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Destaques
domingo, março 02, 2014
Futebol é coisa de macho
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sexta-feira, novembro 08, 2013
Homofobia no futebol volta aos holofotes
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Romário e Ronaldo se provocam via imprensa e pontuam mais um episódio homofóbico |
sexta-feira, agosto 23, 2013
Ainda sobre homofobia
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Reproduzo trecho de notícia publicada hoje pelo site do Estadão:
Ônibus da frota de transporte coletivo de São Paulo vão exibir nos próximos dias um vídeo institucional para lembrar o Dia da Visibilidade Lésbica, comemorado anualmente no dia 29 de agosto. A exibição terá duração de oito dias, com início previsto para este sábado, 24. Vai envolver mil ônibus. A iniciativa é resultado de uma parceria entre a Coordenação de Políticas LGBT, da Secretaria Municipal de Direitos Humanos, e a SPTrans, da Prefeitura de São Paulo. O vídeo, de 30 segundos, foi produzido com a participação de ativistas. Sem áudio, apresenta mulheres exibindo cartazes nos quais se lê: “Sou mulher. Sou lésbica. Sou bissexual. Sou cidadã. Sou filha. Sou mãe. Trabalho. Estudo. Tenho direitos e quero respeito.” Ao final, aparece a mensagem que norteia essa e outras campanhas que devem vir por aí: ”Na São Paulo que a gente quer não cabe homofobia.”
Iniciativa mais do que bem vinda (e necessária) se levarmos em conta que, segundo uma pesquisa divulgada ano passado pela Secretaria de Estado da Saúde, nada menos que 70% dos homossexuais da capital paulista já sofreram algum tipo de agressão. E a discussão sobre homofobia e decorrente enfrentamento (em todos os setores da sociedade) parecer ser uma pauta que, tomara, veio pra ficar.
quarta-feira, agosto 21, 2013
Especial: É hora de discutir a homofobia no futebol
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Corintianos protestam contra beijo de Sheik |
Gustavo Bandeira: “Nossa cultura ainda é muito permissiva em relação à homofobia”
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(Do Facebook do IHU) |
Bambi Tricolor: “Em questões que envolvem violência, todo silêncio é, na verdade, uma omissão”
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Galo Queer: “A rivalidade faz parte do futebol, mas a homofobia não”
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Futepoca – A repercussão surpreende? Como está se dando esta repercussão, tanto positiva quanto negativa?
Milena – A repercussão surpreendeu muito. Nunca imaginei uma repercussão dessa magnitude. Fiz a página apenas para divulgar entre meus amigos, pensando que algum dia poderíamos nos organizar pra fazer algo maior. Mas em três dias a página foi curtida por mais de 3.000 pessoas. Acho que atendemos a uma demanda silenciosa. Pelo visto, muita gente que gosta de futebol já queria dar esse grito contra o machismo, a homofobia e a intolerância e ficamos muito emocionados com todas as manifestações de apoio. Infelizmente, há também muita repercussão negativa, mas isso já era esperado, já que estamos mexendo em um terreno muito machista e conservador, que é o do futebol. O problema são as ameaças que recebemos. As pessoas se oporem ao movimento é totalmente aceitável, mas ameaça não..
Futepoca – Há a ideia de levar isto à direção do Galo?
Milena – Ainda não recebemos uma resposta do time. Ficamos sabendo, no entanto, através da reportagem do Globo Esporte, que a diretoria é favorável ao movimento e ficamos muito felizes de ver que o nosso time tem essa postura de respeito á diversidade e combate ao preconceito.
Futepoca – Após a repercussão inicial do Galo Queer, uma página similar foi criada levando o nome do Cruzeiro e posteriormente várias outras torcidas de times de todo o Brasil. O que vocês acham disso?
segunda-feira, agosto 19, 2013
O beijo do Sheik e a homofobia latente do futebol
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Por Marcelo Hailer*
O ato corajoso de Sheik... (Reprodução) |
As palavras escritas nas faixas dos torcedores da Camisa 12 apenas deixam claros marcadores comuns do mundo futebolístico, mas podem ser estendidas: o de que o futebol é o lugar do “homem de verdade” (macho, ativo, reprodutor e heterossexual) e não lugar dos viados (que não são considerados “homens”) e também não é o lugar de mulheres, visto que o machismo impera dentro e fora do campo. E para isso basta ver o “destaque” que se dá ao futebol feminino, tanto por parte dos clubes como por parte dos meios de comunicação especializados.
