Destaques

sábado, junho 02, 2007

Perdendo para as subs

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É minha vez de reclamar de convocação de jogadores. E nem é para a seleção principal. Chamaram o William e o Eduardo Ratinho para disputar o mundial sub-20, no Canadá. Com isso, o Corinthians pode ficar até nove partidas sem o seu principal jogador no momento.

Além disso, a Sub-17 vai tirar o garoto Lulinha, que poderia ajudar a cobrir a falta de William, fora por um mês para disputar o Pan. Logo agora que o time teve um bom começo e precisa aproveitar a boa maré para ganhar uns pontinhos e deixar a situação tranqüila por mais tempo.

O mesmo sentimento deve ter o torcedor do Inter, já em situação complicada, que vai ficar sem Alexandre Pato. E o do Grêmio, sem Lucas. E o do Atlético Mineiro, sem Tchô.

O William ainda me diz (no Uol Esporte), com todo direito do mundo, que espera que a convocação o ajude a conseguir uma chance na Europa "quando voltar ao Corinthians". O pior é que pode ajudar mesmo.

sexta-feira, junho 01, 2007

Imortalidade e imortalidade risível

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"O [presidente venezuelano, Hugo] Chávez tem que cuidar da Venezuela, eu tenho que cuidar do Brasil, o [presidente dos EUA, George] Bush tem que cuidar dos Estados Unidos e assim por diante."
A cada semana que passa, mais clara fica a diferença entre Lula e Chávez. O presidente brasileiro, um líder que tem noção do que é liderança, das responsabilidades que isso implica, da grandeza que exige. O venezuelano, um chefe de estado que até merece respeito, mas, como líder, um fanfarrão que pode estar cavando a própria sepultura sem saber, de tanta fanfarronice.
Isso me lembra A Imortalidade, de Milan Kundera: uns nascem para a imortalidade, outros para a imortalidade risível.
(a matéria da Agência Brasil que contém as aspas acima estão aqui).

HIC! Frio dobra consumo de birita

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Balconistas de bares em Campinas afirmam que a venda de pinga dobra nessa época do ano. No entanto, médico desaconselha a prática.

A notícia, curiosa por si só, saiu na edição de hoje do jornal Notícias Já, diário campineiro que encontrei por acaso num abanca do centro de São Paulo. O título do post é a chamada de capa, com “hic” e tudo.

A matéria tem como fonte um balconista que “garante que das 8h em diante vende pinga e conhaque sem parar”, e dois manguaças, um que diz que “toma pra aquecer” e outro que bebe “sempre fora do horário de trabalho”. Num box, um cardiologista lembra que café, chocolate quente e blusa de frio “esquentam do mesmo jeito e não fazem mal à saúde”.

O jornal resgata, como a chamada de capa já demonstra, elementos do saudoso Notícias Populares. A manchete principal é quase indecifrável: “Ônibus vai brecar folgado com leitor de dedo pra vovô”. Acima dela, outra tradição do NP, uma foto do ensaio da ex-Big Brother Siri para a Playboy. Mas os puritanos podem se acalmar: ela ainda usa umas duas ou três peças de roupa.

O mesmo vale para a moça ao lado da previsão do tempo, de biquíni, uma touca de lã e um cachecol. Outra chamada de capa para ressaltar a elegância e a concisão do periódico campineiro: “PODE?! Clodovil dá piti e é detido”.

Santos e Nostradamus

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Do portal Santista Roxo. Até que ponto chega a criatividade...

Primeiro o chopp. Depois o asilo político

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Dia 8, sexta-feira, estréia o documentário Caparaó, vencedor do É tudo verdade de 2006. Um dos personagens centrais da guerrilha que sem acontecer nos bastou, é Araken Vaz Galvão, um sargento expulso da corporação em 1964, depois do golpe militar.

Aos 71 anos, em entrevista no site da revista Fórum, concedida a Brunna Rosa, o Araken conta que havia sido preso por uma operação da Polícia Militar de Minas Gerais que desmantelou o que restava da já abortada operação de luta armada. Na prisão, a fortaleza de Santa Cruz, em Niterói, no Rio de Janeiro, o cabra ficou doente, e passou a ser levado para a Policlínica do Rio. Num desses traslados, pediu para fazer uma parada para ir ao toalete. Pararam a viatura num boteco.

O banheiro ficava nos fundos, do lado de uma porta que conduzia à rua de trás. Ele fez o que precisava, olhou para os lados, e se picou, de táxi, para o Largo do Machado (foto), na Zona Sul da capital do estado. O destino era a rua Artur Bernardes, onde ficava a embaixada do Uruguai, a três quadras dali. A opção pelo Largo tinha outro objetivo.

Araken sentou-se num boteco e tomou um chopp, depois de três "looooongos anos" encarceirado.

Alguém aí faria diferente?

Pão que passarinho não come

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Nosso companheiro Anselmo, vez por outra, costuma se referir à cerveja nossa de cada dia como "pão líquido". De fato, fuçando pela internet, fiquei sabendo que, em sumério, a palavra cerveja significa exatamente isso, pois os ingredientes para preparo da bebida e do alimento são praticamente os mesmos. Agora, um bar do bairro paulistano Pinheiros resolveu produzir literalmente o tal "pão líquido". O chef australiano Greigor Caisley se inspirou na cerveja Drake´s Golden Ale e criou um pão com o bagaço da cevada e do malte utilizado na bebida. Começo a encarar seriamente a hipótese de adotar essa dieta exclusiva quando chegar na velhice - na perspectiva mais do que otimista de que meu fígado permita que eu chegue até lá...

Recopa para quem precisa

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Ontem o Internacional perdeu por 2x1 no primeiro jogo da Recopa. Agora encara o Pachuca em casa, na semana que vem, precisando de uma vitória de 1x0 para levantar a taça.

Sou daqueles que acredita que a Recopa não tem importância alguma - ao menos quando se quer tirar sarro dos rivais que a perdem, como os não-tricolores paulistas fizeram no ano passado e os tricolores gaúchos anseiam por fazer esse ano.

A tentação - e a análise mais fácil - é dizer que o título serviria para o Inter dar um bico em sua má-fase, para dizer porque é o atual campeão do mundo, para Fernandão mostrar que ainda sabe jogar bola, para Alexandre Pato dizer que não é uma eterna promessa...

Mas eu sigo outra linha. Por seu caráter simples e amistoso, a Recopa não pode servir de parâmetro para nada. Nem nas derrotas nem nas vitórias. Caso o Internacional vença, não pode fechar os olhos para a péssima fase que tem vivido em toda a temporada; e caso perca, não deve tratar esses dois jogos como referência e pretexto para eventuais demissões e/ou dispensas.

