Mostrando postagens com marcador projetos. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador projetos. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Ajude o Projeto Baú das Letras

Ajude o Projeto Baú das Letras



O Projeto Baú das Letras visa incentivar à leitura, e para isso levará um baú contendo livros de histórias e gibis para os bairros da cidade de Taubaté-SP.

Os livros e gibis serão disponibilizados para a leitura, ademais monitores farão contação de histórias.

Maiores informações no e-mail: projeto_baudaslestras@yahoo.com.br

http://projetobaudasletras.blogspot.com/







sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

A leitura subindo as vielas

Matéria publicada em Setembro 2011


Uma experiência no fomento à leitura

POR Grupo Fiandeiras 

Com mochilas nas costas, recheadas de livros de literatura, o grupo Fiandeiras – composto por sete moradores da comunidade do Real Parque que se reúnem aos finais se semana para fazer mediações de leituras e ouvir histórias de outros moradores – percorre becos e vielas das comunidades do Real Parque e Jardim Panorama, na zona sudoeste da cidade de São Paulo.

Por acreditar que as comunidade do Brasil são ricas em sua diversidade cultural, abrangendo uma multiplicidade de sotaques, ritmos, comidas e danças, o grupo também realiza saraus itinerantes em bares, valorizando a cultura e a produção artística local, como um meio de estreitar ainda mais as relações entre os moradores, possibilitando ambientes de convívio e de troca.

Assim, as Fiandeiras, com o projeto “Quando as Leituras e as Artes sobem a viela...” pretendem contribuir para a promoção de ações culturais, literárias e artísticas capazes de ampliar o universo cultural dos moradores e desmistificar a ideia que alguns possuem acerca da leitura, entendida, muitas vezes, como algo enfadonho e “chato”.


Nos quintais da favela, por Diana Salles

Realidade social, econômica, especulação imobiliária, luta pela moradia digna, resistência e reinvenção cultural, luta pela saúde... são muitas as necessidades, são muitas as lutas. Como escreveu Drummond: “Tenho apenas duas mãos e o sentimento do mundo”.

Dentro de tudo que está posto na comunidade Real Parque existe uma inquietação. Um incômodo. Ao olhar e me incomodar, logo vem o desejo de interferir, não somente para mudar o outro, mas para me mudar. Quando mudo meu espaço, mudo a mim também. Interfiro instantaneamente na minha realidade.

Estamos falando de mudança em pequenas esferas, no encontro entre nós e outros de nós. Nossos pares. Só há intervenção porque desejamos interferir nesse cenário, propondo nele um movimento de liberdade e ofertando outra opção. Não como forma de levar a cultura, mas como meio de mexer nos movimentos culturais que estão postos nesses finais de semana da favela.


O lugar que não tem espaços instituídos para as crianças brincarem. Mas isso não significa que as crianças não brinquem. Elas se apropriam de qualquer pedaço de terra ocioso e invadem, disputando com as plantas dos blocos dos Cingapura, seus espaços de lazer.

As crianças aqui se reúnem facilmente, disputam seus espaços com os adultos.

Nesse mesmo lugar, ouço os moradores adultos gritando da janela: “Tira essa bola daí, não vai quebrar as minhas plantas”. Esses mesmos adultos, nos finais de semana, ocupam ruas, bares, calçadas com ações de lazer, festas, músicas e também drogadição. As crianças compartilham desses espaços, comungando suas belezas e deformações. É bonito brincar na rua, quando não se tem uma rua na qual a violência se manifesta de diferentes formas. Nas conversas sobre os fatos e acontecimentos ocorridos, na repressão policial, na tabela “inspiram fumaça de mato queimado“, de quem tem o poder e é referencia.


Também comungam as vozes que ecoam no funk machista e dominador de micropoderes, frases como: “Ela dá pra nóis, que nóis é patrão”, que reproduz uma relação capitalista e de poder.

E, quando a literatura e as artes sobem a viela, assim, timidamente, rasgam todo esse cenário e convidam para um universo simbólico. E juntos imaginamos a conversa entre um girino e uma lagarta, entramos no palácio de um rei que não sai da banheira ou somos convidados para um festa com a bruxa – bruxa! Imaginamos e criamos outros mundos. No meio de tantas vozes, as Fiandeiras gritam assim: com liberdade e literatura.


 As realidades de uma favela são múltiplas. Entre suas belezas há labutas de um povo trabalhador, entre suas guerras há suas carências, sua violência e suas necessidades. Mas há que se escavar nesse cenário toda sua poesia, comédia, drama, tragédia, ficção, amor e dor.

