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quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Arquivos do Rebechi

Fórmula 3. Quando escrevi sobre o André Rebechi, lembrei da participação dele na prova de Tarumã, em 1988, com um carro alugado de Pedro Muffato. Pois aí estão dois registros daquela prova com o carro #51.
 
Mais abaixo imagens de 1989, com o carro que foi adquirido da equipe de Cezar Pegoraro e Pedro Grendene e que hoje se encontra no Museu do Automobilismo Brasileiro, em Passo Fundo. 
 





Fonte das imagens: arquivo André Rebechi - fotos Vilsom Barbosa.

sábado, 1 de junho de 2013

André Rebechi

O último Desafio foi fácil, afinal aqueles pilotos que apareceram na imagem eram figurinhas carimbadas nos kartódromos gaúchos no início dos anos 80. André Rebechi (#77) e Maria Cristina Rosito (#3) protagonizaram grandes duelos, como no Campeonato Gaúcho de Kart de 1983, na Categoria Preparada. A disputa era tanta, que a diferença entre os três primeiros colocados naquele campeonato foi de apenas três pontos. Edemar Stédile foi o campeão com 27 pontos, Rebechi o vice com 26 e Rosito ficou com a terceira posição com 25. Em quarto ficou Gustavo Romanello com 21.

A imagem e os resultados vieram do acervo do próprio André Francisco Rebechi, piloto de destaque na década de 80, com quem tive o prazer de manter contato nos últimos dias. André já apareceu por aqui algumas vezes, mas a partir de agora ele nos trará mais detalhes sobre sua trajetória nas pistas.

Apesar de ser citado como caxiense, André Rebechi, assim como sua família, é originário de Passo Fundo, cidade na qual seu pai, João Antônio Rebechi, iniciou nas competições ainda nos anos 60. João correu em circuitos de rua e depois na Divisão 1 até o final dos anos 70. Depois passou a acompanhar o filho no kart e nas categorias do automobilismo.

O início no kart foi em 1980. Seu primeiro título veio no Campeonato Citadino de Caxias do Sul, em 1982. Em razão desta conquista, recebeu o reconhecimento da imprensa, com o troféu Mérito Esportivo Pioneiro.

Após quatro anos no kart, o caminho natural foi tomado: a então categoria escola do automobilismo brasileiro, a Fórmula Ford. Lá foram mais quatro anos competindo contra as melhores promessas brasileiras da época, como João Alfredo Ferreira, Luiz Carlos da Silveira, Serge Buchrieser, Gil de Ferran, Christian Fittipaldi, Jefferson Elias, Renato Russo, Djalma Fogaça, entre tantos outros.

As dificuldades financeiras foram uma constante na carreira de André. Além de ter de ser mudar para São Paulo, para ficar mais próximo dos circuitos do campeonato, ele teve de colocar a mão na graxa, pois não contava com um grande suporte técnico. Apesar disso, ainda em 1985 conquistou sua primeira pole position, na prova de Guaporé, num grid que dificilmente era inferior a 30 carros. Numa imagem de Interlagos, em 1986, André aparece largando da primeira fila num grid que parecia interminável. Seu talento e determinação não foram suficientes para conseguir grandes resultados, mas conquistaram a imprensa especializada, que o escolheu como revelação nacional daquele ano.

Ao final de 1987, André vendeu seu Fórmula Ford, um chassi Heve, para o caxiense Abramo Mazzochi, que passou a competir na Fórmula Ford regional. O que parecia ser o fim da trajetória de André no automobilismo, marcou uma nova etapa em sua carreira, a de preparador, que foi levada adiante até meados dos anos 2000, período no qual deu assistência a vários pilotos de Caxias do Sul além de Mazzochi, como Alex Avino, os irmãos Klein, José Rossi, Vitor Giovanini, entre outros.

Eis que em meados de 1988 surge a oportunidade de voltar a correr, desta vez na categoria top do automobilismo brasileiro, a Fórmula 3, que era disputada tanto no âmbito nacional quanto sulamericano. Após fazer uma prova em 88, André montou uma equipe apoiada por empresas de Caxias do Sul e tinha na preparação ninguém menos do que Ronaldo Ely. O carro, um Berta/VW tinha sido adquirido da equipe Grendene, que tinha a mão do mago Clóvis de Moraes. André fez todo o Campeonato Brasileiro e ainda correu uma prova em El Pinar, no Uruguai. Ao final de 89, a pilotagem ficaria definitivamente de lado.

