Destaques

sábado, setembro 26, 2009

Palmeiras sofre contra o Atlético-PR, mas mantém liderança

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Com um 2 a 1 apertado, o Palmeiras venceu o Atlético-PR no Palestra Itália. O zagueiro Danilo foi o nome do jogo, por ter dado o passe para um e feito o outro gol. No de empate, a bola desviou no cidadão.

Segundo consta, ele não poderia atuar na noite deste sábado por uma cláusula contratual inserida na transferência dele do rubronegro paranaense para o time paulistano. Uma multa de R$ 100 mil seria cobrada pelo descumprimento.

O lateral paraguaio Figueroa abriu o placar aos 42 do primeiro tempo, o zagueiro Chico empatou aos 17 do segundo. O camisa 23 fez o gol da vitória, sete minutos depois.



Robert, apagado contra o Cruzeiro, deu lugar a Obina. Figueroa jogou no lugar de Wendel machucado. Marcão foi para a vaga do suspenso Armero e Cleiton Xavier, punido com o terceiro amarelo no último jogo, deu lugar a Jumar. Edmilson, recuperado, voltou, mas Maurício Ramos foi substituído por contusão.

Seja pelos remendos, seja por ainda ter buracos esporádicos na defesa, Marcos, o Goleiro, teve trabalho, tanto na primeira quanto na segunda etapa. Os visitantes perderam pelo menos duas chances claras de virar a partida. O meia Marcinho foi bem, mas Paulo Baier ficou mais apagado.

O Palmeiras criou oportunidades, mas não mostrou futebol de líder de campeonato nem muito menos o de um campeão. Mas o episídio dos R$ 100 mil para escalar Danilo seguido de seu protagonismo na partida é sorte de time vencedor.

Isso significa que o time dorme com seis pontos de vantagem sobre o segundo colocado São Paulo, que pega o Corinthians neste domingo, 27.

Nota
Se não houve erros de arbitragem a serem comentadas nesta partida do Palmeiras, diferente do que ocorreu na última, o Cruzeiro venceu o Barueri com gol de Gilberto, impedido. Um erro (ou dois ou quatro) não justifica e muito menos compensa o outro. É só uma ironia. Ou, dependendo do grau da teoria da conspiração, prova inconteste de que a própria teoria está confirmada.

Muito sóbrio, Fernando Henrique não fumou e não gostou

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Vão me acusar de ser assinante da revista, mas isso não é importante.

Foto: Antonio Cruz/ABr
Fernando Henrique Cardoso vem defendendo o fim da guerra às drogas. A revista Veja da semana passada trouxe uma entrevista ("FHC sobre THC") toda dedicada à questão. Ele não tem um discurso articulado sobre o tema para responder, por exemplo, como ele defende a descriminalização do usuário mas não do comércio -- o que não necessariamente evitaria o tráfico.

Mas o ponto alto da entrevista é quando a jornalista Thaís Oyama pergunta:

Como o senhor lidou com o assunto na adolescência de seus filhos?
A adolescência deles foi bem diferente da minha. Na minha, não havia essas questões. Eu não fumei nem cigarro e só vim a tomar álcool depois de casado. Meu pai era militar, puritano, eu não tive experiência pessoal com isso...

Mas o senhor já declarou que fumou maconha uma vez em Nova York e não gostou.
Eu não fumei uma vez, eu senti o cheiro do cigarro uma vez em Nova York...

Não tragou.
Eu não sei tragar nem cigarro! Mas depois de falar isso quase me liquidaram, dizendo que eu era maconheiro. Eu sou muito sóbrio com essas coisas, não fumo cigarro, nunca vi cocaína na minha vida.

Então, está registrado. Se Bill Clinton fumou, tragou e não gostou, Barack Obama fumou mas não opinou, Fernando Henrique não fumou e não gostou. A história de que ele "fumou mas não tragou" foi desmentida pelo próprio.

