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sexta-feira, 8 de março de 2013

Adeus, Rio - Final

Luiz Fernando Cruz, na Fórmula Ford em 1986, Leonel Friedrich na Fórmula 3 Sulamericana em 1992 e João Campos, na Stock Car, em 1995.
 

 

Fonte das imagens: arquivo Luiz Fernando Cruz e João Campos e revista Auto Esporte.

sábado, 29 de janeiro de 2011

Repneus

A turma está afiada nesse ano. Não deixam passar nenhum Desafio. O Paulo Schutz e o "Catô" Belleza acertaram os pilotos do adesivo da Repneus, aquele que está lá na caixa de ferramentas dos Hoerlle.

Os pilotos eram mesmo os irmãos Jorge e Sérgio Fleck, respectivamente nos karts #9 e #10. Isso foi lá por 1976 e o próprio Fleck me deu mais detalhes, inclusive falando sobre a participação do Luiz Fernando Cruz na equipe.

"A Repneus era nossa equipe de kart da época. A história interessante é que o Cruz foi contratado oficial e formalmente como piloto da equipe. Acho que foi o primeiro contrato profissional do automobilismo gaúcho. Cabia a ele os testes, treinos e desenvolvimento de acertos que o meu irmão Sergio criava. Também tínhamos como preparador mecânico o "Arara" (Paulo Araújo) , antigo piloto de motos multi campeão com Yamaha/Motoryama. Na época, comecei a ficar pesado e construimos um kart com tudo que era possível em duralumínio. Baixamos uns 5 ou 6 kgs no kart. Com isso, em dupla com o Cruz, vencemos a última etapa do Campeonato de 76 me sagrando Bi-Campeão Gaúcho. Histórias dos bons tempos."

O primeiro título do Fleck no kart veio em 1973, mas seu início foi dois anos antes, como ele mesmo lembra.

"Meu primeiro ano foi em 71, acho, tenho que ver melhor. A equipe era FLEBAS Competições, Fleck, Bastian Competições, nome que nunca pegou por que o Bastian era mais velho que eu, apenas ficou assim porque fui eu que tive a ideia. Andávamos os dois no mesmo kart, um Mini deitado, comprado do "Schmitão", marido da Joice, na época jornalista de automobilismo na ZH."


Daí lembrei que tinha um registro do kart do Fleck, um chassi COX modificado, com o Cruz ao volante, naquela prova em 1976, as 100 Milhas de kart de Tarumã, que deu o segundo título ao Fleck. Na frente do kart aparece a inscrição RENOPPAL e mais uma vez o Fleck esclareceu.

"A RENOPPAL, Renovadora de Pneus Porto Alegrense, foi comprada pela Renovadora de Pneus Santamariense, que virou REPNEUS, tudo ideias do tio aqui que viraram logo das empresas."


Caramba, tem história esse Fleck...

Valeu, Fleck!

Fonte das imagens: arquivo pessoal e Luiz Fernando Cruz.

terça-feira, 6 de julho de 2010

MCR faz dobradinha em Spa-Francorchamps

O amigo Luiz Fernando Cruz manda notícias de seus bólidos.

"Dois protótipos brasileiros MCR fizeram dobradinha no último final de semana em Spa-Francorchamps, na Bélgica, durante a realização do Spa Summer Classic 2010, festival de verão que reuniu várias categorias do automobilismo europeu, entre elas a Sports-2000.

Na prova que contou com mais de 40 protótipos, o inglês Patrick Sherrington finalizou em primeiro lugar com um MCR-Duratec, enquanto outro inglês, Chris Yarwood chegou em segundo com outro MCR-Duratec.

Os carros MCR projetados no Brasil pelo engenheiro Luiz Fernando Cruz, são montados no Reino Unido por Clive Hayes. Já são 7 os protótipos MCR participando este ano no automobilismo britânico e europeu."


Maravilha, Cruz. E não esqueça de convidar os caras para prestigiar as 12 Horas de Tarumã!




Fonte das imagens: arquivo Luiz Fernando Cruz.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Mais Damo

O "Caranguejo" me manda mais um recuerdo do Henrique Damo e lembra de outro que já havia aparecido por aqui quando falamos do Luiz Fernando Cruz.