Após encerrar as atividades como piloto e preparador, André passou a se dedicar aos negócios da família, até que em 2011 recebeu uma visita da família Giacomello para que ele voltasse aos autódromos, auxiliando na preparação e no desenvolvimento do Marcelo Giacomello na categoria Fórmula 1.6. Desde então é possível encontrá-lo nos boxes dos autódromos, procurando passar toda a sua experiência ao jovem piloto, que por sinal, vem demonstrando uma evolução consistente a cada prova.

Abaixo alguns registros da carreira de André Rebechi em 30 anos de automobilismo. Em breve publicarei mais alguns registros que o André está selecionando para ser enviado.

Agradeço ao Carlos Giacomello que possibilitou o contato e ao próprio André pelas informações.

 
 

 







Fonte das imagens: jornal Esporte Motor, jornal Club Motor, revista Grid, arquivos Paulo Tohmé, Aloísio Adib, fórum Autoracing, arquivo André Rebechi, fotos Fernando Nunes e Tales Maschio, arquivo Carlos Giacomello.

sexta-feira, 8 de março de 2013

Adeus, Rio - Final

Luiz Fernando Cruz, na Fórmula Ford em 1986, Leonel Friedrich na Fórmula 3 Sulamericana em 1992 e João Campos, na Stock Car, em 1995.
 

 

Fonte das imagens: arquivo Luiz Fernando Cruz e João Campos e revista Auto Esporte.

sábado, 17 de março de 2012

Macarronada nos pampas

O último Desafio gerou bastante discussão. Nem tanto em relação ao carro, mas sim em relação ao local. Era mesmo Tarumã, na época em que havia uma carreira de boxes para um carro cada, logo atrás dos principais. Esses boxes iniciavam junto da torre da entrada e seguiam até próximo da área onde ficava a antiga balança e o posto de abastecimento. Se não me engano foram destruídos no início dos anos 2000 e deram lugar aos carros de apoio das equipes que desde então conseguem ficar mais próximos dos boxes principais.

Falando em boxes de Tarumã, a turma deve estar sabendo de que os boxes da frente foram destruídos no início do ano para dar lugar a outros mais modernos, com capacidade para quatro carros cada. Quando houver novidades, informarei por aqui.

Bom, voltando ao carro, era mesmo um chassi Dallara, equipado com motor Alfa Romeu, da equipe de Gustavo Sommi. O registro fora feito e enviado pelo ex-kartista Roberto Mantovani com os seguintes dizeres: "naquele final de semana foi disputada uma etapa do Sulamericano de Fórmula 3 em Tarumã. No final do Domingo ví este carro dentro de um dos boxes, aqueles ao fundo. Como sempre fui muito interessado pela F3, fui ver do que se tratava e então um dos mecas do Gustavo Sommi se aproximou e disse que aquele carro seria testado no outro dia (???), Segunda-Feira, podes acreditar, alí mesmo em Tarumã! Achei legal um treino em dia posterior a corrida. Claro que não pude assistir ao treino. Mesmo trabalhando como bandeirinha nesta época, no outro dia tinha que trabalhar... Sobre o patrocínio no carro, lembro que dizia Cerâmica Zanon e Italpapelera (no aerofólio), pois ganhei inclusive uma camiseta do pessoal da equipe. Bons tempos aqueles..."

Pelo que consta o argentino Gustavo Sommi havia trazido um primeiro chassi Dallara 386, Alfa Romeu/Novamotor, que havia disputado o Campeonato Italiano em 1986. O moderno carro, que na época disputaria provas com os já ultrapassados Bertas, foi apresentado à imprensa argentina em Fevereiro de 1987. Sobre o carro reserva, que faria o treino após a prova de Tarumã, não sei se chegou a ser usado naquele mesmo ano.

Se aquela primeira temporada foi de adaptação do carro italiano às pistas da América do Sul, os anos seguintes viram um grande domínio do Dallara e da equipe de Sommi. Agora como chefe de equipe, conquistou simplesmente o bí-campeonato com Juan Carlos Giacchino em 1988 e Nestor Furlan em 1989.

Abaixo algumas imagens do carro quando foi apresentado e depois, o carro titular e o reserva na prova de Tarumã, em 1987.








Fonte das imagens: arquivo Roberto Mantovani, Aloísio Adib e revista Corsa.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Daytona

Neste final de semana aconteceu a primeira grande prova do calendário automobilístico mundial, as 24 Horas de Daytona. O canal Speed transmitiu boa parte da prova e ao final venceu o carro pilotado entre outros pelo paulista Oswaldo Negri Junior.

