Hoje continuo com um resumo da trajetória vitoriosa do Waldir Buneder nas pistas.
A estreia com um pódio no Regional de Turismo no final do campeonato de 1985, quando fez dupla com Jorge Fleck, era uma mostra do talento do ex-kartista que agora entrava com tudo no automobilismo. Para o campeonato de 1986 a dupla trocaria o Gol por um Passat, mas permaneceria junta por apenas três etapas, quando Fleck acabou cedendo seu lugar a Anor Friedrich. Até a terceira etapa, Buneder e Fleck vinham em terceiro na tabela e a entrada de Anor no time tornaria as coisas ainda melhores.
Para a quarta etapa, disputada em Guaporé, o grid do campeonato, que estava apenas no segundo ano, já chegava aos 33 carros e a dupla do Passat #6 conseguiu sua primeira vitória. A quinta etapa em Tarumã, agora com 37 carros inscritos, veria a segunda vitória consecutiva de Buneder e Anor, que os colocava na briga pelo título de 86.
Ao final do campeonato, Buneder ainda venceria as 12 Horas de Tarumã, com Anor e Serge Buchrieser e conquistaria o título sozinho, já em sua primeira temporada completa.
De novato à revelação em pouco menos de um ano, Waldir Buneder entrava em 1987 com a responsabilidade de carregar o número 1 em seu Passat. Para isso formou dupla com o experiente piloto José Francisco Soares Bammann na equipe Atlantic F1 Super. O Regional de Turismo já era destaque nacional, alinhando em torno de 40 carros por prova. Os melhores nomes do automobilismo gaúcho estavam presentes e se havia alguma dúvida sobre o talento e a competência de Buneder nas pistas, o bí-campeonato conquistado ao final daquele ano o colocaria definitivamente entre os melhores de sua época.
A parceria com Bammann continuaria para 1988. Apesar de não repetir o sucesso do ano anterior, a dupla obteve vitórias na terceira, quarta e sexta etapas das nove disputadas, ficando em quarto lugar no campeonato.
1989 seria um ano de mudanças para Buneder, começando pelo parceiro de pilotagem. No lugar de Bammann, entraria Antônio Sartori, que voltava à ativa num esquema bastante competitivo. O Passat dava lugar ao Voyage. A dupla chegou a obter vitórias na terceira e sétima etapas, mas não conseguiu bater a dupla do Escort #11, João Campos e Egon Herzfeldt, ficando assim com o vice-campeonato. Ainda naquele ano, Buneder daria um novo rumo na carreira, iniciando sua participação num campeonato nacional, mas isso é assunto para o próximo post.
Abaixo imagens do período entre 1986 e 89, sempre no Campeonato Regional de Turismo.
Fonte das imagens: revista Quatro Rodas, jornal Esporte Motor, jornal Zero Hora e arquivo Ricardo Trein.
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terça-feira, 19 de julho de 2011
sábado, 29 de janeiro de 2011
Repneus
A turma está afiada nesse ano. Não deixam passar nenhum Desafio. O Paulo Schutz e o "Catô" Belleza acertaram os pilotos do adesivo da Repneus, aquele que está lá na caixa de ferramentas dos Hoerlle.
Os pilotos eram mesmo os irmãos Jorge e Sérgio Fleck, respectivamente nos karts #9 e #10. Isso foi lá por 1976 e o próprio Fleck me deu mais detalhes, inclusive falando sobre a participação do Luiz Fernando Cruz na equipe.
"A Repneus era nossa equipe de kart da época. A história interessante é que o Cruz foi contratado oficial e formalmente como piloto da equipe. Acho que foi o primeiro contrato profissional do automobilismo gaúcho. Cabia a ele os testes, treinos e desenvolvimento de acertos que o meu irmão Sergio criava. Também tínhamos como preparador mecânico o "Arara" (Paulo Araújo) , antigo piloto de motos multi campeão com Yamaha/Motoryama. Na época, comecei a ficar pesado e construimos um kart com tudo que era possível em duralumínio. Baixamos uns 5 ou 6 kgs no kart. Com isso, em dupla com o Cruz, vencemos a última etapa do Campeonato de 76 me sagrando Bi-Campeão Gaúcho. Histórias dos bons tempos."
