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terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Dangerous Women

"Dangerous Women", antologia com contos de Brandon Sanderson, Caroline Spector, Carrie Vaughan, Cecila Holland, Diana Gabaldon, Diana Rowland, George R.R. Martin, Jim Butcher, Joe Ambercrombie, Joe R. Lansdale, Lawrence Block, Lev Grossman, Megan Abbot, Megan Lindholm, Melinda M. Snodgrass, Nancy Cress, Pat Cadigan, S.M. Stirling, Sam Sykes, Sharon Kay Penman, Sherrilyn Kenyon

Opinião:
Sem dúvida que esta antologia nos traz mulheres fortes, cheias de garra, capazes de lutar pelo que acreditam e de inspirar outros a fazer o mesmo, quer elas sejam as boas ou as más da fita.
Dangerous Women reúne alguns dos melhores contos que li este ano e quase todos os contos estão num patamar bem alto, tirando dois ou três que foram mais fracos.
Gostei muito das histórias, das protagonistas e da riqueza das histórias e diversidade de pontos de vista. Aconselho! Mesmo a quem não se acha muito fã de ficção curta.

"Some Desperado", de Joe Abercrombie (narrado por Stana Katic)
A protagonista é uma espécie de criminosa em fuga de outros criminosos, e está metida num grande sarilho logo no início. A forma como ela se desenrasca e se consegue defender é digna de se ver. O mais interessante para mim, neste conto, foi a forma como a protagonista foi tão bem apresentada ao leitor. Ficamos a conhecer várias facetas dela num curto espaço de tempo e a sua atitude na batalha fina surpreendeu-me, na positiva. O fim propriamente dito é bastante aberto mas compreensível. O único senão do conto é o início mais moroso e o facto de os vilões serem muito estereotipados.
Nota: 7/10

"My Heart is Either Broken", de Megan Abbot (narrado por Jake Weber)
Este foi um dos meus contos favoritos da antologia. Fala-nos de um casal que está destroçado pelo desaparecimento da sua filha. O que realmente me cativou foi o facto de ser narrado na perspectiva do marido e vermos a sua crença, a início parece inabalável, sendo aos poucos corroída pela semente da dúvida. No fim nada é certo mas também o leitor fica com os mesmos receios. Adorei!
Nota: 8.5/10 

"Nora's Song", de Cecila Holland (narrado por Harriet Walter)
Gostei muito desta família real e de como elas interagiam, de como eram tão unidos à mãe e tão distantes em relação ao pai (coisa que rapidamente se entende porque acontece). O facto de a narradora ser a Nora, uma das crianças mais pequenas, também me agradou. Dava ao texto um ar mais inocente mas ao mesmo tempo muito inquisidor.
Infelizmente o final bastante inacabado deixou-me insatisfeita. E aqui a "mulher perigosa" é mais ambígua.
Nota: 6/10

"The Hands that are not There", de Melinda M. Snodgrass (narrado por Jonathan Frakes)
A história aqui começa num bar onde um homem se senta com um estranho e este lhe conta uma história mirabolante que poderá ou não ser verdadeira. A premissa por si só é banal e confesso que não me senti cativada a início, no entanto quando a Sammy entrou em cena a coisa mudou de figura. Sedutora, confiante e imprevisível. Uma verdadeira Dangerous Woman.
No final fica a dúvida se o estranho estaria a inventar tudo aquilo ou se poderia mesmo ser verdade.
Nota: 5.5/10

"Bombshells", de Jim Butcher (narrado por Emily Renkin)
Raios! Não devia ter lido este conto antes de ler todos os livros da série Dresden. Mega spoilers!
Mas esquecendo isso por um bocado, este conto segue uma missão da nova aprendiz de feiticeira, numa aventura feita só de mulheres, cheias de determinação e com o "Power of the Rack", como diz a própria protagonista.
Cheio de acção, bons diálogos e humor, gostei desta aventura e da surpresa final que fez com que o conto tivesse um significado bem grande até para a série principal de Dresden Files. Gosto disso!
Nota: 7/10 

"Raisa Stepanova", de Carrie Vaughan (narrado por Inna Korobkina)
Uma história diferente das outras que já li da autora. Fala-nos de uma piloto de avião de guerra, durante a 1ª Guerra Mundial, ou alguma semelhante, e de como as mulheres tinham de ter muito carácter para estar na força aérea. A mentalidade caseira e patriótica da protagonista salta à vista em cada palavra e foi uma mudança boa.
Não gostei particularmente do final mas fora isso achei a protagonista muito forte e guerreira, e gostei do foco da história.
Nota: 7/10

"Wrestling Jesus", de Joe R. Lansdale (narrado por Scott Brick)
Um, se não mesmo o meu conto favorito da antologia. Não tem meias medidas com as palavras ou com as situações porque passa o protagonista. E só bem depois do meio é que ficamos a saber afinal quem é a mulher perigosa desta história. A sua ausência e a sua quase inexistência acabam por tornar a experiência ainda melhor, visto que quase tudo fica à imaginação do leitor. O seu feitiço será real ou fruto da imaginação de Jesus?
Mas o melhor do conto é mesmo o elo que se cria entre Jesus e Marvin. Muito especial!
Nota: 9/10 

"Neighbors", de Megan Lindholm (narrado por Lee Meriwether)
Gostei muito do tema deste conto: Alzheimers. Aqui conhecemos uma senhora já com uma certa idade, que vive só. Tem uma vizinha com Alzheimers que desaparece uma noite depois de a visitar e, a partir daí, a sua vida nunca mais será a mesma. Ver o progresso da doença escrito desta forma foi bastante intrigante e fantasioso, mas não menos penoso.
Nota: 7.5/10 

