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sexta-feira, 5 de outubro de 2018

Tor.com: Selected Original Fiction 2008-2012

"Tor.com: Selected Original Fiction 2008-2012", antologia com contos de Ken Macleod, Sylvia Day, John Scalzi, Charles Stross, Brandon Sanderson, Brit Mandelo, Meghan McCarron, e Rachel Swirsky (ainda não publicado em Portugal)

Opinião:
Já li vários contos disponíveis no site Tor.com, que nos dá a conhecer o trabalho de ficção curta de muitos bons autores da actualidade, bem como o lindíssimo trabalho dos muitos ilustradores que colaboram destas histórias.
Reunidos numa edição audiolivro estão alguns desses contos, de autores bem conhecidos meus, e de outros com quem tive agora o primeiro contacto.
No geral gostei de todos e aconselho-os a lerem estes e a explorarem também as centenas de outros contos que em Tor.com.
Abaixo segue a minha opinião de cada um dos contos nesta antologia:


“Earth Hour” by Ken Macleod
Esta história toca em temas actuais e pertinentes: o clima, o desenvolvimento científico, a dependência digital e a corrupção, entre outros. Temas sobre os quais me interesso bastante e que foram uma das razões porque gostei do conto. No entanto a escrita em si não em agarrou, nem a escolha da sequência de acções. 
Nota: 6,5/10

“Eve of Sin City” by Sylvia Day
Eu queria tanto gostar disto, sendo que a série (Marked) já me tinha chamado a atenção. no entanto, e apesar de a escrita ser cativante e carismática, senti que estava a ler mais do mesmo. A premissa, do Caim e do Abel e dos Marcados, está interessante mas depois caímos no romance habitual com o "bad boy" e ... já não tenho muita paciência para isso. Este conto, por si só, tem alguns pontos de interesse.Ficamos a conhecer relativamente bem as personagens e as suas personalidades, mas a acção em si é mediana.
Nota: 5,5/10

“The President’s Brain is Missing” by John Scalzi
Este conto foi tão divertido! A premissa, por si só, é hilariante, mas a execução ainda mais o é porque as personagens se levam bastante a sério mas as circunstâncias são de rir. O único senão deste conto é mesmo o abuso de "he said/she said" logo após cada trecho de diálogo. Acho que, muitas vezes, era desnecessário. Fora isso, está excelente.
Nota: 8/10

“Overtime” by Charles Stross
Mais um conto que se leva muito a sério mas cujas situações são divertidas demais para isso. Temos um funcionário (público?) que se esqueceu de pedir as férias para a época de Natal e acaba a ter de trabalhar sozinho. O lado burocrático do paranormal, aqui no seu melhor. Adorei o "mundo alternativo" em que se passa esta história e fiquei muito curiosa por ler mais aventuras de "The Laundry Files". O único senão é que o sistema paranormal, ou mágico, não é muito explicado, mas também não o é de tal forma que ficamos sem perceber nada.
Nota: 7/10

“Firstborn” by Brandon Sanderson
Este é o tipo de história que dava um livro. Não que não esteja contado de forma interessante, mesmo no formato conto, mas nota-se que havia muito mais para contar, muito mais para explorar das personagens. Brandon Sanderson consegue manter o leitor interessado mas eu não consegui apreciar realmente esta narrativa porque estava sempre a notar o que faltava. o que move o vilão? Quais os reais laços entre o protagonista e o seu comandante?
Não costumo dizer isto muitas vezes mas esta história não funciona como conto.
Nota: 5,5/10

“Down on the Farm” by Charles Stross
Esta personagem, a mesma de "Overtime" é super-divertida. Gosto do tom destas histórias e tenho muita vontade de ler os livros da série.
Aqui somos apresentados a uma instituição psiquiátrica onde estão internados apenas pessoas que trabalham com o paranormal e cujos conhecimentos poriam em perigo a "segurança nacional" se fossem deixados numa instituição comum.
As personagens são todas super-interessantes e o início da narrativa é muito interessante e as curvas e contra-curvas também. Embora não seja grande fã da conclusão, o divertimento é garantido.
Nota: 6,5/10

“After the Coup” by John Scalzi
A sério, este autor tem uma ideias para contos que são o máximo! Adorei! Um técnico informático que é obrigado a confrontar-se com um alienígena, porque este combate em arena é vantajoso politicamente. É tão engraçado como cheio de acção. Muito bom equilíbrio de personagens espectaculares, história cativante, acção e comédia.
Nota: 8,5/10

“The Finite Canvas” by Brit Mandelo
Focado em duas personagens, este é um conto profundo, que questiona valores, de acordo com as circunstâncias. Uma médica na terra, abordada por uma assassina mafiosa que vem dos espaço (da parte rica da sociedade) mas que esconde mais segredos do que apresenta à primeira vista.
Gostei muito deste contos, pelas personagens e pelas questões morais, embora a narrativa me parecesse lenta, me certos momentos
Nota: 7/10

“Swift, Brutal Retaliation” by Meghan McCarron
Uma história sobre uma família que acabou de perdeu um membro, e como cada um deles lida com isso. Juntem a isto um fantasma raivoso e rancoroso e é este conto que resulta. Adorei as irmãs! Levavam as brincadeiras sempre longe demais mas nada que não seja ate compreensível aos olhos de como a mãe e o pai gerem a família (ou não gerem).
Nota: 7,5/10

“Portrait of Lisane da Patagnia” by Rachel Swirsky
Conceito muito interessante, o de se conseguir passar a essência de algo directamente para a tinta e para uma tela. Muito "Dorian Gray".
Esat não é a história de Lisana, embora ela seja o grande foco e a grande obsessão da vida da nossa protagonista. Esta é uma história rica, com personagens interessantes e um sistema de magia muito curioso. Gostei!
Nota: 7,5/10

domingo, 27 de agosto de 2017

Mulheres Perigosas - divulgação

A Saída de Emergência prepara-se para lançar a antologia "Mulheres Perigosas", que eu já li em inglês (Dangerous Women). Podem ler a minha opinião sobre cada um dos contos AQUI.