O primeiro título do Fleck no kart veio em 1973, mas seu início foi dois anos antes, como ele mesmo lembra.
"Meu primeiro ano foi em 71, acho, tenho que ver melhor. A equipe era FLEBAS Competições, Fleck, Bastian Competições, nome que nunca pegou por que o Bastian era mais velho que eu, apenas ficou assim porque fui eu que tive a ideia. Andávamos os dois no mesmo kart, um Mini deitado, comprado do "Schmitão", marido da Joice, na época jornalista de automobilismo na ZH."
Daí lembrei que tinha um registro do kart do Fleck, um chassi COX modificado, com o Cruz ao volante, naquela prova em 1976, as 100 Milhas de kart de Tarumã, que deu o segundo título ao Fleck. Na frente do kart aparece a inscrição RENOPPAL e mais uma vez o Fleck esclareceu.
"A RENOPPAL, Renovadora de Pneus Porto Alegrense, foi comprada pela Renovadora de Pneus Santamariense, que virou REPNEUS, tudo ideias do tio aqui que viraram logo das empresas."
Caramba, tem história esse Fleck...
Valeu, Fleck!
Fonte das imagens: arquivo pessoal e Luiz Fernando Cruz.
Os pilotos eram mesmo os irmãos Jorge e Sérgio Fleck, respectivamente nos karts #9 e #10. Isso foi lá por 1976 e o próprio Fleck me deu mais detalhes, inclusive falando sobre a participação do Luiz Fernando Cruz na equipe.
"A Repneus era nossa equipe de kart da época. A história interessante é que o Cruz foi contratado oficial e formalmente como piloto da equipe. Acho que foi o primeiro contrato profissional do automobilismo gaúcho. Cabia a ele os testes, treinos e desenvolvimento de acertos que o meu irmão Sergio criava. Também tínhamos como preparador mecânico o "Arara" (Paulo Araújo) , antigo piloto de motos multi campeão com Yamaha/Motoryama. Na época, comecei a ficar pesado e construimos um kart com tudo que era possível em duralumínio. Baixamos uns 5 ou 6 kgs no kart. Com isso, em dupla com o Cruz, vencemos a última etapa do Campeonato de 76 me sagrando Bi-Campeão Gaúcho. Histórias dos bons tempos."
O primeiro título do Fleck no kart veio em 1973, mas seu início foi dois anos antes, como ele mesmo lembra.
"Meu primeiro ano foi em 71, acho, tenho que ver melhor. A equipe era FLEBAS Competições, Fleck, Bastian Competições, nome que nunca pegou por que o Bastian era mais velho que eu, apenas ficou assim porque fui eu que tive a ideia. Andávamos os dois no mesmo kart, um Mini deitado, comprado do "Schmitão", marido da Joice, na época jornalista de automobilismo na ZH."
Daí lembrei que tinha um registro do kart do Fleck, um chassi COX modificado, com o Cruz ao volante, naquela prova em 1976, as 100 Milhas de kart de Tarumã, que deu o segundo título ao Fleck. Na frente do kart aparece a inscrição RENOPPAL e mais uma vez o Fleck esclareceu.
"A RENOPPAL, Renovadora de Pneus Porto Alegrense, foi comprada pela Renovadora de Pneus Santamariense, que virou REPNEUS, tudo ideias do tio aqui que viraram logo das empresas."
Caramba, tem história esse Fleck...
Valeu, Fleck!
Fonte das imagens: arquivo pessoal e Luiz Fernando Cruz.
quarta-feira, 13 de janeiro de 2010
No capricho!
E-mail recebido do Marcelo Vieira na última semana.
"Oi Sanco, tudo certo?