"I Know How to Pick 'Em", de Lawrence Block (narrado por Jake Weber)
O ambiente neste conto é bastante sombrio. Nenhuma das personagens é amistosa e o protagonista, que é quem está em foco, é especialmente intenso. O final, apesar de ser algo de prever, acabou por surpreender pela sua crueza . O melhor é mesmo a personalidade fria do protagonista e a força da narração.
Nota: 7.5/10 

"Shadows for Silence in the Forest of Hell", de Brandon Sanderson (narrado por Claudia Black)
Uma história muito interessante que se passa em volta de uma estalajadeira que não é bem aquilo que parece à primeira vista. A protagonista é a personagem mais bem construída mas, como sempre, o autor consegue que todas as outras sejam marcantes à sua maneira. A história e a luta (mental e física), bem como todo o sistema de magia aqui apresentados, são memoráveis. Só achei que a acção se arrastou um pouco de mais no início. Fora isso, vale mesmo a pena.
Nota: 8/10  

"A Queen in Exile", de Sharon Kay Penman (narrado por Harriet Walter)
Embora ache a história em si interessante, isto era matéria para dar um livro e não um conto. Teria sido muito mais proveitoso se o conto se focasse apenas numa cena da história desta rainha no exílio e não tentasse descreve grande parte da sua vida adulta em algumas páginas. O que acontece é que não há personagens interessantes, a acção salta muito e a prosa tem escassez de profundidade, já que não se debruça em nada ao pormenor.
Nota: 4.5/10 

"The Girl in the Mirror", de Lev Grossman (narrado por Sophie Turner)
Aquela que era uma premissa muito interessante acabou por perder algum alento com uma prosa pouco enérgica. Faltava-lhe ânimo e havia demasiadas coisas a distrair a atenção do leitor. Não havia um foco real. As coisas iam acontecendo para serem giras mas não senti grande ligação nem com as personagens nem com a escola de magia.
Nota: 5/10  

"Second Arabesque, Very Slowly", de Nancy Cress (narrado por Janis Ian)
Uma história muito rica! Em poucas palavras percebemos que o mundo está um caos e como as regras da sobrevivência nele operam. A nossa protagonista é uma mulher considerada já velha entre os seus, embora não seja muito, e como ela lida com a sua crescente debilidade e como acaba por influenciar, sem saber bem como, outros mais novos a tomarem decisões que alterarão para sempre a vida de todos eles.
Adorei o conceito, a prosa e o final.
Nota: 7.5/10 

"City Lazarus", de Diana Rowland (narrado por Scott Brick)
Com um protagonista tudo menos ortodoxo, que nem sequer pode ser chamado de anti-herói, foi na sua personalidade que residiu grande parte da força deste conto. A localização e o problema da cidade, como uma personagem por si só, foi do que mais manteve o meu interesse.
A mulher perigosa deste conto é fácil de adivinhar mas as suas motivações só transparecem aos poucos. A sua manipulação dos personagens é refrescante.
Nota: 7.5/10 

"Virgins", de Diana Gabaldon (narrado por Alan Scott-Douglas)
Uma coisa que me intriga neste conto, e não tem mesmo nada a ver, é porque este título? Parece-me a mim que nenhuma destas personagens é propriamente virgem. Ehehe!
Este foi o meu primeiro contacto com a famosa escritora Diana Gabaldon e confesso que a prosa me agradou bastante. No entanto o machismo é bastante intenso em toda a trama e eu não posso ignorar isso, mesmo tendo em conta que isto se pasou há uns bons séculos atrás, quando as mulheres pouco mais eram que objectos.
Confesso, algumas cenas aqui deixaram-me desconfortável e isso não é coisa fácil de se fazer. Bom sinal? Claro!
O problema é que não consegui simpatizar muito com os protagonistas,  o que me parece que será um empecilho caso eu alguma vez pretenda ler a série Outlander.
Prosa impecável, crueza que chegue e sobre, mas uma história que embora interessante acabou por se arrastar bastante e, na verdade, não surpreendeu muito.
Nota: 6.5/10 

"Hell Hath no Fury", de Sherrilyn Kenyon (narrado por Stana Katic)
Este conto é um dos mais rurais pois, apesar de se focar num grupo de jovens moderno, passa-se numa cidade fantasma, amaldiçoada, onde coisas estranhas acontecem e são despelotadas muito graças a uma dessas jovens que é uma espécie de medium.
Apesar do início bastante comum, gostei de como o folclore foi usado e da própria protagonista. O final pareceu-me demasiado feliz.
Nota: 6.5/10 

"Pronoucing Doom", de S.M. Stirling (narrado por Claudia Black)
Embora este conto seja bastante expositivo, eu na verdade gostei muito da protagonista e especialmente do conceito por detrás deste mundo envolto em caos. A força das mulheres nesta religião que as mesmas criaram é extraordinária. E gostei de como elas iam inventando as leis e os rituais à medida que deles iam precisando. Na prosa notava-se a hesitação da protagonista, mas também a sua resolução.
Os temas aqui abordados também são muito interessantes e algumas das abordagens e escolhas dão que pensar, quer seja pelo uso abusivo dos recursos do planeta, como pela culpabilidade da sociedade por ignorar os sinais de abusos nos seus vizinhos, ou pela transferência de justiça para as mãos do povo, que não pode apenas decidir qual o castigo mas deve também reforçá-lo e viver com isso na sua consciência.
Nota: 7.5/10 

"Name the Beast", de Sam Sykes (narrado por Janis Ian)
Os saltos de cena deste conto poderiam ter sido bons instrumentos para manter o suspense do leitor, e na realidade ao princípio funcionou, mas depois comecei a ficar confusa, a misturar as sequências e a perceber que na verdade o leitor acaba por não saber nada de nada da espécie de criaturas que aqui são descritas. Só sabemos que são selvagens, letais e que tem inteligência talvez superior à dos humanas. O que realmente as motiva? Porquê aqueles alvos? Não sabemos, e isso para mim não é suficiente.
A relação entre o casal de estranhos seres estava muito interessante, mas nem isso nem a relação da fêmea com a filha foram suficientes para me convencer.
Nota: 4/10 