Há que se ler e escrever mais histórias, mostrar mais nossas histórias, há de se instaurar outros movimentos. Libertários, literários. Essa é a nossa militância.

Precisamos gritar com amor, intervenção e revolta que não suportamos mais e não concordamos com as múltiplas violências do estado presente e ausente na comunidade Real Parque.

Quando fechamos a Marginal, gritamos para fora, pedimos atenção. Quando abrimos os livros, gritamos para dentro.

Um grito de amor para os outros, da gente.



* Membros do grupo Fiandeiras
Diana de Sousa Sales –25 anos, moradora da comunidade do Real Parque há dez anos, graduada em pedagogia. Atua na educação voltada para o público jovem em comunidades periféricas, desenvolvendo formações que visavam à ampliação de repertório cultural, social e político de jovens e adultos. Trabalha como educadora com jovens da periferia do Embu das Artes.

Genivaldo dos Santos Piauí – 23 anos. É morador da comunidade Real Parque há 14 anos. Com sua câmera de filmagem registra todos os momentos das intervenções das Fiandeiras nas comunidades, produzindo todo o material áudio visual do grupo. Além disso, também trabalha na Central de Locação, empresa que loca equipamentos de cinema.

Gleice Silva Licá – 22 anos, moradora do Real Parque. Trabalha numa produtora de filmes como finalizadora de vídeos.

Jadir Alves de Jesus – 40 anos, morador do Real Parque há 25 anos. Mediador, organizador de saraus. Fotógrafo, auxilia na montagem de equipamentos. Conhecido na comunidade como Jaja, tem fortes vínculos com os moradores, e faz a parceria das Fiandeiras com outros grupos e pessoas da comunidade. Também trabalha como operador de áudio e assistente de câmera em uma produtora de filmes.

Juliana Dos Santos Piauí – 25 anos, moradora da comunidade do Real Parque e formada em pedagogia. Idealizadora do Projeto “Quando as leituras e as artes sobem a Viela”, foi ela que em 2006  cogitou as possibilidades  fazer as leituras  nas ruas, becos Vielas.  Além de  todas as demandas do grupo Fiandeiras, Juliana também atua  como mãe  Erick de 2 aninhos e  professora na educação infantil numa escola particular.

Luciana Gomes do Nascimento – 30 anos, moradora da comunidade do Real Parque e formada em pedagogia, é mediadora, formadora e produtora do sarau. Além de colocar suas energias nas intervenções das Fiandeiras também atua como educadora e assistente pedagógica no Projeto Casulo.

Márcia Silva Licá – 26 anos, moradora da comunidade do Real Parque, pedagoga. Além de fazer as mediações de leituras, organizar saraus e outras atividades no grupo Fiandeiras, também trabalha como educadora cultural na Associação Vagalume.

Fonte: Revista Emília

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Leitura - Caminhos da Reportagem

(08/12/2011)

O Caminhos da Reportagem mostra os passos de quem dedica tempo e energia para formar um país de leitores. O programa revela projetos inusitados de escritores, pedagogos, instituições públicas e privadas no esforço conjunto de incentivar o hábito da leitura.

O programa também discute qual o papel da escola e da família? E mostra os livros que ganham as ruas com iniciativas dos militantes da palavra: em bicicletas, feiras ou nas bibliotecas montadas em borracharia, presídio, posto de gasolina e até nas paradas de ônibus.

Em São Paulo, a equipe de reportagem visita o Museu da Língua Portuguesa, que se tornou um dos mais modernos e visitados do Brasil. É a literatura dialogando com as novas tecnologias. Em Itabira, Minas Gerais, os integrantes do projeto social Drummonzinhos declamam a obra de Carlos Drummond de Andrade e encantam o público com os versos do nosso poeta maior.

http://tvbrasil.org.br/caminhosdareportagem/

sábado, 15 de outubro de 2011

Professora inova e alunos lêem mais de 10 livros por semestre

Data: 13/10/2011

Maracy Dourado, conta que antes do Projeto Mala da Leitura, fazer com que os estudantes se interessassem pelos livros era um sacrifício



Implantado há cinco anos, hoje a escola colhe os bons frutos de um projeto simples, mas que se tornou sucesso na unidade escolar. A iniciativa partiu da professora de Língua Portuguesa, que diante da necessidade de estimular a leitura nas salas de aula, teve a ideia de rechear uma mala com vários livros, e transformar as aulas que antes não saiam da teoria em verdadeiras viagens. A escola é o CAIC – Centro de Atenção Integral à Criança, em Palmas, onde adolescentes que não tinham o hábito da leitura, hoje chegam a ler mais de 10 livros por semestre.