Caso essas sejam feitas, devem levar em conta toda a temporada, e não esse mero caça-níqueis.

quinta-feira, maio 31, 2007

Para Maílson, Lula elege sucessor

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O Conversa Afiada esteve no seminário “Perspectivas da Economia Brasileira – Cenários para o Governo Lula”, organizado pela Consultoria Tendências, nesta quinta-feira, em São Paulo. Conta o site que o ex-ministro Maílson da Nóbrega – aquele que, ao deixar o Ministério da Fazenda, em 1990 deixou o país com uma inflaçãozinha de 2.751% segundo a nem sempre confiável Wikipédia –, analista político e um dos fundadores da consultoria, vaticinou: Lula tem 70% de chances de eleger seu sucessor. Para que isso ocorra, Lula dependeria de três fatores: manter o modelo econômico; que não aconteça um “apagão” de energia; e que seu candidato não seja do PT.

Farei agora uma confissão: trabalhei na referida consultoria, como revisor de textos, meu primeiro emprego mais próximo da área jornalística. Em minha defesa, digo que precisava pagar a passagem e os xerox da faculdade. Isto colocado, lembro de uma análise de Mailson, em 2002, seobre uma notícia que dizia que Lula poderia não concorrer nas eleições daquele ano. O economista concluía o texto dizendo ter duas certezas sobre 2002: que Lula disputaria as eleições e que seria novamente derrotado. Taxa de acerto de 50%.

Com essas informações, arrisco algumas interpretações sobre a previsão do dr. Maílson:

  • Lula não vai eleger o sucessor

  • Lula elege o sucessor e ele é do PT

  • O modelo econômico vai mudar em breve e será responsável pela eleição do sucessor de Lula

  • Teremos um apagão na área de energia e Lula ainda assim elege um sucessor de outro partido

Alguém arrisca outros palpites?

PS.: Ainda segundo o Conversa Afiada, o ex-ministro está muito confiante no páis, confiança que pode ser demonstrada pela anedota que segue: “Encontram-se no bar do Hotel Four Seasons, em Nova York, quatro empresários: três argentinos e um brasileiro. Depois da primeira rodada de champagne, diz um argentino: ‘Fiquei rico, mas tão rico, que decidi comprar a General Motors’. Outra rodada de champagne e diz outro empresário argentino. ‘Fiquei milionário. Mas, tão milionário, que decidi comprar o Citibank’. Terceira rodada de champagne, e diz o terceiro argentino: ‘Eu me tornei um magnata. Por isso, vou comprar a Microsoft’. Quarta rodada de champagne, e diz o brasileiro: ‘Pois, eu não vendo !’ ”

Pergunto: Seria a alegria de Maílson motivo suficiente para ir para a oposição?

Serra cede a pressão de estudantes ou Aperta que ele confessa

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Curiosa essa história do Serra com as universidades. Aqui na frente de casa, no Butantã, vi a passeata que estudantes, funcionários e professores de diversas universidades (vi faixas da USP, Unicamp e Unesp) fizeram até o Palácio dos Bandeirantes.

No mesmo dia, Serra, anunciou uma modificação no texto dos decretos para, segundo ele, deixlos mais claros e eliminar a interpretação, incorreta, de que eles ameaçariam a autonomia universitária. Eu, particularmente, não li os decretos, e não tenho como avaliar as intenções do excelentíssimo governador (frisando que, em geral, discordo dele). Mas achei interessantes as abordagens da imprensa a respeito.

No Uol Educação, eu vi e mostrei para um amigo um texto cujo título era algo como “Após negociar com reitores, Serra 'edita' decreto”. Dessa forma, não seria um recuo de Serra, uma derrota imposta pelas manifestações de estudantes e funcionários, mas uma “edição” no sentido jornalístico de modificação sem alteração de sentido. Deixa claro também que se trata de um acordo com os reitores das universidades, com a intelligentsia, coisa de homens de bem. Não fruto da baderna feita por um bando de “depredadores de prédios públicos”, como denominou a revista Veja, citada pelo Centro de Mídia Independente.

Agora, o Uol Educação tem esse texto no ar, menos desequilibrado, com horário semelhante ao que eu tinha visto antes. O sempre citado Conversa Afiada, de Paulo Henrique Amorim, deu o seguinte título à matéria sobre o recuo de Serra: Estudantes ganham e Serra volta atrás. Eu fico com este.


PS: A matéria da Veja merece uma olhadela. Cito o abre, novamente tirado do CMI, e deixo os comentários para os leitores:


No caminho certo
O governador Serra enfrenta o atraso que ainda reina na USP

Camila Pereira

O obscurantismo abomina o conhecimento. A queima de livros durante a Inquisição, a depredação, no ano passado, de um centro de pesquisas da companhia Aracruz por uma horda de 2 000 militantes teleguiada pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Os exemplos atravessam eras e continentes. O obscurantismo pode tornar-se pior quando combinado com a praga do corporativismo. Foi o que ocorreu no último dia 3 na Universidade de São Paulo, a maior instituição de ensino superior e pesquisa do país. Um bando de 300 alunos invadiu o prédio da reitoria, depredou suas dependências e ocupou o gabinete da reitora Suely Vilela. Os manifestantes passaram a usar internet e telefone livremente para divulgar seu protesto, que, na última sexta-feira, já durava uma semana. Qual é a razão para tanto vandalismo? Entre reivindicações oportunistas, como a melhor conservação dos prédios da universidade, os depredadores de prédios públicos querem impedir que o governador José Serra exija mais transparência dos gastos das três universidades estaduais - além da USP, a Unesp e a Unicamp.

E ninguém fala do Flu e Figueira...

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Ainda bem que os blogueiros futepoquenses não são igual à grande mídia paulistana, que só fala do próprio umbigo, né santistas?

Mas vamos lá, vi pedaços do jogo e apenas os gols, então vou fugir dos comentários sobre o jogo e ficar com a constatação do resultado da primeira partida das finais da Copa do Brasil.

Com esse 1 a 1, o próximo jogo, decisivo, será duro de assistir. É que o Renato, técnico tricolor, mesmo precisando marcar gols, deve fazer igual à partida contra o Bahia. Se segura e tenta um contra-ataque qualquer dentro dos 90 minutos.

O Mário Sérgio, que não é muito chegado em atacar, deve armar outra retrancona porque o 0 a 0 o favorece.

Engraçado como dois grandes atacantes se tornaram técnicos retranqueiros (mas alguém já escreveu isso)...

Tudo pode ser diferente, claro, mas a expectativa não é das melhores para quem for assistir à partida.

Independentemente disso, que tá com cara que o Flu vai repetir o vexame na Copa do Brasil contra o Paulista, isso tá.