"Caretakers", de Pat Cadigan (narrado por Maggi-Meg Reed)
Talvez o conto mais familiar de toda a antologia, não com uma, mas sim duas mulheres perigosas (ou poderei até dizer mais).
Também esta história fala da velhice e até de Alzheimers, mas do ponto de vista das duas filhas de uma pessoa doente. Não há aqui fantasia, nem sequer um grande mistério. É uma história de relacionamentos, de consciência, de vida e de decisões. Eu gostei muito!
Nota: 7.5/10 

"Lies My Mother Told Me", de Caroline Spector (narrado por Jenna Lamia)
Este conto está empatado com o "Wrestling Jesus". Já tinha ouvido falar da série de livros Wild Cards (organizado do George R.R. Martin) mas nunca tinha lido nada da série e agora fiquei super-curiosa!
O conceito é muito rico mas realmente o que me prendeu neste conto, além da escrita, foram as personagens. Em poucas linhas elas ficam definidas e depois vamos ficando a cohecê-las cada vez melhor. Em pouco tempo sabemos muito sobre as três mulheres desta história, e o seu inimigo (se é que lhe podemos chamar assim). A premissa tem tanto de divertida como mórbida: uma mulher, cujo poder é o de criar bolhas a partir da sua gordura, está a participar numa parada quando a multidão é atacada por zombies.
Muito bom!
Nota: 9/10 

"The Princess and the Queen", de George R.R. Martin (narrado por Ian Glen)
Ora eu já tinha lido algo do Martin mas realmente este conto não me convenceu. Não porque não fosse interessante mas porque o autor comprimiu a história para caber no formato de um conto e por mais que a prosa seja interessante, o facto de nos debitar informação constantemente e nos apresentar dezenas de personagens que depois acabam por ter pouca relevância (ou cuja relevância se perde porque é tão pouco o espaço para as conhecermos).
A história é super-interessante mas não era para ser um conto, era para ser, no mínimo, uma noveleta. Assim não cativa.
Nota: 5.5/10 

quarta-feira, 6 de maio de 2015

Google Hangout com Jim Butcher - divulgação

Em preparação para o próximo EuroSteamCon, a Corte do Norte vai organizar, amanhã, uma Google Hangout com o escritor Jim Butcher (de quem já li vários livros da série "The Dresden Files"), a propósito do seu próximo livro steampunk. Não percam!


 Em 2015 a EuroSteamCon, em Portugal, vai ocorrer entre 3 e 4 de Outubro, no Porto. E até lá a organização promete muitas surpresas, por isso aconselho-vos a seguí-los no Facebook da Corte do Norte e no Site.

quinta-feira, 9 de abril de 2015

Google Hangout com Jim Butcher - divulgação

Este ano a EuroSteamcon Portugal vai ser organizada pel' A Corte do Norte que tem o prazer de anunciar que no próximo dia 7 de Maio, uma sexta-feira, pelas nossas 20h, iremos organizar um Google Hangout com o escritor Jim Butcher!

Neste Google Hangout iremos falar sobre steampunk e o novo livro do escritor, THE AERONAUT’S WINDLASS, o primeiro livro da série The Cinder Spires, que irá sair a 29 de Setembro deste ano. Toda a gente poderá assistir e contribuir com perguntas no chat que estará disponível na altura, mas convidamo-los desde já a deixarem as vossas perguntas nos comentários, ou a enviarem-nas para o mail da Corte: steamnorte@gmail.com.

Mais informação no site da Corte do Norte *Evento no Facebook.

 (o texto acima divulgado foi retirado da Corte do Norte)

Vocês sabem que eu já li vários livros do autor Jim Butcher, por isso foi com agrado que soube que está prestes a lançar uma série steamun. Este Google Hangout vai ser uma boa oportunidade para os fãs e também para os que desejam conhecer um pouco melhor o seu trabalho. Não percam!

terça-feira, 24 de março de 2015

Dark and Stormy Knights

"Dark and Stormy Knights", antologia editada por P.N. Elrod, com contos de Jim Butcher, Ilona Andrews, Carrie Vaughn, Vicki Pettersson, Shannon K. Butcher, Rachel Caine, Deidre Knight e Lilith Saintcrow (ainda não publicado em Portugal)


Opinião (audiolivro):

Dark and Stormy Knights é uma antologia que reúne alguns dos nomes americanos mais reconhecíveis da fantasia urbana. E não tendo ainda tido oportunidade de os ler a todos, achei que este livro era uma boa maneira de conhecer o estilo dos que ainda me eram desconhecidos e revisitar aqueles cujo trabalho já sigo.

Tendo ouvido o livro, mais do que lido, posso dizer que recomendo a versão audio, que é contada a várias vozes (uma para cada conto), e que todos os narradores fizeram um bom trabalho.

Quanto à antologia em si, como já passaram uns meses desde que a li, posso dizer que não foi especialmente memorável, embora também não tenha sido má porque nenhum dos contos me deixou insatisfeita, embora também apenas dois me tenham realmente surpreendido e deixado vontade de ler mais do autor. Esses contos foram: "Dark Lady (Vampire Files 12.6)", de P.N. Elrod e "Even a Rabbit Will Bite", de Rachel Caine. Esperava mais da união de tantos autores que são referenciados com regularidade no género, mas não posso dizer que seja uma má antologia. Talvez isso se deva, em parte, ao facto de a maioria destes contos fazerem parte de séries e, não estando eu a par dessas mesmas, me ter sentido menos ligada às personagens.