Amigo, estou te mandando umas fotos que um amigo meu tinha do Campeonato Regional de Turismo de 1989, equipe Valvoline, Voyage #62 do Jorge Fleck e do Luiz Carlos Ribas. Essa prova foi em Guaporé. Foi a primeira prova depois da morte do meu pai (o preparador Marcos Vieira). A equipe era bem organizada e uniformizada. Nas fotos aparecem eu, o alemão Vilmar, o Darlan, filho dele, o Alexandre, Luiz, Zé e acredite: eu que fiz esse motor! Era bala! O chefe de equipe era o Luiz Eduardo Moreira que trabalhou em várias rádios da capital, jornalista gente fina! Esse Voyage era um capricho que vou te contar...
Abração,
Marcelo Vieira."
Na imagem abaixo o Marcelo é o terceiro da esquerda para a direita.
O motor devia ser uma bala mesmo, pois após um começo de temporada ruim com o Passat, a equipe decidiu por correr com o Voyage. A partir daí a dupla Fleck/Ribas terminou todas as provas entre os 10 primeiros, concluindo o campeonato na terceira posição.
Valeu, Marcelo!
Fonte das imagens: arquivo Marcelo Vieira.
"Oi Sanco, tudo certo?
Amigo, estou te mandando umas fotos que um amigo meu tinha do Campeonato Regional de Turismo de 1989, equipe Valvoline, Voyage #62 do Jorge Fleck e do Luiz Carlos Ribas. Essa prova foi em Guaporé. Foi a primeira prova depois da morte do meu pai (o preparador Marcos Vieira). A equipe era bem organizada e uniformizada. Nas fotos aparecem eu, o alemão Vilmar, o Darlan, filho dele, o Alexandre, Luiz, Zé e acredite: eu que fiz esse motor! Era bala! O chefe de equipe era o Luiz Eduardo Moreira que trabalhou em várias rádios da capital, jornalista gente fina! Esse Voyage era um capricho que vou te contar...
Abração,
Marcelo Vieira."
Na imagem abaixo o Marcelo é o terceiro da esquerda para a direita.
O motor devia ser uma bala mesmo, pois após um começo de temporada ruim com o Passat, a equipe decidiu por correr com o Voyage. A partir daí a dupla Fleck/Ribas terminou todas as provas entre os 10 primeiros, concluindo o campeonato na terceira posição.
Valeu, Marcelo!
Fonte das imagens: arquivo Marcelo Vieira.
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
Zzzzz....segunda edição
Lembram desse post, onde mostramos o Chevette do Edgard Mello Filho participando do Gaúcho de Divisão 3 em 1978, com o Jorge Fleck tirando uma soneca escorado na porta do carro?
Pois o nosso amigo "Caranguejo" mandou o desfecho dessa história. Vejam abaixo.
Pois o nosso amigo "Caranguejo" mandou o desfecho dessa história. Vejam abaixo.
segunda-feira, 4 de maio de 2009
Zzzzz....
Me pergunta o Renato Pastro: o que o Jorge Fleck faz escorado na porta do Chevette do Edgard Mello Filho?
a) dor de cabeça
b) se protegendo do sol forte
c) baixando o santo
d) rezando
e) tentando lembrar de algo importante que obviamente esqueceu
a) dor de cabeça
b) se protegendo do sol forte
c) baixando o santo
d) rezando
e) tentando lembrar de algo importante que obviamente esqueceu
Eu acho que nenhuma das acima. A festa na noite anterior deve ter sido boa, isso sim.
Em tempo, o registro é de 9 de Julho de 1978, 3° Etapa do Campeonato Gaúcho de Turismo Especial, Classe A, disputada em Tarumã. Edgard Mello Filho venceu na soma dos tempos após 32 voltas em duas baterias com média de 126,175 Km/h.
Fonte da imagem: arquivo Renato Pastro.
Em tempo, o registro é de 9 de Julho de 1978, 3° Etapa do Campeonato Gaúcho de Turismo Especial, Classe A, disputada em Tarumã. Edgard Mello Filho venceu na soma dos tempos após 32 voltas em duas baterias com média de 126,175 Km/h.
