Destaques

sábado, setembro 25, 2010

Santos 4 X 1 Cruzeiro - goleada de gente grande

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Para o santista, a expectativa em relação à partida contra o forte Cruzeiro, há nove partidas sem derrota, era muito grande. Era a hora de mostrar se a equipe ia desperdiçar o resto do ano e entrar em uma crise ou se daria sinais de que todo o clima ruim que imperou na Vila Belmiro nas últimas duas semanas ia acabar.

O Santos veio para a partida modificado em relação ao esquema tático que vinha sendo utilizado e também aos titulares da primeira partida do interino Marcelo Martelotte no comando do time. O Peixe voltou a utilizar três atacantes, com Zé Eduardo pela esquerda, Marcel centralizado e Neymar atuando mais pela direita. Danilo passou a jogar na sua função original, lateral direito, enquanto Roberto Brum voltou à cabeça de área, revezando com Arouca na função.

Tomando mais a iniciativa, como era de se esperar, o Alvinegro pressionou o Cruzeiro até metade do primeiro tempo, quando o clube mineiro equilibrou as ações e passou a levar perigo para o gol de Rafael. Com Marquinhos apagado na armação e Neymar bem marcado ora por Caçapa, ora por Fabinho, o destaque peixeiro foi Roberto Brum. O volante, que chegava bem ao ataque e quase sempre sem marcação, deu três assistências na primeira etapa: uma desperdiçada por Marcel, que bateu em cima de Fábio; outra por Neymar e uma que Zé Eduardo finalizou sem força. O volante também conseguiu, na maior parte do tempo, anular o ótimo meia argentino Montillo, destaque azul no Brasileirão.

O mais efetivo cruzeirense era o inteligente Thiago Ribeiro. Jogando nas costas de Léo, ele quase repetiu o gol feito contra o Avaí, quando chutou uma bola na trave, que depois bateu nas costas do goleiro Renan e foi para o gol. Mas desta vez Rafael conseguiu tirar com o cotovelo e evitou o tento. O atacante Farias ainda mandou a bola para as redes depois de um lance que já estava paralisado por conta de um impedimento. Erroneamente marcado, diga-se, mas mais difícil de marcar do que, por exemplo, o gol corintiano contra o Santos no meio de semana.

Na segunda etapa, tudo indicava que o zero a zero não iria continuar. Com mais volume de jogo, aos 9 o Peixe abriu o placar. A jogada novamente se iniciou com Roberto Brum, Neymar acionou Zé Eduardo que finalizou para a defesa de Fábio. No rebote, Marcel marcou e fez seu sétimo gol na competição.
Aos 14, o Santos chegou com muito perigo de novo. Zé Eduardo fez bom lance na direita do ataque e Danilo chutou para nova defesa de Fábio. Cuca mudou o Cruzeiro, colocando o meia Roger e tirando Fabrício. Minutos depois, sacou Fabinho para colocar Elicarlos.

O Santos encaixava o jogo e ia bem, até Zé Eduardo, que vinha melhor no segundo tempo do que no primeiro, deu um tapa em seu marcador e tomou o segundo amarelo. Com um a menos, Martelotti colocou Alex Sandro no lugar de Marcel, reforçando a marcação no meio. Já o Cuca promoveu a entrada do atacante Robert no lugar do lateral esquerdo Diego Renan.

O que se configurava a partir dali era um Cruzeiro em cima do Santos, que iria se proteger como pudesse. Mas não foi o que aconteceu. Aos 24, Marquinhos cobrou muito bem uma falta do lado esquerdo, sofrida por Neymar, na cabeça de Edu Dracena. Saía ali o segundo do Peixe.

Mesmo pouco fazendo para evidenciar sua superioridade numérica e sem conseguir acuar o Alvinegro, o Cruzeiro diminuiu. Aos 35, Thiago Ribeiro aproveitou o rebote de uma excepcional defesa de Rafael e marcou o gol mineiro. Aos 40, o volante Adriano entrou no lugar de Marquinhos e o Peixe, que havia iniciado o jogo com três atacantes, por força das circunstâncias terminava com três volantes e Neymar solitário à frente.