A primeira é em Guaporé, 1982 e a segunda em Cascavel, 1983.



Fonte das imagens: arquivo Luiz Fernando Cruz e Henrique Mércio.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

MCR Sports 2000

Lembram que há poucos meses falamos sobre o Luiz Fernando Cruz e sobre seus carros, certo? Pois a temporada 2009 acabou há poucos dias e os resultados para a turma da MCR foram muito bons. Fala aí, Cruz:

"Leandro,

Terminada a temporada na Inglaterra, nossos MCR ficaram com 2 lugares entre os 6 primeiros, Chis Yarwood em terceiro e Patrick Sherrington em sexto. Entre as marcas de chassis, a MCR ficou como a segunda melhor, atras da Van Diemen e a frente da Lola. O campeonato foi um dos mais parelhos dos últimos anos, haja visto a pequena diferença de pontuação entre os primeiros. Só para ter uma ideia, o piloto que liderava o campeonato faltando 2 etapas, teve problemas e terminou em sétimo. Para ver os resultados de toda a a temporada, cliquem
aqui.

Abraços,
Cruz"




Valeu, Cruz!

Fonte das imagens: Mike Lambert - http://www.gridshots.com/

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

LFC no Cartoon

Mais uma vez o Maurano não deixou passar em branco uma das grandes séries aqui do blog, na qual revivemos recentemente a história do Luiz Fernando Cruz nas pistas. Essa aí embaixo foi a escolhida pelo próprio piloto-engenheiro-construtor, o MCR V8 com o qual ele competiu nos 500 km de Interlagos em 2003.


Esse Maurano é mesmo fera!

terça-feira, 4 de agosto de 2009

O nascimento do MCR

Após a saída da Swift UK, Luiz Fernando Cruz, mudou totalmente seu rumo. Se mudou para os Estados Unidos e passou a se dedicar a outros negócios que não o automobilismo. Entretanto, em 1994 encontrou o amigo Oswaldo Negri Júnior que competia na Fórmula 3 Mexicana. Este o convidou para dar o suporte técnico durante toda aquela temporada e lá foi Cruz para o México, mas apenas nos finais de semana.

A equipe era a Prometeo que tinha além de Negri, o irlandês Derek Higgins na pilotagem dos carros. Curiosamente, Higgins havia sido concorrente de Cruz na Fórmula Ford 1600 em 1987. O time acabou sendo o vice campeão da temporada 94. Cruz também deu suporte ao piloto da equipe na Fórmula Renault, o mexicano Horacio Richards, que acabou campeão.



Mais cinco anos afastaram Cruz das corridas até que o velho amigo Michel Ligonnet, piloto da Fórmula Renault em 88, que correu com o primeiro carro totalmente projetado pelo gaúcho, o convidou para acompanhar as 24 Horas de Le Mans, em Junho de 1999, onde Michel correria com um Porsche 911 GT2.


A experiência de Le Mans trouxe à tona uma ideia antiga de construir um protótipo. Cruz já estava morando novamente no Brasil (desde 1997) e num encontro casual com o construtor Ademar Moro, veio a proposta de uma parceiria. Cruz entraria com o know how e Moro com a estrutura para fazer o protótipo. Isso foi em Julho de 99. O objetivo era estrear o carro nas 12 Horas de Tarumã, que seriam realizadas cinco meses depois.

Cruz ainda lembra que não conseguiu ficar sem meter a mão na massa, pois queria ver o protótipo nascer, e acabou, ele e Moro, ficando noites e fins de semana construindo o primeiro MCR. Depois de muito serra-e-solda-ferro, o carro ficou pronto no final de Novembro, uma semana antes das 12 Horas. O carro foi para a oficina do Luciano Mottin, que desde então participa ativamente dessa história. A equipe foi para a pista testar e o carro se comportou muito bem. Viraram tempos de ponta já de cara. Fazia sete anos que Cruz não pilotava, desde sua saída da Swift. Mas como ele diz, pilotar é como andar de bicicleta ou esquiar, uma vez aprendido, não se esquece mais. Porém ocorreu a quebra de um rolamento de roda o que fez o carro sair reto na curva do Laço. Uma pancada na barreira de pneus acabou com a carenagem. Cruz teve de virar sete dias e sete noites para fazer uma carenagem nova, sem molde nem nada, tudo na mão, poliuretano, fibra e lixa.