Mas posso já dizer que recomendo a leitura. A antologia tem vários contos fabulosos, que merecem ser lidos, e é uma boa forma de conhecerem novos autores e revisitar outros.

Os meus contos favoritos foram os dos seguintes autores: Megan Abbot, Joe R. Lansdale, Brandon Sanderson e Caroline Spector.

Visitem o site da editora para fazer a pré-encomenda (tem oferta de outro livro).

Aviso: Para quem está a ler a série Dresden Files, aconselho-vos a terem cuidado porque o conto do autor nesta antologia tem mega-spoilers para os volumes mais recentes da série. 

terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Dangerous Women

"Dangerous Women", antologia com contos de Brandon Sanderson, Caroline Spector, Carrie Vaughan, Cecila Holland, Diana Gabaldon, Diana Rowland, George R.R. Martin, Jim Butcher, Joe Ambercrombie, Joe R. Lansdale, Lawrence Block, Lev Grossman, Megan Abbot, Megan Lindholm, Melinda M. Snodgrass, Nancy Cress, Pat Cadigan, S.M. Stirling, Sam Sykes, Sharon Kay Penman, Sherrilyn Kenyon

Opinião:
Sem dúvida que esta antologia nos traz mulheres fortes, cheias de garra, capazes de lutar pelo que acreditam e de inspirar outros a fazer o mesmo, quer elas sejam as boas ou as más da fita.
Dangerous Women reúne alguns dos melhores contos que li este ano e quase todos os contos estão num patamar bem alto, tirando dois ou três que foram mais fracos.
Gostei muito das histórias, das protagonistas e da riqueza das histórias e diversidade de pontos de vista. Aconselho! Mesmo a quem não se acha muito fã de ficção curta.

"Some Desperado", de Joe Abercrombie (narrado por Stana Katic)
A protagonista é uma espécie de criminosa em fuga de outros criminosos, e está metida num grande sarilho logo no início. A forma como ela se desenrasca e se consegue defender é digna de se ver. O mais interessante para mim, neste conto, foi a forma como a protagonista foi tão bem apresentada ao leitor. Ficamos a conhecer várias facetas dela num curto espaço de tempo e a sua atitude na batalha fina surpreendeu-me, na positiva. O fim propriamente dito é bastante aberto mas compreensível. O único senão do conto é o início mais moroso e o facto de os vilões serem muito estereotipados.
Nota: 7/10

"My Heart is Either Broken", de Megan Abbot (narrado por Jake Weber)
Este foi um dos meus contos favoritos da antologia. Fala-nos de um casal que está destroçado pelo desaparecimento da sua filha. O que realmente me cativou foi o facto de ser narrado na perspectiva do marido e vermos a sua crença, a início parece inabalável, sendo aos poucos corroída pela semente da dúvida. No fim nada é certo mas também o leitor fica com os mesmos receios. Adorei!
Nota: 8.5/10 

"Nora's Song", de Cecila Holland (narrado por Harriet Walter)
Gostei muito desta família real e de como elas interagiam, de como eram tão unidos à mãe e tão distantes em relação ao pai (coisa que rapidamente se entende porque acontece). O facto de a narradora ser a Nora, uma das crianças mais pequenas, também me agradou. Dava ao texto um ar mais inocente mas ao mesmo tempo muito inquisidor.
Infelizmente o final bastante inacabado deixou-me insatisfeita. E aqui a "mulher perigosa" é mais ambígua.
Nota: 6/10

"The Hands that are not There", de Melinda M. Snodgrass (narrado por Jonathan Frakes)
A história aqui começa num bar onde um homem se senta com um estranho e este lhe conta uma história mirabolante que poderá ou não ser verdadeira. A premissa por si só é banal e confesso que não me senti cativada a início, no entanto quando a Sammy entrou em cena a coisa mudou de figura. Sedutora, confiante e imprevisível. Uma verdadeira Dangerous Woman.
No final fica a dúvida se o estranho estaria a inventar tudo aquilo ou se poderia mesmo ser verdade.
Nota: 5.5/10

"Bombshells", de Jim Butcher (narrado por Emily Renkin)
Raios! Não devia ter lido este conto antes de ler todos os livros da série Dresden. Mega spoilers!
Mas esquecendo isso por um bocado, este conto segue uma missão da nova aprendiz de feiticeira, numa aventura feita só de mulheres, cheias de determinação e com o "Power of the Rack", como diz a própria protagonista.
Cheio de acção, bons diálogos e humor, gostei desta aventura e da surpresa final que fez com que o conto tivesse um significado bem grande até para a série principal de Dresden Files. Gosto disso!
Nota: 7/10 

"Raisa Stepanova", de Carrie Vaughan (narrado por Inna Korobkina)
Uma história diferente das outras que já li da autora. Fala-nos de uma piloto de avião de guerra, durante a 1ª Guerra Mundial, ou alguma semelhante, e de como as mulheres tinham de ter muito carácter para estar na força aérea. A mentalidade caseira e patriótica da protagonista salta à vista em cada palavra e foi uma mudança boa.
Não gostei particularmente do final mas fora isso achei a protagonista muito forte e guerreira, e gostei do foco da história.
Nota: 7/10

"Wrestling Jesus", de Joe R. Lansdale (narrado por Scott Brick)
Um, se não mesmo o meu conto favorito da antologia. Não tem meias medidas com as palavras ou com as situações porque passa o protagonista. E só bem depois do meio é que ficamos a saber afinal quem é a mulher perigosa desta história. A sua ausência e a sua quase inexistência acabam por tornar a experiência ainda melhor, visto que quase tudo fica à imaginação do leitor. O seu feitiço será real ou fruto da imaginação de Jesus?
Mas o melhor do conto é mesmo o elo que se cria entre Jesus e Marvin. Muito especial!
Nota: 9/10 

