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terça-feira, 16 de abril de 2013

Foi notícia em 1983

Os gaúchos marcaram presença nos dois campeonatos nacionais de monopostos daquele ano.

Na Fórmula 2 Brasil, os gaúchos conquistaram quatro vitórias. "Bocão" Pegoraro venceu em Guaporé, "Chico" Feoli foi o melhor em Brasília e Leonel Friedrich levou as etapas de Cascavel e Jacarepaguá.






Na Fórmula Ford, Egon Herzfeldt venceu as duas primeiras provas do campeonato, em Guaporé e Tarumã, antes de abandonar a categoria por falta de patrocínio. Em Tarumã havia feito a pole, porém uma batida no treino de aquecimento o fez largar do box. Ultrapassou nada menos do que 26 concorrentes e venceu.
 
Com sua desistência, o caminho ficou livre para outro gaúcho, João Alfredo Ferreira, o "Baguncinha", conquistar o título de Campeão Brasileiro de 1983. Ele venceu quatro provas, em Interlagos, Jacarepaguá, Goiânia e Brasília.


 
Fonte das imagens: revista Quatro Rodas, arquivos Francisco Feoli, Pietro Tebaldi e Cezar Pegoraro.
 

sábado, 15 de outubro de 2011

Habla poco pero promete bastante

Este era o comentário publicado na revista Corsa argentina sobre a estreia do gaúcho Egon Herzfeld na 3ª etapa do Campeonato Sulamericano de Fórmula 3 de 1987. A prova foi disputada em Interlagos, no dia 19 de Julho.

Egon, recem chegado da Inglaterra, onde fizera alguns testes na Fórmula 3 local, fora contratado como mecânico pela equipe chefiada por Clóvis de Moraes e que tinha Cezar Pegoraro e Pedro Bartelle como pilotos. Na ausência de Bartelle, comum devido aos vários compromissos do piloto-empresário naquele ano, Egon acabou sendo escolhido como substituto para algumas provas, começando pela etapa paulista.

Dos 19 carros que participaram dos treinos classificatórios, o primeiro brasileiro aparecia apenas na sétima posição, com Pedro Muffato. Egon largava na 13º, com o tempo de 2min43s451, contra 2min40s847 do pole position Guillermo Maldonado.

Com uma ótima largada e uma primeira volta perfeita, Egon ultrapassou oito (!) concorrentes para fechá-la na quinta posição. Por alí ficou durante alguns giros, mas acabou sendo ultrapassado, entre outros, por seu companheiro de equipe "Bocão" Pegoraro. Este, por sua vez, fazia uma corrida perfeita, chegando a ocupar a terceira posição. Entretanto acabou abandonando no final, após a quebra de uma ponta de eixo. A falta de sorte do companheiro acabou por presentear o estreante gaúcho com um lugar no pódio, fruto da sexta posição após as 19 voltas. Egon foi o primeiro brasileiro a cruzar a linha de chegada na vitória de Kissling, seguido de Croceri, Sommi, Guerra e Furlan.

Na etapa seguinte, em San Jorge, na Argentina, Egon participou novamente. Largando da 16ª posição, fez outra ótima largada, passando na primeira volta na 10ª colocação. O pole, Leonel Friedrich perdeu duas posições na largada, concluindo a prova em terceiro. Egon ainda conseguiu ultrapassar mais dois concorrentes e fechou a prova na oitava posição.

Não tenho registros da participação de Egon nas provas seguintes, mas é provável que ele tenha participado de mais duas, antes de Pedro Bartelle retomar a pilotagem do Berta VW azul e preto.

Abaixo algumas imagens que mostram a participação de Egon Herzfeld na Fórmula 3 Sulamericana. Na primeira ele é o primeiro da direita para a esquerda. Na terceira, aparece logo atrás de "Bocão" Pegoraro e na última lidera o companheiro na etapa de San Jorge.





Fonte das imagens: revista Corsa.

sábado, 5 de março de 2011

Chassi à la Herzfeldt

Acertou em cheio quem identificou o carro do Egon Herzfeld que havia sido comprado pelo paulista Ernesto Zogbi. Há muitas dúvidas em relação à origem desse chassi e o Luiz Borgmann, que enviou o Desafio nos traz mais informações.