A professora responsável, Maracy Dourado, conta que antes do Projeto Mala da Leitura, fazer com que os estudantes se interessassem pelos livros era um sacrifício. “Nossos alunos achavam a literatura uma tarefa enfadonha, ler um livro inteiro então era uma missão quase impossível. A solução foi inovar e criar uma atmosfera de magia e mistério que envolve o mundo dos contos, crônicas, fábulas, dentro de uma mala e dar partida à primeira viagem. Ao longo do projeto percebemos que eles foram começando a se interessar e até mesmo gostar da leitura, mas o mais significativo foi como meus alunos mudaram no que diz respeito à concentração e capacidade de interpretação. O rendimento ultrapassou a disciplina de Língua Portuguesa alcançando outras áreas do conhecimento”, explica a professora.

E quando se entra na sala onde o projeto está sendo aplicado, a impressão é de estar dentro de uma biblioteca, o silêncio só é quebrado quando toca o alarme para o término da aula. E é na sala que os estudantes realizam a leitura. As aulas acontecem duas vezes por semana e são aplicadas em todas as turmas do 6° ao 9° ano da unidade escolar.

E quem leva a mala para a sala são os próprios alunos. Desta vez quem ficou com a missão foi Adria Raab. “O projeto nos fez conhecer um mundo inexplorado, agora gosto muito de ler, e também de poder ajudar nas aulas”, diz. Antes de começar a ler os alunos carimbam um passaporte, na ficha de leitura os meninos registram em que pagina começaram e terminaram a leitura. “Assim na hora atividade posso avaliar o progresso de cada estudante”, afirma Maracy.

Só neste semestre, e bem antes do término do ano letivo, Guilherme Dorneles já leu oito títulos. O estudante conta que com o projeto passou a ter mais facilidade na hora de escrever. “Tenho certeza que vou estar preparado quando o vestibular chegar. Como a gente lê durante o horário da aula, não dá preguiça de ler depois e quando se percebe já lemos vários livros”, conta o estudante.

Outra aluna que não perde uma aula é Marta Pereira. Ela conta que aprendeu a gostar de ler depois das aulas de literatura e que agora não vai mais parar. “Nos livros a gente conhece novas estórias e com muitas delas aprendemos bastante, em cada aula viajamos para um novo mundo de descobertas, esse projeto é muito importante. E por isso agradeço a professora que é nota 10!”, revela.

Foto: Georgia
Fonte: por Geórgia Milhomem em Educação
Postador: surgiu.com (abr)

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Leitores antes mesmo de nascer

22/09/2011

Projeto piloto do Bebelendo incentiva a leitura desde a gestação e a primeira infância e já apresenta resultados

Bebês embalados por livros e histórias que os manterão conectados ao hábito da leitura por toda a vida. Esse estímulo ao contato com as histórias desde a gestação e o nascimento -- assim como a promoção da leitura entre as mães, pais e cuidadores das crianças -- é o objetivo do programa Bebelendo, inspirado também nas ações de formação de leitores das Jornadas Literárias, que já faz experiências práticas.

Desde fevereiro de 2010, o projeto idealizado por Rita de Cássica, à época professora da Universidade de Passo Fundo e hoje consultora da Unesco, é aplicado nos municípios gaúchos de Erechim e Tapejara. Hoje, cerca de 40 pessoas participam do projeto -- gestantes e bebês de famílias de vulnerabilidade social -- que tem apoio financeiro da Unesco e conta com aparatos físicos e funcionários da prefeitura dos municípios. E muitos resultados já estão sendo observados: os bebês que participaram do programa mostram maior atenção às histórias e interesse pelos livros, enquanto as mães leem mais e servem como mediadoras não só com o bebê, mas também com os outros filhos. Agora, a expectativa de Rita é conferir o resultado na fala dos bebês.

As últimas descobertas da neurociência mostram que de 0 a 3 anos acontece um importante desenvolvimento cerebral. E que pode haver mudanças de acordo com os estímulos fornecidos. “Os comportamentos dessa fase servem de base para a vida toda”, explica Rita. Através do contato com a leitura e literatura neste período, acredita-se que a criança também vai ter uma capacidade linguística mais bem desenvolvida: 50% da capacidade é hereditária, e 50% pode ser influenciada pelo meio. “Então, se as mães leem mais elas também influenciam na capacidade linguística do filho.”