Grêmio faz tenente tirar mais uma licença médica

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Crônica impagável de Amanda Xamuska, do blog etílico Amanda na Mesa F.C.:

Como todos nós sabemos o coração do Tenente num anda muito bom, mas a situação piorou com a participação do Santos nas últimas fases da Libertadores. Para não repetir o jogo inteiro como fiz no post sobre o jogo contra dos mexicanos irei apenas reproduzir os dois gols gremistas:

1º) Diego Souza gira em cima de Ávalos e cai dentro da grande área. Pênalti duvidoso para os anfitriões.

- Vai toma no cu, seu filho da puta! Tinha que ser um merda de um argentino esse juiz. Passaram a mão de novo no Santos. Num dá para acreditar... maldito! Vai se fudê!

Tcheco bate bem, no canto direito, e abre o marcador. Gooool!- Tá vendo! Vai toma no cu! No cu, vocês estão me ouvindo.O coração do Tenente começa a dar sinais de que vai ter que ser substituído antes dos 90 min.

2º) Carlos Eduardo rouba bola de Adaílton, avança sem marcação e toca rasteiro na saída de Fábio Costa para fazer o segundo.

- Aline! Pega meu remédio, eu tô sem ar! Filho da puta! Tava fazendo o que ai atrás brincando com a bola? O que? O que? Num aguento mais corinthiano no meu time, filho da puta!

Risos ecoam da cozinha.

- E vocês ai parem de rir da minha cara, sou palhaço agora??? Aline! Cadê meu remédio, porra! Corinthiano é tudo desgraçado mesmo, pelo menos aqui em casa num tem São Paulino, num me faltava mais nada.

Após o término do jogo o braço do Tenente começou a doer e fomos obrigados a parar no pronto-socorro. Mais uma vez ele continua vivo, nada grave! Porém, mais uma vez ele está de licença médica por tempo indeterminada por causa de um jogo do Santos.

quarta-feira, maio 30, 2007

Façam suas apostas!

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Me parece que neste primeiro jogo da semifinal brasileira da Libertadores o Santos não teve pegada, demorou um pouco pra se dar conta de que tinha o Grêmio pela frente. Grêmio que joga um futebol mais pra Uruguai do que pra Argentina. Um futebol feio, mas valoroso. Com o perdão dos companheiros são-paulinos do Futepoca, um futebol viril, mas menos violento do que o do São Paulo do primeiro semestre.

Apesar do dito acima, o Santos começou muito bem, tocando a bola com muita categoria, de pé em pé sem parar, e ameaçando muito, com o jogo de certa maneira na mão, mas tomou dois gols bobos em dois minutos. Desconsiderando o primeiro, o segundo gol foi o tipo lamentável de se tomar numa semifinal de Libertadores. Lembrou o gol que o Pereira entregou na Vila Belmiro ao Once Caldas em 2004.

Tem que se registrar que o Santos fez pouquíssimas faltas (só umas três no primeiro tempo, mais ou menos, pelo que lembro -- corrijam, se for o caso). Apesar disso (ironia!), infelizmente o Grêmio fez o primeiro gol num pênalti... que eu não daria: o Diego (se não me engano) agarrou o calção do Ávalos, foi literalmente tombando sobre o zagueiro, que ingenuamente o agarrou, e caíram juntos. O juiz deu o pênalti, mas eu não diria que roubou, porque na posição em que estava deve mesmo ter visto a falta. O Antonio Carlos não teria feito esse pênalti.

O Luxemburgo se precipitou ao colocar o Pedrinho. Cléber Santana, surpresa, deixou a desejar e Moraes demonstrou que merece um lugar no segundo jogo. Vanderlei deve ter se arrependido de jogar com dois zagueiros. Se fosse esse o esquema, teria de ter jogado com um jogador menos pesado do que o Ávalos, o Marcelo. O rápido Carlos Eduardo junto com o lateral esquerdo Lúcio (quem diria!) quase eliminam o Santos.

Mas ainda não eliminaram. Se na volta o Santos fizer 1 a 0 mais ou menos logo, ou ainda no primeiro tempo, a história pode se repetir. Vai ser difícil. Vai vingar o time da virada na Vila ou a raça gaúcha vai prevalecer? Façam suas apostas!

De trajetórias e títulos

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99: Palmeiras bateu grandes times
Escrevo este inspirado pela justificadíssima bronca do Anselmo. Outro dia, um amigo e eu discutíamos sobre isso: não adianta reclamar de tabela e de regulamento. Campeão de Libertadores tem que ganhar de bichos-papões. Também por isso, o duelo de hoje no Olímpico (e da quarta que vem na Vila) tem mais sabor. É Grêmio x Santos! Se um deles for campeão, poderá se orgulhar de ter batido um bicho-papão pra torcedor nenhum botar defeito.

Tive a curiosidade de pesquisar o percurso dos últimos três brasileiros que foram campeões do torneio continental, Palmeiras (1999), São Paulo (2005) e Inter (2006).
A conclusão fica com leitores e companheiros sobre qual desses campeões precisou de mais gás.
Para mim, a trajetória do Palmeiras de Felipão foi a mais difícil e heróica, já que pegou na seqüência o ótimo Vasco de 1999, o melhor ainda Corinthians daquele ano, o River Plate e o Deportivo Cáli (este serviu para amenizar um pouco as dificuldades).
Mas as campanhas, a partir das oitavas-de-final, foram as seguintes:

Palmeiras campeão de 1999

Oitavas
Palmeiras 1 X 1 Vasco
Vasco 2 X 4 Palmeiras

Quartas
Palmeiras 2 X 0 Corinthians
Corinthians 2 X 0 Palmeiras *
*Palmeiras 4 a 2 nos pênaltis

semifinais
River Plate (ARG) 1 X 0 Palmeiras
Palmeiras 3 X 0 River Plate

Final
Deportivo Cáli 1 x 0 Palmeiras
Palmeiras 2 x 1 Deportivo Cáli*
*Palmeiras 4 x 3 nos pênaltis

São Paulo campeão de 2005

Oitavas
Palmeiras 0 x 1 São Paulo
São Paulo 2 x 0 Palmeiras

Quartas
São Paulo 4 x 0 Tigres (MEX)
Tigres 2 x 1 São Paulo

Semi
São Paulo 2 x 0 River Plate (ARG)
River Plate 2 x 3 São Paulo

Final
Atlético-PR 1 x 1 São Paulo
São Paulo 4 x 0 Atlético-PR

Internacional campeão de 2006

Oitavas
Nacional (URU) 1 x 2 Inter
Inter 0 x 0 Nacional

Quartas
LDU (EQU) 2 x 1 Internacional
Internacional 2 x 0 LDU

Semi
Libertad (PAR) 0 x 0 Internacional
Internacional 2 x 0 Libertad

Final
São Paulo 1 x 2 Internacional
Internacional 2 x 2 São Paulo

O roto falando do esfarrapado

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Parece ciuminho. E é. O ex-Ferrari Eddie Irvine, aquele-que-
poderia-ter-tirado-o-time-da-fila-com-seu-companheiro-
Schumacher-fora-de-combate-mas-não-teve-competência, atacou o atual piloto da equipe. Kimi Raikonnen. O irlandês (sim, o segundo país que mais bebe no mundo, só perdendo pra quase fantasma Luxemburgo) criticou os hábitos etílicos do... hã... "colega".