E vale chamar a atenção para o fato de que Fernando Henrique precisou ir a Nova York para ser alvo de uma baforada de um baseado.

Comecei o texto escrevendo sobre o que não era importante e fiquei pensando agora se esse post é importante, embora o debate sobre o fracasso da guerra às drogas seja.

A entrevista toda foi dedicada à questão, mas quando questionado se seu posicionamento prejudicaria seu partido, o PSDB, ele avisou: "Mas eu não estou nessa eleição. Não sou candidato e não estou opinando como líder político. Estou falando como intelectual."

sexta-feira, setembro 25, 2009

Banda larga universal, redes abertas e experiências

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A manhã foi de conferências, a tarde de grupos de trabalho na 1ª Conferência de Comunicação para Cultura em Chã Grande (PE). O evento é parte da preparação para as conferências nacionais de Comunicação, em novembro deste ano, e de Cultura, em março de 2010.

Um dos pontos mais defendidos e repetidos é a universalização da banda larga, forma de assegurar o acesso a canais de distribuição de conteúdo e cultura digital.

Foi ainda apresentado o mapeamento de Pontos de Mídia Livre. com destaque para as seguintes iniciativas:

- TV Ovo - transmissão dentro do ônibus em Santa Maria (RS)
Conheça o blogue e o fotolog.

- Rede de Servidores Livres - ambiente de hospedagem e manutenção de iniciativas de mídia livre na web.
Conheça.

- Rádio Favela FM - Belo Horizonte, que é referência entre rádios comunitárias.
Conheça.

- Caravana Carbono Neutro - a WebTV voltada à região amazônica, com 24 horas de programação.
Conheça.

- Rádio Atitude, de Ceilândia (DF) - Jovens atendidos por Ponto de Cultura produzem programas informativos e musicais sobre temas da cidade satélite.
Conheça.

- Viva Favela - formação de produtores de conteúdo multimídia para a internet para jovens do subúrbio do Rio de Janeiro, buscando uma linguagem jornalística.
Conheça.

Tarde
Durante a tarde, grupos de trabalho se espalharam entre o solário e o campo de futebol do hotel Highlander. Circulamos por alguns grupos, mas como a discussão ocorreu na quinta-feira, 24, foi difícil tomar pé. Alguns grupos terminaram a discussão em uma hora e meia, outros gastaram quatro horas. No sábado, tem mais conferência de manhã e a sistematização das propostas acontece à tarde.

A internet sem fio do hotel funciona melhor ou pior dependendo da concorrência de notebooks disputando-a.

***
Em tempo, o hotel está sem cerveja. A Pitú preciso de limão para a função de digestivo pós-almoço. Como o campo de futebol está ocupado por tendas dedicadas aos grupos de trabalho e a piscina está coberta (também tá bem mais frio do que todo mundo imaginava), só resta a mesa de bilhar como atividade esportiva.

Futepoca acompanha Conferência Livre de Comunicação e Cultura

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O Futepoca participa, desta sexta a sábado, a 1ª Conferência Livre de Comunicação para Cultura em Chã Grande (PE), a 90 quilômetros de Recife (PE). Como Ponto de Mídia Livre, o blogue foi convidado a participar. Acompanhe a cobertura da Brunna pelo Twitter, na medida em que a conexão sem fio funcionar.

quinta-feira, setembro 24, 2009

Suada, vitória confirma rodada excelente para o Palmeiras

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Com 2 a 1 em pleno Mineirão contra o Cruzeiro permitiu ao Palmeiras se recuperar do tropeço na última rodada, quando perdeu para o Vitória no Barradão. São Paulo e Inter, segundo e terceiro colocados, tropeçaram no fim de semana, o que permitiu que o Palmeiras voltasse a abrir três pontos de vantagem.