Podem ler opiniões individuais para os primeiros dois contos:
- "Questionable Client", de Ilona Andrews (narradora: Renee Raudman) - 6 estrelas
- "Even Hand", de Jim Butcher (narrador: Joe Barrett) - 6,5 estrelas
- "The Beacon", de Shannon K. Butcher (narrador: Marc Vietor) - 5,5 estrelas
- "Even a Rabbit Will Bite", de Rachel Caine (narradora: Suzanne Toren) - 7 estrelas
- "Dark Lady (Vampire Files 12.6)", de P.N. Elrod (narrador: David Pittu) - 7 estrelas
- "Beknighted", de Deidre Knight (narradora: Katherine Kellgren) - 5 estrelas
- "Shifting Star (Signs of Zodiac 4.6)", de Vicki Pettersson (narradora: Natalie Gold) - 5 estrelas
- "Rookwood & Mrs. King", de Lilith Saintcrow (narradora: L.J. Ganser) - 5,5 estrelas
- "God’s Creatures", de  Carrie Vaughn (narradora: Jeremy Johnson) - 6 estrelas

Sinopse (em Inglês):
It was a dark and stormy knight, and nine dark defenders embarked upon a most perilous quest. They're the ultimate defenders of humanity, modern-day knights who do dark deeds for all the right reasons.
In this all-star collection, nine of today's hottest paranormal authors bring us thrilling, all-new stories of supernatural knights - stories that are brimming with magic, mystery, and mayhem.
John Marcone sets aside his plans to kill Harry Dresden to go head-to-head with a cantrev lord in Jim Butcher's "Even Hand". Kate Daniels is called upon for bodyguard duty to protect Saimen, a shifter she trusts less than the enemy in Ilona Andrews' "A Questionable Client". Cormac must stop a killer werewolf before it attacks again on the next full moon in Carrie Vaughn's "Gods Creatures". And in Vicki Pettersson's "Shifting Star", Skamar gets more than she bargained for when she goes after a creature kidnapping young girls and enlists the aid of her frustratingly sexy neighbor.
When everything's on the line, will these knights complete their missions and live to fight again another day? Find out in Dark and Stormy Knights! Included are stories from Ilona Andrews, Jim Butcher, Shannon K. Butcher, Rachel Caine, P.N. Elrod, Deidre Knight, Vicki Pettersson, Lilith Saintcrow, and Carrie Vaughn.

segunda-feira, 14 de julho de 2014

::Conto:: Even Hand

"Even Hand (The Dresden Files 11.2)", de Jim Butcher (incluido na antologia "Dark and Stormy Knights")

Sinopse (inglês):

“A successful murder is like a successful restaurant: Ninety percent of it is about location, location, location.” –John Marcone 
Jim Butcher takes us inside the head of Gentleman John Marcone.
It’s cold in there. Better bring a coat.

Opinião:
É engraçado perceber que este conto, contado na perpectiva do John Marcone (um dos inmigos de Dresden) me deu a conhecer melhor esta persoanegm que os cinco livros da série que já li até aqui.
Uma boa história que mostra um outro lado o vilão, e com isso dá-lhe vida, profundidade.
O enredo em si segue muito na linha de outros contos do autor, não que com isso seja repetitivo. Acho que o Jim Butcher escreve tão facilemente e fluentemente contos quanto romances. E isso é um feito por si só.
Gostei de revisitar algumas das personagens secundárias e, mais uma vez, de me fascinar com a construção de mundo que o autor consegue trazer à vida. A mitologia é sempre surpeendente.

Em suma, um conto interessante, com uma história bastante linear mas uma excelente perspectiva do 'outro lado' dos Dresden Files. E a escrita do Jim Butcher é sempre boa.

(narrador do audiobook: Joe Barrett)

quinta-feira, 6 de março de 2014

Death Masks

"Death Masks (Dresden Files 5)", de Jim Butcher (ainda não publicado em Portugal)

Sinopse (inglês):
Harry Dresden, Chicago's only practicing professional wizard, should be happy that business is pretty good for a change. But now he's getting more than he bargained for.
A duel with the Red Court of Vampires' champion, who must kill Harry to end the war between vampires and wizards...
Professional hit men using Harry for target practice...
The missing Shroud of Turin...
A handless and headless corpse the Chicago police need identified...
Not to mention the return of Harry's ex-girlfriend Susan, who's still struggling with her semivampiric nature. And who seems to have a new man in her life.
Some days, it just doesn't pay to get out of bed. No matter how much you're charging.


Opinião (audiolivro):

The Dresden Files foi a única série de fantasia urbana, até agora, que me interessou logo desde o primeiro volume. Muito disto é culpa do protagonista: Harry Dresden, que tem uma personalidade fácil de gostar e além disso não é um daqueles heróis que consegue fazer tudo sozinho, ou que é todo poderoso. Ele leva porrada e precisa quase sempre de ajuda para se safar das situações em que acaba metido.
Nada disto mudou nos livros subsequentes, no entanto, por alguma razão, eu já não acho que o Dresden seja tão interessante.

Mas vamos por partes: a história, como o autor já nos vem habituando, é complexa, com uma boa dose de imprevisibilidade e cheia de cenas emotivas e intensas. Adorei a ideia de usar as moedas usadas para pagar Judas como um veículo para, lentamente, transformar as pessoas em demónios. Ideia bem aproveitada e muito interessante!
Do que não gostei foram certas decisões narrativas, especialmente porque em certos momentos o autor abusa dos esterótipos, e até mesmo do estilo pulp-fiction que é bastante característico desta série e deste protagonista. Refiro-me especialmente ao facto de haver sempre pelo menos uma mulher em perigo, mesmo quando essa mulher, em circunstâncias normais, daria porrada a quem se metesse com ela. O que acontece é que acabam sempre por precisar da ajuda do Dresden e ele está sempre lá para elas. Porque não salvar um homem para variar?
Isto adicionado a um certo machismo do Dresden, irrita-me, enquanto leitora e enquanto mulher. Especialmente porque até nas situações mais grotescas o Dresden tira tempo para prestar atenção às formas curvilíneas das mulheres. Em momentos tudo menos apropriados! E sim, eu percebo que ele é homem, mas há dia e hora para tudo.