"Egon Herzfeldt com o F-Ford Bino, segundo alguns dizem, teria um chassi tubular construído por ele mesmo, cópia do Bino, ou seria mesmo um Bino com alterações na distribuição de peso, posição de pilotagem mais à frente, etc. Alguns fofoqueiros de plantão chegaram até mesmo a dizer que havia uma ação judicial (?) reivindicando a autoria na construção daquele chassi vencedor, mas afinal, quem sabe da história verídica é o próprio Egon. Ernesto Zogbi era um piloto e médico paulista que participava esporadicamente na categoria, e também no torneio nacional de turismo Ford Corcel II, e comprou o monoposto de Egon pelo valor (na imprensa) de Cr$ 5 milhões no ano de 1983, com direito a assessoria de pista no restante da temporada brasileira da F-Ford. Um Monza 1.8 zero km na época custava Cr$ 4 milhões. Na foto, portanto, aparece Ernesto Zogbi saboreando seu Formula Ford ex-Egon em Interlagos, quando correu pela primeira vez com o carro, ficou em segundo no grid (3s atrás de Baguncinha), e concluiu na 2a. posição, satisfeitíssimo com o resultado. Onde foi parar este carro?"

Abaixo uma sequência de imagens, mostrando o carro nas mãos de Egon em 1981, 82, 83, quando correu as duas primeiras provas e na última, já com Zogbi.





Fonte das imagens: revistas Auto Esporte e Quatro Rodas.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Domínio Gaúcho na Fórmula Ford

Como é sabido de muitos, a gauchada dominou por muitos anos o Brasileiro de Fórmula Ford. Em 1981 não foi muito diferente. Walter Soldan (#2), João Alfredo Ferreira (#22), Luis Alberto de Castro (#8) e Egon Herzfeldt (#5) venceram provas naquele ano e conquistaram as três primeiras posições na tabela do campeonato, com Egon campeão, "Castrinho" vice e Soldan em terceiro. Só feras.

Abaixo vários momentos daquela temporada, cortesia do nosso amigo "Caranguejo".








Disse o "Caranguejo" que a cara do Voltaire Moog e do Artur Bragantini na última imagem era o reflexo do domínio que Egon Herzfeldt impunha na categoria, terminando com as vitórias da Equipe Gedore. No ano anterior, Bragantini tinha sido campeão após vencer todas as oito provas do campeonato.

Fonte das imagens: revista Auto Esporte - arquivo Henrique Mércio.

sábado, 25 de julho de 2009

Gaúcho na Jim Russell

Há duas semanas tive uma grata surpresa durante os preparativos para entrar no ar no programa Bate Roda lá na Band AM. Conversando com o Oscar Moreira, na porta do estúdio, questionei quem mais estaria no programa e ele respondeu que o Luiz Fernando Cruz já estava chegando. Fiquei muito feliz com a notícia, já que estava tentando um contato com ele há algum tempo.

Mais feliz ainda fiquei ao saber que o Cruz já tinha sido avisado da minha presença e havia preparado um extenso material para publicar aqui no blog. Ele levou num pen drive praticamente toda a sua história no automobilismo.

Admiro muito o Cruz, pois ele conseguiu se destacar não apenas dentro das pistas e fez isso dentro e fora do Brasil. Histórias não faltam para esse grande piloto-engenheiro e como não podia deixar de ser, vou tentar contar um pouco da trajetória dele no esporte.

Luiz Fernando Cruz começou no kart em 1976 fazendo dupla com Jorge Fleck e já na terceira prova dele conquistou a sua primeira vitória nas 100 Milhas de Tarumã com o kart da imagem abaixo.


A seguir mais um registro daquele kart, agora em 1977, durante o Campeonato Brasileiro de Kart em Brasília.


Em 1978 Cruz decidiu que era hora de um voo mais alto. Com a ajuda da antiga PANAM, conseguiu patrocínio para chegar à Inglaterra e se inscreveu na Jim Russell Racing Drivers School, famosa escola de pilotagem por onde já haviam passado vários brasileiros, entre eles Emerson Fittipaldi e José Carlos Pace. Fiquei surpreso com essa informação e por isso achei que seria legal utilizar a imagem abaixo no último Desafio. Não sabia dessa tentativa do Cruz na Europa antes de 1987.