Recusei a opção de chamar a rodada de perfeita para o Palmeiras por dois motivos. Primeiro, porque todos os pontos são importantes, e os fora de casa ainda mais. Assim, quando a disputa não é direta entre concorrentes ao caneco, os três pontos contra o Vitória valem tanto quanto os contra o Cruzeiro. Além disso, a mudança de horários dos jogos deixou a rodada manca. Que isso pode ter favorecido o time, é possível tanto afirmar quanto negar. Mas é muito ruim para o campeonato.







Os cruzeirenses reclamaram de pelo menos dois pênaltis não marcados pelo árbitro paranaense Evandro Rogério Roman. Um, sobre Kléber, na minha opinião foi um escorregão. Outro, sobre Fabrício, foi uma entrada acintosa de Jumar, erro craço da arbitragem. Um terceiro, que aparentemente não teve tanta reclamação, foi no fim do jogo, do estreante Figueroa.

Aliás, o ex-palmeirense Kléber, que foi centro de polêmica por participar de festa da torcida alviverde e declarar nutrir simpatia pelo clube, mostrou que seus cotovelos ainda são os mesmos. Ele acertou Wendel em um lance que, se não envolvesse o Kléber, talvez eu achasse que tivesse sido involuntário.

O Cruzeiro saiu na frente e levou a virada. Pressionou durante a maior parte do segundo tempo e não marcou pela atuação da defesa, de Marcos, o Goleiro que nesta partida não vacilou, a trave e a falta de pontaria dos mineiros.

Diego Souza, de falta, e Vagner Love, em contra-ataque mortal, foram os destaques do alviverde na frente. Cleiton Xavier mantém função vital de marcar, lançar atacantes – como no segundo gol – e bater faltas. Atrás, Souza esteve bem e Jumar mostrou que, por mais esforço que faça, é inferior ao contundido Edmílson. Do Pierre, todo torcedor continuará a sentir falta da eficiência no desarme.

Marcão bobeou no gol cruzeireinse de Thiago Ribeiro. Outras falhas bem menos graves foram remediadas pela cobertura e por um sistema defensivo fechado. Retranca mesmo, intensificada com a entrada de Maurício no lugar de Robert, deixando o time com um atacante mais Diego adiantado, Cleiton Xavier e três volantes no meio além de três zagueiros. Funcionou para evitar gols, mesmo depois da expulsão de Armero.

A raça apresentada anima. E o time já mostra que adquiriu uma característica de times montados por Muricy Ramalho no São Paulo. A produção ofensiva é, em geral, a mínima necessária. O time jogou como líder? Jogou como líder treinado por Muricy. Quando ganha, está ótimo.

quarta-feira, setembro 23, 2009

Assim como na ditadura chilena, estádio em Honduras foi convertido em prisão

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O estádio Chochi Sosa, em Tegucigalpa está sendo usado como prisão em Honduras. É o que denuncia os jornalistas, ativistas, blogueiros etc.

São fotos, reportagens, transmissão de rádio, tudo via internet, denunciando ao mundo o quanto, em pleno século XXI, a comunidade internacional é complacente com um golpe de estado.




Estádio Chochi Sosa, em Tegucigalpa, usado atualmente como prisão em Honduras. Outras imagens podem ser vistas aqui.



A última é que o estádio de beisebol na capital de Honduras está sendo utilizado como lugar de detenção dos partidários do presidente hondurenho Manuel Zelaya, atualmente abrigado e cercado dentro da embaixada brasileira em Honduras. Segundo o jornal argentino Página 12, a estimativa é que entre 150 e 200 pessoas estejam detidas lá. A mesma matéria faz o paralelo com o "curioso destino que tem este cenário na América Latina", e fala sobre a cerimonia de posse de Zelaya, em 27 de janeiro de 2006, no estádio nacional de futebol de Tegucigalpa. Já o estádio que atualmente está sendo usado como "prisão" era empregado para festivais musicais.