O projeto propõe que desde a gestação a mulher participe de encontros semanais nas bibliotecas municipais. Em um primeiro momento, a professora Rita explica às mães a importância de estimular a leitura e a contação de histórias desde a gestação. Então, a partir do sétimo mês, as gestantes passaram a se encontrar semanalmente com duas mediadoras na biblioteca para ouvir uma história contada, aprender cantigas de ninar e parlendas – que devem contar e cantar aos bebês. Aos poucos, são estimuladas a introduzir as histórias e os livros a eles.

Passado um ano e sete meses de trabalho, os resultados são animadores. “Observamos claramente que os bebês desenvolveram comportamentos de leitores. Eles prestam muita atenção quando se contam histórias, muito mais do que os bebês que não participaram do programa”, conta Rita. Outras descobertas: o vínculo afetivo entre a mãe e o bebê ficou mais forte e os pequenos também ficaram mais sensíveis à música e se movimentam no ritmo dela. Por sua vez, as mães também desenvolveram comportamentos de leitoras, retirando em média três livros por mês da biblioteca. “Agora estamos ansiosos para ver os resultados na fala dos bebês, de como as histórias estimularam a sua capacidade linguística”, diz Rita.

O programa piloto do Bebelendo vai durar ao todo três anos, contando com a parceria da Unesco. Resultado do trabalho de mestrado da professora Rita, o projeto é detalhado no livro Programa Bebelendo – uma intervenção precoce de leitura, escrito em parceria com a sua orientadora de Mestrado, a professora Tania Rösing, que também é coordenadora das Jornadas Literárias de Passo Fundo. “A grande meta é que o programa se torne uma política pública em todo o País”, entusiasma-se Rita. 

Fonte: PublishNews

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Projeto Letras Soltas - Presidente Prudente lança projeto para incetivar a leitura

Domingo, 11/09/2011

O Projeto Letras Soltas consiste na prática de deixar os livros em locais públicos para que as pessoas encontrem e leiam. Depois de lidos, elas têm que deixar o livro em outro lugar para que novas pessoas possam usufruir a leitura.



Fonte: Antena Paulista

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Projeto incentiva leitura para bebês

14/11/2010

Além de aumentar a capacidade linguística deve formar leitores


Uma forma de criar um vínculo afetivo entre a mãe e o bebê, e aumentar a capacidade linguística da criança, além de organizar suas emoções. Esses são os principais objetivos do projeto de incentivo à leitura para bebês, criado por Rita de Cássia Tussi, que nesta semana ministrou curso no Colégio Bezerra de Menezes.

A ideia foi comprada pela Unesco e no início do ano o projeto piloto começou a ser implantado em duas cidades do Rio Grande do Sul: Erechim e Tapejara, algumas das cidades onde o PIM (Programa Primeira Infância Melhor), da Secretaria de Estado da Saúde, é aplicado.

O PIM prevê a visita semanal de agentes da saúde às famílias em vulnerabilidade social, para ensinar a mãe a brincar com seu bebê e o estimular. Com a implantação do Bebelendo, essas mães, a partir do 7° mês de gestação, passam também a visitar a biblioteca uma vez por semana. Duas mediadoras, uma com formação em música e outra com formação em arte, estimulam as mães a lerem e cantarem para seus bebês.

“No 6° mês está comprovado que o bebê já ouve. A mãe tem que conversar, cantar para o bebê e contar histórias. No começo podem ser histórias da própria mãe”, afirma a autora.

O programa acompanha a evolução dos bebês até os 3 anos de idade, e fornece livros de acordo com a faixa etária, além da sacola da gestante (com contos de fada, cd de músicas e um diário do bebê), um tapete e uma sacola que se transforma numa ‘bebeteca’, com suporte para livros, possibilitando que cada casa possa ter seu espaço de leitura.


Método traz benefícios

Tussi aplicou seu projeto no desenvolvimento do neto, com 2 anos e 5 meses. “Com 1 ano e 8 meses ele já falava de tudo. As crianças começam a falar mais cedo e melhor”. Segundo ela, os estudos indicam que o incentivo à leitura não requer técnicas especiais. “Só o fato de a mãe ler para o bebê já é válida, não é preciso técnica. A criança já é naturalmente seduzida pela mãe”.