Fonte da imagem: arquivo Renato Pastro.
segunda-feira, 4 de agosto de 2008
Aluno nota 10!
Continuando com a retrospectiva do Jorge Fleck, agora no asfalto.
Em 1985, em paralelo com o Rallye, Fleck fez a estréia no Regional de Turismo com um Gol em parceria com Waldir Buneder. No ano seguinte uniu-se com outro campeão do Rallye, Gilberto Hoff, com um Passat, para formar uma forte dupla no mesmo campeonato. A dupla correu até o final de 1987 e obteve uma vitória em Guaporé naquele ano. Em 1988 Fleck competiu com o irmão Sérgio e também com Ronaldo Nique ainda com o mesmo Passat, tendo obtido vários bons resultados. Em 1989 fez dupla com Luiz Carlos Ribas e na metade do campeonato o velho Passat foi substituído por um Voyage que começava a mostrar ser mais competitivo que o antigo modelo da VW. Em 1990, no agora então chamado Gaúcho de Marcas, dividiu o volante com Ribas e com Amadeo Moeller. Nos anos seguintes teve como parceiros Luiz Carlos Kuenzer, o "Chico Bala", Cláudio Rossi, Victor Steyer, Vicente Daudt, entre outros. Além do Marcas, competiu também em outras categorias do automobilismo regional, sempre obtendo bons resultados e sempre mostrando sua competitividade e habilidade.
Nas 12 Horas de Tarumã venceu em 1994 na categoria Força Livre com um Voyage tendo como parceiros o Pierre Kleinubing e o Carlos Augusto de Souza, o "Guto Furst". Obteve também um segundo lugar na categoria Regional de Turismo em 1989 em dupla com Luiz Carlos Ribas, também com um Voyage, além é claro do vice de 1973 que já falei no último Sábado.
Fora das pistas atuou como dirigente e também como professor na escola de pilotagem Monogram, de sua propriedade, no início dos anos 90.
Mas foi na Fórmula Truck que o nome de Jorge Fleck voltou a se destacar no automobilismo brasileiro. Conseguiu dois títulos nacionais consecutivos nos anos de 1999 e 2000, derrotando outros pilotos com mais experiência no volante dos "brutos".
Hoje, Fleck continua na ativa e encara um novo desafio no cockpit de um dragster com um motor de 1000 HP, como piloto oficial do Velopark. É a valorização e o reconhecimento de um piloto técnico e arrojado que sempre deu o melhor de sí por onde passou. No último Sábado, durante entrevista do Professor Cláudio Mueller ao programa de rádio Bate Roda na Band AM 640, o mestre disse que Jorge Fleck foi o melhor piloto de sua escola, entre mais de 400 formados na década de 70. Mueller disse ainda que levava seus alunos para assistir Fleck contornando o Tala Larga no Tarumã durante as provas. Comentário oportuno e que vem a somar a esse post especial sobre esse grande "bota" que levou com orgulho o nome do Rio Grande do Sul em todas as provas que competiu.
Abaixo mais uma sequência de imagens da carreira dele.
Começando com os carros de turismo. Em 1986 e 87 com o amigo Gilberto Hoff. Em 88 com o irmão Sérgio Fleck, em 89 com Ribas, em 90 com Amadeo Moeller, em 91 com "Chico Bala", em 94 com Cláudio Rossi e em 96 com Vicente Daudt. Encerrando com a trajetória nos caminhões e agora no dragster do Velopark.
Valeu, Jorge!
Fonte das imagens: site inema - arquivo Ayrton Mitczuck (Recorte Notícias), jornal Esporte Motor, revista Esporte Motor, jornal Zero Hora, site Autodynamics.