Outro exemplo ocorreu na ditadura chilena de Augusto Pinochet, que tinha, no estádio Nacional, prisão e centro de tortura. Aliás, vale a pena ler o post do companheiro Glauco, que narra a vitória do Santos sobre o Chile, enquanto no andar debaixo estava acontecendo sessões de torturas.

Ainda outro exemplo de uso dos estádios para a vergonhosa prática, foi o Cilindro de Montevidéu, um estádio de basquetebol que a ditadura uruguaia transformou em prisão.

Links interessantes para acompanhar e se solidarizar com a situação de Honduras
Habla Honduras
Blogueros y Corresponsales de la Revolución
Especial golpe de Estado em Honduras - Telesur
Agregador de notícias sobre #Honduras
Blogue Islamia

terça-feira, setembro 22, 2009

Seleção de candidatos a 2010 promete...

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Já não é novidade alguma jogadores e ex-jogadores se embrenharem na política brasileira para “ajudar os mais necessitados”. E a cada ano essa seleção de candidatos promete mais emoção.


O ex-jogador Dinei, candidato a vereador em 2008 pelo PDT-SP, tinha o slogan “Nunca vou te abandonar. Corintiano vota em corintiano. Fui!” Ah! E o gritinho ridículo “Auip!!!!”



Para 2010, a lista já começa a ficar longa, mas vale a escalação. O ex-jogador de futebol Edmundo, vulgo “O Animal”, está em vias de ser o futuro candidato a uma cadeira de deputado estadual pelo PP. Particularmente gostaria de ver seu temperamento, que lhe dá o apelido, em atuação no plenário. Já o presidente do Corinthians, Andrés Sanches, se filou ao PT de São Paulo, mas ainda não sabemos qual cargo pretende disputar nas eleições de 2010. O presidente afastado do Flamengo, Márcio Braga, também promete ser candidato ao Senado, segundo a coluna Painel da "Folha de São Paulo". Quanto ao político e ainda jogador, Túlio Maravilha, a ideia é sair candidato a governador de Goiás. Já ao atual técnico dos Santos, Vanderlei Luxemburgo, cogita ingressar na política, como senador por Tocantins.

E hoje Romário, de 43 anos, se filiou ao PSDB, ou melhor ao PSB. A gafe foi cometida pelo próprio Romário, que em entrevista na manhã desta terça-feira, 22, errou o nome do próprio partido.

“Pode acontecer de eu ser candidato, mas meu objetivo é ajudar as crianças e o esporte (...). Se conseguir ser eleito, poderia ajudar as pessoas carentes... para ter votos tenho que fazer projetos. Sou de falar e cumprir”, afirmou Romário. Ainda vale lembrar que, há oito anos, ele chegou a se filiar ao PP por influência do ex-presidente do Vasco e ex-deputado federal Eurico Miranda, mas não se candidatou a nenhum cargo político.

Ingressos nesta futura seleção, e não necessariamente jogadores, ainda constam o ex-boxeador Popó, que deve sair candidato a deputado federal pela Bahia nas eleições de 2010, o ex-baterista do Rappa Marcelo Yuka, que deve aderir ao PcdoB, a ex-prostituta e fundadora da Daspu, Gabriela Leite (PV), os ex-jogadores Müller, Marcelinho e Vampeta na disputa para a Câmara, os cantores Luiz Carlos, do grupo Raça Negra, e Teodoro, da dupla sertaneja Teodoro & Sampaio, e o ex-pugilista Adilson Maguila Rodrigue concorrerão a cadeiras na política brasileira, todos pelo PTB.

É 2010 promete....

Movimento compara antitabagismo a "eugenia"

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O Brasil adota políticas de combate ao fumo que ganham destaque internacional pelo rigor. As restrições à publicidade e as fotos no verso de maços de cigarro foram algumas delas. A onda mais recente é a das leis que proíbem o consumo de cigarro e afins em lugares fechados (ou quase fechados), modalidade inaugurada por Rondônia em outubro e que avança depois do destaque de mídia conquistado pelo governo de São Paulo por adotar a medida.