"Não sei o que está rolando, mas ele precisa começar a fazer o que precisa ou parar de beber, pois se ele não está vencendo, não poderia estar bebendo", cutucou o mangua... quer dizer, festeiro ex-piloto, que se tornou famoso por ter tomado um sopapo do angelical Ayrton Senna. Procurado pela reportagem do Futepoca, o finlandês Kimi Raikonnen não foi achado, nem mesmo no bar do Vavá.

Mas se o cara não tá ganhando, não é um bom motivo pra beber? já pensou aguentar o frio da Finlândia sem um mézis? Seja mais tolerante, Irvine...

PS: o crítico irlandês correu quatro anos pela Ferrari e conseguiu quatro vitórias, menos da metade do ex-companheiro de jordan Rubens Barrichello.

De olho na arbitragem

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A omissão do Futepoca sobre as partidas decisivas na Copa do Brasil (final) e Libertadores (semi-final) é lamentável. O retrospecto recente recomenda observar o trio de arbitragem. Sérgio Pezotta, o argentino que terá o apito em mãos no estádio Olímpico, já esteve com o Grêmio na Libertadores, na partida contra o Cerro Porteño, e errou contra o time gaúcho. Há um ano, em maio de 2006, o cara estava em uma berlinda digna de Ana Paula de Oliveira. O Clarín deu graças aos céus quando a federação argentina o suspendeu. No jogo polêmico, entre Boca Juniors e Vélez que acabou aos 44 do primeiro tempo por falta de segurança, o assitente era Juan Carlos Rebollo, o assistente escalado para a semi-final brazuca da Libertadores, tomou pedrada.


Foto: Divulgação, Ana Paula Oliveira


Ana Paula Oliveira, na geladeira, sempre traz a arbitragem para a pauta.
Ele foi o dono da bandeirinha na partida do Santos contra o Defensor Sporting, em 1º de março, quando o time da Baixada venceu por 1 a 0, ao que consta sem grandes crises no apito (corrijam-me, ó santistas chorões).

Enquanto isso, no Maracanã, o paulista Wilson Luiz Seneme é o homem de preto. O quarto árbitro é o carioca Antônio Frederico de Carvalho, o que é grave. Do quadro da Fifa, Seneme é da nova geração de São Paulo, e apitou a decisão dos paulistas de 2005, 2006 e 2007. Ele foi o juizão da primeira partida entre Figueirense e Botafogo na semi-final. Os assistentes Edmilson Corona e Walter José dos Reis também são paulistas e estão no planteo da Fifa. Garantia de nada.

Olho neles.

"Não se caga não, garoto!"

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Venho de uma entrevista, há pouco, com o volante de origem/ lateral improvisado Dionísio, revelação do Santos FC. Ele é de Santo André, mas nasceu em São Bernardo. Vamos publicar uma matéria no ABCD Maior, mas seleciono aqui, de antemão, um trechinho da conversa para o Futepoca. Perguntei a ele como foi estrear como profissional, aos 19 anos, em um Santos x Corinthians na Vila Belmiro - em 29 de março deste ano, pelo Campeonato Paulista, 2 a 1 para o Peixe (na foto, Dionísio em lance desse jogo). Só para a gente imaginar como deve ter sido essa estréia para ele, cometo uma inconfidência: o atleta não admite, mas me entregaram que é santista de infância. Segue o papo:

Dionísio - Quando eu fui relacionado pro banco, já tava alegre (risos). Já tava feliz pra caramba. Até quando eu vi que o Tonhão (Antônio Carlos) machucou, só tinha eu de volante no banco, o resto era tudo meia-atacante. O professor (Vanderlei Luxemburgo) me chamou e só falou pra eu jogar tranqüilo, do jeito que eu vinha treinando. O professor Vanderlei falou pra mim não se cagá (sic): "-Não se caga não, garoto!" (risos). Eu entrei, joguei, fui bem graças a Deus. A Vila tava toda lotada. No começo, quando entra, dá um frio na barriga, mas depois passa. No futebol, você esquece tudo que tá de fora.

E foi assim, no susto. Dionísio entrou depois dos 30 do segundo tempo e ainda teve tempo de levar uma entrada do zagueiro corintiano Gustavo, que foi expulso no lance. Depois desse batismo de fogo, a maior sinuca de bico para o garoto foi a atuação improvisada como lateral-direito contra o Caracas, na Venezuela, pela Libertadores. Num choque casual, o adversário caiu gritando e o juiz puxou o amarelo. Como já tinha levado um no jogo, foi pro chuveiro mais cedo. "O Luxemburgo viu que não foi falta e não me deu bronca. Ele até brincou, mais tarde, que fui eu quem dei moral pro time ser campeão paulista alguns dias depois, porque, jogando com um a menos numa oitava-de-final da Libertadores, fora da Vila, e o time quase conseguiu ganhar, isso deu muita força", diverte-se o "motivador" Dionísio.

Os futepoquenses, Vavá e Mauro Beting numa noite fria

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Na foto abaixo, Vavá (o anfitrião de todas as vavazadas) e o personagem da noite de 25 de maio, o Mauro Beting, no encontro noturno. Olavo, com olhar perdido, degusta a cerveja (fotos de Carmem Machado).


Marcão, Vavá, Mauro e Olavo (sentido horário), em momento de descontração, como aliás foi a tônica do encontro.


Nicolau e senhora, que chegaram um pouco mais tarde, segundo as informações, porque haviam ido ao "fora Dualib", o que Nicolau não confirmou (foto de Olavo Soares)


Anselmo, a quem Mauro Beting, por motivos óbvios, caracterizou como "o braço armado palestrino", medita.