A fisioterapeuta Valéria Martin Regazzini, 41, conta que ela e o marido começaram a ler para a filha Giovanna aos 7 meses de idade. “Ela foi alfabetizada aos 4. As coleguinhas começaram a escrever frases e ela já escrevia pequenos textos”. Atualmente, aos 8 anos, a menina possui mais de 300 livros. “Ela lê muito, gosta de frequentar livrarias. Não está tendo problema nenhum na interpretação de textos”, diz Valéria.

sábado, 7 de maio de 2011

Projeto de leitura para bebês internados ajuda a fortalecer vínculo dos recém-nascidos com suas famílias

Thais Leitão
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - Os bebês internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal do Instituto Fernandes Figueira (IFF), no Rio de Janeiro, são pequenos, têm baixo peso ou precisam ser monitorados por profissionais capacitados por causa de alguma má-formação. Mesmo nesse ambiente, cercado por pequenas incubadoras, medicamentos e com a presença dos pais limitada, uma experiência vem trazendo novos olhares sobre os recém-nascidos e oferecendo a eles estímulos variados.

É o projeto Biblioteca Viva, do Ministério da Saúde, que prevê a leitura de histórias por voluntários e é realizado em diversos hospitais públicos, entre eles o vinculado à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Na unidade neonatal do IFF, referência no tratamento de bebês prematuros, a ação completa cinco anos e é pioneira no país, com o enfoque em recém-nascidos. Neste período, mais de mil bebês já ouviram os contos.

A coordenadora da ação, a pedagoga Magdalena Oliveira, afirma que, embora ainda não haja estudos científicos que comprovem a eficácia do programa, as pequenas reações das crianças e o retorno das mães garantem que existem inúmeros benefícios. Para ela, a experiência ajuda a transformar a internação num processo menos doloroso e mais aconchegante, colaborando para o fortalecimento do vínculo dos bebês com suas famílias.

“Há vários indícios de uma troca muito intensa durante os momentos de leitura que certamente estimula o desenvolvimento deles. Até os batimentos cardíacos dos bebês é modificado quando há a leitura”, disse Magdalena, acrescentando que a primeira pesquisa científica sobre o projeto terá início este ano, por meio de uma dissertação de mestrado na própria Fiocruz.

A pedagoga contou que, a princípio, resistiu à ideia de levar a leitura, que já era realizada para pacientes mais velhos, para os bebês. Após pesquisar e conversar com vários profissionais, no entanto, ela concluiu que quanto mais os recém-nascidos fossem estimulados, menores seriam os prejuízos da prematuridade.

“A leitura estimula muito a questão auditiva deles. Além disso, temos a possibilidade de ressignificar a criança para as mães. Algumas comentam que não conseguiam enxergar o recém-nascido como uma pessoa cheia de características ainda, mas que por meio da leitura estabeleceram um vínculo muito forte e rico”, explicou.

A voluntária Selma Segal, que trabalha no projeto desde o início, garante que percebe a reação dos pequenos pacientes, como a atenção voltada para o livro ou até um esboço de sorriso nos mais velhos. Segundo ela, a iniciativa também é capaz de formar novos apaixonados pela leitura.

“É muito emocionante perceber que o carinho que a gente têm por eles tem retorno. As mães ficam muito gratas e muitas crianças desenvolvem também uma paixão pelos livros que ajudamos a construir”, disse.

Para Jussara Xavier, mãe de Kyra Xavier, de 1 ano e 1 mês, internada na unidade de saúde, as trocas realizadas no ambiente são fundamentais para o desenvolvimento das crianças.

“Elas chegam a esquecer que estão em um hospital quando participam da atividade. Além disso, a atenção com que ouvem a historinha é tão grande que parece mesmo que estão entendendo tudo”, afirmou.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Projeto Leitura

Marta Irineu Bazeth


Projeto Leitura

Incentivar e despertar o interesse pela leitura e desenvolver a capacidade de ler e escrever do aluno. Durante o desenvolvimento do projeto, o professor deverá despertar, através de atividades lúdicas, o interesse e o entusiasmo, incentivando o aluno a tornar-se um cidadão capaz de ler e interpretar textos, produzir historinhas, narrar fatos, criar cenas e dramatizá-las e fazer pequenos comentários.


Estratégias

Dispor livros infantis para realização da leitura.
Fazer dramatizações musicais com apresentação para o público infantil.
Produzir textos através de cenas ilustradas.
Estimular a leitura dinâmica com produção de expressões faciais e corporais.
Confeccionar murais com bilhetes e cartões produzidos pelos alunos.
Visitar constantemente a biblioteca.
Promover a interação entre família, professor e escola.
Desenvolvimento

De acordo com cada consoante estudada, a professora confeccionará máscaras com textos ilustrativos, que despertem o interesse pela leitura.