Diante do que consideram ser uma caçada comparável a práticas nazistas, grupos de fumantes se organizam na internet para se defender. Trata-se, em sua visão, de políticas contra quem fuma, e não contra o cigarro. Um deles é o Fumantes Unidos, no ar desde 2008, criado por Fabrício Rocha.

O braziliense é jornalista e publicitário e apresenta o programa Participação Polular na TV Câmara. Em entrevista por telefone ao Futepoca, ele explica os objetivos do site e do grupo, que é o reconhecimento ao direito de escolha do cidadão.

"Os fumantes sabem dos riscos que correm, não há falta de informação atualmente", sustenta. "As pessoas fumam porque veem vantagens em fumar, é uma escolha", resume.

Ele lamenta a forma como são combatidos comportamentos fora do modelo "máquina de trabalho e consumo" que se assemelha "com a busca pela raça ariana na Alemanha nazista", para usar termos do manifesto do grupo.

Em sua visão, os obesos também são alvo desse tipo de campanha, conforme alerta a Organização Internacional do Trabalho (OIT). No site, há uma seção dedicada exclusivamente à "arte de fumar".

A postura é polêmica e o site mantém até um "Leia antes de criticar", para antecipar respostas a críticas.

Confira os principais trechos da entrevista.

Futepoca – Qual foi a origem do Fumantes Unidos?
É uma organização informal, não uma ONG com estrutura jurídica. Em 2007, eu tinha participado de uma audiência pública da Anvisa sobre a criação de fumódromos. Fui o único a apresentar contraproposta, que se tornou parte de um dossiê que encaminhei a diferentes políticos. Nesse material, estavam apresentados contra-argumentos a ONGs e projetos antitabagistas.
Esse levantamento inspirou a criar o site, a exemplo do que acontece em alguns lugares do mundo. Aos poucos, ele ganhou visibilidade das pessoas, da mídia, rendeu convite para um debate na MTV.

Futepoca – Quantos colaboradores a página possui?
Há um grupo de colaboradores mais ou menos regulares. São em torno de 40 os que já produziram artigos e notícias. Não estou contando comentários de apoio. Recebemos muitas mensagens de apoio e de protesto de todo o país mas, ultimamente, a maioria vem de São Paulo. Se bem que agora tem outros estados que também aprovaram leis, tentando pegar carona na mídia que o (José) Serra teve com a lei.


Futepoca – A rigor, a rigor, o primeiro estado a aplicá-la foi Rondônia.
Os outros estados viram que o tema dá mídia e querem isso também.

Futepoca – No manifesto do movimento, há uma comparação forte do antitabagismo com o Nazismo e a eugenia de forma mais ampla, que vai além da questão do fumo e inclui a apresentação e outros hábitos. Não é exagerada a comparação?
No governo Nazista, Hitler era um antitabagista declarado. O regime fez várias campanhas que apresentavam o fumante como um fraco, inferior assim como os judeus. A intenção era afirmar a superioridade ariana apontando outros grupos e pessoas como inferiores. E havia o contexto de guerra, já que Roosevelt, Churchil – fumante inveterado que sempre aparecia com o charuto na boca – e Stálin eram todos fumantes.
Atualmente o preconceito é mais velado, de certo modo, mas há uma demonização e ridicularização dos fumantes. Aliás, a primeira coisa que se faz em uma ação como essa é chamar o "alvo" de doentes. Até pouco tempo, os homossexuais eram vistos como doentes. O mesmo ocorre com os obesos. Agora a OMS quer considerar os fumantes como doentes, viciados, descontrolados mesmo. São esteriótipos construídos de forma parecida com os dos nazistas.

Futepoca – Por quê?
Os fumantes sabem dos riscos que correm, não há falta de informação atualmente. As pessoas fumam porque veem vantagens em fumar, é uma escolha.