Mas antes de avançarmos é interessante nos determos em algumas declarações dadas pelos “manifestantes”. Ao UOL Esporte, Marco Antônio, membro da diretoria da Camisa 12, declarou o seguinte: "A nação inteira está freneticamente indignada. Pode até ser a opção dele, mas nós estamos sempre tirando sarro dos bambis [modo pejorativo com o qual é chamada a torcida do São Paulo]. O mínimo que ele tem de fazer é um pedido de desculpas". Disse mais: "A gente não quer ser homofóbico, mas tem de ter respeito com a camisa do Corinthians. Aqui não vai ficar beijando homem. Hoje são 5, amanhã são 30 e depois 300. Vamos fazer a vida dele um inferno".
A declaração do membro da diretoria da Camisa 12 ao UOL Esporte só não é crime por que a PLC 122/2004, que tramita há nove anos no Congresso Nacional, ainda não foi aprovada, visto que a homofobia não é exclusividade do mundo futebolístico: ela também está alojada no Congresso com inúmeros representantes que declararam guerra aos direitos civis das LGBT e das mulheres. Esse grupo, que defende o direito de ofender os seus adversários com expressões que remetem a homossexualidade e a passividade (seja masculina ou feminina), representa, infelizmente, uma boa parcela das torcidas do Brasil e não apenas a corintiana. Interessante seria (e até mesmo paradigmático) se outras torcidas, do Corinthians ou não, declarassem apoio ao jogador. Mas isso é utópico, visto que nenhum jogador ou torcida quer estar associado à homossexualidade.
Um selinho para criar novos paradigmas?
...e os homofóbicos de plantão. |
Devemos nos lembrar que no ano que vem o Brasil vai sediar a Copa do Mundo. Quer melhor momento do que esse para trazer à luz a questão do machismo e da homofobia no mundo do futebol? Se o fatídico selinho incomoda tanto é porque os machos alfas do futebol juravam que suas arenas estariam livres desses “viados”. Na verdade, eles dissimulam tal questão, pois sabemos que o mundo futebolístico, assim como qualquer outro que envolva corpos desejantes, está repleto de sujeitos iguais que se relacionam entre si sexualmente.
Mas as torcidas não estão sozinhas em sua propagação da homofobia. São incentivadas socialmente e também comercialmente. Pois, a teoria mais comum que se escuta a respeito de jogadores famosos (mas também de atores, por exemplo) é que, se estes saem do armário, nenhuma marca e ou patrocinador vai querer estar associado a um sujeito homossexual e sua carreira vai pro buraco; acreditam que isso prejudica a marca. Ora, seria muito legal que neste momento algum produto (seus gerentes) declarasse apoio espontâneo ao jogador em questão. Porém, esta lógica perversa (social e comercial) é que faz com que cenas deprimentes como a que aconteceu hoje no CT corintiano se repitam ad eternum.
*Marcelo Hailer é jornalista, bicha e torcedora do Corinthians
sexta-feira, novembro 30, 2012
PC Siqueira e o pensamento conservador/coxinha da Veja
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Via @cynaramenezes
"Aí você me diz: 'Ah, mas ser conservador não é necessariamente ser uma coisa ruim'. Cê me desculpe, mas ser conservador é necessariamente ser uma coisa ruim. Primeiro, porque o mundo já é uma merda, sempre foi uma merda, se você quer conservar o mundo de uma forma que ele é, uma merda, então você é um merda. E quando você lê uma revista que te ajuda a saber como o mundo funciona e como as coisas estão acontecendo, e ela é uma merda, tudo que você conhece como verdade é uma merda."
Vale ver o vídeo inteiro do PC Siqueira:
sexta-feira, abril 01, 2011
Uma semana de discursos reacionários, mas com resistência na Câmara
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segunda-feira, maio 24, 2010
Andrés Sanchez a balada, as mulheres e o Ronaldo – entre outros assuntos
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Deu na Mônica Bergamo.
Andrés Sanchez, presidente do Corinthians e chefe da delegação brasileira na África do Sul, vai bem em alguns pontos e pessimamente em outros. Praticamente declara guerra à bancada, ou melhor, ala evangélica da representação nacional, afirma-se socialista, reconhece que Ronaldo só joga no Brasil porque está fora de forma, ensaia pose de bad boy falastrão, mas depois desanda. O problema de fato: tenta driblar – não necessariamente com muito sucesso – a pecha de homofóbico e preconceituoso.
