Compartilhe no Facebook
No comentário de um post aqui do Futepoca eu já tinha falado sobre a recuperação de um documento de 1952, na Prefeitura de São Paulo, que revela as condições para a doação do terreno onde está o estádio do Morumbi: o São Paulo Futebol Clube deveria utilizar no máximo três quartos do terreno para suas atividades esportivas, e no restante, como contrapartida, teria que construir um parque infantil (com entrada franca) e um estacionamento com 25 mil metros quadrados. Nada foi cumprido e, pior, o local foi ocupado por um clube social particular que sempre gerou dividendos.
Nada disso viria à tona, depois de 58 anos, se o São Paulo não tivesse metido o Morumbi na disputa (fracassada) por um ou mais jogos da Copa de 2014. Quando a diretoria começou a cobrar mais empenho das esferas públicas para sua (frustrada) reivindicação, alguém desencavou esse documento para provar que, para o seu bem, o clube deveria era ficar de bico calado - pois não cumpriu seu compromisso com a Prefeitura de São Paulo. Agora é tarde. Leio hoje, na coluna "De prima", do jornal Lance!:
Contrapartida - O Ministério Público de São Paulo deu até 15 de outubro para o São Paulo se explicar sobre exigências não cumpridas no terreno do Morumbi. Segundo a Associação dos Moradores da Vila Inah, ao receber o terreno, o clube se obrigou a construir, em parte da área, um parque infantil com acesso livre ao público e um estacionamento.
E agora, Juvenal? Primeiro, arrumou briga com Corinthians e Palmeiras, que não mandam mais seus jogos no Morumbi, uma sensível perda de receita. Depois, inventou a dispendiosa e irreversível reforma do estádio, crente que ia abrigar um jogo da Copa de 2014, mas deu com os burros n'água. Agora, vai ter que explicar o inexplicável. Vamos bem, presidente, muito bem...