As máscaras confeccionadas serão levadas semanalmente para montagem de um mural na residência de cada criança.

Ao término do projeto, a professora fará uma visita à residência da cada aluno, realizando com ele a leitura do mural, interagindo com a família e registrando tudo por meio de fotos, comentários, filmagem, etc.

Ao término do projeto, será organizado um mural de fotos.

Comentários

“O Projeto Leitura, em parceria com o Centro Educacional de Letras, tem incentivado as crianças, através de figuras, lendas e personagens, a lerem e fazerem da leitura a maior descoberta da Língua Portuguesa. Através desse projeto, o meu filho passou a ter curiosidade de ler tudo o que vê.”

Roberta Fernandes Silva Maciel, mãe de Sérgio Roberto Fernandes Maciel, do 1º ano.

“O Projeto Leitura foi muito válido, porque incentivou e facilitou a minha filha a tomar gosto pela leitura.”

Ana Flávia Carneiro da Costa Lins, Mãe de Yalle Roberta Carneiro da Costa Lins, do 1º ano.

Avaliação

A avaliação é feita de forma sistemática e através de leitura contínua. “O que vale na vida não é o ponto de partida, e sim a caminhada. Caminhando e semeando, no fim terás o que colher.”

Cora Coralina

Escola Ciranda de Letras – Centro Educacional

Diretoras:

Lerúcia de Lourdes de Albuquerque Guerra e Yammara d’Albuquerque M. Santos

Coordenadora:

Marilourdes Irineu dos Santos Professoras da Alfabetização: Marta Irineu Bazeth e Aurélia Borges da Silva Souza

Idealizadora do Projeto:

Marta Irineu Bazeth

O mundo mágico da na arte de aprender Literatura Infantil


“O maior desafio é conhecer cada criança como ela realmente é, saber o que ela é capaz de fazer e centrar a educação nas capacidades, forças e nos interesses dessas crianças.” Howard Gardner

APRESENTAÇÃO

O presente trabalho tem como escopo despertar, nas crianças do projeto Educar para Vida, o interesse de ler e interpretar, de forma prazerosa e dinâmica, o que estão lendo, através de produções que compõem o acervo literário infantil, como A casa (música de Vinicius de Moraes) e Aquarela (música de Vinicius e Toquinho), textos de Monteiro Lobato, poemas de Cecília Meireles, Gonçalves Dias, livros da coleção Literatura em Minha Casa, e deve trabalhar, ainda, contos, parlendas, adivinhações, dentre outros.

É de grande valia ressaltar que, durante a realização do projeto, serão trabalhadas ainda as disciplinas: Português, Matemática, Ciências, Literatura Infantil, Arte, além dos Temas Transversais (natureza, sociedade e meio ambiente).

O projeto será desenvolvido a partir do segundo semestre e será ministrado pelas educadoras Alessandra Xavier e Nayana Cristine.

JUSTIFICATIVA

Em tempos hodiernos, em que se vive na era da informação e do conhecimento, o ato de ler é uma necessidade constante, uma vez que proporciona ao educando abrir-se para outras culturas. A cultura universal é produto de todos os povos. O aluno só poderá contribuir para essa universalidade se, primeiro, constituir-se como indivíduo consciente de sua própria expressão cultural. Portanto, se desejamos formar cidadãos leitores, criativos e aptos a intervir na sociedade em que estiverem inseridos, um dos requisitos fundamentais é o enriquecimento do cotidiano infantil com a inserção de leituras de contos, lendas, poemas, etc., nas quais a riqueza e o acervo de brincadeiras constituirão o banco de dados de imagens culturais utilizados nas situações interativas. Dispor de tais recursos é de grande valia para instrumentalizar a criança para a construção do conhecimento e da sua socialização.

O educador não pode nem deve se limitar à ideia de que a leitura é uma simples decodificação de símbolos, mas deve buscar, na sua essência, os pressupostos básicos para fazer aflorar o senso crítico nos seus alunos, partindo de uma necessidade própria de instigar constantemente, socializar a curiosidade, sabendo julgá-la quando necessário. Para que possamos formar leitores críticos, é necessário, portanto, propiciar, nas salas de aula, a dinamização da cultura viva, diversificada e criativa. Ler e contar histórias devem ser atividades obrigatórias na programação diária das turmas do projeto. De acordo com os PCN, “Toda educação comprometida com o exercício da cidadania precisa criar condições para que o aluno possa desenvolver sua competência discursiva” (p. 23). É, portanto, na percepção das situações discursivas que o aluno poderá se constituir como cidadão e exercer seus direitos como usuário da língua.