As personagens, como já vem sendo habitual, são muitas, mas não demasiadas  ao ponto de não haver tempo para as conhecer a todas. O autor consegue dar-lhe vida e personalidade. Isto, contudo, não se aplica tanto aos vilões, infelizmente. O que acaba por ser o 'tendão de Aquiles' deste livro. Queria saber mais sobre eles! Queria saber o que os motiva. E embora tenha quase a certeza que eles voltarão a aparecer em futuros livros, achei que neste ficaram demasiadas perguntas por responder.
As personagens que se destacaram foram a Susan (Wow! Adoro o que o autor fez com ela.) e o Shiiro, que foi das personagens mais credíveis do livro.

A escrita do autor mantém-se coesa, muito acessível, bastante descritiva e rica em pormenores (demais até, pelo menos quando começa a descrever as mulheres). Felizmente o sexismo não transparece na maior parte do livro.

Em suma, Death Masks foi mais uma aventura intensa, embora uma ou duas cenas mais chauvinistas me tivessem feito revirar os olhos. O que acontece é que acho que li/ouvi este livro na altura errada. Há que estar na fase certa para desfrutar do livro certo, e este não foi o momento certo. Ainda assim o livro tem suficientes pontos bons para que não o tivesse detestado. Adorei as ideias e as personagens!

Narração (James Marsters):
Quem viu Buffy - A Caçadora de Vampiros, reconhecerá certamente a voz deste senhor, e esta funciona muito bem nestas aventuras do detective do sobrenatural, Harry Dresden.
A sua ginástica vocal foi suficiente para dar vida a homens e mulheres e, apesar de não ser a sua melhora narração, foi competente o suficiente para ser apreciada.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Summer Knight

"Summer Knight (The Dresden Files 4)", de Jim Butcher (ainda não publicado em Portugal) 


Sinopse:
Ever since his girlfriend left town to deal with her newly acquired taste for blood, Harry Dresden has been down and out in Chicago. He can’t pay his rent. He’s alienating his friends. He can’t even recall the last time he took a shower. 
The only professional wizard in the phone book has become a desperate man. 
And just when it seems things can’t get any worse, in saunters the Winter Queen of Faerie. She has an offer Harry can’t refuse if he wants to free himself of the supernatural hold his faerie godmother has over him — and hopefully end his run of bad luck. All he has to do is find out who murdered the Summer Queen’s right-hand man, the Summer Knight, and clear the Winter Queen’s name.
 It seems simple enough, but Harry knows better than to get caught in the middle of faerie politics. Until he finds out that the fate of the entire world rests on his solving this case.

Opinião (audiolivro):
Este quarto volume da saga Dresden Files (Ficheiros de Dresden) começa com o protagonista de rastos, num estado verdadeiramente deplorável, coisa que se compreende quando o terceiro volume teve o final que teve. Mas embora seja compreensível o seu estado, acho que o leitor também sente, tal como as restantes personagens, vontade de esbofetear o Dresden e dizer-lhe para erguer a cabeça. Felizmente não ficamos muito tempo a desejar fazê-lo, pois cedo ele volta aos velhos hábitos e à velha pobreza.
Dresden irá sofrer as consequências do seu ataque à corte de vampiros (no volume 3) e perderá o apoio do White Council (que nunca foi muito, para começar), mas também existem aqueles que estarão sempre dispostos a ajudá-lo e, claro, aqueles que parece que estão a ajudar, mas no fim só estão é a empatar. Neste ponto o autor brilhou, pois conseguiu várias vezes dar reviravoltas ao enredo, muitas que nunca me passariam pela cabeça.

Apesar de a meio ter achado o livro um pouco parado e sem 'norte', rapidamente a história voltou a brilhar, o que fez seguir com muita atenção as aventuras do Dresden. Em termos de enredo, acho mesmo que este é o melhor livro até agora. Os conflitos estão muito bem feitos e, como sempre, não se foca apenas uma coisa, mas em vários, mantendo o leitor ainda mais agarrado às páginas.
Há que referir também que a luta no hiper-mercado foi espectacular!  A Murphy esteve tão bem e o Dresden, mais uma vez, surpreendeu. Adoro as lutas do autor, a forma como as descreve e  imaginação que transborda delas.

As personagens, uma vez mais, estiveram excelentes, tanto as velhas como as novas. Surpreendentemente gostei muito da aparição de uma determinada personagem do passado de Dresden (uma muito especial). Também o antigo mestre do Dresden (Ebenezar) foi uma personagem curiosa no início do livro. E os vilões foram igualmente bem explorados, o que dá uma outra profundidade à narrativa. Também gostei muito da Meryl e só tive pena que não tivesse aparecido mais vezes.

A escrita do autor mantém-se muito boa, agarrando o leitor e emergindo-nos na cabeça do Dresden (e que peculiar cabeça esta é). Como já referi, as cenas de acção estão excelentes e embora eu ache que o autor é um pouco exaustivo de mais a descrever a aparência das novas personagens (especialmente se forem femininas e esculturais), também entendo que isso faz parte da narrativa em primeira pessoa e, consequentemente, advém da personalidade do Dresden.

Em suma, este foi mais uma excelente aventura deste feiticeiro detective. E, pessoalmente, achei que foi o melhor até agora.
Será que alguma vez estes livros vão ser publicados em português (a série de TV parece ter tido mais sorte, já que está à venda em DVD)?

Narração (James Masters):
Acho que o James Masters esteve bastante melhor neste livro do que no anterior (em que parecia quase aborrecido em certas partes) e conseguiu um excelente trabalho narrativo, mantendo-me concentrada e agarrada à trama.