Com o carro acima, um Van Diemen, Cruz participou da prova com todos os alunos e venceu, mostrando que tinha talento para seguir em frente e conseguir um lugar em uma equipe. Apesar do bom desempenho, o piloto teve de voltar ao Brasil, pois precisaria de um bom patrocínio para continuar por lá. O sonho assim ficava adiado para mais tarde.

De volta ao Rio Grande do Sul, Cruz retornou para o kart e fez parceria com o piloto Alexandre Cabral que conseguiria o patrocínio do Jeans Lee para ambos. Naquela época a Gledson patrocinava praticamente todas as modalidades do esporte a motor no Brasil, kart, motos, fórmulas e carros de turismo e a Lee não queria ficar atrás. Esse encontro da Lee com Luiz Fernando Cruz seria fundamental para os anos que se seguiriam.

Abaixo um registro de uma prova em 1980 em Tarumã, quando Cruz bateu o recorde da pista para a categoria 125cc.

Agora mais uma imagem de Brasileiro, agora em Foz do Iguaçu, 1980.


Embora ele diga que a imagem abaixo não faça parte de sua carreira como piloto, não poderia deixar de fora sua participação na última etapa do Gaúcho de Fiat 147 de 1981. Vejam a "coragem" do piloto encarando de frente as telas de Guaporé.


No ano seguinte, Cruz deixaria seu nome registrado no Kartódromo de Tarumã com mais um recorde na categoria 125cc, desta vez no Panamericano.


Ainda em 1982 ele faria sua estreia nos monopostos, na Fórmula Ford, formando a Equipe Lee com Egon Herzfeldt. Sua primeira prova foi a terceira daquela temporada, disputada em Goiânia e de cara marcou o segundo tempo, atrás apenas de Egon que dominava naquele ano.



Nas imagens abaixo, pode-se ver cenas raras daquela temporada: alguém andando à frente de Egon. Na segunda, Cruz lidera, seguido de Egon, Maurizio Sala, Afonso Rangel e João Alfredo Ferreira.



Cruz venceu a última etapa do Gaúcho em Guaporé e conquistou o vice campeonato, atrás apenas de Egon.

Já naquele ano, Cruz começava a aplicar seus conhecimentos da Engenharia no chassi Bino de Fórmula Ford. Aquele seria só o primeiro. Muito mais ainda estava por vir.


Essa história continua em breve.

Fonte das imagens: arquivo Luiz Fernando Cruz e Anuário Fiat 1981.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Arquivos de Cascavel V

Mais imagens dos arquivos do Pietro Tebaldi, lá de Cascavel. Hoje o tema é Fórmula Ford. Em ordem cronológica.

A primeira é em Tarumã, deve ser 1972, mas os pilotos não consegui identificar.


Agora Cascavel, talvez 1977. Henrique Damo desvia de alguém atravessado na pista.


Essa é sensacional. Um bolo de "baratinhas" chegando da antiga Ferradura em Interlagos, 1980. Entre eles os dois carros da equipe Ipiranga Super Seleto #9 Jorge Martinewski e #100 Walter Soldan.


Encerrando de volta à Cascavel, 1982. Primeira fila gaúcha, com o #1 Egon Herzfeld, com o #22 João Alfredo Ferreira ao seu lado. Em quarto, ao lado do paranaense Afonso Rangel, saia o #5 Luiz Fernando Cruz.


Demais.

Fonte das imagens: arquivo Pietro Tealdi.

sábado, 12 de julho de 2008

Egon Herzfeldt acelerando um F-Fiat

É impressionante o conhecimento e a memória dos blogueiros que por aqui passam. Todos que comentaram acertaram a resposta do último Desafio. Era o "Alemão" Egon Herzfeldt, que mais uma vez dava prova da sua competência e capacidade de adaptação a qualquer tipo de carro.

