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sábado, 27 de fevereiro de 2010

Fórmula Uno

O Desafio da última semana, cortesia do Secretário Henrique da sucursal da Campanha, foi fácil. Mostrava o Uno #25 do piloto da cidade de Dom Pedrito, Gabriel Da Cas, durante prova da Fórmula Uno em Cascavel no ano de 1993. A turma acertou até as sombras que apareciam na imagem.

Gabriel foi um piloto com passagens rápidas pelo automobilismo. Pelo que se tem registro, fez algumas provas no Gaúcho de Divisão 1 com um Dodge 1800 #64 na Classe B, isso em 1974. Depois apareceu no Brasileiro de Fórmula Ford em 1977, competindo com um chassi Bino, voltando no início dos anos 90 para a Fórmula Uno, onde ficou por umas duas ou três temporadas. O piloto chegou a vencer duas provas da Classe B em 1993, em Tarumã e no Rio de Janeiro.

A Fórmula Uno foi lançada em 1992, promovida pela própria Fiat. Os carros eram os Uno 1.6R, com todos os motores preparados e sorteados pela Greco Competições. A primeira etapa daquela temporada aconteceu em Tarumã, no dia 12 de Abril, debaixo de chuva e teve a vitória do gaúcho Aroldo Bauermann. Aroldo era um dos nomes que haviam vivido a experiência no inesquecível campeonato dos Fiat 147. Ele conseguiu, ali mesmo em Tarumã, deixar para trás a guerra entre os carros da Milano e Jardim Itália para vencer. Daquela época, nomes como Áttila Sipos, Alexandre Negrão, Renato Conill, Luiz Otávio Paternostro, voltariam para participar agora com o Uno.

O sucesso da categoria foi tanto, que já no final da primeira temporada o grid chegava a quase 50 carros. Pilotos de todas as categorias nacionais chegavam para aumentar ainda mais a lista de inscritos. Chico Serra, Paulo Gomes, Ingo Hoffmann, Fabio Sotto Mayor, Toninho da Matta, Leonel Friedrich, todos faziam a festa por onde passavam. A criação de uma Classe B era inevitável e foi feita em 1993. No ano seguinte a categoria Turbo era criada e nela estava a nata do automobilismo nacional. Além dela, havia ainda as categorias Graduados e Novatos. A partir de 1996 o Palio foi lançado e introduzido no festival de velocidade. A primeira prova foi também em Tarumã e teve vitória de Renato Conill com Leonel Friedrich fazendo a dobradinha dos gaúchos.

Muitos foram os gaúchos que participaram das categorias da Fiat nesse período. Entre eles, os já citados Aroldo Bauermann, Renato Conill, Leonel Friedrich, Gabriel Da Cas e Cezar Pegoraro, Henrique Damo, Maria Cristina Rosito, Ronaldo Ely, Paulo Scolari, Nelson Bazzo, Waldir Buneder, João Campos, José Mario de Castilho, Alexandre Conill, Jorge Fleck, Luis Alberto de Castro, Vitor Hugo Castro entre outros.

A Fiat volta às pistas neste ano com o Linea. Acho que vem coisa boa por aí.






Fonte das imagens: revista Auto Esporte e jornal Esporte Motor.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Enchendo linguiça

A verdade é essa. Nos últimos dias o Blog ficou em terceiro ou quarto plano. O trabalho está a mil, o MBA que estou concluindo requer uma dose extra de dedicação, a família não pode deixar de ter sua merecida atenção. Assim o Blog vai se virando como e quando pode.

Não quero deixar ninguém sem sua visita diária, afinal estamos próximos dos 100.000 acessos. Se eu ganhasse R$ 1,00 por cada um deles estaria muito feliz. Como não ganho, o negócio é se virar com o que aparece.

No meio de uma vasculhada básica nos arquivos, encontrei alguns registros de um cara que vez ou outra aparece por aqui. Recentemente ele foi citado quando falei do Renato Conill. Estou falando dele senhores, um dos melhores de todos os tempos, Leonel Friedrich.




Essas três imagens são dos últimos anos do "Alemão" nas pistas: 1992, 93 e 94. Ele ainda faria mais duas temporadas. Vou ver se encontro uma imagem dele correndo de Palio.