Glauco (esquerda) e Frédi. No primeiro plano, uma garrafa de vinho apresentada pelo própprio Frédi, dando um toque um pouco mais sofisticado à vavazada


A futepoquense Thalita (esquerda) e Mauro Beting se divertem (no detalhe -- foto de Olavo -- o Alemão)


Eu (de perfil), Olavo e Mauro


Os presentes ao evento vavaziano (menos a eminência parda Carmem, autora das fotos)

A explicação

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Saiu hoje na coluna Em off, assinada por Luiz Antônio Prósperi e Cosme Rímoli, no Jornal da Tarde:

"Só crescem os comentários no futebol brasileiro que um zagueiro saiu com a mulher de um atacante do mesmo time. Desde então, acabou a união entre os jogadores desse clube que perdeu o rumo e passou a jogar muito mal"
Se eles não estão falando do São Paulo, não sei mais de que clube é. Não gosto dessa procura por bode expiatório, mas a nota é interessante. Primeiro que é fofoca da boa! Quem serão os protagonistas do imbróglio?
Depois que as declaração do Aloísio pregando que a união do elenco do São Paulo é maior que tudo levam a crer que na verdade não é nada disso, corroborando a tese da nota.

Momento do mé: Feitiço Mineiro

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Desde março que eu não provava uma caninha diferente para registrar, o que explica a completa ausência do assunto aqui. Quem me presenteou com uma garrafa de Feitiço Mineiro, na versão ouro, amarelada, foi o Maretti, em setembro. Como o pessoal é criativo (presente de manguaça é cachaça, difícil ou fácil?), foram umas três marcas diferentes (1 e 2).

A Feitiço Mineiro, da Engarrafadora Sul Mineira, de Arceburgo, é estandardizada, quer dizer, é alambicada por vários produtores diferentes, mas quem dá o padrão, engarrafa, rotula e vende é uma empresa só. Isso não é demérito, só barateia a que passarinho não bebe na prateleira.

É relativamente leve (43º G.L) e desce bem. Na página, eles falam que o goró é envelhecido em tonéis de carvalho ou amendoim. Eu, que não sou nenhum especilista, embora não possa negar ser um cachaceiro – o que bebe, não o que produz – só percebi o gosto característico das que dormem em recipientes de carvalho. Segundo consta, os tonéis de amendoim interferem pouco no sabor, mas eu precisaria investigar mais, no bar. Consta na embalagem, razoavelmente sem graça para os padrões das januárias artesanais, a bidestilação e a tripla filtragem.

O mais curioso foi descobrir na página da fazenda uma enquete sobre o melhor da chambira deles. Entre as opções, além de paladar suave, embalagem, envelhecimento, bidestilação, está lá: o dia seguinte.

Fico com a última.

terça-feira, maio 29, 2007

Em busca de grandes vilões

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O blog do Rovai citou, no dia 26, um texto da Zero Hora denominado "Para o seu filho ler". A obra em questão tenta explicar de maneira didática aos fedelhos a situação dos impostos no Brasil. Sugere que "o papai poderia comprar mais roupas, comida e dinheiro" se não precisasse destinar grande parte do seu tutu ao vilão chamado governo.

O Rovai critica a apologia ao estado mínimo que o texto sugere. Mas eu vou além e vejo outro demérito dos mais sérios no publicado. Acho bem, bem perigosa essa tendência que os brasileiros cada vez mais gostam de mostrar nos últimos anos - a escolha por vilões grandes e impessoais como os causadores dos males da sociedade.

E lá vai a criança influenciada pelo texto passar a criticar os anônimos "impostos" - da mesma forma como ela já vomita chavões contra os também inomináveis "políticos", "marginais" e se proclama um também sem-rosto "cidadão de bem". Segue assim a situação.

Mauro Beting cai na área do Futepoca

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Depois de ser citado de maneira não muito elogiosa, para dizer o mínimo, em postdo Futepoca que analisava narradores e comentaristas da TV, Mauro Beting ficou sabendo e não só veio para o pau nos comentários como entrou em contato marcando dia e horário para o duelo final, uma bebedeira no bar do Vavá, sede mundial do movimento Futepoquense.

Para céticos como eu que não acreditavam que apareceria, a surpresa aconteceu na última sexta-feira, em assembléia alcoólica dos membros do blogue. De cara, foi dizendo: “chegou o pernóstico” e avisando que não bebe álcool, mas acabou entornando algumas taças de vinho português que apareceu por milagre na mesa.

Simpático e rindo muito, Beting foi logo lembrando os adjetivos usados contra ele no post, em que um dos mais leves era de nepotismo. Sua carreira se deveria ao pai famoso. É bom lembrar que Marcão e Edu Maretti, os dois principais detratores, “amenizaram” as críticas.

A explicação de como chegou ao Futepoca e participou do debate foi boa. Há um fã que pesquisa tudo que sai com o nome dele na internet e envia para seu e-mail. Mauro diz que adora entrar nessas discussões quando há conteúdo, principalmente quando mexem com o nome do pai. Daí, “vai para o pau”.

Nas histórias sobre futebol, assunto sobre o qual fala o tempo todo, entregou todo mundo. Sobrou para Milton Neves, um de seus amigos indefensáveis, um verdadeiro “monstro” da comunicação, mas que dorme no estúdio, acorda e começa a falar como se tivesse visto o jogo todo.

Da preferência da mídia que adora falar bem do São Paulo. E sobre o Corinthians, que tem emissora que por ela colocaria o escudo lá parado, porque acha que só o alvinegro dá audiência.

Sobre seu parmera, diz que não aceita título ganho por “fax”, complementando que lá no Parque Antártica as coisas são tão modernas que nem chegam por e-mail. “Se bem que na época do Mustafá nem fax tinha”.

Outra boa foi seu asco a jornalistas (ou a um em específico) que são são-paulinos e ficam inventando que torcem para outros times.

É isso que me lembro. Os outros futepoquenses presentes ao encontro que complementem...


Ficha técnica
FUTEPOCA x MAURO BETING
Competição: Amistoso
Data: 25/ maio/ 2007
Local: Bar do Vavá (São Paulo-SP)
Árbitro: Washington Cardoso Salvador, “Vavá”
Público: 14 (contando o Vavá e o João)
Renda (para o Bar): R$ 165,00 (total de cerveja e conhaque - a batata frita foi cortesia da casa e o vinho foi pago com uma dose pro Vavá)
Escalação da foto acima: Em pé – Thalita, Glauco, Mauro Beting e Olavo; Agachados: Anselmo, Marcão, Fredi e Edu (no detalhe, Nicolau). Técnica: Carminha. Banco: Alemão e Débora.