"Neighbors", de Megan Lindholm (narrado por Lee Meriwether)
Gostei muito do tema deste conto: Alzheimers. Aqui conhecemos uma senhora já com uma certa idade, que vive só. Tem uma vizinha com Alzheimers que desaparece uma noite depois de a visitar e, a partir daí, a sua vida nunca mais será a mesma. Ver o progresso da doença escrito desta forma foi bastante intrigante e fantasioso, mas não menos penoso.
Nota: 7.5/10 

"I Know How to Pick 'Em", de Lawrence Block (narrado por Jake Weber)
O ambiente neste conto é bastante sombrio. Nenhuma das personagens é amistosa e o protagonista, que é quem está em foco, é especialmente intenso. O final, apesar de ser algo de prever, acabou por surpreender pela sua crueza . O melhor é mesmo a personalidade fria do protagonista e a força da narração.
Nota: 7.5/10 

"Shadows for Silence in the Forest of Hell", de Brandon Sanderson (narrado por Claudia Black)
Uma história muito interessante que se passa em volta de uma estalajadeira que não é bem aquilo que parece à primeira vista. A protagonista é a personagem mais bem construída mas, como sempre, o autor consegue que todas as outras sejam marcantes à sua maneira. A história e a luta (mental e física), bem como todo o sistema de magia aqui apresentados, são memoráveis. Só achei que a acção se arrastou um pouco de mais no início. Fora isso, vale mesmo a pena.
Nota: 8/10  

"A Queen in Exile", de Sharon Kay Penman (narrado por Harriet Walter)
Embora ache a história em si interessante, isto era matéria para dar um livro e não um conto. Teria sido muito mais proveitoso se o conto se focasse apenas numa cena da história desta rainha no exílio e não tentasse descreve grande parte da sua vida adulta em algumas páginas. O que acontece é que não há personagens interessantes, a acção salta muito e a prosa tem escassez de profundidade, já que não se debruça em nada ao pormenor.
Nota: 4.5/10 

"The Girl in the Mirror", de Lev Grossman (narrado por Sophie Turner)
Aquela que era uma premissa muito interessante acabou por perder algum alento com uma prosa pouco enérgica. Faltava-lhe ânimo e havia demasiadas coisas a distrair a atenção do leitor. Não havia um foco real. As coisas iam acontecendo para serem giras mas não senti grande ligação nem com as personagens nem com a escola de magia.
Nota: 5/10  

"Second Arabesque, Very Slowly", de Nancy Cress (narrado por Janis Ian)
Uma história muito rica! Em poucas palavras percebemos que o mundo está um caos e como as regras da sobrevivência nele operam. A nossa protagonista é uma mulher considerada já velha entre os seus, embora não seja muito, e como ela lida com a sua crescente debilidade e como acaba por influenciar, sem saber bem como, outros mais novos a tomarem decisões que alterarão para sempre a vida de todos eles.
Adorei o conceito, a prosa e o final.
Nota: 7.5/10 

"City Lazarus", de Diana Rowland (narrado por Scott Brick)
Com um protagonista tudo menos ortodoxo, que nem sequer pode ser chamado de anti-herói, foi na sua personalidade que residiu grande parte da força deste conto. A localização e o problema da cidade, como uma personagem por si só, foi do que mais manteve o meu interesse.
A mulher perigosa deste conto é fácil de adivinhar mas as suas motivações só transparecem aos poucos. A sua manipulação dos personagens é refrescante.
Nota: 7.5/10 

"Virgins", de Diana Gabaldon (narrado por Alan Scott-Douglas)
Uma coisa que me intriga neste conto, e não tem mesmo nada a ver, é porque este título? Parece-me a mim que nenhuma destas personagens é propriamente virgem. Ehehe!
Este foi o meu primeiro contacto com a famosa escritora Diana Gabaldon e confesso que a prosa me agradou bastante. No entanto o machismo é bastante intenso em toda a trama e eu não posso ignorar isso, mesmo tendo em conta que isto se pasou há uns bons séculos atrás, quando as mulheres pouco mais eram que objectos.
Confesso, algumas cenas aqui deixaram-me desconfortável e isso não é coisa fácil de se fazer. Bom sinal? Claro!
O problema é que não consegui simpatizar muito com os protagonistas,  o que me parece que será um empecilho caso eu alguma vez pretenda ler a série Outlander.
Prosa impecável, crueza que chegue e sobre, mas uma história que embora interessante acabou por se arrastar bastante e, na verdade, não surpreendeu muito.
Nota: 6.5/10 

"Hell Hath no Fury", de Sherrilyn Kenyon (narrado por Stana Katic)
Este conto é um dos mais rurais pois, apesar de se focar num grupo de jovens moderno, passa-se numa cidade fantasma, amaldiçoada, onde coisas estranhas acontecem e são despelotadas muito graças a uma dessas jovens que é uma espécie de medium.
Apesar do início bastante comum, gostei de como o folclore foi usado e da própria protagonista. O final pareceu-me demasiado feliz.
Nota: 6.5/10 

"Pronoucing Doom", de S.M. Stirling (narrado por Claudia Black)
Embora este conto seja bastante expositivo, eu na verdade gostei muito da protagonista e especialmente do conceito por detrás deste mundo envolto em caos. A força das mulheres nesta religião que as mesmas criaram é extraordinária. E gostei de como elas iam inventando as leis e os rituais à medida que deles iam precisando. Na prosa notava-se a hesitação da protagonista, mas também a sua resolução.
Os temas aqui abordados também são muito interessantes e algumas das abordagens e escolhas dão que pensar, quer seja pelo uso abusivo dos recursos do planeta, como pela culpabilidade da sociedade por ignorar os sinais de abusos nos seus vizinhos, ou pela transferência de justiça para as mãos do povo, que não pode apenas decidir qual o castigo mas deve também reforçá-lo e viver com isso na sua consciência.
Nota: 7.5/10 