Em 1985, em paralelo com o Rallye, Fleck fez a estréia no Regional de Turismo com um Gol em parceria com Waldir Buneder. No ano seguinte uniu-se com outro campeão do Rallye, Gilberto Hoff, com um Passat, para formar uma forte dupla no mesmo campeonato. A dupla correu até o final de 1987 e obteve uma vitória em Guaporé naquele ano. Em 1988 Fleck competiu com o irmão Sérgio e também com Ronaldo Nique ainda com o mesmo Passat, tendo obtido vários bons resultados. Em 1989 fez dupla com Luiz Carlos Ribas e na metade do campeonato o velho Passat foi substituído por um Voyage que começava a mostrar ser mais competitivo que o antigo modelo da VW. Em 1990, no agora então chamado Gaúcho de Marcas, dividiu o volante com Ribas e com Amadeo Moeller. Nos anos seguintes teve como parceiros Luiz Carlos Kuenzer, o "Chico Bala", Cláudio Rossi, Victor Steyer, Vicente Daudt, entre outros. Além do Marcas, competiu também em outras categorias do automobilismo regional, sempre obtendo bons resultados e sempre mostrando sua competitividade e habilidade.
Nas 12 Horas de Tarumã venceu em 1994 na categoria Força Livre com um Voyage tendo como parceiros o Pierre Kleinubing e o Carlos Augusto de Souza, o "Guto Furst". Obteve também um segundo lugar na categoria Regional de Turismo em 1989 em dupla com Luiz Carlos Ribas, também com um Voyage, além é claro do vice de 1973 que já falei no último Sábado.
Fora das pistas atuou como dirigente e também como professor na escola de pilotagem Monogram, de sua propriedade, no início dos anos 90.
Mas foi na Fórmula Truck que o nome de Jorge Fleck voltou a se destacar no automobilismo brasileiro. Conseguiu dois títulos nacionais consecutivos nos anos de 1999 e 2000, derrotando outros pilotos com mais experiência no volante dos "brutos".
Hoje, Fleck continua na ativa e encara um novo desafio no cockpit de um dragster com um motor de 1000 HP, como piloto oficial do Velopark. É a valorização e o reconhecimento de um piloto técnico e arrojado que sempre deu o melhor de sí por onde passou. No último Sábado, durante entrevista do Professor Cláudio Mueller ao programa de rádio Bate Roda na Band AM 640, o mestre disse que Jorge Fleck foi o melhor piloto de sua escola, entre mais de 400 formados na década de 70. Mueller disse ainda que levava seus alunos para assistir Fleck contornando o Tala Larga no Tarumã durante as provas. Comentário oportuno e que vem a somar a esse post especial sobre esse grande "bota" que levou com orgulho o nome do Rio Grande do Sul em todas as provas que competiu.
Abaixo mais uma sequência de imagens da carreira dele.
Começando com os carros de turismo. Em 1986 e 87 com o amigo Gilberto Hoff. Em 88 com o irmão Sérgio Fleck, em 89 com Ribas, em 90 com Amadeo Moeller, em 91 com "Chico Bala", em 94 com Cláudio Rossi e em 96 com Vicente Daudt. Encerrando com a trajetória nos caminhões e agora no dragster do Velopark.
Valeu, Jorge!
Fonte das imagens: site inema - arquivo Ayrton Mitczuck (Recorte Notícias), jornal Esporte Motor, revista Esporte Motor, jornal Zero Hora, site Autodynamics.
sábado, 2 de agosto de 2008
Jorge Fleck
Não houve muita dificuldade para acertar o piloto do Passat #89, personagem do último Desafio aqui do Blog. O piloto em questão é Jorge Raimundo Fleck, que na ocasião fazia dupla com o Gilberto Hoff durante o Campeonato Regional de Turismo de 1986.
O nome do Fleck já apareceu por aqui algumas vezes, mas agora tive a chance de fazer aquela habitual retrospectiva da carreira dele, recheada de imagens (e de títulos!).
O meu trabalho de pesquisa ficou muito facilitado depois que encontrei no site Inema uma entrevista com o piloto nascido na cidade de Três Passos. De lá vieram algumas boas imagens bem como um completo histórico dele no automobilismo.