O carro ficou pronto na véspera. Cruz preferiu não correr e cedeu seu lugar a João Sant'Anna, ficando concentrado no trabalho de box. O carro venceu a prova com 11 voltas de vantagem. A esta altura Cruz já trabalhava na montagem do MCR grande, que inicialmente teria um motor BMW M3 e mais tarde o Chevrolet V8.


Cruz ficou com o chassis do carro grande e comprou um motor V8, câmbio, freios, etc e tentou por quatro anos fazer um esquema forte. Mas precisava de parceiros. O carro era o protótipo mais veloz do Brasil, mas mesmo fazendo todas as pole positions possíveis, quebrava muito a transmissão e abandonava as provas, sempre na ponta. Foi o carro mais veloz das Mil Milhas em 2003. A equipe, composta por ele, Rodrigo Ribas, Walter Soldan e Fernando Parra, com Egon Herzfeldt na preparação, não fez a tomada de tempos, mas baixou em 1,5s o tempo da pole no warm-up. Na prova, após sensasional recuperação, a equipe abandonou depois de quebrar a fixação da roda. Com esse time o carro teria tido grandes chances se houvesse mais tempo para trabalhar.


Na sequência veio a vitória no Torneio de Verão de Tarumã. Depois disso, Cruz fez a carenagem fechada e andou apenas nos 500 Km de Interlagos e acabou vendendo o carro para uma equipe de Sao Paulo em 2004.




Enquanto isso os chassis MCR menores ganhavam inúmeras provas e campeonatos, principalmente no Sul do país. Foi Tri-Campeão da Brascar (2001, 02 e 03) e Hepta Campeão das 12 Horas de Tarumã (1999, 2001, 02, 03, 04, 07 e 08).

Foi em 2004 que Cruz foi procurado pelo inglês Matt Manderson, que era gerente da BAR-Honda, para fazer um projeto para a categoria Sport 2000 inglesa. Eles assim criaram a MCR UK (Manderson Cruz Racing). O projeto, embora se assemelhe com o MCR brasileiro, possui muitas diferenças técnicas, a suspensão traseira, motor, câmbio e principalmente quanto ao seu peso, cerca de 100 Kg mais leve, pois lá o peso mínimo é de 500kg. Foram enviados aqui do Brasil dois carros no inicio de 2005. Após a montagem do primeiro carro Cruz foi para Silverstone, para a segunda etapa do campeonato.


Eram 40 carros no grid. Matt largou em sétimo e terminou em quinto. Na prova seguinte em Donnington Park, largou em quinto e chegou em terceiro (primeiro podium. Na prova seguinte, enquanto liderava, saiu reto na chicane e estragou bastante o carro. A vitória era certa mas ficou adiada.

Matt ficou algumas etapas sem correr, pois teve que arrumar o carro e um dos patrocinadores retirou o apoio. Matt voltou na última etapa, o Festival de Brands Hatch. Eram 70 incritos, com baterias classificatórias e final. Ele largou a final em terceiro, passou dois na curva Paddock Bend e disparou na frente. Abriu uma boa vantagem sobre os demais, até que o motor quebrou. Mais uma vitória certa e dessa vez na mais importante prova.


Como os planos de patrocínios não deram certo, Matt acabou vendendo tudo para Clive Hayes, que montou uma oficina em St. Davids, País de Gales. Após um par de anos de investimentos em infra-estrutura, em 2009 a equipe veio com mais força.

A equipe esteve expondo nas duas últimas edições do Autosport Racing Car Show em Birmingham. Hoje já são cinco carros prontos. Muitos componentes ainda são enviados do Brasil para lá, mas as carenagens e os quadros, por exemplo, ja são produzidos lá.