Ele posou para esta bela (e realmente divertida) foto.
Aos trechos:
Balada x Oração e doses de homofobia
É melhor balada ou igreja?Sobre gestão:
De vez em quando, não só os baladeiros exageram, mas também os da igreja. O cara quer rezar de tarde, de manhã, de noite. É difícil.
Na seleção há mais "certinhos", como Kaká e Lúcio?
Talvez eles não sofram o mesmo assédio dos outros.
O Kaká não sofre?
E qual é o problema de ter mulher? Ainda bem. Já pensou se tivesse homem? Eu prefiro jogador que, se for solteiro, tenha dez mulheres do que um homem.
Mas qual é o problema de ter um homem?
No futebol tem preconceito, principalmente no Brasil.
O Ronaldo sofreu preconceito no episódio dos travestis?
E sofre. É lógico. Se fosse com oito mulheres, pra muitos ele seria herói. Macho. Másculo. Não tem nada a ver. Eu tenho amigo homossexual, gay, trans... como é que fala? Não é travesti, é...
Transexual.
Transexual. E que me respeitam, sem problema.
A empresa mais fácil que tem de se trabalhar é time de futebol.(...) Você já tem o cliente, o torcedor apaixonado pela marca Corinthians.Corrupção no ludopédio:
O termo (é só não roubar muito) não é esse, vamos dizer assim, publicamente. Mas é ter um limite na vida.Ronaldo e o Corinthians:
Se ele (Ronaldo) estivesse 100%, bonitão, 70 kg, blá-blá-blá, você acha que ele tava aqui no Corinthians? E no Brasil? Ele tava na Europa! Não dá. Você tem que se contentar com aquilo que pode dar e que pode receber. Eu tô contente com o que ele tá dando e tenho certeza de que ele tá contente com o que o Corinthians dá pra ele. Tem outros jogadores que estão acima do peso aí. Mas ninguém fala.Política
Minha família é de sindicalistas, meus irmãos, meus tios. A gente tem esse lado. Eu sou socialista na essência.
Sobre jornalistas que querem manchetes
Vocês estudam e não entendem nada.
Deixo os comentários mais detalhados e discordâncias para os leitores.
sexta-feira, abril 23, 2010
Dourado, Cônsul Cultural do Internacional! Assim não dá...
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Que me desculpem os amigos colorados, mas que história é essa de nomear Marcelo Dourado como Cônsul Cultural do Inter?
Eu que assisti a vitória do Inter por 3 a 0 em cima do Deportivo Quito, pela Libertadores na noite desta quinta-feira, fiquei absolutamente indignada...
Além da polêmica se o tal do Dourado é ou não homofóbico, o que o vencededor do BBB 10 fez ou faz para, na beira do gramado do Beira-Rio, receber o título de Cônsul Cultural?
No mínimo, ter propagado a máxima que homens heterossexuais não contraem o vírus HIV.
Coisa de marketeiro mesmo, que papelão!
terça-feira, fevereiro 09, 2010
Brasil poderá ter time de futebol gay
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O Comitê Desportivo LGBT Brasileiro está em busca de jogadores de futebol para baterem bola fora do armário. A ideia é que o time jogue amistosos e paticipe da Copa de futebol gay, promovida anualmente pela Associação Internacional de Futebol de Gays e Lésbicas (IGLFA).
Para incentivar os atletas, o CDG Brasil apelou para a rivalidade com nossos hermanos argentinos. Segundo o comitê, já existiria uma partida marcada para ser realizada em São Paulo no mês de maio contra o Los Dogos, equipe portenha vencedora da última Copa Mundial Gay.
E a competição não é única direcionada para o público LGBT, existe ao menos mais duas. O Gay Games, que contará com 34 modalidades esportivas em competição na edição deste ano, em Colônia, na Alemanha, e o Word Out Games, que na edição de 2009, em Copenhague, reuniu seis mil atletas.
Los Dogos, time de futebol gay argentino quer enfrentar o time gay do Brasil. Candidatos acessem aqui.
segunda-feira, novembro 09, 2009
Caso Uniban, CPI Gay, parlamentares guiam suas decisões através de suas religiões e a vida anda difícil...
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Ventos conservadores balançam o estandarte brasileiro. "Puta-Puta-Puta", ouviu a estudante Geisy Villa Nova Arruda. Pouco tempo depois, assistíamos a sua expulsão pela gloriosa cátedra Uniban, também carinhosamente apelidada de "UniTaleban", pelos blogueiros, internautas e tuiteros, que por sua vez estão infernizando a vida da instituição.