E foi o polêmico menino que deu um passe de letra para Alex Sandro na intermediária. O outro jovem avançou, deu um drible da vaca em Elicarlos, e marcou por cobertura seu primeiro gol no Brasileirão. Um gol de placa, daqueles que valem o ingresso.

Mas faltava o de Neymar. O prodígio pegou a bola na direita, passou por dois e finalizou por baixo das pernas de Caçapa. Outro belo tento que consagrou a vitória peixeira e a bela atuação do garoto nos 45 minutos finais.



*****
No geral, a equipe mostrou a mesma vontade que vinha apresentando nas últimas pelejas. Falta de garra nunca foi o problema da equipe, aliás. Mas a entrada de Roberto Brum deu mais consistência e criatividade ao meio de campo, carente desde a saída de Wesley. Além disso, ter um especialista na lateral direita, Danilo, também reforçou a marcação no setor. E vencer, jogando quase 30 minutos com um a menos, uma equipe como o Cruzeiro, dá moral pra qualquer time.

Contudo, o mais importante foi ver que os jogadores deixaram de ter o semblante sombrio depois de fazer gols, como foi no clássico do meio da semana. Os atletas se abraçaram após cada tento e teve até coreografia no quarto gol de Neymar. O beijo de Dracena em Marquinhos e Neymar depois do segundo gol deixam para o torcedor a impressão de que não existe racha no elenco e que, passada a tempestade, a bonança pode finalmente voltar.

sexta-feira, setembro 24, 2010

Tipos de cerveja 53 - As Bière de Champagne/ Bière Brut

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As Bière de Champagne funcionam como ponte de ligação entre a cerveja e o champanhe, dando origem a um artigo de luxo. Sua produção iniciou-se na Bélgica, país de origem de muitos dos melhores estilos de cerveja. São sujeitas a longos processos de maturação e, algumas, chegam mesmo a ser envelhecidas em caves na região de Champagne, passando então pelo methode de champenoise, processo em que o fermento é removido da garrafa. Muito delicadas, com alto teor de álcool e de gás, as Bière de Champagne costumam ser vendidas em garrafas idênticas às de champanhe, com rolha, arame e, por vezes, dentro de caixas. Para experimentar: DeuS - Brut des Flandres, Malheur Bière Brut Reserve (foto) e Wieckse Brut.

E foi Muricy quem derrubou o "mestre"...

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Muricy Ramalho e Vanderlei Luxemburgo, treinadores que já foram considerados "os reis dos pontos corridos", se enfrentaram mais uma vez em campo ontem, mas em situações bem distintas. Muricy vem com uma boa campanha à frente do Fluminense no Brasileirão, na vice-liderança, seguindo de perto o Corinthians. Já Luxemburgo amargava a zona de rebaixamento com o Atlético-MG, rezando para que uma vitória abençoada estendesse o seu prazo de validade. Resultado: 5 a 1 para os cariocas, 15ª derrota dos mineiros em 24 jogos. E Luxemburgo sumariamente demitido nos vestiários.

Que o "mestre" tinha pouca chance de recuperar o combalido Galo e que seus dias estavam contados, não resta dúvida. Mas é curioso que Muricy, aquele que no São Paulo já chegou a empatar mais que Luxemburgo no Santos, tenha sido seu carrasco. Os dois técnicos já bateram boca em clássicos (foto ao lado) e se provocaram pela imprensa algumas vezes, por assuntos de seleção brasileira, de avaliação de jogadores, de Copa Libertadores e até mesmo sobre comentários de partidas. O jeito despojado de Muricy de falar e se vestir sempre constratou com os ternos bem cortados e o discurso empolado e auto-suficiente de Luxemburgo. E as comparações pioraram após a frustrada passagem de Muricy pelo Palmeiras, com a perda de um Brasileirão praticamente ganho em 2009 - clube pelo qual Luxemburgo levantou duas taças dessa competição.

