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quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Olhar do Lambe Lambe, 1983


Fonte da imagem: arquivo Arnaldo Fossá - foto Vilsom Barbosa.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Navegando pela web...

Dando uma olhada no ótimo blog do José Ferraz, piloto da época da Divisão 3 e Hot Car em São Paulo, encontrei um registro enviado pelo também piloto José Antônio Bruno, de 1981 em Jacarepaguá, no qual aparece um carro que ví correr. É o vermelho aí embaixo, logo atrás do "Bruninho". De cara, pensei que fosse o Arnaldo Fossá, mas pelo número e pelo patrocínio, logo ví que se tratava do Fernando Moser, com seu tradicional #80 do Chalé da Praça XV.


Daí caiu a ficha: esse carro foi do Fossá a partir de 1982, portanto a barata deve ter sido feita pelo Moser (quem fazia os carros dele era o Luiz Tuning, certo?) e depois vendida ao Fossá. Pelo menos é o que parece. Alguém aí deve confirmar.


Outra questão, aproveitando o assunto: naquele ano, 1981, o Moser e o Bruno D'Almeida eram os poucos gaúchos que acompanhavam todo o Campeonato Brasileiro de Hot Car. Acho que o Bruno corria com o #17, portanto deve ser ele lá atrás na primeira imagem. Confere?

Fonte das imagens: arquivo José Antônio Bruno - blog Ferraz Competições e arquivo Arnaldo Fossá - foto de Vilsom Barbosa.

sábado, 25 de dezembro de 2010

Grid cheio no Tarumã

Essa foi a proposta sugerida por Antônio Gilberto Ody numa reunião de pilotos, preparadores e dirigentes junto à Federação Gaúcha de Automobilismo, no ano de 1983: reunir as categorias Hot Car/TEG e Turismo 5000 num único grid. A proposta traria mais atrações para o público, com mais disputas na pista.

E foi no dia 3 de Julho daquele ano, na disputa da 3ª etapa do Campeonato Gaúcho de Hot Car/Turismo Especial Gaúcho e a 4ª do Campeonato Gaúcho de Turismo 5000 que um grande público compareceu ao Tarumã para acompanhar os 30 carros que alinharam para as duas baterias. Embora correndo juntos, a classificação das categorias continuava sendo em separado.

A pole position no geral ficou para o Passat #5 de Flávio Pilau, tendo o Gol #6 de Cláudio Mueller ao seu lado. Na Turismo 5000 o primeiro no grid (11º no geral) foi o Maverick #14 de Edison Tróglio.

Apesar da boa expectativa de Tróglio em relação à prova, suas chances "foram para o vinagre" já na segunda volta da primeira bateria, quando o Passat #13 de Carlos Hofmeister rodou na curva 2 e ficou parado na pista, sendo atingido em cheio pelo Maverick #14 e pelo Fusca de Arnaldo Fossá.






Hofmeister, piloto de Novo Hamburgo, era a resposta do último Desafio, que foi acertado pelo Paulo Schutz e pelo Marcelo Vieira. O número #13 deu provas que não trazia muita sorte para o piloto, que acabou passando a competir com o #43 nas provas seguintes, como mostra a imagem abaixo, de 1985 em Guaporé.


Ao final daquela prova em Tarumã, a vitória na Hot Car ficou com Flávio Pilau, na TEG José Roque Bresolin levou a melhor e na T 5000 José Renato De Léo ficou com o primeiro lugar.

Fonte das imagens: jornal Folha da Tarde - arquivo Família Tróglio e foto Vilsom Barbosa - arquivo Arnaldo Fossá.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Noite de explicações

Hoje continuamos com a trajetória e aventuras do Bruno D'Almeida nas pistas e fora delas, contada pelo próprio. Vai que é tua, Bruno!

"Em 1974 resolvi fazer uma oficina somente para os carros de competição na Rua Vicente da Fontoura. Acertei com o Luiz e o Miguel para fazermos o carro. Na época os dois trabalhavam como mecânicos na Revenda VW IWERS. Consegui o patrocínio da PANVEL para a temporada. Compramos na Ala Zero todos os componentes para fazermos um carro inteiramente novo.