Capa:
Pela primeira vez mostro três capas, isto porque as acho todas excelentes. A primeira é para mim a que tem a verdadeira estética de Dresden Files, embora seja a que menos diz sobre a história. A segunda é simplesmente muito bonita e tem tudo a ver com a história. Já a terceira (aqui do lado esquerdo) é a mais simples, mas também é muito agradável e eu gosto muito do simbolismo.

::Autor:: Jim Butcher

Biografia (via goodreads): 
Jim Butcher nasceu em 1971, no Missouri, Estados Unidos da América. Jim Butcher é um autor best-seller do New York Times, mais conhecido pela sua série de fantasia urbana, The Dresden Files (Os Ficheiros de Dresden). É também autor da série Codex Alera.
Além de escritor, é um entusiasta das artes marciais, com experiência em vários estilos, incluindo Ryukyu Kempo, Tae Kwon Do, Gojo Shorei Ryu e Kung Fu.
Presentemente vive ainda no Missouri, na companhia da sua esposa, o seu filho e o seu feroz cão de guarda.

Livros que li do autor:
Restoration of Faith (Dresden Files 0,5 - conto) - opinião
Storm Front (Dresden Files 1) - opinião
Fool Moon (Dresden Files 2) - opinião
Grave Peril (Dresden Files 3) - opinião
Summer Knight (Dresden Files 4) - opinião
Death Masks (Dresden Files 5) - opinião
Welcome to the Jungle (BD) - opinião
Even Hand (conto in Dark and Stormy Knights) - opinião

Livros editados em Português:
 -nenhum- (mas, impressionantemente, temos cá a série de TV baseada nos Dresden Files.)

A visitar: Site Oficial, Facebook, Twitter, Goodreads, Dresden Files Wikia

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Grave Peril

"Grave Peril (Dresden Files 3)", de Jim Butcher (ainda não publicado em Portugal)


Sinopse (em Inglês):
Harry Blackstone Copperfield Dresden has had a rough couple of weeks. As the only openly practicing professional wizard in the Chicago area, he has squared off against a multitude of supernatural bad guys. Harry has won the day against demons, poltergeists, sorcerers, trolls, vampires, werewolves, and even an evil faerie godmother. You might think nothing could spook him. You would be wrong.
Something is stirring up angry apparitions all over town. Something that can break all the laws of supernatural physics. Something that doesnt like Harry.
His closest friends are being targeted. The net is closing in. Harry must find a solution soon or find this is one Nightmare from which he will never waken.


Opinião (audiolivro inglês):
The Dresden Files não é a minha série favorita, mas é umas das que me dá sempre gosto ler. Apesar de os livros não serem excepcionalmente bons, são consistentes e a verdade é que o Dresden é um portagonista que gosto de seguir.

A história deste "Grave Peril", tal como os anteriores livros, teem várias tramas, muitos seres sobrenaturais, o Harry a levar tareia e vários vilões surpreendentes. Fico sempre na dúvida sobre quem é o verdadeiro vilão por trás de tudo. O autor consegue manter a surpresa quase até ao final, mantendo o leitor agarrado às páginas (ou ao ficheiro audio, como foi o meu caso).
Neste livro em particular temos fantasmas, vampiros, cavaleiros templários, fadas, seers (videntes), dragões e uma míriade de outros seres curiosos. E permitam-me dizer que que o Dragão é muito fixe! Espero que apareça outra vez.
A trama, essa, é sempre intensa e cheia de reviravoltas. Quando parece que sabemos mais que o Dresden, descobrimos que afinal não era bem como pensavamos e nem como ele (o protagonista) acreditava.
O único senão deste livro, a meu ver, foi o foco um pouco mais vincado no romance. Não foi o romance em si que me incomodou embora no primeiro capítulo eu me perguntasse proque o assunto estava a ser trazido à baila no meio da preparação para uma batalha), mas sim pelo seu desfecho, que foi previsível e por isso mesmo, pouco convicente.

Os personagens, como de costume, estão muito bem expostos. Todos eles. E os meus favoritos foram, além do Dresden, o Thomas, a Charity, o Michael e a Leanansidhe. E mal posso esperar para saber o que a Leanansidhe vai fazer a seguir. E espero mesmo que o Thomas volte a aparecer.
Uma nota extra para a cena em que o Dresden aperece numa festa de vampiros vestido de um vampiro cheesy (tipo Drácula, com capa e tuddo). Tão fixe!
Apesar das várias cenas com a Susan (namorada do Dresden) a veradde é que esta é uma personagem que pouco me diz. Sendo ela uma das poucas humanas da história, seria de esperar que gostasse mais dela, mas não. Infelizmente o final do livro não fez muito para melhorar isso, embora eu esteja a contar que este não seja o 'final' da relação dos dois.

A escrita do autor continua igual aos volumes anteriores, e quem gostou desses não deixará de desfrutar deste. O autor é muito bom a explicar o que se passa no seu 'mundo' e a integrar os novos seres e personagens que vão surgindo, de forma a que o leitor saiba tanto, mas nunca mais, que o protagonista. Assim somos apanhados de surpresa sempre que o Dresden é. E o uso da escrita na 1ª pessoa ajuda a isso.

Em suma, Grave Peril foi mais um bom livro da saga, com uma trama intensa, boas novas persoangens e um bom desenvolvimento das já existentes. Recomendo não só o livro, como a saga, para quem quer ler Fantasia Urbana numa perspectiva mais masculina (já que o que mais se vê é no ponto-de-vista feminino).


Narrador (James Masters):
A principio estranhei a narração audiolivro porque o James Masters usava um tom enfadado. Sabem quando as pessoas estão aborrecidas e tem mesmo de nos contar alguma coisa mas falta-lhes vontade? Era assim,k e por alguns momentos pensei que o narrador devia estar a ser obrigado a ler o livro, mas depois  convenci-me que estava apenas a fazer o seu papel e interpretar o protagonista, Harry Dresden. Se o foi ou não por essa razão, não sei ao certo, mas acabei por me habituar e gostar da narração (como gostara no livro anterior).