O resultado: na tarde desta segunda-feira, 9, a instituição recuou e revogou a expulsão de Geisy. O assunto é tão surreal que vale a pena ver as cenas do quase linchamento da estudante de turismo e ler a justificativa pitoresca da Uniban, para expulsar a aluna.
Sinceramente, neste caso, pouco me importa se a Uniban é uma fábrica de diploma ou se agora a estudante vai posar nua. O fato é que chegamos ao ponto da sociedade (uma parte, óbvio!) agredir e ser conivente com a barbárie pelo simples motivo do uso de uma minisaia!
É o retrato do cotidiano do país que exclui, criminaliza, marginaliza e agride a diversidade, seja ela qual for. Sem falar do machismo e da intolerância, cultivados com ardor... Enfim, um episódio que dá a dimensão do retrocesso de nossa realidade, e que dá nojo só de imaginar onde podemos chegar...
Mas voltando para o caso Uniban, outro ponto que me chocou é o histórico do “adevogado” da dita instituição, Décio Lencioni Machado, que atribuiu à postura da estudante Geisy Villa Nova Arruda a razão de sua expulsão da universidade. Ele que preside a Comissão de Legislação e Normas do Conselho Estadual de Educação de São Paulo e é conselheiro da Câmara de Educação Superior.
Criado em 1963, o Conselho tem como objetivo traçar normas para organização do sistema de ensino de todo o estado, incluindo autorização para instalação de universidades públicas estaduais e municipais e são "escolhidos entre pessoas de notório saber e experiência em matéria de educação, observada a devida representação dos diversos graus de ensino e a participação de representantes do ensino público e privado". Para exercer o cargo, o conselheiro é remunerado: recebe gratificação por sessão plenária e de câmaras ou comissões permanentes.
Medo! Só rindo mesmo do ataque de fúria de Hitler sobre a comparação dos nazistas da Uniban e sua gente iluminada... Ou apostar na cobrança do MEC e da ministra da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, Nilcéa Freire.
E piora
E, como se não bastasse a demonstração de preconceito, fúria e machismo dos estudantes da Uniban (e a atitude da própria instituição), a psicóloga evangélica Rozangela Justino, conhecida por oferecer tratamento para curar os homossexuais – e receber censura pública do Conselho Federal de Psicologia (CFP) –, agora dedica seu blogue auxiliar seus irmãos a votarem “NÃO” na enquete que o Senado Federal criou sobre a aprovação do PLC 122/06, que criminaliza a homofobia no Brasil.
Rozangela alega no texto que “infelizmente, não podemos apoiar qualquer Projeto de Lei e nem lei pró-homossexualismo porque tais projetos de leis e leis têm finalidades políticas e econômicas, e na verdade não são para proteger e nem ajudar qualquer pessoa na condição homossexual, muito pelo contrário, é para impedir que sejam ajudadas, inclusive”. Ela ainda propõe criar a "CPI das Passeatas Gays”, “A CPI do Movimento Gay”. Segundo a "psicóloga", "assim, estaremos verificando o porquê do investimento do poder público neste movimento desconstrutor social e dos princípios cristãos, em detrimento de necessidades básicas do povo brasileiro".
E se engana quem acredita que uma manifestação como da "psicóloga" ou dos estudantes e membros da gloriosa academia unibanense não reflete ou são frutos da postura conservadora de nossa política. Na recente pesquisa "Como Parlamentares Pensam os Direitos das Mulheres?", realizada pelo Centro Feminista de Estudos e Assessoria (Cfemea), que entrevistou 321 parlamentares, entre deputados e senadores foi constatado que a influência da crença religiosa nas decisões dos parlamentares está cada vez maior.
A maioria (60%) dos parlamentares considerar errado legislar a partir de pontos de vista de crenças pessoais, mas 38% dos legisladores admitem tomar decisões de acordo com os princípios de suas religiões. Mas, nossos parlamentares de tudo não são tão maus... A pesquisa também constatou que o Congresso está mais aberto a reivindicações femininas, especialmente em relação a direitos das mulheres no mercado de trabalho.
Obrigado por nos deixarem trabalhar, apesar do Brasil continuar sendo o país latinoamericano com menos mulheres no Parlamento - 8%.