Fleck iniciou a carreira em 1971 no kart em uma prova na cidade de Bagé. Nesta modalidade obteve seu primeiro título em 1973 na categoria Sênior. Ainda naquele ano competiu na Divisão 3 com um Fusca e nas 12 Horas de Tarumã viveu um dos momentos mais dramáticos e inesquecíveis da carreira. Fleck fazia dupla com Raul Machado no #34 e lideraram a prova durante muitas voltas. A vitória era quase certa, porém quando faltavam apenas 15 minutos o carro foi atingido na traseira por um adversário que acabou quebrando os dois escapamentos. A queda no desempenho foi visível e o motor trabalhava apenas em três cilindros. Os gases que agora eram também expelidos para dentro do carro dificultavam o trabalho de Fleck que não desistia e se mantinha na pista, mesmo tendo sua vantagem diminuída volta a volta. Na última delas, a 462ª, foi alcançado e ultrapassado pelo carro dos Irmãos Reginatto e acabou ficando na segunda posição. A vantagem? Foi de apenas 0s057!!!
Fleck correu na Divisão 3 por vários anos e obteve dois títulos, um no Uruguai em 1975 e outro Gaúcho (classe Nacional) no ano seguinte.
A partir de 1978 vieram as conquistas na modalidade que o transformou num dos maiores pilotos brasileiros da década de 80, o Rallye. Naquele ano participou da "Volta da América do Sul" na Classe 1300 cc e chegou em segundo lugar com um Fusca. Os demais títulos no Rallye foram:
1979: Campeonato Gaúcho de Regularidade - Classe Graduados;
1980: Campeonato Brasileiro de Regularidade - Classe Graduados;
1980: Campeonato Gaúcho de Regularidade - Classe Graduados;
1981: Campeonato Brasileiro de Regularidade - Classe Graduados;
1981: Campeonato Brasileiro de Velocidade - Classe Graduados;
1981: Campeonato Gaúcho de Regularidade - Classe Graduados;
1982: Vice-campeão "Rallye de Portugal" (Grupo 2 # 10º lugar na geral);
1985: Campeonato Brasileiro de Velocidade - Classe Graduados;
1986: Campeonato Brasileiro de Velocidade - Classe Graduados;
1987: Campeonato Sul-Americano de Velocidade - Classe Graduados;
1987: Campeonato Brasileiro de Velocidade - Classe Graduados;
1988: Campeonato Gaúcho de Velocidade - Classe Graduados;
1988: Campeonato Gaúcho de Regularidade - Classe Graduados.
Na próxima Segunda continuarei com a sequência dessa história vencedora. Voltaremos ao asfalto. Não percam.
Abaixo algumas imagens do início da carreira de Fleck:
Na sequência: o Fusca #34 de Raul Machado com o qual Fleck competiu nas 12 Horas de 1973, depois duas de 74, quando sofreu um acidente com outros pilotos na curva 2 de Tarumã durante etapa do Gaúcho de Divisão 3 (Fusca #81) e quando participou do protesto dos pilotos nos 500 km de Tarumã (o "cabeludo" ao centro de blusa escura). Na imagem seguinte no Fusca #105 durante a Volta da América do Sul em 78 com o navegador Mário Figueiredo. Depois uma sequência no Rallye, sempre em dupla com Sílvio Klein, que aparece em uma delas. Encerrando com uma demonstração do talento do piloto, durante uma especial no Autódromo de Caçapava do Sul, controlando o carro para não capotar.
Fonte das imagens: arquivo Joel Echel, arquivo Ricardo Trein, revista Racing, site inema - arquivo Ayrton Mitczuck (Recorte Notícias), site CPR, jornal Esporte Motor.
Fonte dos dados biográficos: site inema - pesquisa de Paulo Lava.
O nome do Fleck já apareceu por aqui algumas vezes, mas agora tive a chance de fazer aquela habitual retrospectiva da carreira dele, recheada de imagens (e de títulos!).