Nossa primeira corrida foi os "500 Km de Tarumã". Convidei o Victor Steyer para ser meu co-piloto. Estava tudo perfeito quando na última volta, já indo para bandeirada da comemoração começou a chover e o Victor bateu na Curva do Laço. Mesmo assim ficamos em segundo lugar. Carreiras são carreiras...

Nesta corrida o Luiz passou a ser conhecido como o "LUIZ TUNNING".

Nesse ano houve um Torneio de Velocidade no qual acontecia uma corrida a cada 15 dias. Em quatro corridas fui o Campeão do Torneio com a entrega de prêmios num belo churrasco no restaurante do Tala Larga. Fui também Campeão Gaúcho da Divisão 3. Nessa época o Fernando Moser pediu para fazer o carro na minha oficina junto com o Luiz. Tudo bem, sem problemas. Grande Moser!!! Por onde estiveres vou sempre te admirar como pessoa e piloto e nunca esquecer das inesquecíveis corridas e estórias que juntos curtimos nas corridas de Tarumã, Guaporé, Rio de Janeiro, El Pinar e Rivera.

Em 1975 corri em El Pinar, no Uruguai, ficando em segundo lugar. Fiquei atrás da Mini-Cooper do Pedro Kent e também fiz duas etapas do campeonato brasileiro de D3 em Goiânia e Brasília, tirando quinto e sexto lugar com a preparação do Gessy. Corri também os "500 km de Tarumã" junto com o Brasílio Terra em um Opala #90 chegando em quarto lugar na geral.

Abaixo aparece o Fusca branco #16 em Goiânia.


Só voltei a correr em 1979 com o patrocínio da Shell com o Volks preparado inicialmente pelo Luiz Tunning. Não me recordo a data pois era final de temporada, mas lembro que venci com meu cunhado Julio Renner em segundo lugar. Depois fui convidado pelo Vilmar de Azevedo a fazermos um canhão para vencer a prova da amizade em Rivera onde corriam brasileiros, uruguaios e argentinos. Para mim tinha algo especial para dar chance de dar o troco na Mini Cooper. Colocamos o que tínhamos de melhor no Volks #16: motor 1800 cc, virabrequim roletado spg alemão, Webber 44 manifolds, autos para termos bastante torque nas curvas de baixa, até o escapamento era importado da Scatt, caixa de câmbio de cinco marchas com dentes retos de marca Webster, amortecedores Koni e muito mais coisas... Em resumo, ganhei as duas baterias e fiquei com o recorde da pista por muito tempo.

Na corrida seguinte fomos eu e o Moser para o Rio de Janeiro participar do Campeonato Brasileiro de Divisão 3. Fui de caminhão eu, Vilmar e o Caetano Antinolfi, rebocando junto o carro do Moser. Chegando no autódromo à noite estacionamos no portão que estava fechado e esperamos o Moser chegar. Vimos quando ele fez o retorno para estacionar junto a nós, mas não vimos uma viatura da polícia estacionada atrás do caminhão. O policial veio pedir os documentos pela janela do Caetano mas ele pensou que era o Moser e puxou o seu revólver, brincando, e colocou na cara do policial e perguntou: o que queres vagabundo (e outros adjetivos que não posso colocar aqui)? Resumindo... em 10 minutos haviam cinco viaturas e fomos todos para a cadeia carioca. Que noite de explicações... O resultado desta corrida nem me lembro...rsrssrssssss

Outra do Caetano que nunca esquecerei... quando numa descida da Rua Mostardeiro em frente ao Parcão lotado em uma sexta-feira à noite, enquanto eu fazia um cavalo de pau o Caetano colocou a bunda branca para fora da janela - que meus filhos e netos não vejam estas estórias... rssss

Em 1980 comecei a correr no meio da temporada na TEG (Turismo Especial Gaúcho) com patrocínio da Ipiranga, carro feito também pelo Tunning. Fiz duas corridas, venci a primeira em Guaporé. A segunda em Tarumã na bandeirada o carro parou sem álcool pois um dos mecânicos tinha esquecido de colocar a tampa do tanque e a cada curva para a direita jorrava o combustível para fora. Parei a 10 metros da linha de chegada onde o diretor da prova já estava com os braços erguidos aguardando minha passagem. Quem venceu foi o Claudio Ely e empurando cheguei em segundo lugar.



