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Destaques
quarta-feira, dezembro 23, 2015
A ciência que interessa: champanhe previne alzheimer
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sexta-feira, março 26, 2010
Fala, FHC, que eu te escuto
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- Nós temos que pensar: qual Brasil vamos inventar? Está faltando neurônio. O Brasil será grande no mundo quando fornecer conhecimento. No conjunto desses desafios, que são grandes, o importante na universidade, além de produzir modelos culturais, é começar a discutir o futuro, disse o "iluminado" político do PSDB, na quarta-feira (24/03), durante a palestra "Ensino Superior como área crítica e estratégica para o Futuro do Brasil", na Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM).
Essa conversa de neurônio me lembra a análise de um reitor baiano sobre o berimbau. Mas FHC não foi convocado a dar pitaco sobre o ensino brasileiro de graça. Para quem não sabe, há uma greve de professores em São Paulo, território do (des)governador e pré-candidato à presidente da República José Erra, digo, Serra. E FHC aproveitou o assunto para defender a famigerada meritocracia tucana, pois em São Paulo, em vez de Serra dar aumento de salário, escolhe os professores mais "bonzinhos" e "comportadinhos" para "merecer" um troquinho a mais.
- Hoje se tem uma greve em São Paulo em parte contra isso. Até hoje não se aceita que haja incentivo pecuniário para quem for melhor. Não acredito que a meritocracia possa substituir a democracia, mas acho que é preciso prestar atenção, pois ela pode significar um grande desafio: além de ter uma força econômica, baseia suas grandes decisões num sistema de mérito, defendeu FHC.
Palmas para o "iluminado" que ele merece! E o Futepoca aproveita para lançar aqui, a partir desse post, uma campanha que mobilizará a nação:
FALA MAIS, FHC!
sexta-feira, março 19, 2010
PSDB já fez Ciro 'encher a cara'
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Falando sobre o período em que rompeu com o PSDB e foi para a universidade de Harvard, nos Estados Unidos, o deputado federal Ciro Gomes (PSB) revelou: "Enchia a cara de saquê, ouvindo Marisa Monte".
A declaração foi feita ontem, em debate do evento "Roda Viva" da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, no Centro Acadêmico XI de Agosto.
quarta-feira, novembro 18, 2009
A cerveja na faculdade e a hipocrisia
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Estou aqui em Londres fazendo um mestrado em Planejamento Urbano na London School of Economics. Antes disso, entre 2001 e 2006, estudei jornalismo na USP. Nas duas faculdades, como é evidente, a busca por uma cerveja pós-aula é imediata, praticamente universal.
Só que enquanto na USP a gente contava com as cervejadas organizadas pelo Centro Acadêmico e pela Atlética uma vez por semana - nao-autorizadas mas toleradas pela direção da unidade, a ECA - e pela venda ilegal de mé na lanchonete (a latinha vinha escondida num saquinho de papel), na LSE as coisas são um tantinho mais fáceis.
Basta sair do prédio e escolher entre o The Three Tuns, bar que financia o CA daqui, ou o George IV, pub que faz parte da lista oficial de lanchonetes e restaurantes da Universidade. Sim, a LSE tem um pub oficial e, olha só, lá os alunos podem tomar cerveja! Isso num país em que o controle à venda de álcool é coisa muito séria. Um dia, eu, do alto dos meus 27 anos, fui comprar whisky pra levar para o Brasil no mercado e não consegui, porque eu não estava com nenhum documento que comprovasse que eu tinha mais de 21 (ódio mortal ao mercado, eternamente).
Por que o consumo de álcool nas universidades - pelo menos em São Paulo, não sei como funciona em outros lugares - não pode ser tratado de maneira um pouquinho mais adulta? Por que quando queríamos organizar festas en USP, coisa que nunca deixamos de fazer, tínhamos que ouvir argumentos do tipo "universidade não é lugar de cerveja".
Sim, universidade é lugar de cerveja. É onde muitos adolescentes se educam para o álcool. Aprendem, num ambiente amigável e familiar (menos na Uniban), quais são os limites para a manguaça, se acostumam ao papel socializador do mé e ainda podem desenvolver suas idéias com mais, digamos assim, liberdade.
Tem como incluir no Manguaça Cidadão o direito sagrado à cerveja depois da aula?
sábado, março 07, 2009
O repelente que o Brasil precisa
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Papo científico entre dois colegas de trabalho:
- Lá na universidade onde eu estudo, ouvi dizer que os professores do curso de Geologia costumam dar cachaça para os alunos quando todos vão para o meio do mato, nas aulas de campo.
- Cachaça para os alunos? Pra que isso?