Brincadeiras a parte, a pesquisa também trouxe um dado interessante sobre o aborto: 57% dos parlamentares defendem, por exemplo, que a legislação permaneça como está, permitindo a prática somente em caso de estupro ou de risco de vida para a mãe. Os demais se dividem em dois grupos: 18% defendem a descriminalização total e 15% são contra a interrupção da gravidez em qualquer caso. Apenas 8% não se posicionaram e 1% admite ampliar a legislação em alguns casos. Resumindo, o árduo trabalho de chamar para a discussão o tema para lá de polêmico não anda sendo em vão.
Mas a vida anda difícil...
quinta-feira, setembro 17, 2009
Treinador do Goiás renova o quadro de homofobia no futebol brasileiro
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Pelo jeito futebol é para cabra macho mesmo! Depois do caso Richarlyson e a estupidez da decisão do juiz Manoel Maximiano Junqueira Filho, onde ele afirma que "Futebol é varonil, não homossexual", a declaração de Jorge Sampaio, diretor Vitória, solicitando que "Mulher apite jogo de de mulher", agora Hélio dos Anjos, treinador do Goiás, renova o quadro de homofobia e preconceitos no esporte mais popular do Brasil. Dos Anjos, que segundo o site do Globo Esporte, anda com a sensibilidade aflorada com a queda de rendimento do Goiás, se irritou na coletiva de imprensa após a a classificação nos pênaltis para as oitavas de final da Copa Sul-Americana, ao bater o Galo após o 1 a 1 nesta quarta-feira, 16. Segundo o treinador, a chegada de Fernandão não teria prejudicado o time, porque "Homem com ciúme é coisa de viado. Não trabalho com homossexual, trabalho com homem". A pergunta partia do argumento de que o atacante teria causado ciúme em alguns jogadores do elenco. O problema teria causado a queda de produção da equipe, que desceu do terceiro para o quinto lugar da tabela do Brasileiro. Ainda segundo o site do Globo Esporte, o treinador reforçou seu ponto de vista, após a procura da reportagem. "O que entendo de inveja de homem para homem é frescuragem, viadagem. Você, como homem, que tem picuinha é frescuragem".
Alguém precisa avisar para o técnico Hélio dos Anjos, que o problema de uma declaração como está é que só fomenta ódio, intolerância e a homofobia em um país que se mata um homossexual a cada dois dias, o que faz com o que o Brasil tenha o infeliz marco de "o país que mais mata homossexual do mundo".
E depois ainda tem gente que ainda é contra a criminalização da homofobia.
quinta-feira, agosto 06, 2009
Audiência Pública vai discutir homofobia nas escolas
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Na tarde desta quarta-feira, 5, mais um importante passo foi dado para o reconhecimento do espaço educacional como fator de extrema importância no combate aos preconceitos e na construção do respeito a diversidade. O requerimento do deputado federal Iran Barbosa (PT-SE) para debater, em conjunto com a Comissão de Educação e Cultura (CEC), a homofobia nas escolas foi aprovado e a audiência pública, para disseminar informações a respeito de pesquisas que apontam o quanto é grave o grau de discriminação nas escolas, finalmente vai acontecer.
O assunto requer um pouco mais de atenção, pois ao contrário de outras formas de preconceitos, a homofobia é admitida e, por muitas vezes, ampliada no ambiente escolar. Para dimensionar o tamanho da problemática, uma boa pesquisa foi realizada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) e publicada em 2009. Chama-se Preconceito e Discriminação no Ambiente Escolar.
O estudo revela que 87,3% dos entrevistados têm preconceito com relação à orientação sexual. Foram entrevistados 18,5 mil alunos, pais e mães, diretores, professores e funcionários, de 501 escolas públicas de todo país.
Infelizmente este preconceito gerado e disseminado por nossa sociedade resulta em consequências de diversas facetas, como a exclusão, violência e o vergonhoso alto índice de mortes de homossexuais, o que coloca o Brasil como um dos países que mais mata homossexuais no mundo, como constata a ONG Grupo Gay da Bahia. (Para quem tiver interesse no assunto, a matéria A homofobia na sala de aula, publicada na revista Fórum, dá um bom panorama destes estudos e de ações governamentais que combatem a homofobia.)
Ainda sobre a audiência, apesar da data ainda não ter sido divulgada, serão convidados para debater o assunto vários estudiosos no assunto. Entre eles estão o secretário de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade do Ministério da Educação (Secad/Mec), André Lázzaro e a pesquisadora do Instituto de Bioética, Direitos Humanos e Gênero (ANIS), Tatiana Lionço.
terça-feira, maio 19, 2009
Ofensas homofóbicas deixam torcedores para fora do estádio na Inglaterra
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O fato, lamentável, aconteceu na Inglaterra durante o campeonato inglês do ano passado.