Este foi o resumo de algumas corridas e estórias como piloto. Após fui para a equipe Orloff em 1982."

Fonte das imagens: revista Quatro Rodas e arquivo Arnaldo Fossá.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Uma família com a velocidade nas veias

Arnaldo Fossá encerrou sua participação como piloto da Hot Car em 1987, mesmo ano em que o campeonato acabou não sendo homologado pela Federação Gaúcha de Automobilismo por falta de um grid mínimo em várias etapas. Entretanto, os planos de Fossá não acabavam alí. Assim que pendurou o capacete, ele tratou de iniciar a organização de uma das categorias mais - talvez a mais - queridas do automobilismo gaúcho em todos os tempos, a Speed 1600. Fossá ainda guarda a lista de chamada com os interessados que participaram da primeira reunião da futura categoria. Foram cerca de 35 pilotos dispostos a colocar um Fusca nas pistas.

O desfecho dessa iniciativa já se sabe. Por anos e anos, a Speed 1600 alinhou em torno de 40 carros por prova.

Foi na Speed 1600 que o filho de Arnaldo, Luciano Fossá, fez sua estreia no automobilismo. Nesta ocasião, Arnaldo passou a ser o chefe de equipe do filho. Abaixo um belo registro de Luciano ao volante, em Tarumã, 1990, sendo seguido por Vicente Daudt, "Paulinho" dos Santos, Roberto Lacombe, João da Silva, Luiz Carlos Paré Rodrigues e José Bergamini.



Anos depois foi a vez do filho de Luciano, Patrick, também fazer sua estreia nas pistas, no kart cadet.


A família Fossá voltou às pistas há poucos anos nas provas da Fórmula Classic. O antigo Hot Car foi novamente preparado para vencer e vem fazendo bonito em suas apresentações. Para esse ano, a expectativa e que Arnaldo e Luciano participem com dois carros na categoria. Quem quiser conferir, é só ir ao Tarumã no próximo dia 30 de Maio, dia da abertura do campeonato.

Fonte das imagens: arquivo Erlon Radl e Arnaldo Fossá.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Fusca Centrífugo Alegórico

Essa era a denominação do Fusca Hot-Car preparado pelo Arnaldo Fossá para a temporada 1985, após ser impedido de utilizar o E.T. do ano anterior. Não sei se o nome foi uma brincadeira feita pela revista Auto Esporte ou pelos adversários, mas vou tentar descobrir.

Fossá mais uma vez tirava leite de pedra com suas invenções, para a alegria dos seus inúmeros admiradores e desespero de seus concorrentes. Estava quase sempre no pelotão dianteiro, acompanhando os modernos Passat, Voyage e Gol, que dominaram a categoria até ser decretado o seu fim em 1987. O campeonato daquele ano foi inclusive anulado pela Federação Gaúcha de Automobilismo, por não constituir o grid mínimo necessário para a homologação da disputa. Fossá defendeu a categoria até o fim, mas a Hot-Car estava bastante enfraquecida e era impossível impedir seu término. Muitos de seus pilotos migraram para o Regional de Turismo, muito mais barata, competitiva e que tinha mais retorno de mídia.

Abaixo várias imagens dos últimos anos da Hot-Car.










Na imagem do pódio vemos Julio Horn em primeiro lugar, Fossá o segundo, Hélio Figueiredo Neves o terceiro, Carlos Hoffmeister o quarto e Vinetou Zambon o sexto.