"Name the Beast", de Sam Sykes (narrado por Janis Ian)
Os saltos de cena deste conto poderiam ter sido bons instrumentos para manter o suspense do leitor, e na realidade ao princípio funcionou, mas depois comecei a ficar confusa, a misturar as sequências e a perceber que na verdade o leitor acaba por não saber nada de nada da espécie de criaturas que aqui são descritas. Só sabemos que são selvagens, letais e que tem inteligência talvez superior à dos humanas. O que realmente as motiva? Porquê aqueles alvos? Não sabemos, e isso para mim não é suficiente.
A relação entre o casal de estranhos seres estava muito interessante, mas nem isso nem a relação da fêmea com a filha foram suficientes para me convencer.
Nota: 4/10 

"Caretakers", de Pat Cadigan (narrado por Maggi-Meg Reed)
Talvez o conto mais familiar de toda a antologia, não com uma, mas sim duas mulheres perigosas (ou poderei até dizer mais).
Também esta história fala da velhice e até de Alzheimers, mas do ponto de vista das duas filhas de uma pessoa doente. Não há aqui fantasia, nem sequer um grande mistério. É uma história de relacionamentos, de consciência, de vida e de decisões. Eu gostei muito!
Nota: 7.5/10 

"Lies My Mother Told Me", de Caroline Spector (narrado por Jenna Lamia)
Este conto está empatado com o "Wrestling Jesus". Já tinha ouvido falar da série de livros Wild Cards (organizado do George R.R. Martin) mas nunca tinha lido nada da série e agora fiquei super-curiosa!
O conceito é muito rico mas realmente o que me prendeu neste conto, além da escrita, foram as personagens. Em poucas linhas elas ficam definidas e depois vamos ficando a cohecê-las cada vez melhor. Em pouco tempo sabemos muito sobre as três mulheres desta história, e o seu inimigo (se é que lhe podemos chamar assim). A premissa tem tanto de divertida como mórbida: uma mulher, cujo poder é o de criar bolhas a partir da sua gordura, está a participar numa parada quando a multidão é atacada por zombies.
Muito bom!
Nota: 9/10 

"The Princess and the Queen", de George R.R. Martin (narrado por Ian Glen)
Ora eu já tinha lido algo do Martin mas realmente este conto não me convenceu. Não porque não fosse interessante mas porque o autor comprimiu a história para caber no formato de um conto e por mais que a prosa seja interessante, o facto de nos debitar informação constantemente e nos apresentar dezenas de personagens que depois acabam por ter pouca relevância (ou cuja relevância se perde porque é tão pouco o espaço para as conhecermos).
A história é super-interessante mas não era para ser um conto, era para ser, no mínimo, uma noveleta. Assim não cativa.
Nota: 5.5/10 

domingo, 8 de janeiro de 2017

Os Melhores Livros de 2016

 Terminou mais um ano! Espero que todos vocês encontrem, em 2017, a felicidade a cada esquina.
Mas não há início de ano sem um apanhado dos livros lidos e apreciados no ano anterior. Vamos a isso!

Para começar, se quiserem, podem consultar a lista de todos os romances/antologias, bandas desenhadas/mangas e contos que li no ano que passou AQUI.
Também podem ver uma lista mais visual no Goodreads AQUI, com algumas curiosidades.

Seguem-se os números:
Em 2016 li 39 livros (incluindo antologias, romances, noveletas e 1 livro infantil) somando 12.098 páginas (contando com as páginas que têm as versões físicas dos que escute em audiobook)e mais de 276 horas de audiolivros escutados.
- 11 destes livros estavam em português (7 de autores portugueses) e os restantes 28 em inglês
- 8 foram lidos em formato físico, 3 em ebook e 28 em audiolivro.
Nota média de leitura: 6,56 de 10 possíveis. 

O Género mais lido em romance foi Fantasia (11) e em conto foi a Ficção Científica (12)

Li 35 álbuns de banda desenhada e 4 volumes manga, num total de cerca de 5.247 páginas.
A nota média de BD foi 7,1 e de manga foi de 5,5, em 10 possíveis.

Li 46 contos, 17 dos quais de autores portugueses
Nota média dos contos é 6,38 em 10 possíveis.

Seguem-se os Tops!
 Top 5 de romances/antologias de 2016:
1) "O Quarto de Jack", Emma Donoghue
2) "Graceling - O Dom de Katsa", Kristin Cashore
3) "A Rapariga no Comboio ", Paula Hawkins
4) 
"The Plutonium Blonde", John Zakour
 5) "Bons Augúrios", Neil Gaiman e Terry Pratchett



Top 5 de BD e Manga de 2016:
1) "Sharaz-De", Sergio Toppi
2) "Murena", Jean Dufaux e Philippe Delaby
3) "O Buda Azul", Cosey
4) "Maus", Art Spiegelman
5) "Israel Sketchbook", Ricardo Cabral



 Top 5 contos de 2016:
1) "Wrestling Jesus", Joe R. Lansdale (in Dangerous Women)
2) "Icarus Blues", Ricardo Dias
3) "Shadows for Silence in the Forest of Hell", Brandon Sanderson

(in Dangerous Women)
4) "Querido, estás morto", João Dias Martins / Joel G. Gomes (in Conto Fantástico 3)
5) "My Heart is Either Broken", Megan Abbot
(in Dangerous Women) 

Tops por categorias:

Melhor Autor/a Português/esa de 2016: Susana Almeida
Melhor Autor/a Estrangeiro/a de 2016: Kristin Cashore

Melhor P. Principal Masculina de 2016: Jacob (in O Quarto de Jack)
Melhor P. Principal Feminina de 2016: Katsa (in Graceling - O Dom de Katsa)
Melhor P. Secundária Masculina de 2016: HARV (in The Plutonium Blonde)
Melhor P. Secundária Feminina de 2016: Grandma Mazur (in Two for the Dough)
Melhor Vilão de 2016: Etaín (in Sombras da Morte) 
Melhor Casal Literário de 2016: Po e Katsa (in Graceling - O Dom de Katsa)

Nota:Como devem ter percebido, grande parte dos meus livros favoritos não tem uma review aqui no blog. Tenciono corrigir isso brevemente.
Entretanto gostaria que me contassem quais foram as vossas melhores leituras de 2016, e que planos literários têm  para 2017. Deixem os vossos comentários.

domingo, 30 de outubro de 2016

Brandon Sanderson em Portugal

A Saída de Emergência vai trazer o Brandon Sanderson a Portugal! Para quem não conhece, Brandon Sanderson é o autor de várias séries de fantasia, incluindo Mistborn que é uma série de três livros que eu adorei (podem ler as minhas opiniões aqui).