A prova em questão ocorreu em Tarumã no dia 28 de Novembro de 1982 e deu o título ao piloto catarinense Renato Naspolini, após este vencer a disputa com o piloto gaúcho. Na primeira bateria Naspolini, que tinha problemas de temperatura do motor, teve de contar com a sorte para chegar em terceiro. José David quebrou na primeira volta e Marcos De Sordi bateu na última. Ao cruzar a linha de chegada o motor do catarinense quebrou e ele foi obrigado a substituí-lo para a segunda bateria.

Na segunda José David venceu, com Naspolini em segundo. Na sexta volta o carro de Antônio Pedro Rocha capotou, felizmente sem maiores consequências.

O resultado final da prova teve Naspolini em primeiro, Egon em segundo e José David em terceiro.

Me lembro que em 1981 a Equipe Jardim Itália que tinha dois 147 pensou em colocar os seus dois pilotos "Janjão" Freire e Renato Conill para participar da Fórmula Fiat também. Isso chegou a ser anunciado nos jornais, mas não se concretizou.

Segue abaixo, mais uma vez, a imagem do carro do "Alemão".


Fonte da imagem: arquivo Luiz Borgmann.

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Mais Egon Herzfeldt

Em 1990, Egon participou do Gaúcho de Marcas, nova denominação para o Regional de Turismo. Fez dupla com Amadeo Moller e com o "Magro" Walter Soldan. Não tenho certeza, mas acho que ficou com o vice-campeonato, atrás do Vitor Hugo Castro. No ano seguinte conseguiria o bí-campeonato, fazendo dupla novamente com o Soldan.

Nos campeonatos brasileiros da década de 90, participou do Marcas e Pilotos e, fazendo dupla com o Vicente Daudt, foi o último campeão em 94. Tal campeonato teria continuidade apenas dez anos depois. Também correu na Stock Car com um Chevrolet Omega e tenho quase certeza que correu uma prova de monopostos em Tarumã, se não me engano Fórmula Chevrolet.

Egon continua na ativa, preparando carros e motores para várias categorias, desde o kart, passando pelo Gaúcho de Marcas até a Pick-up Racing.

Ver o Egon em ação nas pistas e ir para casa com um sorriso no rosto exclamando "valeu o ingresso" era algo muito comum naquela época.

Bons e velhos tempos...

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Egon Herzfeldt

Continuando com a resposta do Desafio da semana passada, dedico um tempo para falar de outro "bota", daqueles que levantava o público das arquibancadas com suas brilhantes atuações. O currículo do Egon Herzfeldt é tão extenso e vitorioso que seria injusto tentar resumir em poucas palavras. Me deterei então apenas a divulgar imagens e comentar alguns momentos da carreira desse verdadeiro ás do volante.

Os registros que encontrei informam que o "Alemão" começou na Fórmula Ford em 1979. Sua equipe naquela modalidade era composta por ele, o pai Geraldo e o amigo Paulinho "Gordo". Em 81 tinha o patrocínio da Importadora Americana e vivia praticamente dos prêmios que a Ford pagava aos vencedores e participantes do campeonato. E foi assim que conquistou seu primeiro campeonato, vencendo pilotos como Artur Bragantini, Walter Soldan, Luís Alberto de Castro, Voltaire Moog, Maurizio Sala, João Alfredo Ferreira, entre outros.

Em 82, já com o apoio da Lee, dominou o campeonato e se sagrou bí-campeão. Além do brasileiro foi também campeão gaúcho. Em 83, após vencer as duas primeiras etapas do campeonato, mesmo sem patrocínio, retirou-se da categoria, vendendo seu carro para o piloto paulista Ernesto Zogbi. Numa dessas provas, em Tarumã, venceu após sair da última posição e ultrapassar outros 26 concorrentes.

Em 85 participou do Brasileiro de Marcas e Pilotos, correu algumas provas do Brasileiro de Fórmula Ford e ainda estreou no Regional de Turismo, nas 6 Horas de Guaporé. Neste último campeonato correu sempre de Escort. Teve como parceiros Antônio Ody, Victor Steyer, Augusto Mocelin, Walter Soldan, João Campos (com o qual foi campeão em 89), entre outros.








As quatro primeiras imagens mostram provas da Fórmula Ford em 81, 82, 83 e 85. As restantes mostram o Escort #11 e a dupla campeã do Regional de Turismo de 89.

Amanhã mais do "Alemão" Egon aqui no blog.