Na contramão do Manguaça Cidadão

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Não contente em desprezar olimpicamente o clamor social pelo Manguaça Cidadão (bandeira erguida pelo Futepoca em favor de um programa de segurança etílica nos moldes do Fome Zero), o governo federal ainda tem a pachorra de nos afrontar lançando a tal "Política nacional sobre o álcool". É uma iniciativa conjunta dos ministérios da Saúde, Cidades, Educação e Justiça, mais o Conselho Nacional Antidrogas. O foco é a diminuição do consumo de álcool entre os jovens. Ou seja: estão querendo atacar nossa base militante! Tudo bem que, entre as medidas, esteja a regulamentação das propagandas - afinal, não existe tortura maior para um assalariado do que assistir diariamente o Zeca Pagodinho cercado de loirudas seminuas (inacessíveis para a maioria dos pobre mortais), enchendo a lata à vontade e nem um pouco preocupado com trabalho, patrão ou carteira vazia. Mas a tal política nacional querer diminuir os postos de venda de bebidas, aí já é demais! O companheiro Lula, fiel seguidor de nossa causa (como comprova a foto), demonstra com essa medida uma preocupante similaridade à atitude repressiva de Hugo Chávez contra os manguaças venezuelanos. E aí, a gente não vai protestar? Eu vou: garçom, traz mais uma! E manda a conta pra ex-mulher do Renan Calheiros!

Evo Morales contra a Fifa

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Quem achou que países como Bolívia e Equador fossem assistir de camarote à proibição da Fifa em realizar partidas internacionais em altitudes acima de 2500 metros, como relatado em post do Futepoca, se enganou e muito. As reações começaram e não é impossível que a entidade máxima do futebol reveja sua decisão.

O presidente boliviano Evo Morales (foto) já invocou a união dos países prejudicados pela medida (Colômbia, Equador e Peru). “Vamos consultar os países e cidades afetadas pela resolução da Fifa para assumir uma posição, possivelmente convocando uma reunião aqui, em La Paz”, revelou Morales, segundo relato da Gazeta Esportiva, após reunião de emergência com autoridades esportivas de seu país.

O diário La Razón não hesita em apontar o culpado pela decisão da Fifa: o Brasil. Segundo o jornal, "o grande pecado" da Bolívia foi ter vencido o Brasil em 1993 nas eliminatórias para a Copa do Mundo, primeira derrota verde-amarela no torneio. Isso teria motivado uma decisão similar à de agora em 1997, revertida por conta, segundo o veículo, de um lobby comandado pelo presidente francês Jacques Chirac. Já na decisão atual, as queixas do Flamengo foram citadas como determinantes para a resolução.

Já o jornal equatoriano Hoy destaca que, de acordo com o presidente da Federação Colombiana de Futebol, Luís Bedoya, caso a Confederação Sulamericana de Futebol (Conmebol) queira solicitar uma revisão à Fifa, a entidade pode voltar atrás. A decisão da confederação só seria tomada em 15 de junho, em uma reunião com os presidentes de todas as federações do continente.

Além dos países atingidos pela decisão, Carlos Chávez, presidente da Federação Boliviana de Futebol, assegura que Chile e Uruguai também são contra a decisão da Fifa que prejudicaria a "universalidade" almejada pelos senhores de Zurique. Embora haja clara diferença entre jogar a nível do mar e na altitude, os dirigentes afirmam que outros fatores, como calor excessivo em determinados locais, seriam mais determinantes. Além disso, a falta de transparência da Fifa em explicar o que dizem os tais "relatos médicos" também colocam em xeque a proibição.

segunda-feira, maio 28, 2007

Dunga só irrita

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Foi-se o tempo em que o torcedor de clube ficava orgulhoso por ter um atleta do seu time convocado pra seleção brasileira. Hoje, quando o técnico canarinho escala um jogador, a grita é geral. Se é time europeu, pede liberação, alegando que gasta muito pra manter o jogador e exige sua presença até em amistosos (que lhe dão retorno financeiro). Já no infindável calendário do futebol brasileiro, qualquer convocação atrapalha uma equipe que, qualquer que seja, em boa parte do ano, deve estar disputando dois campeonatos diferentes.

Como torcedor, não gostei quando vi Zé Roberto e Kléber na tal lista - ou melhor, pré-lista - para a Copa América. Acho também que a maioria dos sãopaulinos não gostou de ver o Pirulito (opa) e o Josué na relação. Talvez a convocação do goleiro Diego, do Atlético-MG (convocado bem no momento em que estaria sendo negociado com a Lazio... oportuno, não?); o zagueiro Thiago Silva, do Fluminense e o meia-atacante Carlos Eduardo, revelação do Grêmio, tenham servido para fazer troça sobre os rivais locais, mas ainda assim não é nada que empolgue, já que amanhã todos podem estar fora de seus times.

Então, pra que seleção? Enquanto procuramos respostas, segue abaixo a lista do treinador:

Goleiros

Diego (Atlético-MG)
Doni (Roma-ITA)
Helton (Porto-POR)

Defensores

Alex Silva (São Paulo)
Alex (PSV-HOL)
Cicinho (Real Madrid-ESP)
Daniel Alves (Sevilla-ESP)
Edmílson (Barcelona-ESP)
Edu Dracena (Fenerbahce-TUR)
Gilberto (Hertha Berlin-ALE)
Juan (Bayer Leverkusen-ALE)
Kleber (Santos)
Maicon (Inter de Milão-ITA)
Marcelo (Real Madrid-ESP)
Naldo (Werder Bremen-ALE)
Tiago Silva (Fluminense)

Meio-campistas

Anderson (Porto-POR)
Diego (Werder Bremen-ALE)
Elano (Shakhtar Donetsk-UCR)
Fernando (Bordeaux-FRA)
Gilberto Silva (Arsenal-ING)
Josué (São Paulo)
Julio Baptista (Arsenal-ING)
Lincoln (Schalke 04-ALE)
Mineiro (Hertha Berlin-ALE)
Morais (Vasco da Gama)
Zé Roberto (Santos)

Atacantes

Afonso (Heerenveen-HOL)
Carlos Eduardo (Grêmio)
Fred (Lyon-FRA)
Jô (CSKA Moscou-RUS)
Rafael Sobis (Real Betis-ESP)
Robinho (Real Madrid-ESP)
Vagner Love (CSKA Moscou-RUS)

Um sábio na política

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O comentarista (José Ferreria) Neto, ex-jogador do Corinthians, parece que vai se filiar ao PTB, o “partido do Roberto Jefferson, do Collor”.
A coluna da Mônica Bergamo de hoje publicou uma pequena entrevista com ele (não sei por que, mas não está na web, só na versão impressa). Na entrevista, o ex-jogador dá uma mostra de sua sabedoria política e de seu preparo para atuar na área. Dêem uma olhada nos dois trechos abaixo:

Folha – Vai se candidatar a vereador pelo PTB?
Neto – PTB? De quem que é isso aí? Do Aldo Rebelo? (sic).