Links Relacionados: Site Oficial - "Grave Peril" na Wook"Grave Peril" no BookDepository UK - "Grave Peril" no BookDepository COM - "Grave Peril" na Amazon UK

quinta-feira, 24 de março de 2011

Fool Moon

"Fool Moon (The Dresden Files 2)", de Jim Butcher (ainda não publicado em Portugal)

Sinopse:
Business has been slow. Okay, business has been dead. And not even of the undead variety. You would think Chicago would have a little more action for the only professional wizard in the phone book. But lately, Harry Dresden hasn't been able to dredge up any kind of work—magical or mundane.
But just when it looks like he can't afford his next meal, a murder comes along that requires his particular brand of supernatural expertise.
A brutally mutilated corpse. Strange-looking paw prints. A full moon. Take three guesses—and the first two don't count...


Opinião:
Depois de Storm Front, Dresden tornou-se um protagonistas cujas aventuras queria voltar a seguir. Já passou um ano, mas ainda me lembro bem das personagens e regressar soube bem.
Comecei este livro a OUVIR. Pois é verdade, experimentei o audiobook, e que delícia para os ouvidos! O narrador (James Masters) faz um trabalho excepcional ao dar voz a Dresden. Adorei!
Infelizmente, por falta de tempo e de um leitor audio decente, só ouvi os primeiros 15 capítulos, e o resto li.

A nível de história, e tal como no volume anterior, o mistério adensa-se a cada novo capítulo e, de forma perspicaz, a conclusão consegue tornar-se imprevisível. Gostei do facto de o autor conseguir juntar várias tramas e torná-las todas interessantes e fulcrais para o desenrolar do mistério central. E claro, como 'fã' de lobisomens, adorei o que o autor fez, misturando vários mitos e dando-lhes a todos uma individualidade muito interessante.
A voz sarcástica e certeira do Dresden continua tale  qual me recordava, o que é bastante reconfortante.
O Dresden continua a levar porrada a torto e a direito. Ele é forte, mas acaba sempre pisado e feito em papa, o que acaba por ser mais interessante do que uma personagem que nunca leva sequer um arranhão.No entanto, a vitória nunca parece facilitada, o que é um bónus neste tipo de aventuras.

As descrições das cenas mais grotescas, foram mais vívidas do que me recordava do volume anterior. Por vezes chegavam a ser demasiado explicitas, de tal forma que me sentia desconfortável a ler, mas também nisso o autor conseguia ser sucinto e nunca se alongava demasiado.O que quero dizer é que não poupava detalhes, por isso os que tenham um estômago sensível, talvez queiram 'saltar' essas descrições.

O que me surpreendeu, pela positiva, foi uma inclusão mais aberta de uma pitada de romance. A cena entre o Dresden e a Susan, já quase no fim do livro, surpreendeu-me pela positiva. Foi extremamente carinhosa, sem ser exagerada, e eu que nem gostava da Susan, fiquei finalmente a perceber um pouco do que ela sente pelo Dresden, e vice-versa. E depois a confusão que se gerou também me pareceu bastante interessante e espero ver as 'consequências' disso brotarem nos próximos volumes (embora o autor tenha dado a entender que tudo ficou bem).


Ouve espaço para algum desenvolvimento em várias personagens, e o autor ainda conseguiu deixar no ar várias situações que, tenho a certeza, voltarão a surgir nos volumes posteriores, e que neste volume tornaram ainda mais complexas as personagens que já conhecíamos do primeiro volume. também as novas personagens conseguiram ganhar destaque, embora poucas sejam as que ficam para a posteridade. Gostei especialmente da Tera (e muito particularmente da verdade sobre ela), assim como os alphas que espero voltar a ver noutros volumes.

De mau tenho duas coisas a apontar:
1) Uma sequência de sonho, em que Dresden falava com o seu inconsciente e que pareceu extremamente oportuna, e por isso mesmo ... inverossímil. Não fez grande sentido, pois estava lá apenas para que o Harry tivesse tempo de pensar no que se tinha passado, mas isso ele poderia ter feito na narrativa, como fez ao longo do resto do livro. Esta cena tornou-se dispensável;
2) Uma coisa que já tinha reparado no livro anterior e que me continua a incomodar um bocadinho na prosa desta saga, é a fixação do Dresden em descrever as pessoas e o que elas vestem (ou não, no caso da Tera e da Benn), mesmo nas situações mais cruciais (como quando estava a ser atacado por um loup-garou). É dos poucos males que tem este livro, mas irritava.


À parte disto foi uma boa continuação, que não superou o volume anterior por pouco, mas que mais uma vez deixou bem clara a complexidade do 'mundo' criado por Jim Butcher, e a personalidade bem definida de Dresden. Sem dúvida que continuarei a seguir as aventuras deste infame feiticeiro, e recomendo a quem goste de fantasia urbana, ou queira aventurar-se pelo género.

Capa (Chris McGrath):
Há quem diga que ou se ama ou se odeias as capas da saga Dresden Files. eu estou no intermédio. Gosto, mas não amo. No entanto adoro os pequenos detalhes que indicam perfeitamente sobre o que trata a trama principal (as patadas com sangue e a lua cheia). Por isso, sim, gosto (e também gosto da outra capa, à direita, mais simples, mas igualmente indicativa do que se passará no volume).

domingo, 31 de outubro de 2010

Welcome to the Jungle

"Welcome to the Jungle" de Jim Butcher e Ardian Syaf (ainda não publicado em Portugal)

Despois de este ano ter lido um conto-prequela e o primeiro volume da saga The Dresden Files, decidi-me agora a ler a novela gráfica, cujo primeiro volume funciona como uma outra prequela.