Em breve, mais Arnaldo Fossá aqui no blog.

Fonte das imagens: arquivo Arnaldo Fossá - fotos Vilsom Barbosa.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

O Spielberg dos Pampas

O ano de 1982 trouxe às telas dos cinemas do mundo todo um grande sucesso de público e crítica. E.T., do mago Steven Spielberg, é lembrado e visto até hoje. Dois anos mais tarde outro E.T. assombrava as pistas do Rio Grande do Sul, mas dessa vez Spielberg não estava envolvido no projeto. O responsável agora era o piloto Arnaldo Fossá construtor de um incrível Fusca para a categoria Hot Car.

O regulamento da época era bastante aberto, estimulando a criatividade dos preparadores e equipes em extrair o máximo de desempenho dos equipamentos. Fossá estudou minuciosamente todo o regulamento, procurou se cercar de todos os lados e naquele 1984, na quarta etapa do Gaúcho de Hot Car, colocou na pista um carro de outro mundo, fazendo jus ao apelido de Extra Terrestre. O Fusca, um antigo 1200 cc, tinha o teto rebaixado, uma enorme asa traseira e era aliviado ao máximo. O capô dianteiro e os paralamas foram moldados com arame trançado e courvin. De acordo com Fossá, a concorrência duvidou do peso do carro, assim que ele foi visto pela primeira vez e exigiu que o mesmo fosse colocado na balança. O peso mínimo de 660 kg estava sendo obedecido. Nada de irregular havia na barata. O motor era um 1584 cc, com pistões standard, gerando cerca de 140 HP. Na primeira prova, o carro teve um resultado discreto, terminando entre os três primeiros, próximo dos Passat e Gol. O carro estava sendo regulado e assim foi até a sexta etapa.

No dia 28 de Outubro daquele ano, Fossá surpreendeu os companheiros da categoria. Registrou a pole position com o tempo de 1min15s19, contra 1min17s00 do segundo colocado, numa média de mais de 144 km/h. Dada a largada, Fossá manteve a ponta, com Cláudio Ely em segundo, mas abrindo vantagem logo em seguida. Antes do fechamento da segunda volta, Fossá rodou espetacularmente na saída da curva 9, sendo ultrapassado por 17 carros (a Turismo 5000 correu aquela prova junto da Hot Car). Na sétima volta Fossá já havia recuperado quase todas as posições, chegando nos ponteiros, Cláudio Ely e Winetou Zambon. O piloto deu um show de pilotagem, ultrapassando os concorrentes pelo lado de fora das curvas. Fossá voltou para a ponta na nona volta e fechou as 15 voltas com uma ampla vantagem sobre o segundo colocado, para a vibração de sua equipe. Na segunda bateria, abriu mais de uma reta sobre o segundo colocado, até que o motor apresentou falhas. Acabou concluindo na sexta posição aquela bateria.

Encerrada a prova, a "chiadeira" foi geral. Um protesto assinado pela maioria dos pilotos pedia a desclassificação do incrível bólido. Item? Carroceria. Daí a pergunta feita na época: como é que o carro havia participado de duas provas até então, sem sequer uma única reclamação. Se havia passado na vistoria técnica, não estaria apto a correr? Por que logo quando apresentara um bom desempenho fora desclassificado? Fossá acabou acatando a decisão e se viu obrigado a deixar a ideia de lado pelo bem da categoria, que defendia com unhas e dentes.

O E.T. nunca mais apareceu nas pistas. Da mesma forma que o ícone das telas, ele deixou sua marca na história e é lembrado até os dias de hoje.

Abaixo duas imagens de uma das máquinas mais incríveis já construídas por essas bandas.



