia, nem sequer um grande mistério. É uma história de relacionamentos, de consciência, de vida e de decisões. Eu gostei muito!
Nota: 7.5/10
"Lies My Mother Told Me", de Caroline Spector (narrado por Jenna Lamia)
Este conto está empatado com o "Wrestling Jesus". Já tinha ouvido falar da série de livros Wild Cards (organizado do George R.R. Martin) mas nunca tinha lido nada da série e agora fiquei super-curiosa!
O conceito é muito rico mas realmente o que me prendeu neste conto, além da escrita, foram as personagens. Em poucas linhas elas ficam definidas e depois vamos ficando a cohecê-las cada vez melhor. Em pouco tempo sabemos muito sobre as três mulheres desta história, e o seu inimigo (se é que lhe podemos chamar assim). A premissa tem tanto de divertida como mórbida: uma mulher, cujo poder é o de criar bolhas a partir da sua gordura, está a participar numa parada quando a multidão é atacada por zombies.
Muito bom!
Nota: 9/10
"The Princess and the Queen", de George R.R. Martin (narrado por Ian Glen)
Ora eu já tinha lido algo do Martin mas realmente este conto não me convenceu. Não porque não fosse interessante mas porque o autor comprimiu a história para caber no formato de um conto e por mais que a prosa seja interessante, o facto de nos debitar informação constantemente e nos apresentar dezenas de personagens que depois acabam por ter pouca relevância (ou cuja relevância se perde porque é tão pouco o espaço para as conhecermos).
A história é super-interessante mas não era para ser um conto, era para ser, no mínimo, uma noveleta. Assim não cativa.
Nota: 5.5/10
Opinião:
Sem dúvida que esta antologia nos traz mulheres fortes, cheias de garra, capazes de lutar pelo que acreditam e de inspirar outros a fazer o mesmo, quer elas sejam as boas ou as más da fita.
Dangerous Women reúne alguns dos melhores contos que li este ano e quase todos os contos estão num patamar bem alto, tirando dois ou três que foram mais fracos.
Gostei muito das histórias, das protagonistas e da riqueza das histórias e diversidade de pontos de vista. Aconselho! Mesmo a quem não se acha muito fã de ficção curta.
"Some Desperado", de Joe Abercrombie (narrado por Stana Katic)
A protagonista é uma espécie de criminosa em fuga de outros criminosos, e está metida num grande sarilho logo no início. A forma como ela se desenrasca e se consegue defender é digna de se ver. O mais interessante para mim, neste conto, foi a forma como a protagonista foi tão bem apresentada ao leitor. Ficamos a conhecer várias facetas dela num curto espaço de tempo e a sua atitude na batalha fina surpreendeu-me, na positiva. O fim propriamente dito é bastante aberto mas compreensível. O único senão do conto é o início mais moroso e o facto de os vilões serem muito estereotipados.
Nota: 7/10
"My Heart is Either Broken", de Megan Abbot (narrado por Jake Weber)
Este foi um dos meus contos favoritos da antologia. Fala-nos de um casal que está destroçado pelo desaparecimento da sua filha. O que realmente me cativou foi o facto de ser narrado na perspectiva do marido e vermos a sua crença, a início parece inabalável, sendo aos poucos corroída pela semente da dúvida. No fim nada é certo mas também o leitor fica com os mesmos receios. Adorei!
Nota: 8.5/10
"Nora's Song", de Cecila Holland (narrado por Harriet Walter)
Gostei muito desta família real e de como elas interagiam, de como eram tão unidos à mãe e tão distantes em relação ao pai (coisa que rapidamente se entende porque acontece). O facto de a narradora ser a Nora, uma das crianças mais pequenas, também me agradou. Dava ao texto um ar mais inocente mas ao mesmo tempo muito inquisidor.
Infelizmente o final bastante inacabado deixou-me insatisfeita. E aqui a "mulher perigosa" é mais ambígua.
Nota: 6/10
"The Hands that are not There", de Melinda M. Snodgrass (narrado por Jonathan Frakes)
A história aqui começa num bar onde um homem se senta com um estranho e este lhe conta uma história mirabolante que poderá ou não ser verdadeira. A premissa por si só é banal e confesso que não me senti cativada a início, no entanto quando a Sammy entrou em cena a coisa mudou de figura. Sedutora, confiante e imprevisível. Uma verdadeira Dangerous Woman.
No final fica a dúvida se o estranho estaria a inventar tudo aquilo ou se poderia mesmo ser verdade.
Nota: 5.5/10
"Bombshells", de Jim Butcher (narrado por Emily Renkin)
Raios! Não devia ter lido este conto antes de ler todos os livros da série Dresden. Mega spoilers!
Mas esquecendo isso por um bocado, este conto segue uma missão da nova aprendiz de feiticeira, numa aventura feita só de mulheres, cheias de determinação e com o "Power of the Rack", como diz a própria protagonista.