..........................

Folha – Votou nos candidatos do PTB em 2006?
Neto -
Quais foram os candidatos, você sabe?

Folha – Para deputado lançaram o Frank Aguiar, o próprio Campos Machado...
Neto -
Votei no Campos Machado. E no Serra para governador. Não, para o Alckmin, né? Não, o Serra para governador e o Alckmin para presidente. E na Soninha (PT-SP) para deputada, só que ela não ganhou. Infelizmente.

domingo, maio 27, 2007

O pior jogo do campeonato

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Pior do que explicação de manguaça ressaqueado para ter chegado tarde no dia anterior: todos os jogadores reclamaram do estado do gramado do estádio do Morumbi. Toda a imprensa concordou que a arbitragem foi péssima. Ah, a bola também não ajudou. Estava frio e, o mais grave, o futebol não entrou em campo. O segundo zero a zero da rodada parece ter sido pior do que o primeiro.

O pior foi ouvir três jogadores do Palmeiras dizendo que "empate fora de casa" não é tão ruim. Por mais que o estádio seja do São Paulo, acho que o pessoal poderia se esforçar mais para jogar bola do que para arrumar desculpa.

Luxemburgo leu o Futepoca

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Independentemente de qualquer coisa, é lógico que Vanderlei Luxemburgo entende de futebol. Obviamente que, como bom entendedor, é assíduo leitor do Futepoca, um dos únicos espaços plurais da imprensa, pseudo-imprensa e proto-imprensa latino-americana na área esportiva. Assim, lendo post em que sua opção em usar o time B pra C era algo equivocado, resolveu dar o braço a torcer.

Claro que ele não vai admitir isso e nem nós ficaremos chateados. Mas Luxemburgo, ao contrário dos outros dois primeiros jogos do Santos em que usou jogadores que nem no banco sentam, entrou com alguns titulares. E, como falado, aqui, usou a espinha dorsal do time. No primeiro tempo contra o Furacão na Arena, anulou o ataque paranaense, surpreendendo a equipe de Vadão e fazendo a marcação no campo adversário. Eram praticamente três atacantes, Marcos Aurélio e Jonas pelas pontas, com Rodrigo Tabata vindo de trás, fazendo a dupla função de marcação no meio quando o time era acuado e de ponta de lança quando o Peixe ia para o ataque.

Assim, o Santos meteu duas bolas na trave e fez seu gol. O Atlético pouco chegava e, apesar do relativo domínio na posse de bola, não criava oportunidades reais. Na segunda etapa, Luxemburgo optou pelo famoso "cozinhar o galo", recuando mais a equipe e esperando o contra-ataque. Tomou pressão, mas soube segurar o resultado. Três pontos importantes, ainda mais sabendo que serão poucos aqueles que vão tirar pontos do time paranaense na Arena.

*****

Marcos Aurélio foi sacado no intervalo da partida, perdeu dois gols feitos e estava claramente nervoso com a torcida o vaiando o tempo todo, por conta de sua saída conturbada do Atlético. Vaiar ex-jogadores é algo normal, embora alguns sejam reconhecidos mesmo quando atuam em outros times, como ocorreu com Edmundo, quando jogava no Figueirense, no Parque Antarctica, e com Marcelinho Carioca, do Brasiliense, no Pacaembu.

Mas é curioso ver que as vaias contra um atleta, como foi o caso de Marcos Aurélio, servem não para “apoiar” a equipe, mas acobertam trapalhadas – ou coisa pior - de uma diretoria que só pensa em sugar e ganhar em cima de alguém. No clube paranaense, por que a torcida não cobra a eminência parda Mário Celso Petraglia, aquele mesmo envolvido no escândalo Ivens Mendes (1997) - como Alberto, o capo, Dualib – que, se fosse em qualquer outro país do mundo (tá bom, tá bom, qualquer país razoavelmente sério), estariam não somente fora do esporte bretão como teriam levado suas equipes à segunda divisão. Não é por acaso que o furacão perdeu também Aloísio e Dagoberto. Culpa dos “mercenários” que entram em campo ou dos “beneméritos” que dirigem os clubes?

Adiós La Paz

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Eu não sabia nem que ia ter o 57º Congresso da Fifa. Quando vi, já tinha acabado. Também não pensava que de um evento desse sairia alguma decisão importante, mas aconteceu.

A FIFA decidiu que estão proibidos jogos internacionais em altitudes acima de 2,5 mil metros de altitude. O texto menciona um "no futuro", ou seja, não há precisão de quando isso começa a valer. Segue o texto original:


"Por razones médicas y para proteger la salud de los jugadores, el Ejecutivo resolvió que, en el futuro, no se deberá disputar partidos internacionales a una altura superior a los 2,500 m.s.n.m"

Time de La Paz e Quito vão ficar injuriados. Será que agora times da Bolívia e do Equador continuarão a ter chances na Libertadores? E as seleções, vão evitar vexames em Eliminatórias? E o Flamengo, vai parar de reclamar?

O documento cita ainda a confiança absoluta da FIFA em relação aos dirigentes da África do Sul no que toca à Copa de 2010. Então tá!

O link para o texto completo está aqui.

Barueri vence na primeira partida da Arena

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Site oficial do Grêmio Barueri

Na primeira partida do ultra-moderno e pretenso estádio candidato a ser uma das sedes da também pretensa Copa do Mundo de 2014 por aqui, o Barueri ganhou de virada do Criciúma por 2 a 1. O Tigre catarinense bem que tentou estragar a festa preparada pelo prefeito Rubens Furlan (PMDB) para as mais de 12 mil pessoas presentes na partida com Sílvio Criciúma (ex-Portuguesa e Portuguesa Santista) aos 13 do primeiro tempo, mas Pedrão (sempre ele) empatou aos 27. Na segunda etapa, a vitória veio aos 18 com Assis, de pênalti.

O Arena Barueri (que mania de chamar qualquer estádio novo de "arena") já foi motivo de post nesse blog. Hoje, o local tem capacidade para abrigar 20 mil pessoas, mas, quando estiver totalmente concluído em 2008, poderá receber 40 mil. A intenção dos beneméritos construtores do Arena é que até 2010 o estacionamento e o acesso também estejam finalizados. O custo total da obra, feita pela OAS, será de R$ 70 milhões bancados pela administração municipal.

Como várias outras cidades, o município da região oeste da grande São Paulo usa o ISS no valor mínimo para atrair empresas, algumas reais outras nem tanto, e com isso consegue uma boa arrecadação, ainda mais se comparada às vizinhas Carapicuíba e Itapevi, por exemplo. A oposição acusa o prefeito de querer fazer uso político do dito estádio e também do time, que está no futebol profissional há apenas seis anos. Difícil não acreditar que tenham sua dose de razão.