Durante a partida entre o Portsmouth e o Tottenham, o zagueiro Sol Campbell, do Portsmouth (foto), foi agredido verbalmente com ofensas homofóbicas por torcedores do time adversário. Acredita-se que as ofensas tenham como origem a saída do zagueiro do Tottenham, em 2001 e a sua ida à época para o rival Arsenal.
A notícia boa é que, levado o caso das injúrias homofóbicas aos tribunais, a Justiça, em decisão inédita, está identificando e condenando os torcedores pelo ato. Dezesseis homens estão sendo investigados e, destes, onze foram presos e quatro condenados a não assistirem jogos em estádios por três anos.
Mas, o assunto voltou nesta segunda-feira, 18, quando a justiça inglesa confirmou nova sentença para mais dois torcedores que participaram do ato. Ian Trow, de 42 anos, e um garoto de 14 anos, também foram proibidos por três anos de estarem presentes em jogos de futebol. A juíza do caso, Georgette Holbrook, disse, ao anunciar a sentença: "Achamos que as palavras usadas foram de extremo mau gosto, além de inapropriadas, chocantes e indecentes."
Em carta lida ao júri, o jogador afirmou: "Senti-me vitimado pelo abuso que recebi. Fiquei absolutamente desgostoso com isso, e não reagi porque temi que isso poderia deixar a situação ainda pior, causando problemas. Isso teve efeito pessoal em mim e não quero que isso continue." Além da proibição de irem a estádios, Trow terá de pagar uma multa de 560 euros, enquanto o adolescente recebeu punição condicional de um ano. O custo dos honorários advocatícios, em torno de 880 euros, também ficará a cargo de ambos, que pretendem recorrer da sentença.
A notícia me lembrou o caso Richarlyson, que teve sua queixa-crime contra o diretor administrativo do Palmeiras, José Cyrillo Jr, arquivada. Cyrillo insinuou em programa de TV que o jogador seria homossexual.
O autor do arquivamento da queixa-crime é o juiz Manoel Maximiano Junqueira Filho, que por sua vez o fez justificando que “Futebol é viril, varonil e não homossexual”.
“Punido” pelo Órgão Especial do Tribunal de Justiça de São Paulo, por meio da não-promoção por merecimento pelo prazo de um ano, o juiz teve em abril deste ano sua punição mantida.
terça-feira, dezembro 16, 2008
Juiz do caso Richarlyson é "punido"
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O juiz Manoel Maximiano Junqueira Filho, autor da risível justificativa de arquivamento da queixa-crime de Richarlyson contra o diretor administrativo do Palmeiras, José Cyrillo Jr., foi "punido".
O Órgão Especial do Tribunal de Justiça de São Paulo decidiu que os termos da sentença foram impróprios (um trecho, para relembrar: se for homossexual, "melhor seria que abandonasse os gramados") e, por isso, o juiz não poderá ser promovido por merecimento pelo prazo de um ano a partir da punição, que começou a valer no último dia 10.
Eu já critiquei decisões jurídicas aqui no blog e ganhei umas aulas sobre direito. Mas ainda assim vou me arriscar de novo: isso lá é punição para um juiz que usa a homofobia como justificativa para o arquivamento de uma queixa? Afinal ele continua no tribunal, julgando com os mesmos argumentos. Com a palavra os entendidos em Direito.
sexta-feira, outubro 31, 2008
O Vaticano quer saber: você é casado? Tem filhos?
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segunda-feira, setembro 17, 2007
Parada Lésbica pede: "seja lésbica por um dia"
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A 3º Parada Lésbica de Brasília, realizada no domingo, 16, reuniu 6 mil pessoas, segundo a Associação Lésbica Feminista de Brasília – Coturno de Vênus, organizadora da manifestação. A partir do lema "seja lésbica por um dia", o objetivo foi combater o preconceito e a discriminação contra homossexuais e bissexuais.
Para a diretora da Coturno de Vênus, Kelly Kotlinski, a receptividade foi positiva por parte da população. Segundo ela, a adoção de uma pauta mais política, desde 2006, contribuiu para ampliar a visibilidade lésbica, objetivo principal da manifestação.
Ela foi entrevistada pela revista Fórum.