Saber ouvir é outro aspecto de grande importância na aprendizagem. A leitura de histórias, poemas, contos e fábulas é uma atividade que se presta muito bem para desenvolver, no aluno, a capacidade de ouvir. Pois acompanhar a sequência lógica dos fatos da narrativa, procurando compreender o enredo, é uma atividade que atrai, dá alegria e atende também à necessidade infantil de fantasia, encantamento e relaxamento, além de enriquecer o vocabulário de maneira agradável pelo contato com a modalidade culta da língua, ou seja, uma linguagem mais elaborada. Para Paulo Freire, “a educação, sozinha, não transforma a sociedade; sem ela, tampouco a sociedade muda”.

Dessa perspectiva de despertar, nos educandos, a busca prazerosa pelo ato de ler e, consequentemente, de escrever, de promover a leitura entre eles de maneira autônoma, reflexiva e crítica, foi que surgiu a ideia da criação deste trabalho.


OBJETIVOS

Geral

• Promover, nos educandos, o apreço pela leitura e escrita a partir do desenvolvimento de trabalhos com histórias infantis, clássicos, contos, lendas, poemas, adivinhações, parlendas e músicas, de forma prazerosa e diversificada, a fim de alcançar os objetivos pedagógicos.

• Favorecer o desenvolvimento cognitivo e sociocultural das crianças.

Específicos

• Trabalhar a leitura, a escrita e a interpretação dos alunos a partir dos desenhos e sinais gráficos que o texto a ser abordado apresenta.

• Trocar informações respeitando sempre a opinião do outro. • Extrair, do texto, um referencial positivo de bons hábitos e atitudes.

• Estimular o pensamento crítico.

• Ampliar o vocabulário.

• Desenvolver habilidades artísticas a partir do desenho, da pintura ou da confecção de uma cena que tenha chamado atenção.

METODOLOGIA

O projeto O Mundo Mágico da Literatura Infantil na Arte de Aprender foi idealizado com o propósito de estimular a leitura e a escrita, suscitar a criatividade e a inteligência dos educandos, no geral oriundos de famílias que, via de regra, são desprovidas de recursos e maiores conhecimentos acerca do que está sendo proposto.

Partindo desse pressuposto, o projeto será efetivado da seguinte forma:

• Apresentação do texto a ser trabalhado.

• Levantamento dos conhecimentos prévios, estabelecendo um paralelo com o conhecimento formal, de maneira contextualizada, desafiando o aluno a pensar sobre a experiência vivenciada.

• Leitura coletiva e individual de textos (histórias, poemas, contos, etc.).

• Discussão do texto estudado.

• Produção de texto: coletiva e individual (oral e escrita).

• Interpretação de diferentes linguagens.

• Ampliação do vocabulário.


Atividades

• Dinâmicas de grupo.

• Leituras individual e coletiva.

• Produção de textos.

• Jogos diversos com personagens (de memória, escrita das letras do alfabeto, imagens e palavras).

• Leituras diversas.

• Escrita espontânea.

• Adivinhações usando como tema os personagens trabalhados.

• Atividades matemáticas.

• Desenhos dirigidos e espontâneos.

• Dobraduras.

• Pinturas.

• Dramatizações.

• Mímicas.

• Sequência de figuras.

• Colagens.

• Aulas externas.

Recursos didáticos

• Livros de literatura infantil, clássicos, livros didáticos.

• Revistas, jornais, gravuras, painéis.

• Lápis colorido e giz de cera.

• Tintas: guache, glitter e relevo (cores diversas).

• Pincéis.

• Papel (40 kg, A4, ofício, camurça, crepom, cartão, etc.; cores diversas).

• CDs.

• TV.

• DVD (aparelho).

• Histórias em DVD.

• Máquina fotográfica.

• Internet.

Avaliação

Sendo a avaliação um processo contínuo e sistemático, farse-á mediante os seguintes aspectos:

• Observação.

• Participação.

• Desenvolvimento cognitivo.

• Produção nas atividades.

• Senso crítico.


Referências bibliográficas

BARRO, João de. A formiguinha e a neve. 2. ed. São Paulo: Moderna, 2001. v. 04.

BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Língua Portuguesa 1º e 2º ciclos do Ensino Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1998.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: Saberes Necessários à Prática Educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

GARDNER, Howard. Estruturas da mente: a teoria das inteligências múltiplas. Porto Alegre: Artes Médicas, 1994.