Argumento (Jim Butcher):
Sendo que o argumento foi escrito pelo mesmo autor dos livros, não é de estranhar que o estilo fosse em tudo semelhante. E se poderia um não se adaptar ao outro (e por vezes estranhava um pouco) a verdade é que os monólogos interiores do Dresden são sempre cómicos e isso também passou um pouco para a Novela Gráfica, embora não com tanta força como no Romance.
Ainda assim a história está consistente e só fiquei um pouco decepcionada com a facilidade com que o Dresden (o herói) conseguiu livrar-se dos "mauzões" (neste caso "mázonas"). Afinal o Bob (caveira de eleição) tinha dito que elas eram muito poderosas e no fim ele derrotou-as com uma certa facilidade, embora não sem um grande espectáculo.

Desenho (Ardian Syaf):
Os desenhos estavam muito bons (não se fiem nesta versão da capa, que isso foi o mesmo artista dos livros, mas no interior é outro).Personagens distintas, expressões bem demarcadas, acção fabulosa e alguma atenção ao detalhe. As cores (pelos Digikore Studios) também estavam fabulosas, especialmente os efeitos dos feitiços.

Em suma, foi uma boa leitura/visualização com uma história que é outra prequela a Storm Front. Com uma história marginalmente interessante, mas com alguns pontos bem mais interessantes, e arte que agrada aos olhos. (Nota: Os amantes de animais deverão gostar desta história)
Espero em breve poder ler a adaptação do primeiro livro a BD, já que é desenhada pelo mesmo artista, embora seja escrita por outro autor (não deixa de ser baseada no livro).

Nota: Esta novela gráfica pode ser lida sem conhecimento prévio dos livros.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Storm Front

"Storm Front (The Dresde Files 1)", de Jim Butcher (ainda não publicado em Portugal)
Sugestão para leitura do mês (Janeiro) no grupo “Urban Fantasy”.

Sinopse:

Harry Dresden — Feiticeiro
Encontra objectos perdidos. Investiga o paranormal. Faz consultas. Aconselha. Preços convidativos. Não faz poções de amor, carteiras sem fundo, festas, ou outro tipo de entretenimento.

Harry Dresden é o melhor naquilo que faz. Bem, tecnicamente, ele é o único a fazer o que faz. Por isso quando a polícia de  Chicago tem um caso que ultrapassa a capacidade e criatividade dos mortais, eles vem ter com ele à procura de respostas. Porque o mundo está cheio de coisas estranhas e mágicas, e a maioria não se dá bem com os humanos. É aí que entra o Harry. É preciso um feiticeiro para tratar dos ... bem, do que quer que sejam.


Opinião:
Depois de ler o pequeno conto (Restoration of Faith) que antecede este volume (cronologicamente), tinha grandes expectativas em relação a este livro.
O Harry Dresden continuou a ser um protagonsita muito interessante e coeso. A história estava recheada de bom humor, nos momentos certos, de acção, em doses muito satisfatórias, e muito paranormal à mistura, asssim como alguns mistérios, embora este não tenha sido o ponto mais forte do livro.
O pior do livro foram as extensas descrições das personagens. Do seu físico e do seu guarda-roupas. Eu sou das que gosta de se deixar levar pela imaginação. Dêem-me um esboço, que eu termino o desenho, sim? Outro ponto menos bom, que nem por isso é muito mau, é o facto de haver tanta gente que dá tareia ao Harry. Quero dizer, não é suposto ele ser um feiticeiro todo forte e coisa e tal? É que com tanta porrada, eu fiquei na dúvida. Mas como disse, isto não é mau de todo, porque serviu de plataforma a algumas das boas cenas de acção do livro. E acreditem que foram muitas.

Este não foi certamente um livro que me deixou sem fôlego, mas serviu bem o seu propósito. Entreteve, deixou-me bastante interessada nos seguintes volumes da saga, deu-me a conhecer um role de personagens muito promissoras e fez-me rir alto várias vezes.
Não me posso queixar, pois terminei o livro com a sensação que me tinha divertido.

E para finalisar, aqui ficam dois trechos que me deixaram a rir que nem uma doida:

«Maybe it would turn up something helpful, some kind of clue to help lead me and the police to the murderer. And maybe dragons would fly out my butt. But I had to try.»

Esta fez-me rebolar a rir, porque, no momento em que foi dito, o Dresden estava totalmente nu:
«Set the stick down and put your hands up.»
Para quem não sabe, o Dresden é um feiticeiro e por isso anda sempre com o seu bastão (stick) atrás, mas juro que essa não foi a primeira coisa que me passou pela cabeça, especialmente quando alguns minutos antes, a Susan tinha estado mais que contente em excitar (sim leram bem) o Harry.


Nota: Este é o segundo livro que vou submeter como sendo para o Desafio Thriller & Suspense, já que se insere o género.

quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Restoration of Faith

"Restoration of Faith (Dresden Files 0)" de Jim Butcher (ainda não publicado em Portugal)

Sinopse:
Harry é contratado para encontrar uma menina de dez anos que fugiu de casa, mas nem tudo é o que parece.

Opinião:
Esta pequena história é uma excelente introdução ao mundo de Dresden Files. Embora eu ainda não tenho começado a ler a saga, em poucas páginas, o autor conseguiu caracterizar a personagem principal, o mundo e até as personagens secundárias, dando-lhes vida própria, algo que é muito raro se ler num pequeno conto.
Adorei o Harry, com o seu sentido de justiça, o Nick, que apesar de aparecer pouco, já mostrou ser adorável, e a pequena Faith, tão nova e tão sofrida. Já para não falar de todo o ambiente que é descrito e que nos faz sentir como se estivéssemos em Chicago.
Foi uma excelente leitura, que me deixou ansiosa por começar a ler o primeiro número da saga (em Janeiro). Se os livros forem tão bons ou melhores que o conto, então vou tornar-me fã, com certeza.

Podem ler o conto no site do autor, Jim Butcher.

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