Futepoca – E qual à consequência disso?
O que é preocupante da eugenia é que o mundo vai ficando muito chato. Proibimos tudo. Parece haver uma busca para se criar restrição, suprimir prazeres às pessoas, tirar o livre arbítrio de se avaliar o que é bom ou ruim. Com isso se cometem absurdos legislativos como a lei seca, que fere o princípio da desproporcionalidade ao taxar como criminoso um pai de família que bebe uma batida de limão para acompanhar a feijoada no sábado. Não foi a lei seca que diminuiu os acidentes de trânsito, mas a mídia fazendo alarmismo. E a obesidade é a próxima bola da vez.

Futepoca – Qualquer pessoa que se oponha a projetos antitabagistas é logo acusado de ser financiado pela indústria do fumo. Como você se relaciona com essas críticas? Antes: o site é financiado pela indústria tabagista?
Fiquei surpreso recentemente quando fiz uma pesquisa com o nome do site no Google e encontrei um documento da Aliança de Controle do Tabagismo (ACTBR). Parecia uma coisa de órgãos como a CIA, sobre como falar com fumantes, o que é falado no mundo contra as campanhas de combate ao cigarro. Na parte em que falava do Brasil, citou o site e reconheceu que "não havia qualquer evidência disso". Já ocorreu de sermos procurados, mas não aceitamos apoio em dinheiro, para poder manter independência editorial.

Futepoca – Por que o site mantém uma seção com links para quem quer parar de fumar?
O propósito do site é atender a fumantes. Com o combate que se faz aos fumantes, em vez de se combater o cigarro, com quem ele vai se congregar? Que serviço existe? O fumante assume o risco abertamente, mas ele pode querer parar. O FumantesUnidos busca oferecer apoio se essa for a opção consciente, mas com certeza há outras fontes mais bem preparadas para isso. É inerente à pessoa escolher, não se pode impor, é até ilegal.
E temos ainda a preocupação de dar informações de saúde, porque é recomendável que a pessoa adote mais cuidados do que outras pessoas, porque ela está mais exposta. As doenças atribuídas ao fumo são, na verdade, causados pelo acúmulo de fatores, como poluição, hábitos, genética. É um dos fatores que pode levar a doenças, mas há outros sobre os quais não se fala. O mais comum é se atribuir milhões de mortes só a um fator.

Futepoca – O site é mantido por um certo ativismo. Isso já lhe trouxe algum problema no trabalho ou na vida pessoal?
Uma vez, no último mês, o tema do programa era a lei antitabagista de São Paulo. Como apresentador, eu não poderia participar, porque são pessoas com quem debate constantemente. Eu poderia adotar uma postura de "pôr lenha na fogueira" e usar o debate para favorecer uma das posições, mas por uma questão ética eu disse à TV que não poderia participar. O pessoal da produção entendeu bem, ficou satisfeito com a postura e não houve problema.

segunda-feira, setembro 21, 2009

Covardia são-paulina tira gostinho de liderança

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Por Moriti Neto

Após um primeiro tempo meia boca e um segundo horrível, o Tricolor do Morumbi, na tarde de domingo, no estádio Santa Cruz, em Ribeirão Preto, se absteve de jogar e parecia acomodado com o placar mínimo conquistado no começo da partida contra o Santo André. Enfim, voltou do interior paulista com um resultado frustrante: 1 a 1.

O jogo

Nos 45 minutos inciais, o São Paulo foi melhorzinho que o adversário e fez 1 a 0, com Jean, aos 8min. Em contra-ataques, teve duas chances de ampliar, ambas com Dagoberto. Já o Ramalhão, conseguiu somente uma oportunidade, em falta cobrada por Marcelinho Carioca. Ah, sim. Logo no início do jogo, Miranda deu um carrinho dentro da área são-paulina, tocou na bola e em seguida atingiu o veterano volante Fernando, gerando o lance polêmico da peleja. Pênalti? Eu não marcaria.