Vi Negri vencer uma vez, em Tarumã, 1990, derrotando o Leonel dentro de casa, sem piedade de toda a torcida que lotou o autódromo naquele dia. Era final de Outubro ou início de Novembro. Foram distribuídos adesivos comemorativos aos 20 anos do autódromo. Distribuíram também alguns postais da equipe do Negri. Mais tarde, o próprio piloto passou no Tala Larga, próximo de onde estávamos e meu irmão conseguiu o autógrafo do próprio. Está guardado em algum lugar.

Abaixo um registro do Ralt #97, vencedor em Tarumã e do campeonato de 1990.


Fonte da imagem: revista Quatro Rodas.

sábado, 15 de outubro de 2011

Habla poco pero promete bastante

Este era o comentário publicado na revista Corsa argentina sobre a estreia do gaúcho Egon Herzfeld na 3ª etapa do Campeonato Sulamericano de Fórmula 3 de 1987. A prova foi disputada em Interlagos, no dia 19 de Julho.

Egon, recem chegado da Inglaterra, onde fizera alguns testes na Fórmula 3 local, fora contratado como mecânico pela equipe chefiada por Clóvis de Moraes e que tinha Cezar Pegoraro e Pedro Bartelle como pilotos. Na ausência de Bartelle, comum devido aos vários compromissos do piloto-empresário naquele ano, Egon acabou sendo escolhido como substituto para algumas provas, começando pela etapa paulista.

Dos 19 carros que participaram dos treinos classificatórios, o primeiro brasileiro aparecia apenas na sétima posição, com Pedro Muffato. Egon largava na 13º, com o tempo de 2min43s451, contra 2min40s847 do pole position Guillermo Maldonado.

Com uma ótima largada e uma primeira volta perfeita, Egon ultrapassou oito (!) concorrentes para fechá-la na quinta posição. Por alí ficou durante alguns giros, mas acabou sendo ultrapassado, entre outros, por seu companheiro de equipe "Bocão" Pegoraro. Este, por sua vez, fazia uma corrida perfeita, chegando a ocupar a terceira posição. Entretanto acabou abandonando no final, após a quebra de uma ponta de eixo. A falta de sorte do companheiro acabou por presentear o estreante gaúcho com um lugar no pódio, fruto da sexta posição após as 19 voltas. Egon foi o primeiro brasileiro a cruzar a linha de chegada na vitória de Kissling, seguido de Croceri, Sommi, Guerra e Furlan.

Na etapa seguinte, em San Jorge, na Argentina, Egon participou novamente. Largando da 16ª posição, fez outra ótima largada, passando na primeira volta na 10ª colocação. O pole, Leonel Friedrich perdeu duas posições na largada, concluindo a prova em terceiro. Egon ainda conseguiu ultrapassar mais dois concorrentes e fechou a prova na oitava posição.

Não tenho registros da participação de Egon nas provas seguintes, mas é provável que ele tenha participado de mais duas, antes de Pedro Bartelle retomar a pilotagem do Berta VW azul e preto.

Abaixo algumas imagens que mostram a participação de Egon Herzfeld na Fórmula 3 Sulamericana. Na primeira ele é o primeiro da direita para a esquerda. Na terceira, aparece logo atrás de "Bocão" Pegoraro e na última lidera o companheiro na etapa de San Jorge.





Fonte das imagens: revista Corsa.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Rio Grande na cabeça

Na última terça lembrei da prova de abertura do Campeonato Sulamericano de Fórmula 3 de 1987. Depois, dando uma olhada nos e-mails, encontrei essas preciosidades, enviadas pelo Roberto Mantovani. São também de 1987, registros feitos durante os treinos e mostram os dois expoentes daquele período, Leonel e Maldonado. Vejam os detalhes. O cara abastecendo o carro do "Alemão" não é o Mario Biagini, que era um dos donos da equipe INI? E aquela cuia pintada no casco do gaúcho?! Era difícil aparecer nas fotos. Quem deve ter pintado esse casco foi o Marquinhos da Sprint. E a simplicidade do box do Maldonado? Se não me engano esse carro está no Museu do Fangio lá na Argentina.

Essas fotos de baú são um barato.






Fonte das imagens: arquivo Roberto Mantovani.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Caminhada para o título

26 de Abril de 1987, autódromo de Cascavel, Paraná. 1º Etapa do Campeonato Sulamericano de Fórmula 3. Aquela era a quinta temporada da principal categoria do continente, que até então acompanhara um massacrante domínio argentino, tanto em pilotos, motores, chassis, etc. As apostas para o quinto título mostravam nomes conhecidos como Maldonado, Sommi, Croceri, Kissling, entre outros, mas o gaúcho Leonel Friedrich seria o responsável por escrever a história daquele campeonato de forma diferente.