Quando Muricy começou a se destacar no futebol nacional, à frente do Inter-RS (injusta e roubadamente) vice-campeão brasileiro em 2005, Luxemburgo vivia o ápice de sua carreira, como treinador do poderoso Real Madrid. De lá para cá, Muricy levantou três campeonatos nacionais, pelo São Paulo, e segue com chances de vencer mais um. Já Luxemburgo retornou ao Brasil para passagens apagadas pelo Santos (duas vezes) e Palmeiras, antes da horrorosa campanha atual do Atlético-MG. No primeiro turno, o Fluminense de Muricy já havia aplicado 3 a 1 no Galo, lá em Minas Gerais. Com o placar de ontem, Luxemburgo tomou este ano 8 gols do time comandado pelo técnico rival, e fez apenas 2. Seu futuro, mais do que nunca, é totalmente nebuloso. Muricy não tem nada com isso.

quinta-feira, setembro 23, 2010

Happiness is a stoned fly

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Tenho especial apreço por aqueles butecos que, de tão acolhedores, os clientes habituais não se importam muito com a higiene e, justamente por isso, acabam dando apelidos carinhosos ao local, como "Sujinho", "Porquinho" etc. Alguns ficam até conhecidos pelos animais insólitos que às vezes dão as caras no bar, como o "Minhoca's" (por causa de uma larvinha flagrada em uma cuia de feijão) e o "Moskão" (devido aos insetos sobrevoando os salgados, na estufa). É por isso que não gosto de comer em butecos. Como diz o meu pai, lugar de comer é em restaurante, bar é lugar pra beber. Pois outro dia eu estava lá na Urca, no Rio de Janeiro, e paramos para uma Skol gelada (carioca odeia Brahma) num buteco frequentado por universitários. E que, não sei se pela fumaça de "mato" queimado que eventualmente surge no bar, recebeu o simpático apelido de "Mosca feliz". Fiquei freguês!

quarta-feira, setembro 22, 2010

Bolão dos deputados. Isso sim é emoção!

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Nesse ano você certamente já apostou na Copa do Mundo, talvez esteja apostando no Campeonato Brasileiro e talvez seja adepto de uma fezinha nas loterias legítimas vez ou outra.


Mas o que o Futepoca propõe agora é uma competição ainda mais emocionante - e ao mesmo tempo cívica.

Quais serão os 10 candidatos a deputado federal mais votados em São Paulo?


Sem mais delongas, esse é o desafio. Faça sua lista com os dez candidatos que, ao seu ver, serão os mais escolhidos pelo eleitorado paulista.

A pontuação se dará da seguinte forma: um ponto pelo acerto do candidato no Top 10, três se ele estiver na posição indicada pelo apostador.

Portanto, para participar é preciso apresentar uma lista
em ordem dos 10 candidatos que você, leitor, acredita que dominarão o pleito.

As apostas devem ser enviadas para o email futepoca@futepoca.com.br até o dia 2 de outubro, véspera das eleições. No assunto deve estar escrito "BOLÃO - deputados federais". Só serão considerados os palpites enviados sob essas condições, ok?

O ganhador receberá um prêmio, ainda a ser definido pelo Futepoca.

Erro ou acerto?

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A surpreendente demissão do técnico Dorival Júnior do Santos, após o não menos surpreendente confronto com o craque Neymar, é o assunto na boca dos torcedores nesta quarta-feira, dia de clássico do alvinegro praiano contra o líder Corinthians, pelo Brasileirão.

Meu amigo Francisco Neto, um santista de quatro costados (já citado aqui), considerou a demissão um erro. E justificou:

- A demissão do técnico e a escalação do Neymar contra o Corinthians pode resolver um jogo, mas não o campeonato. Aliás, além de prejudicar o time na competição, compromete o projeto todo que se iniciou com Dorival, e que deveria sobreviver até a uma eventual saída do Neymar, como sobreviveu às saídas de André e Robinho.

Interessante a análise desse torcedor santista. De minha parte, acho que a diretoria deveria ter definido o prazo de suspensão de Neymar logo no dia seguinte ao jogo em que ele bateu boca com o técnico. Devia ter ficado explícito: vai ter 1 jogo de suspensão, ou 2, ou 15 dias - sem volta, sem perdão. Como não fizeram isso, ficou vago. E a torcida, naturalmente, pressionou pela volta do craque no clássico. Dorival se sentiu humilhado e peitou o clube, barrando Neymar sem falar com ninguém. Aí, a diretoria não tinha mesmo outra coisa para fazer.