Fonte das imagens: arquivo Arnaldo Fossá - Fotos Vilsom "Lambe-Lambe" Barbosa

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Brinquedos Rei

Arnaldo Fossá ainda hoje é conhecido por sua criatividade e habilidade na preparação de um VW Fusca. Em 1979 ele apresentou mais uma de suas criações, um Fusca bastante modificado e também muito bonito. A imagem abaixo mostra um dos detalhes daquele carro. A tampa traseira era removível e integrada com o vidro. Pelo que me disse o Fossá esse carro foi inclusive apresentado no programa Fantástico. Reparei o patrocínio dos Brinquedos Rei. Fazia tempo que eu não lembrava dos carrinhos de metal da coleção Rei. Quando eu era guri tinha vários deles. Vinham numa pequena caixa e debaixo do carrinho, havia o catálogo com todos os modelos. O meu preferido era o Passat.




Fossá ficou com esse carro por dois anos quando o vendeu para o piloto Vinetou Zambon. Ao iniciar o campeonato de 1981 uma coincidência: o carros de Fossá tinha a pintura muito parecida com os carros da equipe Tênis Campeão, Cláudio Ely e José Roque Bresolin. Fossá me contou que a única explicação para este fato foi que o piloto, que também pintava pickups, desenhou esse layout para uma pickup do Vale dos Sinos. Essa pickup ficou exposta por algum tempo naquela região e é provável que tenha vindo dalí a inspiração para pintar os carros #10 e #27. Fossá também gostou da pintura e resolveu adotá-la no #22. Na primeira etapa, parecia que a equipe era composta por três carros, vejam abaixo.

Observando com atenção a imagem acima, identifico uma Brasília amarela ao fundo. Seria esta a Brasília #96 do Ervino Einsfeld

Nas imagens abaixo aparecem além do Fossá, os carros Passat #7 do Fernando Soares ("Naná"), o Corcel #77 do André Pretto, o Passat #1 do Bruno D'almeida, o Passat #4 do Tadeu Matuzalém e mais um Fusca #11 que não lembro de quem era.



Para 1982, Fossá continuava caprichando na pintura do seu carro. Esse visual foi mantido até o final de 1983. Para o ano seguinte uma super máquina seria apresentada na categoria Hot Car, então dominada pelos carros mais modernos como Gol, Passat e Voyage. Mas isso é assunto para outro post.



Fonte das imagens: arquivo Arnaldo Fossá - fotos Vilsom "Lambe-Lambe" Barbosa.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Inauguração de Guaporé

Vejam que bela contribuição do piloto Arnaldo Fossá, nos trazendo imagens raras da inauguração do Autódromo de Guaporé em 1976. Fossá competiu na prova reservada aos carros da Divisão 3. O piloto já havia participado da prova de 1969 quando o circuito de terra fora inaugurado.





Alguém tem os resultados daquela prova?

Fonte das imagens: arquivo Arnaldo Fossá.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Valetodo "Hermandad Tuerca"

Hoje publico alguns registros da passagem de Arnaldo Fossá pelas pistas uruguaias em meados dos anos 70. Para quem não é da época, mas acompanha o blog, sabe que era muito comum os pilotos gaúchos participarem das competições - muitas delas festivas - no vizinho Uruguai. E não raro, eles voltavam com vitórias de lá.

Não foi diferente com Fossá que sempre teve um ótimo desempenho, como nessa prova de 1974 denominada 2º Valetodo "Hermandad Tuerca", disputada em Rivera. Pelo visto valia tudo mesmo, pois vemos até um Fusca Carretera fechando a segunda fila. Fossá é o #4.


Agora vemos outra prova no mesmo circuito, os 500 km, com Fossá à frente nas duas imagens. Vejam se conseguem identificar os demais pilotos.



Por fim o registro de uma prova em El Pinar, em 1975. Fossá lidera os demais, mesmo equipado com pneus convencionais - apesar de largos - enquanto os demais competiam com slicks.


Belas imagens.

Em breve mais sobre Arnaldo Fossá.