No segundo tempo, a partida foi medonha. Ricardo Gomes teve que substituir Richarlysson, machucado. Zé Luís entrou para compor a meia cancha e o São Paulo perdeu espaço. Borges também saiu e Washington adentrou o campo para fazer o velha troca do “seis por meia dúzia”, ou seja, a inoperância pela ineficiência. E, aos 27, Pablo Escobar fez o gol da equipe do ABC, que ocorreu nem tanto por mérito, mas porque o Tricolor pediu para tomar o empate de um time fraco, que luta para não ser rebaixado e que não jogava sequer em seu campo, aliás, como era de se esperar, a maioria esmagadora do público presente ao estádio foi são-paulina.

Marlos chegou a entrar para tentar dar velocidade ao ataque, mas os atletas tricolores não tiraram nem mesmo um grito de “uuuuu” dos torcedores. Total falta de criatividade e ousadia. Resumindo: com todas as condições de assumir a liderança provisória do Brasileirão, o time foi covarde, ficou longe de uma atuação de campeão e saiu de campo depois de um empate ridículo contra um adversário igualmente ridículo e de quem não conseguiu ganhar neste ano (foram dois empates e uma derrota).

No “Gangorrão 2009”, a coisa só não decepcionou mais porque o Inter perdeu do Vitória no sábado e o Palmeiras, que também não está jogando com exuberância, pega o Cruzeiro, na próxima quarta, em Belo Horizonte, numa partida que deve ser dura para o Alviverde.

Moriti Neto é torcedor do São Paulo e escreve sobre o Tricolor Paulista no Futepoca. Qualquer são-paulinismo exacerbado não é de responsabilidade de quem publica, hehe...

Medonho

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É fácil definir o jogo que Santos e Botafogo fizeram ontem na Vila.



Vila vazia (menos de 7 mil pagantes), um time na zona do rebaixamento e outro que só não está lá porque tem gente mais disposta a isso, futebol fraco, todos esses elementos estiveram presentes no duelo de ontem.

Eu até diria mais: Santos e Botafogo tiveram a proeza de fazer os dois piores jogos desse Campeonato Brasileiro. Ao menos os dois piores que assisti. O da ida (que acabou 2x0 para os cariocas) foi até mais medíocre que o de ontem. Mas ambos merecem todas as reprovações possíveis.

Como destaques de ontem, posso citar o goleiro Felipe e o lateral-esquerdo Léo. Fabão meteu uma bola na trave que certamente o renderá alguns minutos de entrevista nos programas esportivos; espero que nestes perguntem para ele sobre as três ou quatro bolas que ele entregou ao ataque botafoguense - que só não foram convertidas em gol por um misto de incompetência dos adversários e méritos do bom Felipe.

Falando no goleiro, foi estranho, bem estranho, ver Sérgio com a camisa do Santos, fazendo aquecimento atrás do banco de reservas. Repito: é a contratação mais inexplicável da história do Peixe.

Terminamos a rodada em 12º lugar - é a última posição que dá vaga à Copa Sul-Americana. Estamos com 36 pontos, 11 acima da zona do rebaixamento. Aliás, a queda não chega a ser um temor; considero que Fluminense e Santo André já estão 'caídos' e que as outras duas vagas ficarão com dois entre o trio Náutico, Sport e Botafogo. O que me faz pensar que 2009 não trará nem aquele gostinho de escapar do rebaixamento no final.

Rodada incompleta

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Mesmo não sendo a primeira vez, não consigo me acostumar à canetada da Globo que passa uma das partidas da rodada para a quarta-feira seguinte só para ter um jogo para exibir para São Paulo. Dezoito times jogam no final de semana e dois aguardam a programação da "onipotente". Sem contar que muda os horários das partidas a hora que quer.