Cheio de acção, bons diálogos e humor, gostei desta aventura e da surpresa final que fez com que o conto tivesse um significado bem grande até para a série principal de Dresden Files. Gosto disso!
Nota: 7/10
"Raisa Stepanova", de Carrie Vaughan (narrado por Inna Korobkina)
Uma história diferente das outras que já li da autora. Fala-nos de uma piloto de avião de guerra, durante a 1ª Guerra Mundial, ou alguma semelhante, e de como as mulheres tinham de ter muito carácter para estar na força aérea. A mentalidade caseira e patriótica da protagonista salta à vista em cada palavra e foi uma mudança boa.
Não gostei particularmente do final mas fora isso achei a protagonista muito forte e guerreira, e gostei do foco da história.
Nota: 7/10
"Wrestling Jesus", de Joe R. Lansdale (narrado por Scott Brick)
Um, se não mesmo o meu conto favorito da antologia. Não tem meias medidas com as palavras ou com as situações porque passa o protagonista. E só bem depois do meio é que ficamos a saber afinal quem é a mulher perigosa desta história. A sua ausência e a sua quase inexistência acabam por tornar a experiência ainda melhor, visto que quase tudo fica à imaginação do leitor. O seu feitiço será real ou fruto da imaginação de Jesus?
Mas o melhor do conto é mesmo o elo que se cria entre Jesus e Marvin. Muito especial!
Nota: 9/10
"Neighbors", de Megan Lindholm (narrado por Lee Meriwether)
Gostei muito do tema deste conto: Alzheimers. Aqui conhecemos uma senhora já com uma certa idade, que vive só. Tem uma vizinha com Alzheimers que desaparece uma noite depois de a visitar e, a partir daí, a sua vida nunca mais será a mesma. Ver o progresso da doença escrito desta forma foi bastante intrigante e fantasioso, mas não menos penoso.
Nota: 7.5/10
"I Know How to Pick 'Em", de Lawrence Block (narrado por Jake Weber)
O ambiente neste conto é bastante sombrio. Nenhuma das personagens é amistosa e o protagonista, que é quem está em foco, é especialmente intenso. O final, apesar de ser algo de prever, acabou por surpreender pela sua crueza . O melhor é mesmo a personalidade fria do protagonista e a força da narração.
Nota: 7.5/10
"Shadows for Silence in the Forest of Hell", de Brandon Sanderson (narrado por Claudia Black)
Uma história muito interessante que se passa em volta de uma estalajadeira que não é bem aquilo que parece à primeira vista. A protagonista é a personagem mais bem construída mas, como sempre, o autor consegue que todas as outras sejam marcantes à sua maneira. A história e a luta (mental e física), bem como todo o sistema de magia aqui apresentados, são memoráveis. Só achei que a acção se arrastou um pouco de mais no início. Fora isso, vale mesmo a pena.
Nota: 8/10
"A Queen in Exile", de Sharon Kay Penman (narrado por Harriet Walter)
Embora ache a história em si interessante, isto era matéria para dar um livro e não um conto. Teria sido muito mais proveitoso se o conto se focasse apenas numa cena da história desta rainha no exílio e não tentasse descreve grande parte da sua vida adulta em algumas páginas. O que acontece é que não há personagens interessantes, a acção salta muito e a prosa tem escassez de profundidade, já que não se debruça em nada ao pormenor.
Nota: 4.5/10
"The Girl in the Mirror", de Lev Grossman (narrado por Sophie Turner)
Aquela que era uma premissa muito interessante acabou por perder algum alento com uma prosa pouco enérgica. Faltava-lhe ânimo e havia demasiadas coisas a distrair a atenção do leitor. Não havia um foco real. As coisas iam acontecendo para serem giras mas não senti grande ligação nem com as personagens nem com a escola de magia.
Nota: 5/10
"Second Arabesque, Very Slowly", de Nancy Cress (narrado por Janis Ian)
Uma história muito rica! Em poucas palavras percebemos que o mundo está um caos e como as regras da sobrevivência nele operam. A nossa protagonista é uma mulher considerada já velha entre os seus, embora não seja muito, e como ela lida com a sua crescente debilidade e como acaba por influenciar, sem saber bem como, outros mais novos a tomarem decisões que alterarão para sempre a vida de todos eles.
Adorei o conceito, a prosa e o final.
Nota: 7.5/10
"City Lazarus", de Diana Rowland (narrado por Scott Brick)
Com um protagonista tudo menos ortodoxo, que nem sequer pode ser chamado de anti-herói, foi na sua personalidade que residiu grande parte da força deste conto. A localização e o problema da cidade, como uma personagem por si só, foi do que mais manteve o meu interesse.
A mulher perigosa deste conto é fácil de adivinhar mas as suas motivações só transparecem aos poucos. A sua manipulação dos personagens é refrescante.
Nota: 7.5/10
"Virgins", de Diana Gabaldon (narrado por Alan Scott-Douglas)
Uma coisa que me intriga neste conto, e não tem mesmo nada a ver, é porque este título? Parece-me a mim que nenhuma destas personagens é propriamente virgem. Ehehe!