Fonte das imagens: arquivo Arnaldo Fossá.

sábado, 2 de janeiro de 2010

O Batismo do Tarumã

O primeiro post do ano tinha de ser especial, para começarmos com o pé direito. Ao menos era isso que eu imaginava. Mas o que publicaria? Quem seria o personagem? E as histórias, as imagens? Eu teria de ir atrás de alguém, de alguma coisa, mas não tinha a mínima ideia e muito menos tempo para planejar isso. Eu sempre me surpreendo com o modo com o qual as coisas acontecem por aqui. Quando menos se espera, eis que toca o telefone e um grande personagem, com o qual eu estava tentando um contato há um tempão, me convida para uma visita. Juntou a fome com a vontade de comer.

Foi com muita alegria que, há duas semanas, fui visitar o piloto que era a resposta para o último Desafio da Semana, aquele que acelerava o Fusca #44 em uma prova de km de arrancada no litoral gaúcho. O nome dele: Arnaldo Fossá.

De início, Fossá deixou claro a ideia dele em colaborar com o blog há muito tempo, há mais de um ano, garante. Mostrou conhecimento sobre o que é publicado aqui, frequentando o espaço sempre que possível.

O envolvimento de Fossá com o automobilismo já ultrapassa os 40 anos. Além de piloto - ainda em atividade - foi construtor, preparador, organizador e comentarista. Desta última função ele lembra do tempo em que as provas de Fórmula 1 eram transmitidas pela Rádio Gaúcha, participando ao lado de Ênio Mello e de Celestino Valenzuela, aquele famoso narrador do bordão "que lance!".

A imagem de Fossá sempre esteve muito associada aos Fuscas, mas ele me contou que sua ideia no início da carreira, nos anos 60, era a de competir com uma carretera Ford 40. O carro chegou a ser preparado, mas naquela época as carreteras já estavam sendo substituídas por carros de produção como o DKW, Simca, VW, etc. Assim as primeiras provas do piloto, na Estrada da Produção e Encosta da Serra foram feitas a bordo de um Simca. Abaixo vemos Arnaldo (direita) e seu irmão Jaime, com a Barata 40 que seria utilizada em competições.


Olhando os arquivos do piloto ainda encontramos um registro deste ao lado de um Fórmula Vê, aquele que pertencera a seu primo, sim, primo Raffaele Rosito que disputou o Campeonato Brasileiro da categoria em 1967. Fossá bem que tentou, mas disse que não conseguiu se adaptar aos monopostos.


Sem eu saber, Fossá apareceu aqui há poucos dias, quando falávamos sobre o Luiz Gustavo "Sapinho". Na prova inaugural de Guaporé, em 1969, aparecia um Fusca #150 largando da terceira posição e assumindo a ponta logo na largada, lembram? Era ele. O impressionante é que ninguém lembra qual foi o resultado daquela prova. Abaixo alguns momentos daquela prova.




Outro registro muito interessante, e até então inédito para este que vos escreve, foi um tal "Batismo do Tarumã" ocorrido no dia 26 de Setembro de 1970, pouco mais de um mês antes da inauguração oficial. Vejam aí o piloto dando suas primeiras voltas sobre o asfalto fresquinho. Notem que o nome do patrocinador ainda não tinha sido pintado no guard rail, provavelmente este sendo na Curva do Laço.


Com aquele mesmo carro, Fossá competiu nas provas inaugurais do Tarumã, tanto na Classe B, reservada aos motores de até 1600 cc quanto na prova principal que reunia os carros das Divisões 4, 5 e 6. Abaixo vemos dois registros daquele dia. Um treino, no qual ainda utilizava placa e os para choques e depois durante a prova.



A partir daí e até os dias de hoje é impossível um automobilista que não conheça o nome Fossá e sua relação com o modelo da Volkswagem. Nos próximos dias, assim que tudo voltar ao normal, publicarei aqui vários registros da passagem de Fossá pelas pistas. Vamos falar das provas em Tarumã, Guaporé, no Uruguai, da Divisão 3, da TEG e da Hot Car. Vem muita coisa boa por aí. Aguardem!

Começamos bem o ano!

Fonte das imagens: arquivo Luiz Gustavo Tarragô de Oliveira e Arnaldo Fossá.