Infelizmente não poderei deslocar-me a Lisboa para conhecer o autor mas convido todos os fãs de fantasia que o passam fazer a lerem pelo menos um dos seus livros e aproveitarem para conhecer o autor.

sábado, 23 de abril de 2016

Dia Internacional do Livro e dos Direitos do Autor

Não podia deixar passar o Dia Internacional do Livro e dos Direitos do Autor em branco, certo?

Por isso gostaria de vos convidar a divulgar, aqui e nas redes sociais, quais os vossos autores favoritos de sempre e qual o(s) livro(s) que leram este ano que mais gostaram.

E porque além de autora sou também leitora, deixo uma pequena lista de alguns dos meus autores favoritos (sem ordem de preferência): Markus Zusak, Marissa Meyer, Luís Filipe Silva, Edgar Allan Poe, J.K. Rowling, Carina Portugal, Brandon Sanderson, Vitor Frazão, Robin Mckinley, João Barreiros, Manuel Alves.
E o livro que mais gostei de ler este ano foi: "28 Days Later", uma banda desenhada de Micheal Alan Nelson e Declan Shalvey.

E não se esqueçam de respeitar sempre o trabalho do autor, seja ele escritor, fotógrafo, músico, ilustrador, compositor, escultor ou outro "-or".
Ajudem os autores e lembrem-se de, sempre que usam uma foto linda no vosso mural do facebook ou no blog, mencionar que é o autor (ou caso não saibam referir isso mesmo). Os autores do mundo inteiro agradecem!

quinta-feira, 25 de junho de 2015

Leituras de Abril e Maio 2015

Este vídeo acabou por ficar demasiado longo. Para a próxima tenho de dividir por meses. :) Só espero que não aborreça.



Leituras de Abril e Maio 2015:
- "The Hero of Ages", Brandon Sanderson
- "The Martian", Andy Weir
- "A Cada Dia", David Levithan
- "Xerazade - A Última Noite", Manuela Gonzaga
- "How to Flirt with a Naked Werewolf", Molly Harper
- "Ready Player One", Ernest Cline
- "Universos Literários", Ana Ferreira, Carina Portugal, Carlos Silva, Liliana Novais, Pedro Cipriano, Pedro Pereira e Sara Farinha
- "A Culpa é das Estrelas", John Green
- "Great Expectations", Charles Dickens
Contos:
- "The Eleventh Metal", Brandon Sanderson
BD e Manga:
- "The Walking Dead 17 a 2", Robert Kirkman e Charlie Adlard
- "Rugas", Paco Roca
- "Grimm Fairy Tales 5", Ralph Tedesco
- "Age of Ultron", Brian Michael Bendis
- "Fatale", Ed Brubaker, Sean Phillips
- "Black God 16 a 19", Dall -Young Lim e Sung-Woo Park
- "Koimoku 1", de Dall-Young Lim e Hae-Won Lee

E vocês? Quais foram as vossas melhores leituras dos últimos meses?

terça-feira, 2 de junho de 2015

Top Ten Tuesday - Livros para filmes ou séries de TV

De vez em quando lembro-me de fazer o Top Ten Tuesday e como o tema desta semana é Top Ten Books I'd Love To See As Movies/Tv Shows (Livros que adoraria ver como filmes ou séries de TV), porque não fazer uma nova listinha?

Para quem ainda não sabe o Top Ten Tuesday é uma rubrica semanal liderada pelo The Broke and the Bookish, que convida os bloggers a fazerem uma lista relacionada com livros e com um tema diferente todas as semanas (podem saber tudo AQUI). Todos podem participar!



 E os elegidos para Livros que adoraria ver convertidos em filmes ou séries de TV são:
1) Leviathan / Behemoth / Goliath, de Scott Westerfeld - Acho que a série daria uma excelente série;
2) Eternal Sabbath, de Fuyumi Soryo -Tanto poderia dar um filme ou uma pequena série, nem percebo porque nunca foi feito um anime :(;
3) A Filha da Floresta, de Juliet Marillier - Há algum livro da autora passado para o cinema? Se não houver é uma falha enorme, parece-me ...;
4) Três Sombras, de Cyril Pedrosa - Com desenho e direcção artística do próprio; ia ser muito bom!
5) Império Final / O Poço da Ascenção / The Hero os Ages, de Brandon Sanderson - Podia resultar numa série fabulosa;
6) The Martian, de Andy Weir - Acho que ia funcionar bem como um filme;
7) Cinder / Scarler / Cress / Winter, de Marissa Meyer - Dava um grupo de filmes bastante interessantes, a meu ver;
8) Body Bags, de Jason Pearson - Uma BD muito gráfica que sempre me pareceu que daria um espectáculo visual fantástico em tela;
9) As Incríveis Aventuras de Dog Mendonça e PizzaBoy (e sequelas), de Filipe Melo e Juan Cavia - Só porque seria muito bom ver isto no cinema!;
10) Comandante Serralves - Despojos de Guerra, de Ana Ferreira, Carlos Silva, Inês Montenegro, Joel Puga, Rui Leite, Vitor Frazão - Uma série com as aventuras deste comandante, poderia ser muito interessante;

E vocês? Que livros mais gostariam de ver passados para o pequeno e o grande ecrã?

segunda-feira, 1 de junho de 2015

The Hero of Ages

"The Hero of Ages (Mistborn 3)", de Brandon Sanderson (ainda não publicado em Portugal)

Opinião (audiolivro):
Esta é a primeira vez que posso dizer que pelo facto de ter escutado a versão audiolivro fui presenteada com um grande spoiler logo de início. Isto porque no início de cada capítulo, que era uma espécie de pós-reflexão dos acontecimentos de toda a saga, foi narrada na voz (ou tom de voz) de uma personagem que reconheci de imediato e logo soube que pelo menos essa personagem iria sobreviver até ao final. Mas a verdade é que foi muito interessante comparar a personagem dessas reflexões com a sua versão no presente do texto, e ver a sua evolução aos poucos.