A vitória de Chris Yarwood em Silverstone há poucas semanas, com Patrick Sherrington completando o podium em terceiro, colocam a equipe MCR entre as mais fortes da categoria.


Além do MCR, em 2007 Cruz construiu um novo protótipo para competir no Brasil, o LFC Tornado com motor da moto Suzuki Hayabusa. Com ele vem participando de provas até então, ao lado do piloto Cali Crestani, um dos incentivadores do projeto e responsável pela última pole do carro em Tarumã, há poucas semanas.



Termina aqui a história do piloto-engenheiro Luiz Fernando Cruz. Ele ainda se mantém na ativa e muito tem contribuido para a divulgação do automobilismo gaúcho dentro e fora do Brasil.

Agradeço a atenção dele enviando todo esse material fotográfico, bem como todas as informações para compor toda a trajetória dele nas pistas.

Valeu, Cruz!

Fonte das imagens: arquivo Luiz Fernando Cruz.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Do cockpit para a prancheta

O inédito título de campeão obtido na Inglaterra e a boa repercussão causada aqui no Brasil, não foram suficientes para fazer com que os patrocinadores de Luiz Fernando Cruz se sensibilizassem e continuassem apostando na carreira do talentoso piloto. Sendo assim não havia muito o que fazer. Sem dinheiro, sem corridas.

As corridas eram a vida do piloto gaúcho e ele tinha de fazer alguma coisa e seguir em busca dos seus objetivos. Deixou temporariamente a família aqui no Brasil (sua esposa estava grávida) e voltou à Inglaterra, no início de 1988, período de dura crise na economia brasileira.

Chegando no seu destino, procurou ficar por dentro dos acontecimentos. Não havia dinheiro para correr, apenas para viver. Havia propostas de equipes na Fórmula 3, onde havia feito testes após o título da Fórmula Ford, entretanto ele necessitava ter 1/3 do orçamento para correr, o que não havia. Várias equipes e construtores tinham suas sedes dentro ou muito próximas do autódromo de Snetterton, onde havia estado no ano anterior, como a International Motorsport, Pacific Racing, Van Diemen e Swift Cars. Num raio de 30 km ficavam também a Lotus, Lola, Spice entre outras.

Cruz chegou a receber uma proposta da Swift para pilotar de graça um Fórmula Ford 1600, mas ele achou que não valeria a pena repetir a categoria, pois já estava passando dos 30 anos de idade. Mesmo assim acabou ficando na Swift, mas o que ele iria pilotar seria a prancheta.

A Swift UK começou como revendedora do modelo Swift americano em 1986. Durante dois anos eles não modificaram nada nos carros, mas em 1988 eles resolveram fazer seus próprios projetos, entretanto o projetista da fábrica havia deixado o cargo para trabalhar na McLaren e foi aí que Cruz entrou na história.

Eles tinham um novo modelo do câmbio Hewland, denominado LD200, porém era necessário fazer todo um trabalho de adaptação deste ao carro. Cruz foi o responsável pelo projeto. Os resultados foram muito animadores. O carro foi campeão Europeu de FF1600 com o piloto inglês Richard Dean em 1988 e vice campeão Inglês de FF2000 com o brasileiro Elio Seikel.

Já totalmente engajado nos projetos da Swift, no segundo semestre de 88 Cruz projetou o novo Fórmula Renault que naquele ano mudava o regulamento para multimarcas de chassis. A estreia seria com a pole position do piloto francês Michel Ligonnet, em Nogaro, na primeira etapa do campeonato Francês de 1989. Michel foi o quarto colocado ao final do campeonato com o único Swift, vencendo 2 provas. Abaixo o carro de Michel.


Foi também em 89 que a Fórmula Renault estreava na Inglaterra e lá, os carros da Swift, projetados por Cruz, venceram provas e marcaram melhores voltas nas mãos dos pilotos Neil Riddiford e Dave Coyne. Abaixo, Cruz aparece testando o Fórmula Ford 2000 na pista de Pembrey e logo abaixo vemos o chassi de 1990 da mesma categoria.



Em 1990 Cruz projetou o novo FF1600 com o qual Dave Coyne venceu o World Festival.




