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O mundo da política mexe com o poder (lê-se "pudê") o que atrai a sanha de muita gente. Mas o que chama a atenção são as musas, as moças não necessariamente tão moças (em termos etários) que, por atributos físicos, ganham destaque. Seja na capa de revistas masculinas, seja nas de fofoca, elas aparecem.
A última, Mônica Veloso, é jornalista e teve uma filha há três anos com o atual presidente do Senado, Renan Calheiros. Ela declarou, parafraseando o poeta em entrevista à Folha de S.Paulo, que "amou demais". Segue a média das apresentadoras e repórteres de televisão que mostram o rosto na telinha. Apesar de algumas manifestações masculinas que não a consideram tão bela, sem dúvida que, com ou sem os três quilos perdidos para a seção de fotos de JR Duran, ela se encaixa no padrão da Playboy. A reportagem não apurou quantas horas de Photoshop foram demandadas.
Antes disso, a última capa da revista com beldades extraídas do mundo da política foi Camila Amaral, até 2005 assessora de imprensa da senadora Ideli Salvati (PT-SC). Descoberta pela Veja, da mesma editora Abril, em julho daquele ano, ela foi capa em setembro. O título: "Musa da CPI".
Ela roubou o posto de outra protagonista da crise. Com ar de femme fatale, mas sem dotes de atrizes bonitonas, Fernanda Karina Somaggio era a dona da agenda de Marcos Valério, mantida estrategicamente na gaveta. Ela chegou a promover o atentado de posar de graça para a Revista da Folha em trajes e poses pseudo-sensuais.
Diana Buani, esposa de Sebastião Buani, dono do restaurante que teria pago propina ao então presidente da Câmara dos Deputados Severino Cavalcanti (PP), também foi escolhida por muito admirador de seres humanos portadores de cromossomos XX como a bonitona da vez.
Em outras épocas, a situação foi pior. A revista Caros Amigos escreveu, e muito esquerdinha adorou, sobre o filho do então presidente Fernando Henrique Cardoso com a jornalista Miriam Dutra. A repórter teria tido um filho com o então senador, em 1991, e, para evitar problemas, foi mandada para fora do país. Mas não há fotos da moça na internet, assim como não havia em 2000, quando a reportagem foi publicada.
Itamar Franco conviveu com a modelo e atriz Lilian Ramos, cuja genitália só não foi estampada nas capas de jornal, porque uma faixa preta a escondeu. De mãos dadas a um presidente da República de Juiz de Fora com olhar inebriado, ela foi promovida a musa marginalizada. A moça tem página na internet até hoje, em três idiomas, cheia de fotos.
Na era pré-impeachment, Thereza Collor foi a musa da crise que levou ao processo de cassação do então presidente Fernando Collor. A esposa de Pedro Collor, cujo depoimento foi fundamental para pôr fogo na crise, ganhou capas e holofotes.
Zélia Cardoso de Melo só foi musa para Ibrahim Eris e Bernardo Cabral. Que discordem seus fãs.
No mundo
Os argentinos conviveram com a ex-mulher do ex-presidente e ex-presidiário Carlos Menem, el turco. A chilena ex-miss universo Cecilia Boloco permaneceu no posto até ser flagrada fazendo topless com outro.
Não é só a Lilian Ramos que quis mostrar mais (foto da direita)
Já a candidata ao Senado da Bélgica Tania Derveaux, pelo partido de protesto NEE (sigla que também quer dizer "Não"), prometeu a prática de sexo oral para cada eleitor que se registrasse no site. Dizer que ela aparecia vestida de anjo seria uma imprecisão inaceitável, vide as fotos.
Se esses exemplos mostram uma suposta qualidade estética das musas pelo mundo, há exemplos menos felizes para os voyeurs de plantão, como Monica Lewinsky ou a Paula Jones. Não entram imagens das moças por pura preguiça de fazer mais essa busca na internet.
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