Por exemplo, Atlético e Santos, no próximo domingo, estava marcado para as 16h, com ingressos já sendo vendidos. Por conta dos interesses da emissora, para transmitir no SporTV, passou para as 18h30. Os clubes assinaram contrato dando esse poder à emissora, é verdade. Mas que enche, enche.

Nesta rodada, então, que a maioria dos líderes derrapou, o Palmeiras pôde assistir a tudo de camarote. Com os resultados na mão, tem motivação extra para ganhar do Cruzeiro e abrir pontos para São Paulo, Inter, Goiás e Galo. Se vai conseguir, não sei, mas que é incentivo extra é.

Náutico e Galo
Nunca vi um time perder tantas oportunidades de se aproximar dos líderes como o Galo este ano. Pegou um Náutico desfalcado, desesperado pelo rebaixamento, com o "gênio" Geninho no banco e mesmo assim não saiu do 0 a 0. Teve até mais chances, mas não soube fazer gols. E aqui continua a pergunta, o que está acontecendo com Tardelli, lento e perdendo jogadas que antes não perdia?

Roth também tem sua parcela grande de culpa. No segundo tempo, com o empate, tirou um atacante, Rentería, e pôs um meia, Renan Oliveira. Depois tirou Tardelli para colocar Éder Luís. em nenhum momento pôs em campo a dupla que, junta, já fez 21 gols no Brasileirão. Vai entender...

De bom, a estreia do goleiro Carini. Confundiu-se um pouco com a zaga no início da partida, mas depois deu tranquilidade à defesa, principalmente nas bolas cruzadas. Como goleiro é que nem juiz, não se pode elogiar nunca, vamos ver as próximas partidas. Aliás, com a provável estreia de Ricardinho e a volta de Márcio Araújo, O Galo estará praticamente com força total para encarar o Peixe. É a hora de ver se esse time melhorou mesmo e se tem chances de disputar algo ainda em 2009.

domingo, setembro 20, 2009

Matadouro de esperanças

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O Corinthians, hoje, cria e mata esperanças com a copiosidade e a determinação que uma granja alimenta e mata seus frangos. A escala é industrial e a o ritmo é desconcertante. Já tive minhas esperanças depois da vitória na Copa do Brasil, perdi-as completamente depois do desmanche, ressuscitei algumas do cinzeiro e, agora, depois que tomamos mais uma goleada na orelha, fica difícil continuar a acreditar em alguma coisa. Comentei uma vez que não sei torcer em campeonato de pontos corridos, que pede frieza e regularidade em vez de autossuperação e explosão. Mas o Corinthians, do jeito que oscila, deixa o torcedor completamente desnorteado, que nem aqueles pintos de granja industrial que vão seguindo pela esteira rolante, sem fazer a menor ideia do que está acontecendo com eles. Fica difícil situar o coração em meio a tanta mudança.

Hoje, pode-se afirmar com tranquilidade, pra dizer o mínimo, que tomar de 4 a 1 pro Goiás em casa é algo que não cabe ao perfil de um campeão. Isso já estava claro, mas como o Timão vai fazer 80% do campeonato com metade do time na enfermaria, e tendo passado 90% do tempo sem um time definido, se isso deveria provocar a certeza da impossibilidade de vencer, também deixa uma pulga atrás da orelha, ainda mais quando os adversários tropeçam: afinal, se juntar todos os jogadores que supostamente formam o elenco até que o time não está tão mal assim. Mas isso é pura virtualidade, pois os jogadores nunca voltam todos.



Mano Menezes admitiu erro tático como a principal causa da derrota. Ele está é muito tranquilo com a tal vaga garantida na Libertadores do ano que vem. Eu de minha parte acho que, sem deixar de planejar os campeonatos seguintes, é preciso jogar pra ganhar o campeonato que se está no momento. Usar um campeonato como preparação pra outro é complicado, pois é como se o próprio não tivesse qualquer valor. Como se o Brasileiro só interessasse para se chegar à Libertadores... Se perder no ano que vem, o fiasco será ainda maior.