Dito isto, nunca é demais relembrar que, sendo esta uma opinião ao terceiro livro da série, poderá conter spoilers sobre o
primeiro e o segundo livro.

Ora, entre o segundo e o terceiro livros há mais um salto temporal. Começamos logo com uma cena em que Elend mostra os seus novos e grandiosos poderes, o que estranhei logo à partida porque não temos acesso ao tempo em que ele se habituou à sua nova força, nem à forma como os outros reagiram à sua súbita mudança (sem precedentes). Por algumas cenas o Elend quase parecia uma espécie de Deus Ex-Machina, demasiado conveniente para a história e, sinceramente, no início achei tinha minado por completo todo o desenvolvimento emocional que tinha sido alcançado entre a Mistborn Vinn e o não-Mistborn Elend.
E não foi só a sua mudança física, mas também uma quase radical mudança de atitude que se nota logo no início do livro e que não me agradou muito. Foi demasiado abrupta. Felizmente ao longo do livro este choque inicial vai-se dissipando.

Em contrapartida achei que a Vinn foi negligenciada neste livro (excepto nas cenas entre ela e o Human). Talvez por ela já ter tido muito desenvolvimento no segundo (The Well of Ascension). Mas houve outra coisa que envolveu a Vinn que eu gostei bastante: o facto de se vir a saber que o/a Ruin a tinha andado a manipular o tempo todo. Foi bem jogado!
No entanto neste livro o foco alternou mais entre o Elend, o Lestibournes e o TenSoon, do que na Vinn ou no próprio Sezad. Isto, contudo, não fez com que o final tivesse menos impacto ou com que o livro fosse menos bom. Por um lado até foi o oposto pois gostei muito de ler sobre os desenvolvimentos paralelos (o palco da revolução com Lestibournes, o julgamento do TenSoon e o plano de conquista do Elend) que culminaram num final fabuloso que foi mais que merecedor para a série.
Um desfecho que dá muitas respostas, tem uma boa dose de drama e, ao mesmo tempo, deixa em aberto várias possibilidades futuras.
Sem dúvida que gostei e não lhe vejo grandes falhas a nível de enredo, embora o compasso fosse diferente do resto do livro. Como seria de esperar acontecem várias mortes e não posso dizer que fossem inesperadas. Na verdade até esperava que fossem em maior número. À parte disso, a descrição do controle do mundo por parte tanto do/a Herdeiro/a dos Nevoeiros como do/a 'Hero of Ages' foi bem conseguida e muito visual.
Acho que, sem dúvida, foi um desfecho muito bom e que agradará aos fãs da série.

Em suma, Brandon Sanderson fechou com chave de ouro esta trilogia e embora existam mais livros na série, estes podem ser lidos e apreciados de forma independente.
Mistborn dá-nos a conhecer um mundo complexo, com culturas muito ricas (que o autor explora com muito estilo) e personagens a quem o leitor se consegue ligar com facilidade. Vale a pena ler e aconselho a todos os que apreciem uma boa história, com personagens memoráveis e uma escrita cuidada; independentemente de serem fãs de fantasia ou não.

Esta opinião reflecte sobre a versão audio narrada por Michael Krammer.

Sinopse:
Num mundo onde as cinzas caem do céu e as brumas dominam a noite, o povo dos Skaa vive escravizado e na absoluta miséria. Durante mais de mil anos, o Senhor Soberano governou com um poder divino inquestionável e pela força do terror. Mas quando a esperança parecia perdida, um sobrevivente de nome Kelsier escapa do mais terrível cativeiro graças à estranha magia dos metais - a Alomancia - que o transforma num "nascido nas brumas", alguém capaz de invocar o poder de todos os metais. Kelsier foi outrora um famoso ladrão e um líder carismático no submundo. A experiência agonizante que atravessou tornou-o obcecado em derrubar o Senhor Soberano com um plano audacioso. Após reunir um grupo de elite, é então que descobre Vin, uma órfã skaa com talento para a magia dos metais e que vive nas ruas. Perante os incríveis poderes latentes de Vin, Kelsier começa a acreditar que talvez consiga cumprir os seus sonhos de transformar para sempre o Império Final…

Outras Capas: 
    

sexta-feira, 22 de maio de 2015

O Poço da Ascensão

"O Poço da Ascensão (Mistborn 2)", de Brandon Sanderson (Saída de Emergência)

Opinião (audiolivro):
Acho que não é surpresa para ninguém que esta opinião poderá (e quase certamente irá) conter spoilers sobre o primeiro livro da série.

Este livro começa cerca de um ano depois dos acontecimentos do primeiro, que tiveram não só impacto na vida das personagens  mas também no mundos que elas habitam. Num momento em que o povo de Luthadel luta por sobreviver às mudanças, numa altura em que Elend, enquanto novo governador da cidade e do império, mostra já não ser o ingénuo idealista de meses antes, ele encontra muita resistência, tanto da parte dos Skaa, como dos nobres, e quando outras questões lhe roubam a atenção, alguém irá tentar roubar-lhe o poderio. Somem isto ao facto de dois exércitos inmigos fazerem cerco à capital e temos receita para desastre.

Vin pareceu-me uma personagem bem menos forte de carácter que no primeiro livro e isso foi, em parte, o que me levou a gostar um pouco menos deste (mas não muito). Em O Poço da Ascenção ela está com dificuldade em perceber o seu papel na revolução e o seu lugar na sociedade e na equipa, o que resulta em algumas situações perigosas que resultaram da sua ingenuidade e incapacidade de integração. Na ausência do seu mentor, Kelsier, ela irá formar uma rivalidade-barra-elo com um outro Mistborn: Zane (uma personagem muito interessante), e também criar uma certa amizade com o Kandra OreSeur/TenSoon, que foi, sem dúvida, uma das personagens que mais me agradou em toda a série.