HERMIDA, Jorge Fernando. Educação infantil: política e fundamentos. João Pessoa: Universitária/UFPB, 2007.


terça-feira, 5 de abril de 2011

Professor inova e cria a ‘Mala de leitura do Tio Juca’, com sucesso de público

Neila Storti


Os alunos do 3° ano do ensino fundamental da Emeb (Escola Municipal de Ensino Básico) Prof. Fausto Perry, de Araçatuba, estão participando de um projeto de incentivo à leitura dentro da sala de aula.

Orientado pelo professor Juscelino Lino Miguelão, que também é autor do trabalho, a "mala da leitura do tio Juca" tem como principal objetivo oferecer leitura de conteúdo não somente para os alunos, como também para a família dos estudantes.

Segundo o professor, em toda aula, um aluno - por ordem alfabética - leva a mala para casa. A mala, em questão, é uma pasta decorada com motivos atraentes para as crianças.

Dentro dela, é possível encontrar diversos autores, histórias diferentes, ilustrações didáticas, além de revistas e jornais.

"Ao chegar em casa, o aluno além de ler as histórias, irá oferecer um livro para o pai e a mãe. Assim, conseguimos alcançar o resultado que queremos, que é a participação dos pais e da família na educação dos estudantes. Se o aluno possui dificuldades de leitura, o pai e a maë podem ajudá-lo e vice-versa", diz o professor.

PARTICIPAÇÃO

Miguelão afirma que assim que o aluno devolve a mala, é necessário que o estudante faça um relatório do que foi visto junto com a família. Além de contar sobre as leituras realizadas, o aluno também pode dar dicas e sugestões de livros que ele gostaria de encontrar dentro da mala de leitura da próxima vez que for pegá-la.

O projeto "Mala de leitura do Tio Juca" faz parte do programa educacional "Cantinho de Leitura e Ciências", que a escola promove.

O projeto, além de incentivar o gosto pela leitura, quer projetar a responsabilidade nos estudantes. "Quando eles levam a mala para casa, é dever deles prezar pelos livros que estão na responsabilidade deles.

O aluno deve saber que ele tem data para entregar e que existem outras pessoas que também lerão os livros. É muito importante que ele não suje os materiais, não perca a mala e a traga no outro dia para que o próximo estudante tenha a mesma oportunidade que ele", ensina Miguelão.

De acordo com o professor, os estudantes receberam bem a atividade e todos, até o momento, têm demonstrado cada vez mais interesse pelo projeto.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Banco de Livros


Esta postagem complementa uma postagem anterior: Projeto Banco de Livros: proposta da Fiergs e a Câmara Rio-Grandense do Livro

------------------------

O Banco de Livros é uma das iniciativas da Fundação Gaúcha dos Bancos Sociais, que foi instituída pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul - FIERGS.

O Banco de Livros é uma instituição criada para garantir um maior acesso da população á cultura. Para isso, monta bibliotecas em locais de baixa renda como comunidades carentes, hospitais, escolas e asilos. Para o sucesso do projeto, era preciso mobilizar as pessoas para que doassem o maior número possível de livros.


Além do Banco de Livros, fazem parte dos Bancos Sociais: Banco de Alimentos, Banco de Voluntários, Banco de Computadores, Banco de Projetos Comunitários, Banco de Materiais de Construção, Banco de Medicamentos, Banco de Mobiliários, Banco de Órgãos e Transplantes, Banco de Refeições Coletivas, Banco de Resíduos, Banco de Tecido Humano e Banco de Vestuários.

Banco de Livros já é uma realidade

6/11/2008 - O Rio Grande do Sul é o primeiro Estado do Brasil a contar com um Banco de Livros. A iniciativa é da Fundação Gaúcha dos Bancos Sociais, ligada ao Sistema FIERGS, e foi lançada na noite desta quarta-feira (05/11/2008), no Memorial RS, dentro da programação da 54ª Feira do Livro.


O projeto foi trabalhado por 18 meses até que se tornasse realidade e só durante a cerimônia, já captou mais de 5 mil títulos doados por empresas e entidades. O Banco de Livros vai funcionar nos mesmos moldes dos outros 13 Bancos Sociais existentes, transformando o desperdício em benefício social. Os volumes vão ser usados para a montagem de novas bibliotecas em comunidades carentes, presídios, cidades sem biblioteca. "A idéia é levar livro para quem quer ler. Todos nós temos livros que estão só ocupando espaço em casa. Temos que colocar todo este conhecimento para circular e o Banco de Livros é a melhor maneira de fazer isto", entusiasma-se o presidente Waldir da Silveira.




Galeria de Fotos Banco de Livros