Fonte das imagens: revista Auto Esporte.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Renato Conill - Continuação

A imagem de Renato Conill entre os fãs, mesmo com a entrada dos anos 90, ainda estava muito associada com os pegas da extinta categoria dos Fiat 147. Não só ele, é claro. Outros pilotos do restante do país como Áttila Sipos, Luis Paternostro, Alexandre Negrão, Rogério dos Santos, entre outros, vez ou outra eram citados quando o assunto era o inesquecível empurra-empurra com os carrinhos da Fiat.

Pois em 1992 a Fiat decidiu que era hora de reunir seus carros mais uma vez na pista, porém o modelo utilizado seria o Uno 1.6R. Já na prova de estreia em Tarumã, outro piloto daquela época foi o vencedor, Aroldo Bauermann, com outro fera, Áttila, em terceiro. Era o que faltava para motivar muitos pilotos a retornar às pistas. Conill foi um deles, voltando a acelerar o carro #48 no ano seguinte, trazendo com ele Leonel Friedrich na equipe Taurus. Em 1993, Conill ainda teve a companhia do filho Alexandre, que estreava na classe Novatos daquela categoria.


Nos anos de 1994 e 95, Conill competiu na classe Turbo para os pilotos mais graduados. Chegou a conseguir bons resultados.


Em 1996 com o lançamento mundial do Palio, Conill seguiu na pilotagem do #48, que na época tinha a preparação do "Niquinho". Com essas "armas", Conill conseguiu ótimos resultados, derrotando uma série de grandes pilotos na etapa de Tarumã daquele ano, trazendo na cola o companheiro Leonel, para delírio da torcida gaúcha.



1997 foi o último ano de Conill no automobilismo como piloto. Seguiu competindo com o Palio no Campeonato Brasileiro...


... e apareceu nas 12 Horas de Tarumã, com este carro aí embaixo, o antigo Uno Turbo, fazendo um trio com o filho Alexandre e com Vicente Daudt. Eles concluíram a prova na 10ª posição no geral. Que tenho notícia, esta foi a última prova de Conill como piloto.


Se não estou enganado, há poucos anos ele chegou a atuar como comentarista na TV da categoria Maserati. Vou confirmar.

Renato Conill foi um dos grandes pilotos gaúchos de todos os tempos. Competiu em uma época de outros tantos grandes nomes do automobilismo gaúcho e brasileiro e mostrou sua competitividade e talento dentro e fora do estado. Conill é mais um da minha lista de "botas".

Fonte das imagens: jornal Esporte Motor, revista Esporte Motor, livro Tarumã e arquivo pessoal.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Aroldo Bauermann - Final

Com a mudança do regulamento do Campeonato Brasileiro de Marcas de 1989 para 1990, Aroldo Bauermann, deixou de lado a idéia de competir com um Fiat Uno e, como fez a maioria do grid, optou por um carro da Volkswagen (Voyage). Seu parceiro em boa parte das provas foi Ronaldo Ely, mas acho que ele também correu com o Almir Donato, a confirmar.


No ano seguinte, dividiria a pilotagem com Maria Cristina Rosito e também com Egon Herzfeldt, sempre a bordo do Voyage.


Para 1992, a Fiat traria de volta a idéia de um campeonato nacional, com um regulamento limitado, privilegiando as disputas, como entre os anos 79 e 82, que entraram para a história do automobilismo brasileiro. Junto com a Fiat, que apresentava a categoria Fórmula Uno, viriam também pilotos que haviam competido naquela época, como o próprio Aroldo. E foi justamente ele que venceu a prova de estréia da categoria, disputada em Tarumã, debaixo de chuva.



Aroldo competiu na Fórmula Uno de 92 a 95, conquistando poles, melhores voltas e vitória, em meio aos principais pilotos daquela época. Após a substituição do Uno pelo Palio, competiu por mais dois anos (96 e 97) quando se afastou das pistas...


...retornando em 2003 nas Mil Milhas de Interlagos, competindo com um Aldee Spyder. Em 2005 teve a chance de pilotar um Porsche GT3 na mesma prova e juntamente com Ricardo Maurício, Ricardo Etchenique e Sérgio Magalhães Filho, conquistou o primeiro lugar na categoria GT e o quarto na geral, sendo esta sua última participação oficial no automobilismo.



Termina aqui mais uma retrospectiva, que há muito eu estava querendo fazer. Aroldo Bauermann foi um piloto muito arrojado, vencedor de muitas provas ao longo dos seus mais de 30 anos de pilotagem.

Fonte das imagens: http://www.bauermannracing.com.br/, jornal Esporte Motor e jornal Zero Hora.