- Eles dizem que funciona como repelente de mosquistos.
- Mas isso é uma bobagem, não tem o menor fundamento.
- Ah, claro que sim, todo mundo sabe que é desculpa pra beber. Mas, de qualquer jeito, tem uma finalidade prática: os estudantes devem ficar tão anestesiados que nem sentem as picadas.
- É verdade. E o mato fica cheio de mosquitos bêbados...
segunda-feira, setembro 08, 2008
Ditadura enquadrava filhos de pais alcoólatras
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O camarada Jesus Carlos, do blogue Fotografia, Cachaça & Política, me alertou para um texto publicado pelo portal Terra na quinta-feira, dia 4, sobre a perseguição dos militares brasileiros aos filhos de pais alcoólatras, nos tempos da ditadura. A matéria conta que, durante pesquisas em arquivos da Universidade Federal da Bahia (Ufba), o antropólogo e professor Roberto Albergaria encontrou um documento "confidencial" elaborado em 20 de dezembro de 1974 pela 2ª Seção (setor de inteligência) da 6ª Região Militar. Na época, o informe datilografado, com carimbos do Exército, foi destinado ao reitor da Ufba e da AESI (Assessoria Especial de Segurança e Informação), braço do SNI (Serviço Nacional de Informações) na universidade. Entre outros absurdos, o documento dizia:
Para preservar as Universidades, as Escolas de Estudos Superiores e de Pós-Graduação do iminente perigo do terrorismo marxista e impedir que esses Centros Culturais continuem sendo refúgios e permanente instrumento de delinquentes políticos e focos de propagação de ideologias deletéricas e escusas, recomendamos as normas seguintes:
1°) - Investigar os antecedentes pessoais e familiares dos alunos, notadamente no que concerne a registros penais, políticos e psiquiátricos em membros de seus ascendentes e afim;
2°) - investigar sobre alunos provenientes de lares desfeitos ou de pais alcoólatras, contraventores, desidiosos ou de classe social muito baixa;
E por aí vai. O autor do texto do Terra, Claudio Leal, traduz o surreal informe de maneira sarcástica: "Leitura ao rés-do-chão: o militante político era levado à luta armada pela desagregação familiar, as sagatibas do pai e a pindaíba". O que nos leva a imaginar que, naqueles tempos nefastos, até nos butecos tinha agente infiltrado para observar casos "suspeitos"...
sexta-feira, novembro 09, 2007
Leão e Pelé unidos na formatura
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quarta-feira, setembro 19, 2007
Cerveja faz mais bem a saúde até 15 dias depois de fabricada
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As substâncias benéficas à saúde contidas na cerveja só vão parar no copo até 15 dias depois da data de fabricação. A conclusão que deve nortear a vida dos ébrios de plantão é do mestrado da pesquisadora Priscila Becker Siqueira, engenheira de alimentos da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Em seis meses, a cerveja perde metade de seus compostos benéficos.
Foto: Jornal da Unicamp/Divulgação
O cerne do trabalho da pesquisadora eram as substâncias antioxidantes. Segundo o Jornal da Unicamp, a cada oito ou dez dias, Priscila colhia amostras e realizava cinco testes bioquímicos diferentes para verificar as mudanças decorrentes do envelhecimento.
Ao mesmo tempo, eram feitas as análises sensoriais para quantificação do aroma e sabor. Infelizmente, nenhum dos autores do Futepoca foi convidado, mas os resultados foram alarmantes. Quanto mais passa o tempo, mais aumenta o aroma e o sabor de papelão, o principal indicador sensorial do processo de oxidação da cerveja, e menor quantidade de compostos fenólicos na cerveja mais envelhecida. O prazo de validade médio da cerveja é de seis meses.
A cerveja, ao que consta, é antioxidante e tem compostos fenólicos, quer dizer, previne doenças cardiovasculares e tem atividade antiinflamatória.
quinta-feira, junho 21, 2007
Secretaria do Ensino Superior é ilegal
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do Última Instância
Magistrado diz que Secretaria de Ensino Superior é ilegal, mas nega liminar
Danielle Ribeiro
O desembargador Palma Bissom, do TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo), negou pedido de liminar da bancada do PT na Assembléia Legislativa de São Paulo contra os Decretos 51.460 e 51.460, de 2007, que criaram a Secretaria de Ensino Superior e a vinculou às universidades paulistas.
Ao tomar a decisão, Brissom reconheceu a inconstitucionalidade dos decretos, mas entendeu que o Decreto Declaratório 1/07, expedido posteriormente pelo governo do Estado, esvaziou a real utilidade da secretaria e, por isso, deixou de existir a urgência da liminar.