*****
Na ponta, dois paulistas. A Ponte venceu o Fortaleza em Campinas por 2 a 0 e o Marília fez a lição de casa ao superar o Avaí por 4 a 3. Os dois têm sete pontos e são os únicos invictos. Já na parte de baixo, três bandeirantes estão em situação complicada. O Ituano ainda não marcou pontos, o Paulista conseguiu somente um empate e o Santo André tem uma vitória e ocupa a antepenúltima colocação. De um jeito ou de outro, pode ser que haja menos times do estado na Série B de 2008.

A poeta Ana Paula pede respeito

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, A versão alternativa para o título do post seria: "Dia da caça: roubaram a Ana Paula", mas seria muito maldoso, comportamento não empregado no Futepoca em estado sóbrio.

Em tocante declaração oficial, a árbitra Ana Paula de Oliveira diz estar "muito triste pela repercussão deste acontecimento" e ainda saber que tomou "as decisões corretas!" (exclamação dela). Critica o preconceito e o machismo com que foi tratada, mas garante que vai cumprir a punição da melhor maneira possível, quem sabe até buscando aprender alguma coisa. Afirma -se cofiante quanto à própria competência. E segue, em tópicos:

Desculpa à imprensa:
Peço desculpa a toda imprensa por não poder atender de forma formal (sic), como sempre faço, devido um incidente ocorrido na Bahia (BA).

Incidente:
Sofri um assalto na madrugada do dia 25/05/2007 e fiquei sem comunicação alguma, tendo em vista que os assaltantes levaram todos meus pertences.
Para terminar, a musa da arbitragem que teria dito à Playboy (não vi nada, fui informado pelos veículos de imprensa) que uniforme de bandeirinha teria virado fantasia sexual e que pretende um dia apitar uma Copa do Mundo, publica A Mulher como centro de universalização poética, poema de Emanoel Ferreira da Silva, o "Manollo Ferreira", de Juazeiro da Bahia, um desses que circula por e-mail de autoria incerta.


Divulgação PlayboyCalma, ela é só entrevistada. Não
me perguntem a capa, porque
não sei. O que diria eu lá em casa?


Seria hora de desculpá-la antes que ela decida assumir sua verve literária?

E se só o Dualib sair?

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Num daqueles jogos em que o goleiro é o melhor em campo, Corinthians e Atlético Mineiro empataram sem gols no Morumbi, no sábado, 26. Dedicação e correria foi o que viram os mais de 21 mil torcedores presentes ao primeiro empate sem gols do Brasileiro de 2007. O time do Parque São Jorge assumiu a liderança isolada, conquista que vale por menos de 24h, já que cai por terra ao se completar o restante da rodada.

O empate ocorreu no dia seguinte à manifestação Fora Dualib que não foi coberta nem acompanhada pelo corintiano do Futepoca, um relapso. Segundo a página oficial do movimento, tinha torcedor pedindo a saída do presidente com camisetas durante o jogo da terceira rodada do Brasileirão (foto).

O que deixa a todos mais tranquilos é que Marlene Matheus, viúva do ex-presidente Vicente Matheus, foi a primeira entrevistada e principal fonte da matéria do Estado de S.Paulo (só para assinantes) sobre a campanha. Embora não seja mentora da iniciativa, conseguiu atrair holofotes. Agora vai?

China e Estados Unidos: disputa na bolsa, na OMC e na ração de animais

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No dia em que o Pentágono divulgou que o teste do polêmico escudo antimíssil a partir de projétil disparado do Alasca falhou, o mesmo órgão publicou relatório anual sobre o poderio bélico da China. Enquanto o orçamento de US$ 310 milhões requisitados pelo programa correm riscos no Congresso, o terceiro alvo dos aviões de 11 de setembro de 2001 diz que o país do presidente Hu Jintao teria mísseis intercontinentais capazes de atravessar o Oceano Pacífico e outros para abater sistemas de defesa antimísseis.

Toda essa movimentação da sede do poder bélico-militar dos Estados Unidos ocorre em uma semana em que fatos curiosos entre os dois países passaram desligados ainda a espera de uma teoria de conspiração de botequim (literalmente) que desse "sentido" ao conjunto.

Divulgação
Na quarta-feira, as bolsas do mundo, especialmente asiáticas, caíram por um motivo um pouco menos surreal do que o que vem pela frente no texto, uma fala do "mago" Alan Greenspan. Dono do apelido mesmo sem ser o Valdívia, o ex-presidente do Federal Reserve dos Estados Unidos, responsável pelas tarefas que, no Brasil, ficam à cargo do Banco Central, disse que os mercados de capitais na China estavam à beira de uma "correção acentuada".

Ele fez algumas contas (sempre usando o modelo das laranjas, para facilitar, segundo fontes) e disse que as ações de empresas chinesas estavam sobrevalorizadas. O companheiro mercado que não é bobo, também sabia disso, segundo se dizia à boca pequena, mas esperava alguém mais sério vaticinar com todas as letras. Tudo para não parecer um ataque especulativo gratuito de um bando de gente que só sabe ganhar dinheiro. Aproveitaram um fato qualquer – não tão qualquer, porque o Greenspan em breve será o guru inspirador de alguma seita religiosa – para realizar a profecia a marra e realizaram o lucro acumulado nos últimos meses.

Segundo os mercadólogos, esse tipo de coisa acontece ciclicamente depois de períodos de forte alta. Até aí, nenhum ataque especulativo para demolir mercados.

Dois dias antes, foram divulgadas novas acusações de que pelo menos quatro mil cães e gatos morreram nos Estados Unidos contaminados com ração que usava suplementos chineses. A questão estaria em substâncias adicionadas ao gluten de arroz usado na ração. Uma violência contra uma das bases do American Way of Life. As novas acusações investigadas por autoridades chinesas é de que "duas empresas de sua região litorânea exportaram pasta de dentes contaminada, incluindo versões do produto para crianças. Problemas teriam sido registrados em países da América Latina."

Enquanto isso, na Organização Mundial do Comércio (OMC), os Estados Unidos brigam para retaliar a China por conta das violações de patentes no país. O Brasil deve participar como terceira parte no painel (comitê de investigação) instalado a pedidos do governo de George W. Bush.

A ração seria, assim, uma vingança diante da pressão política e econômica instalada de uma disputa crescente que deve levar ou a um conflito militar generalizado ou a nada.

Claro que o citado palco boteco é mais do que suficiente para explicar que a coisa tem todo fundamento do mundo. E também para justificar o fato de incluir três coisas desconexas que, embriagado, não me lembrei de comentar nos dias em que aconteceu.