Uma pena. Dorival Júnior merece aplausos pelo o que fez no Santos. E merecia o prêmio de disputar a Libertadores com o time.

terça-feira, setembro 21, 2010

Merchã tucano na novela da Globo

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No dia em que o metrô paulistano parou por 3 horas e gerou o caos na cidade - além de criar mais um movimento piadista no Twitter, a novela Ti-ti-ti da Globo foi cenário de uma menção elogiosa ao sistema.

Na cena em questão, a personagem Jaqueline pergunta a Julia Spina onde fica a vila em que ela morava antigamente. A resposta: "fica na travessa da... como é mesmo o nome? Ah, não sei, também as ruas estão todas mudando de nome com essas obras do metrô".

Achei bastante curioso. Primeiro, a menção sem contexto a obras do metrô. Ficou tão natural quanto aquelas cenas em que os atores são obrigados a mostrar o rótulo de produtos que compram espaço publicitário na novela. Depois, o fato de essa menção não ser como normalmente as pessoas vêem as obras antes de elas ficarem prontas - ou seja, transtornos. Em terceiro lugar, me espantou a mentira descarada, já que o Belenzinho fica próximo à estação Belém do Metrô, na linha Vermelha, que existe quase 29 anos. Não existem obras do metrô hoje no Belenzinho, nem há projeto disso.

E aí, será que o PSDB pelo menos pagou bem pelo merchã? Ou é só campanha mesmo?

O post vai ao ar sem a cena, que ainda não foi publicada no site da novela. Depois atualizo.

ps: a equipe de TI do Futepoca pode me corrigir, mas não dá pra incorporar o vídeo da novela aqui no post. Para ver a cena, entre aqui e procure a cena "Jacques se revolta com as artimanhas de Valentim" (Cláudia Raia contracenando com Nicete Bruno a partir do 1:44 no vídeo).

Soninha, cada dia mais "inha"

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Acho que falhas no metrô podem acontecer seja em época eleitoral ou não. O que se deve discutir é se as condições de funcionamento e segurança são adequadas.

Estranha que uma porta aberta possa ter gerado tal caos. E se fosse realmente um acidente, o que teria acontecido?

Essa resposta é mais importante que qualquer ganho eleitoral para qualquer um dos lados.

Mas não é que a tal Soninha Francine, chefe de campanha ou sei lá o que do candidato tucano José Serra tem coragem de publicar no twitter a seguinte frase:

"Metrô de Spaulo tem problemas na proporção direta da proximidade com a eleição. Coincidência? #SABOTAGEM #valetudo #medo [sic]", escreveu em seu microblog.

Nem posso dizer que tenha vergonha da figura, que agora aceita fazer qualquer papel para bebeficiar seu candidato. Apenas pena, porque está cada dia mais "inha".

Aliás, uma pergunta, ela é coordenadora da campanha tucana, mas continua na prefeitura, como admnistradora regional ou desincompatibilizou-se? Quem souber, por favor, responda.

Ah, a origem da informação do post no twitter é da Folha de S.Paulo, não preciso dizer mais nada.

Entre tragédias e superação, Série C chega à fase decisiva

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No domingo, terminou a primeira etapa da Série C. E começará agora a segunda, que é efetivamente a mais importante de todas. Sim, porque por mais que ainda existam outras duas posteriores, que apresentarão, em ordem, os dois finalistas e o campeão do torneio, a parte primordial acontece agora, com a definição dos quatro times que sobem para a Série B em 2001.

O regulamento agora aponta um mata-mata puro e simples, e assim até o final da competição. Os confrontos são os seguintes: Paysandu-PA x Salgueiro-PE, Águia de Marabá-PA x ABC-RN, Ituiutaba-MG x Chapecoense-SC e Criciúma-SC x Macaé-RJ.

Pelos números, é difícil apontar um favorito. Nenhum dos times classificados teve uma campanha impecável na primeira fase. Todos perderam ao menos um jogo, e alguns só avançaram nos critérios de desempate.