“Somente por lei da iniciativa do governador, portanto via Assembléia Legislativa, vale dizer, mediante obrigatória observação do processo legislativo, podem ser criadas e extintas Secretarias de Estado”, disse o desembargador.
Ação
Na Adin (ação direta de inconstitucionalidade), o PT alegou que a criação da secretaria violou a Constituição Estadual, “já que somente por lei, nunca por decreto, se poderia criá-la”. Ainda de acordo com o partido, a vinculação das universidades paulistas à secretaria fere o princípio da autonomia universitária.
Além disso, o PT afirma que, ao criar a Secretaria de Ensino Superior, o governo do Estado extinguiu a Secretaria de Turismo, ao contrário do que afirmavam os decretos, que tratavam de mera transformação de nomes. “Turismo nada tem a ver com ensino superior. Diferem uma coisa da outra como água do vinho, evidentemente”, diz o partido na Adin.
Para o desembargador, é evidente que as secretarias de Estado deverão ser criadas ou extintas somente por lei, o que configura a inconstitucionalidade dos decretos. No entanto, ele explica que o governo, “buscando reforçar a autonomia universitária” editou o Decreto Declaratório 1, de 30 de maio de 2007, que deu nova redação a vários dispositivos do Decreto 51.461 e retirou a possibilidade de intervenção nas universidades.
“Fico com a forte impressão de que o decreto declaratório em questão por assim dizer extrapolou o reforço a que se propôs, chegando mesma a esvaziar a real utilidade da Secretaria de Educação Superior e o perigo que a criação dela representava à autonomia universitária”, concluiu Palma Bissom, ao indeferir a liminar.
quinta-feira, maio 31, 2007
Serra cede a pressão de estudantes ou Aperta que ele confessa
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Curiosa essa história do Serra com as universidades. Aqui na frente de casa, no Butantã, vi a passeata que estudantes, funcionários e professores de diversas universidades (vi faixas da USP, Unicamp e Unesp) fizeram até o Palácio dos Bandeirantes.
No mesmo dia, Serra, anunciou uma modificação no texto dos decretos para, segundo ele, deixlos mais claros e eliminar a interpretação, incorreta, de que eles ameaçariam a autonomia universitária. Eu, particularmente, não li os decretos, e não tenho como avaliar as intenções do excelentíssimo governador (frisando que, em geral, discordo dele). Mas achei interessantes as abordagens da imprensa a respeito.
No Uol Educação, eu vi e mostrei para um amigo um texto cujo título era algo como “Após negociar com reitores, Serra 'edita' decreto”. Dessa forma, não seria um recuo de Serra, uma derrota imposta pelas manifestações de estudantes e funcionários, mas uma “edição” no sentido jornalístico de modificação sem alteração de sentido. Deixa claro também que se trata de um acordo com os reitores das universidades, com a intelligentsia, coisa de homens de bem. Não fruto da baderna feita por um bando de “depredadores de prédios públicos”, como denominou a revista Veja, citada pelo Centro de Mídia Independente.
Agora, o Uol Educação tem esse texto no ar, menos desequilibrado, com horário semelhante ao que eu tinha visto antes. O sempre citado Conversa Afiada, de Paulo Henrique Amorim, deu o seguinte título à matéria sobre o recuo de Serra: Estudantes ganham e Serra volta atrás. Eu fico com este.
PS: A matéria da Veja merece uma olhadela. Cito o abre, novamente tirado do CMI, e deixo os comentários para os leitores:
No caminho certo
O governador Serra enfrenta o atraso que ainda reina na USP
Camila Pereira
O obscurantismo abomina o conhecimento. A queima de livros durante a Inquisição, a depredação, no ano passado, de um centro de pesquisas da companhia Aracruz por uma horda de 2 000 militantes teleguiada pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Os exemplos atravessam eras e continentes. O obscurantismo pode tornar-se pior quando combinado com a praga do corporativismo. Foi o que ocorreu no último dia 3 na Universidade de São Paulo, a maior instituição de ensino superior e pesquisa do país. Um bando de 300 alunos invadiu o prédio da reitoria, depredou suas dependências e ocupou o gabinete da reitora Suely Vilela. Os manifestantes passaram a usar internet e telefone livremente para divulgar seu protesto, que, na última sexta-feira, já durava uma semana. Qual é a razão para tanto vandalismo? Entre reivindicações oportunistas, como a melhor conservação dos prédios da universidade, os depredadores de prédios públicos querem impedir que o governador José Serra exija mais transparência dos gastos das três universidades estaduais - além da USP, a Unesp e a Unicamp.