Competindo pela equipe argentina INI, Leonel tinha um bom equipamento em mãos e teria de dar o melhor de sí para sonhar mais alto naquela temporada e a prova de Cascavel acabou sendo a oportunidade perfeita.

Apenas 16 pilotos estavam inscritos naquela prova. 12 argentinos e apenas quatro brasileiros (Leonel, "Bocão" Pegoraro, Pedro Bartelle e Pedro Muffato). O campeão de 1986, Maldonado, dominou os treinos e marcou a pole position com o tempo de 1min02s21. Croceri largava em segundo com 1min02s75. Abrindo a segunda fila estava o gaúcho Leonel, com 1min02s77.

Com a primeira fila dominada pelos "hermanos", parecia que o público assistiria mais uma vitória argentina, mas já na largada o jogo começava a virar. Com uma largada espetacular, Leonel conseguiu chegar na curva 1 disputando posição com Maldonado e o ultrapassou por fora, assumindo a ponta. Por lá esteve durante 10 voltas, sempre mantendo Maldonado pouco mais de um segundo atrás. E foi na volta 11 que parecia que tudo estaria perdido. Ao passar por uma mancha de óleo na entrada da curva 2, feita em última marcha, o Berta #6 da Ipiranga derrapou e Maldonado acabou ultrapassando o gaúcho. Por instantes ele pensou estar com um pneu furado e quase entrou nos boxes, o que acabaria com suas chances na prova, mas logo depois se deu conta do que havia acontecido e tratou de buscar a aproximação a Maldonado. Leonel conseguiu se aproximar, mesmo com o argentino fazendo sua melhor volta na prova. E por uma ironia do destino, aquela mesma mancha de óleo seria a aliada de Leonel. Na volta 18 Maldonado passou por sobre a mancha e Leonel retomou a liderança para não mais perdê-la. Além disso marcou a melhor volta da prova (40ª) com 1min02s72, tempo melhor do que conquistado na classificação.

Leonel venceu seguido de Maldonado, Croceri, Benamo, Sommi, Furlan, Scarazzini, Bartelle, Muffato e Cingolani, os 10 primeiros.

O resultado final do campeonato todos sabem, Leonel sagrou-se campeão, mostrando que a pilotagem brasileira em nada devia aos vizinhos castelhanos.





Fonte das imagens: revista Corsa.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Renovação

Fechando o baú do Aloísio Adib, hoje publico as últimas enviadas por ele. A primeira mostra o carro do "Bocão" Pegoraro em Tarumã, 1984. Na sequência, três registros da Fórmula 3 de 1987, ano do campeonato de Leonel Friedrich. É possível ver os novos carros que chegavam na categoria como o italiano Dallara, de Gustavo Sommi e os ingleses Reynards de Pedro Passadore e o outro que creio era do José Luiz di Palma. Aparecem também alguns Bertas e Muffatões de Fernando Croceri (#9), Guillermo Maldonado (#1), Miguel Angel Guerra (#3), Leonel Friedrich (#6), Pedro Muffato (#20) e Nestor Furlan (#36).





Fonte das imagens: Aloísio Adib.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Navegando pela web...

...encontrei dois registros de uma época, não muito distante, em que ainda tínhamos uma boa disputa e um bom grid para a principal categoria do continente, a Fórmula 3 Sulamericana. O primeiro é do Constantino Júnior, em Tarumã 1992 e o segundo do Nestor Furlan em Guaporé, 1995.



Fonte das imagens: www.gabrielfurlan.com e www.amirnasr.com.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Fechando a Fórmula 3 de 91

Hoje fecho o grid da Fórmula 3 Sulamericana de 20 anos atrás. Ao todo, contei 25 carros e pilotos naqueles folders encontrados nos meus arquivos. Entre os carros havia Dallaras, Reynards e Ralts. Os motores eram Volkswagem, Alfa Romeu, Honda e Toyota. Entre os pilotos a maioria era de brasileiros, com 16 representantes. Os argentinos eram 8 e havia um italiano também. De todos esses alguns poucos permaneciam na categoria desde aquele primeiro encontro em Tarumã em Outubro de 1982. Era o caso dos brasileiros "Bocão" Pegoraro, Leonel Friedrich, Dárcio dos Santos e Pedro Muffato e do argentino Guillermo Kissling.