Talvez a torcida empurre Paysandu, ABC e Criciúma, os mais tradicionais entre os oito remanescentes. Mas sabemos que esse fator, isoladamente, não ganha jogo. Aguardemos.

Eliminados
Falando em torcida, uma das mais vibrantes do país terá que esperar 2011 para ver seu time em campo. É a do Fortaleza. O time conseguiu ser eliminado da Série C com uma campanha curiosa: em oito jogos, duas vitórias e seis empates. Ou seja, caiu invicto, e com a mesma pontuação do do Águia, que ainda sonha com o acesso.

O CRB de Alagoas é outro clube que ficou de fora apenas pelos critérios de desempate. Empatou em pontos com os pernambucanos do Salgueiro, mas ficou para trás.

Rebaixamento
Mas dura mesmo é a vida dos torcedores do Juventude. Em 2007, o time da Serra Gaúcha estava na elite do futebol nacional; quatro anos depois, em 2011, encarará as pedreiras da quarta divisão brasileira. Fim de uma temporada pífia para o campeão da Copa do Brasil de 1999, que teve também uma campanha ridícula no Gaúcho e encerra, talvez, o pior ano de sua história.

Quem também estava na Série A até pouco tempo e no ano que vem terá que jogar a quarta divisão é o Gama, de Brasília.

Os outros rebaixados são o Alecrim, do Rio Grande do Norte, e o São Raimundo do Pará - que tem como consolo o fato de ver no rebaixamento uma tentativa de buscar o bicampeonato da Série D.


Banheiro suspeito (2)

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Sem Copa e devendo explicações

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No comentário de um post aqui do Futepoca eu já tinha falado sobre a recuperação de um documento de 1952, na Prefeitura de São Paulo, que revela as condições para a doação do terreno onde está o estádio do Morumbi: o São Paulo Futebol Clube deveria utilizar no máximo três quartos do terreno para suas atividades esportivas, e no restante, como contrapartida, teria que construir um parque infantil (com entrada franca) e um estacionamento com 25 mil metros quadrados. Nada foi cumprido e, pior, o local foi ocupado por um clube social particular que sempre gerou dividendos.

Nada disso viria à tona, depois de 58 anos, se o São Paulo não tivesse metido o Morumbi na disputa (fracassada) por um ou mais jogos da Copa de 2014. Quando a diretoria começou a cobrar mais empenho das esferas públicas para sua (frustrada) reivindicação, alguém desencavou esse documento para provar que, para o seu bem, o clube deveria era ficar de bico calado - pois não cumpriu seu compromisso com a Prefeitura de São Paulo. Agora é tarde. Leio hoje, na coluna "De prima", do jornal Lance!:

Contrapartida - O Ministério Público de São Paulo deu até 15 de outubro para o São Paulo se explicar sobre exigências não cumpridas no terreno do Morumbi. Segundo a Associação dos Moradores da Vila Inah, ao receber o terreno, o clube se obrigou a construir, em parte da área, um parque infantil com acesso livre ao público e um estacionamento.

E agora, Juvenal? Primeiro, arrumou briga com Corinthians e Palmeiras, que não mandam mais seus jogos no Morumbi, uma sensível perda de receita. Depois, inventou a dispendiosa e irreversível reforma do estádio, crente que ia abrigar um jogo da Copa de 2014, mas deu com os burros n'água. Agora, vai ter que explicar o inexplicável. Vamos bem, presidente, muito bem...

segunda-feira, setembro 20, 2010

O Polvo Paul decide

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Arte do camarada Thiago Balbi, a partir de uma ideia nascida no fórum adequado.

Sem comentários.


domingo, setembro 19, 2010

Lucas garante o 2 a 0 sobre o Palmeiras no Choque-Rei

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O Palmeiras perdeu para o São Paulo por 2 a 0 no Pacaembu neste domingo, 19. Jogou pior do que o adversário no Choque-Rei e foi derrotado. Para deixar o torcedor mais preocupado, tomou outro gol depois de um balão do goleiro adversário. O mesmo havia ocorrido na semana retrasada, contra o Vitória.