O meu trabalho de pesquisa ficou muito facilitado depois que encontrei no site Inema uma entrevista com o piloto nascido na cidade de Três Passos. De lá vieram algumas boas imagens bem como um completo histórico dele no automobilismo.
Fleck iniciou a carreira em 1971 no kart em uma prova na cidade de Bagé. Nesta modalidade obteve seu primeiro título em 1973 na categoria Sênior. Ainda naquele ano competiu na Divisão 3 com um Fusca e nas 12 Horas de Tarumã viveu um dos momentos mais dramáticos e inesquecíveis da carreira. Fleck fazia dupla com Raul Machado no #34 e lideraram a prova durante muitas voltas. A vitória era quase certa, porém quando faltavam apenas 15 minutos o carro foi atingido na traseira por um adversário que acabou quebrando os dois escapamentos. A queda no desempenho foi visível e o motor trabalhava apenas em três cilindros. Os gases que agora eram também expelidos para dentro do carro dificultavam o trabalho de Fleck que não desistia e se mantinha na pista, mesmo tendo sua vantagem diminuída volta a volta. Na última delas, a 462ª, foi alcançado e ultrapassado pelo carro dos Irmãos Reginatto e acabou ficando na segunda posição. A vantagem? Foi de apenas 0s057!!!
Fleck correu na Divisão 3 por vários anos e obteve dois títulos, um no Uruguai em 1975 e outro Gaúcho (classe Nacional) no ano seguinte.
A partir de 1978 vieram as conquistas na modalidade que o transformou num dos maiores pilotos brasileiros da década de 80, o Rallye. Naquele ano participou da "Volta da América do Sul" na Classe 1300 cc e chegou em segundo lugar com um Fusca. Os demais títulos no Rallye foram:
1979: Campeonato Gaúcho de Regularidade - Classe Graduados;
1980: Campeonato Brasileiro de Regularidade - Classe Graduados;
1980: Campeonato Gaúcho de Regularidade - Classe Graduados;
1981: Campeonato Brasileiro de Regularidade - Classe Graduados;
1981: Campeonato Brasileiro de Velocidade - Classe Graduados;
1981: Campeonato Gaúcho de Regularidade - Classe Graduados;
1982: Vice-campeão "Rallye de Portugal" (Grupo 2 # 10º lugar na geral);
1985: Campeonato Brasileiro de Velocidade - Classe Graduados;
1986: Campeonato Brasileiro de Velocidade - Classe Graduados;
1987: Campeonato Sul-Americano de Velocidade - Classe Graduados;
1987: Campeonato Brasileiro de Velocidade - Classe Graduados;
1988: Campeonato Gaúcho de Velocidade - Classe Graduados;
1988: Campeonato Gaúcho de Regularidade - Classe Graduados.
Na próxima Segunda continuarei com a sequência dessa história vencedora. Voltaremos ao asfalto. Não percam.
Abaixo algumas imagens do início da carreira de Fleck:
Na sequência: o Fusca #34 de Raul Machado com o qual Fleck competiu nas 12 Horas de 1973, depois duas de 74, quando sofreu um acidente com outros pilotos na curva 2 de Tarumã durante etapa do Gaúcho de Divisão 3 (Fusca #81) e quando participou do protesto dos pilotos nos 500 km de Tarumã (o "cabeludo" ao centro de blusa escura). Na imagem seguinte no Fusca #105 durante a Volta da América do Sul em 78 com o navegador Mário Figueiredo. Depois uma sequência no Rallye, sempre em dupla com Sílvio Klein, que aparece em uma delas. Encerrando com uma demonstração do talento do piloto, durante uma especial no Autódromo de Caçapava do Sul, controlando o carro para não capotar.
Fonte das imagens: arquivo Joel Echel, arquivo Ricardo Trein, revista Racing, site inema - arquivo Ayrton Mitczuck (Recorte Notícias), site CPR, jornal Esporte Motor.
Fonte dos dados biográficos: site inema - pesquisa de Paulo Lava.
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