Este livro está cheio de intriga, emoção, e repleto de personagens que procuram perceber os seus papéis nas mudanças que ocurreram após a queda do Imperador.

Algumas personagens recebem um pouco mais de atenção que outras, como não poderia deixar de ser, com especial enfoque na Vin, Elend, OreSeur/TenSoon, Sezad, Tindwell, Sett e Zane. Sendo que, por estarem todos tão divididos internamente, resultou que os meus favoritos foram o OreSeur/TenSoon e a Tindwell.

O desenvolvimento da história, a princípio, parecia querer seguir uma direcção muito recta, mas o autor conseguiu desenvolver várias tramas em paralelo  de forma muito interessante e empolgante, o que serviu para enriquecer cada vez mais o livro à medida que este ia avançando. Vários desenvolvimentos finais me apanharam de surpresa (o desvendar do espião, a verdade sobre os textos da profecia, etc.), assim como algumas sequências de acção fascinantes, em especial aquelas em que outras facetas das personalidade de certas personagens sobressaíram da melhor e da pior forma; nomeadamente o Sazed, o Breeze e o Lestibournes. Por outro lado as mortes dentro do grupo não me surpreenderam muito, assim como o  que aconteceu ao Elend no Poço da Ascenção.

Em termos de escrita, na primeira parte do livro algumas sequências de acção eram um pouco brandas demais mas no final o leitor viu todo o potencial da escrita do autor. No resto do texto a prosa é fabulosa e envolve facilmente o leitor.

Em suma, este foi um segundo livro cheio de intriga, com um final inesperado e muito bom desenvolvimento. Mal pude esperar para ler o terceiro livro.

Esta opinião reflecte sobre a versão audio narrada por Michael Krammer.

Sinopse:
Num mundo onde as cinzas caem do céu e as brumas dominam a noite, o povo dos Skaa vive escravizado e na absoluta miséria. Durante mais de mil anos, o Senhor Soberano governou com um poder divino inquestionável e pela força do terror. Mas quando a esperança parecia perdida, um sobrevivente de nome Kelsier escapa do mais terrível cativeiro graças à estranha magia dos metais - a Alomancia - que o transforma num "nascido nas brumas", alguém capaz de invocar o poder de todos os metais. Kelsier foi outrora um famoso ladrão e um líder carismático no submundo. A experiência agonizante que atravessou tornou-o obcecado em derrubar o Senhor Soberano com um plano audacioso. Após reunir um grupo de elite, é então que descobre Vin, uma órfã skaa com talento para a magia dos metais e que vive nas ruas. Perante os incríveis poderes latentes de Vin, Kelsier começa a acreditar que talvez consiga cumprir os seus sonhos de transformar para sempre o Império Final…

Outras Capas: 

quarta-feira, 13 de maio de 2015

O Império Final

"O Império Final (Mistborn 1)", de Brandon Sanderson (Saída de Emergência) 

Opinião (audiolivro):
A trilogia de Brandon Sanderson é já bastante conhecida, especialmente juntos dos fãs de fantasia, mas não só.
O que quase todos dizem, e eu confirmo, é que na série Mistborn o autor criou um mundo rico, complexo e imensamente interessante.

Neste mundo, governado com braço de ferro por um imperador imortal, existem duas castas principais: os Skaa, escravos; e os Nobres, pessoas priveligiadas que respondem apenas ao Imperador e seus ministérios (maioritariamente o Steel Ministry).

O sistema de magia existe um pouco por todo o lado mas onde se nota mais é nos Mistings e nos Mistborn, através de um sistema de absorção (interna) de um ou mais metais que concedem poderes extraordinários a quem os consiga manipular. Os Mistings apenas conseguem usar um metal, enquanto que os Mistborn podem usar todos, individual ou conjuntamente.
Kelsier é o protagonista em O Império Final e é-nos apresentado como uma pessoa segura dos seus objectivos, motivada e vingativa. Será essa vingança que irá gerir todas as suas acções neste livro.
Cedo somos também apresentados aos restantes personagens que serão muito importantes ao longo de toda a trama, com mais ou menos relevância: Vin, uma Skaa de rua; Sazed, um Terrisman muito sábio (e a minha personagem favorita neste livro); Breeze, um Misting carismático; Dockson, o melhor amigo de Kelsier; Ham, os músculos da equipa; Clubs, um ferreiro silencioso e o seu sobrinho Lestibournes (ou Spook). E claro não posso esquecer o Elend, um nobre estudioso, e o Marsh, irmão do Kelsier, e o Lord Renoux, uma das personagens mais misteriosas do livro.

A história é muito rica, cheia de momentos significativos, com diálogos fluídos e uma exploração fabulosa das personagens, sem julgamentos, sem perfeições, o que faz com que o leitor, invariavelmente, acabe por torcer por várias delas
O jogo político-estratega de todo o livro é igualmente brilhante e a complexidade da sociedade é muito bem usada pelo autor, de uma forma que não a torna confusa, apesar de sempre imprevisível.
O final apanhou-me um pouco de surpresa, não por ser inesperado mas porque, sinceramente, não esperava que chegassemos tão longe logo no primeiro livro.

Para mim, o único senão deste livro (e dos restantes também) foram as descrições um pouco cansativas de algumas das cenas em que os metais eram usados nas batalhas. No início foi fascinante mas depois de algum tempo começaram a tornar-se um pouco repetitivas.

Em suma, O Império Final é um livro que merece ser lido, tanto por amantes de fantasia como porque aqueles que apenas têm curiosidade em conhecer o género. E não tenham medo do calhamaço. Vão ver que voam pelas páginas sem se darem conta. Recomendo!