Este foi o meu primeiro contacto com a famosa escritora Diana Gabaldon e confesso que a prosa me agradou bastante. No entanto o machismo é bastante intenso em toda a trama e eu não posso ignorar isso, mesmo tendo em conta que isto se pasou há uns bons séculos atrás, quando as mulheres pouco mais eram que objectos.
Confesso, algumas cenas aqui deixaram-me desconfortável e isso não é coisa fácil de se fazer. Bom sinal? Claro!
O problema é que não consegui simpatizar muito com os protagonistas, o que me parece que será um empecilho caso eu alguma vez pretenda ler a série Outlander.
Prosa impecável, crueza que chegue e sobre, mas uma história que embora interessante acabou por se arrastar bastante e, na verdade, não surpreendeu muito.
Nota: 6.5/10
"Hell Hath no Fury", de Sherrilyn Kenyon (narrado por Stana Katic)
Este conto é um dos mais rurais pois, apesar de se focar num grupo de jovens moderno, passa-se numa cidade fantasma, amaldiçoada, onde coisas estranhas acontecem e são despelotadas muito graças a uma dessas jovens que é uma espécie de medium.
Apesar do início bastante comum, gostei de como o folclore foi usado e da própria protagonista. O final pareceu-me demasiado feliz.
Nota: 6.5/10
"Pronoucing Doom", de S.M. Stirling (narrado por Claudia Black)
Embora este conto seja bastante expositivo, eu na verdade gostei muito da protagonista e especialmente do conceito por detrás deste mundo envolto em caos. A força das mulheres nesta religião que as mesmas criaram é extraordinária. E gostei de como elas iam inventando as leis e os rituais à medida que deles iam precisando. Na prosa notava-se a hesitação da protagonista, mas também a sua resolução.
Os temas aqui abordados também são muito interessantes e algumas das abordagens e escolhas dão que pensar, quer seja pelo uso abusivo dos recursos do planeta, como pela culpabilidade da sociedade por ignorar os sinais de abusos nos seus vizinhos, ou pela transferência de justiça para as mãos do povo, que não pode apenas decidir qual o castigo mas deve também reforçá-lo e viver com isso na sua consciência.
Nota: 7.5/10
"Name the Beast", de Sam Sykes (narrado por Janis Ian)
Os saltos de cena deste conto poderiam ter sido bons instrumentos para manter o suspense do leitor, e na realidade ao princípio funcionou, mas depois comecei a ficar confusa, a misturar as sequências e a perceber que na verdade o leitor acaba por não saber nada de nada da espécie de criaturas que aqui são descritas. Só sabemos que são selvagens, letais e que tem inteligência talvez superior à dos humanas. O que realmente as motiva? Porquê aqueles alvos? Não sabemos, e isso para mim não é suficiente.
A relação entre o casal de estranhos seres estava muito interessante, mas nem isso nem a relação da fêmea com a filha foram suficientes para me convencer.
Nota: 4/10
"Caretakers", de Pat Cadigan (narrado por Maggi-Meg Reed)
Talvez o conto mais familiar de toda a antologia, não com uma, mas sim duas mulheres perigosas (ou poderei até dizer mais).
Também esta história fala da velhice e até de Alzheimers, mas do ponto de vista das duas filhas de uma pessoa doente. Não há aqui fantasia, nem sequer um grande mistério. É uma história de relacionamentos, de consciência, de vida e de decisões. Eu gostei muito!
Nota: 7.5/10
"Lies My Mother Told Me", de Caroline Spector (narrado por Jenna Lamia)
Este conto está empatado com o "Wrestling Jesus". Já tinha ouvido falar da série de livros Wild Cards (organizado do George R.R. Martin) mas nunca tinha lido nada da série e agora fiquei super-curiosa!
O conceito é muito rico mas realmente o que me prendeu neste conto, além da escrita, foram as personagens. Em poucas linhas elas ficam definidas e depois vamos ficando a cohecê-las cada vez melhor. Em pouco tempo sabemos muito sobre as três mulheres desta história, e o seu inimigo (se é que lhe podemos chamar assim). A premissa tem tanto de divertida como mórbida: uma mulher, cujo poder é o de criar bolhas a partir da sua gordura, está a participar numa parada quando a multidão é atacada por zombies.
Muito bom!
Nota: 9/10
"The Princess and the Queen", de George R.R. Martin (narrado por Ian Glen)
Ora eu já tinha lido algo do Martin mas realmente este conto não me convenceu. Não porque não fosse interessante mas porque o autor comprimiu a história para caber no formato de um conto e por mais que a prosa seja interessante, o facto de nos debitar informação constantemente e nos apresentar dezenas de personagens que depois acabam por ter pouca relevância (ou cuja relevância se perde porque é tão pouco o espaço para as conhecermos).
A história é super-interessante mas não era para ser um conto, era para ser, no mínimo, uma noveleta. Assim não cativa.
Nota: 5.5/10
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