Enquanto isso, o brasileiro Thomas Erdos vencia o Campeonato Inglês de Fórmula Renault. Cruz lembra que o interessante daquele ano é que os principais pilotos das fábricas da Fórmula Renault eram brasileiros, pois além de Erdos, Paulo Carcasci era o da Van Diemen (conquistando o vice) e José Cordova era o da Reynard. Ainda naquele ano a Swift bateu o próprio recorde de carros construídos, 64. Cruz lembra ainda que em 1988, eles começaram com apenas 10 carros ao longo do ano. Na época de Cruz, passaram pela Swift, além dos pilotos já citados, outros como Mika Salo, Adrian Fernandes, Oswaldo Negri, Terry Fullerton, Bobby Verdon-Roe, entre outros.

O então engenheiro não perdia as vezes de piloto e testava na pista suas melhores ideias. Abaixo um teste no Fórmula Renault de 1990 em Brands Hatch e nas imagens seguintes a vitória de Thomas Erdos.





Em 1991, o já bem sucedido piloto e projetista Luiz Fernando Cruz, desenhou o novo Fórmula Renault antes de deixar a empresa, quando da mudança da fábrica para o norte da Inglaterra, em Chesterfield, e da troca de dono. A nova swift não durou muito depois disso, encerrando as atividades poucos anos depois.


Em breve os novos projetos e a continuação dessa história.

Fonte das imagens: arquivo Luiz Fernando Cruz.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

O primeiro título de um gaúcho no exterior

No início de 1987, Luiz Fernando Cruz partiu para a Inglaterra. Era sua segunda tentativa de competir no disputadíssimo automobilismo inglês. Mesmo após nove anos de sua participação na escola de Jim Russell, o piloto gaúcho ainda mantinha vários contatos no Velho Continente. Com a ajuda de seus patrocinadores, objetivou sua participação nos torneios RAC e Esso de Fórmula Ford 1600.


Entretanto seus planos foram alterados, pois o orçamento que tinha na época não era suficiente para gastos extras como batidas. E batidas era o que mais havia nesses dois torneios. Após se envolver em um sério acidente em Silverstone, quando praticamente destruiu seu Van Diemen, Cruz decidiu testar o novo carro em Snetterton, correndo a quinta etapa do Townsend Thorensen. O resultado não poderia ter sido melhor. Venceu! Com esse resultado e depois de conversar com a sua equipe, a Jim Russell Racing, resolveu continuar naquele torneio. Rapidamente Cruz alcançou a liderança do campeonato e começou a lutar pelo título. Ele queria ser o primeiro piloto gaúcho a vencer um campeonato no exterior




A decisão se mostrou certa, pois a sede da Jim Russell era em Snetterton. Assim ele tinha mais tempo para treinos e testes e tudo isso se encaixava no orçamento que sempre era apertado. Das 17 etapas que integravam o Townsend Thorensen, Cruz competiu em 13 provas contra 75 pilotos de 14 países. Nessas 13 ele conquistou seis vitórias, três segundos, um terceiro, um quarto e um oitavo lugares, ausente de uma rodada. Conquistou ainda 11 pole positions e oito voltas mais rápidas, utilizando um chassi Van Diemen RF 87. Com tudo isso chegou ao inédito título na penúltima prova, fazendo barba, cabelo e bigode, deixando para trás seus adversários na briga pelo título, Clifford Lawrence e Marck Woodwiss e escrevendo de vez seu nome na história do automobilismo gaúcho e brasileiro.




Com o título vieram convites para testes na Fórmula Ford 2000 e na Fórmula 3. Após um teste nesta última em Silverstone, Cruz retornou entusiasmado ao Brasil para acertar sua permanência na Inglaterra com seus patrocinadores. Porém, isso infelizmente aconteceu exatamente no período em que estourava no país mais uma crise econômica, colocando o país em recessão. Seus patrocinadores obviamente não tinham como renovar para 1988. Todo o esforço de um ano inteiro parecia ter sido em vão.


Cruz teria de tomar mais uma decisão em sua carreira. Vocês saberão mais sobre essa história em breve.

Fonte das imagens: arquivo Luiz Fernando Cruz.