O primeiro tempo foi péssimo, daqueles que explicam porque os dois times estão lá no meião da tabela. O desfecho no segundo tempo mostrou por que o lado verde não vai subir mais do que isso na classificação. A não ser que melhore muito.

O Palmeiras poderia ter deixado o domingo melhor se, depois de sofrer o revés, dos pés de Lucas (ex-Marcelinho) aos 10 do segundo tempo, tivesse colocado alguma bola para dentro. Mas Rogério Ceni evitou três chances mais ou menos boas. Mais chato do que não marcar é ter que reconhecer o trabalho do 1 do São Paulo...

Defesa desarticulada, meio inexistente. Ou quase. O Palmeiras não conseguiu criar de fato, mesmo com o recuo tricolor.

Ainda deu tempo para, com tranquilidade, o time de Sérgio Baresi fazer o segundo com Fernandão. Recuado e esperando o contra-ataque, ficou fácil com a falta de capacidade ofensiva dos adversários.

Lucas foi o nome do jogo, ou do segundo tempo, que foi quando se jogou algum futebol – aquele esporte em que 22 jogadores, metade de cada lado, disputando o esférico e tentando fazer a bola passar pela meta do adversário.

Sem Kléber, o Palmeiras não tem um nome para ser do jogo, porque Valdívia não resolveu nada até agora, desde sua volta.

Luiz Felipe Scolari pula, grita, xinga... Se eu reclamo daqui, imagino que do banco de reservas eu também reclamaria. O problema é que ele foi expulso novamente. E não resolveu o time.

Que os são-paulinos me contradigam (ou façam a troça).

Não vejo ninguém na minha frente (até domingo a noite, pelo menos)

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O Corinthians não deu sopa para a zebra, abafou e fez 3 a 0 no o Grêmio Prudente, neste sábado, no Pacaembu. Iarley abriu o placar, em belo passe de Elias, Jorge Henrique guardou o segundo, em belo passe de Bruno César, e Elias fez o terceiro, após uma troca de passes dentro da área prudentina que terminou com um toquinho de calcanhar de Paulinho.

Enfim, foi tão fácil quanto teoricamente é o jogo entre o vice-líder e o lanterna do campeonato. Como o Timão já havia perdido para dois lanternas provisórios antes (os dois goianos, por coincidência ou obra de forças maiores), cabe a comemoração.

Com o resultado, roubamos a liderança do Fluminense pelo menos até o Fla-Flu deste domingo. E mesmo com o clássico, o máximo que o Tricolor consegue é empatar nos mesmos 44 pontos, precisando ganhar pelo menos por 3 gols de diferença do Flamengo para volta à ponta – se fizer só dois, ficamos na frente pelos gols marcados. E tudo isso com um jogo a menos, a partida adiada contra o Vasco, que será em 13 de outubro, salvo engano.

Convém destacar que os bons resultados recentes foram conseguidos com 5 ou 6 desfalques – a dúvida é se você considera Ronaldo nessa categoria ou não. Mas Dentinho, Chicão, William e Ralph (machucads) e Jucilei certamente nela estão. E Bruno César jogou gripado.


O empate no grande jogo entre Cruzeiro e Botafogo, no Engenhão, também ajudou, mantendo os dois outros contendores mais próximos a uma distância segura. Os números e as boas atuações recentes ajudam a elevar o moral da tropa para as duas pedreiras dessa semana: Santos na Vila e Inter no Beira Rio.

No primeiro turno, no Pacaembu, o Corinthians meteu 4 a 2 no Peixe, com Ganso e Neymar em campo – mas ainda sem Robinho. Ou seja, claro que a Vila faz diferença, mas dá pra arrancar um resultado razoável. Contra o Inter, outra vitória, um 2 a 0 mais comum. Mas o Colorado melhorou de lá pra cá, com a chegada de Celso Roth. Jogos em que o empate sem dúvida é bom resultado.

PS.: O domingo passou e o Fla-Flu acabou em insanos 3 a 3, no que deve ter sido um abaito jogo. E deixou o Corinthians na liderança. Até quarta, pelo menos.