P.S.: Dei uma olhadela à edição portuguesa e adorei as capas, mas reparei logo que traduziram alguns dos nomes (como Breeze para Brisa) e achei isso totalmente desnecessário e até ridículo. Não há nenhuma razão ara traduzir qualquer dos nomes da trilogia. Enfim...

Esta opinião reflecte sobre a versão audio narrada por Michael Krammer.

Sinopse:
Num mundo onde as cinzas caem do céu e as brumas dominam a noite, o povo dos Skaa vive escravizado e na absoluta miséria. Durante mais de mil anos, o Senhor Soberano governou com um poder divino inquestionável e pela força do terror. Mas quando a esperança parecia perdida, um sobrevivente de nome Kelsier escapa do mais terrível cativeiro graças à estranha magia dos metais - a Alomancia - que o transforma num "nascido nas brumas", alguém capaz de invocar o poder de todos os metais. Kelsier foi outrora um famoso ladrão e um líder carismático no submundo. A experiência agonizante que atravessou tornou-o obcecado em derrubar o Senhor Soberano com um plano audacioso. Após reunir um grupo de elite, é então que descobre Vin, uma órfã skaa com talento para a magia dos metais e que vive nas ruas. Perante os incríveis poderes latentes de Vin, Kelsier começa a acreditar que talvez consiga cumprir os seus sonhos de transformar para sempre o Império Final…

Outras Capas:

 

sexta-feira, 17 de abril de 2015

::Conto:: The Eleventh Metal

"The Eleventh Metal (Mistborn 0,5)", um conto de Brandon Sanderson

Li este conto já depois de terminar a trilogia Mistborn (e antes de saber que afinal a trilogia agora passou a ter 7 livros O.o). Mas deixando isso de parte por agora, até porque parece que os restantes 4 livros estão bastante distanciados dos primeiros três, passo à opinião relativa a este pequeno conto, que ocorre algum tempo antes do início do primeiro volume da série Mistborn.
Kelsier é aqui o personagem central, pouco mais de 3 meses depois de ter adquirido os seus poderes de Mistborn. Tudo se passa durante um treino com o seu mentor que é, definitivamente, uma personagem muito caricata e que, tem muita ligação com algo que os leitores só descobrirão no terceiro livro (quase no final), o que o torna ainda mais interessante.
Kelsier aqui, pelo menos no início, está bem diferente de como o vemos no primeiro volume da série, o que é perfeitamente justificável, dado o que se passou 3 meses antes (a morte da Mer, e isto não são spoilers porque diz mesmo no conto). Isto fez com que a história se tornasse ainda mais interessante e permite ao leitor conhecer um pouco melhor o Kelsier e o que o motivou a fazer o plano mirabolante que mais tarde se pode ler no "Império Final".
Por isso, e pela introdução do seu mestre, que é uma personagem bem intrigante, o conto vale bem a pena ler, por qualquer fã da série. E acredito que possa ser um bom ponto de partida para quem não a conhece ainda.

Podem ler o conto, gratuitamente, AQUI. E quem sabe não descubram que talvez Mistborn seja uma boa série também para vocês.
P.S.: Estou a trabalhar nas opiniões dos três livros da série e espero colocá-las no blog nos próximos dias. Estejam atentos!

Sinopse (inglês):
"This story was written specifically for the Mistborn Adventure Game, a tabletop RPG. Please keep in mind that the story was intended to help a GM bring his players up to speed on the world if they haven’t read the books. There are a few goodies for those who want to know more about Kelsier, but this story is not meant to stand wholly on its own."
~ Brandon Sanderson.

terça-feira, 3 de março de 2015

Top Ten Tuesday - Livros Favoritos dos Últimos 3 anos

Estas semana o tema do Top Ten Tuesday é Top Ten Books You Would Classify As ALL TIME FAVORITE BOOKS from the past 3 years (Livros que leste nos últimos 3 anos e que podes classificar como Favoritos).
Para quem ainda não sabe o Top Ten Tuesday é uma rubrica semanal liderada pelo The Broke and the Bookish, que convida os bloggers a fazerem uma lista relacionada com livros e com um tema diferente todas as semanas (podem saber tudo AQUI).



 E os vencedores são (O óscar vai para XD):
10) "Blankets", Craig Thompson
9) "I am the Messenger", de Markus Zusak;
8) "Besta (Behemoth)", Scott Westerfeld
7) "Mistborn: Império Final", de Brandon Sanderson;
6) "A Guerra dos Mundos", de H.G. Wells;
5) "Mil Novecentos e Oitenta e Quatro", George Orwell;
4) "Joker - O Último a Rir", de Alan Moore e Brian Bolland e Brian Azzarello e Lee Bermejo;
3) "A Rapariga que Roubava Livros", Markus Zusak;
2) "Eu Sou a Lenda", Richard Matheson;
1) "Habibi", Craig Thompson;
Não incluí os livros que li em 2015, só os lidos em 2012, 2013 e 2014. E repararam que temos duplos vencedores? Craig Thompson e Markus Zusak!



E vocês? Quais foram os livros que mais vos marcaram nos últimos 3 anos.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Compras e Leituras - Novembro 2014


Novembro 2014

Compras:
- "Contagem Descrescente", do Bruno Franco
- "O que podemos aprender com o Dartacão e a Abelha Maia", do Gabriel Garcia de Oro
- "Literatura de Cordel", de José Viale Moutinho

Leituras:
- "Kraken", do China Miéville
- "Carswell's Guide to being lucky", da Marissa Meyer
- "Naruto (últimos volumes)", do Masashi Kishimoto
- "Drácula", do Bram Stoker

Nota: O blog tem estado parado mas espero antes do fim do ano voltar em força. Afinal tenho um aniversário para celebrar! :D

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Compras e Leituras - Setembro 2014

Vídeo com o apanhado das compras e leituras do passado mês de Setembro, com uma convidada especial: a Mini! :D


Leituras:
- Paixão Escura, de Gena Showalter;
- Império Final, de Brandon Sanderson

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