O Cláudio Sinibaldi gostou da repercussão em torno do material que ele enviou sobre o Protótipo Aragano e mandou novamente, agora em "Full HD" para a turma apreciar e tentar identificar mais detalhes da barata.
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terça-feira, 20 de julho de 2010
quarta-feira, 14 de julho de 2010
Aragano
E o Cláudio Sinibaldi, filho do José Pedro, conseguiu digitalizar várias fotografias que seu tio, Luiz Felipe, guardava a sete chaves. Os irmãos Sinibaldi já foram citados aqui algumas vezes e em breve publicarei mais alguns registros. O Cláudio lembrou que dia desses o protótipo Aragano, preparado e pilotado pelo Dino Di Leone, apareceu por aqui e por isso ele enviou algumas que também estavam em meio ao material do tio.
É possível ver registros de um teste feito por Dino no protótipo que parecia ser o com motor DKW 2000 cc. Aparece também sua participação num treino para inauguração do Autódromo de Tarumã e depois durante a prova da Copa Brasil.
É possível ver registros de um teste feito por Dino no protótipo que parecia ser o com motor DKW 2000 cc. Aparece também sua participação num treino para inauguração do Autódromo de Tarumã e depois durante a prova da Copa Brasil.
sábado, 13 de fevereiro de 2010
Amortecedores Pampa
O último Desafio foi fácil, mas muito especial, pois era a primeira vez em que publicava uma clara imagem do Protótipo Aragano, feito pelo saudoso Dino Di Leone em 1970. A prova parecia a inaugural do Tarumã, pela disposição dos carros ao estilo Le Mans, mas fiquei em dúvida pela quantidade de público, pequena na minha opinião, mas posso estar enganado, é claro. Se foi mesmo no dia 8 de Novembro de 1970, Dino inscreveu seu carro na prova principal, equipado com mecânica DKW 2000 cc, correu com pneus Pirelli e óleo Valvoline. Assim estava escrito no material da época. Talvez se o Ricardo Di Leone, que de vez em quando passa por aqui, tiver algum material sobre essa barata - um dos primeiros protótipos abertos feito no Rio Grande do Sul (talvez o primeiro) - eu consiga alguma coisa com ele para contar para vocês.
Como percebem pela imagem acima, Dino tinha o patrocínio dos Amortecedores Pampa. A empresa, que ficava na Rua Açores, no bairro Passo D'Areia, era de propriedade do nosso amigo Ibraim Gonçalves, que já nos anos 60 patrocinava vários carros, incluindo os quatro DKW da equipe chefiada pelo próprio Dino, a Aragano, que mais tarde daria o nome aquele protótipo citado anteriormente.
Abaixo vemos Ibraim ao lado de alguns dos carros da Escuderia. O #60 era do Mário Katz e do Paulo Pacheco Prates. O seguinte era dos Irmãos Sinibaldi. A terceira imagem mostra os quatro carros, prontos para saírem para mais uma prova.
Como percebem pela imagem acima, Dino tinha o patrocínio dos Amortecedores Pampa. A empresa, que ficava na Rua Açores, no bairro Passo D'Areia, era de propriedade do nosso amigo Ibraim Gonçalves, que já nos anos 60 patrocinava vários carros, incluindo os quatro DKW da equipe chefiada pelo próprio Dino, a Aragano, que mais tarde daria o nome aquele protótipo citado anteriormente.
Abaixo vemos Ibraim ao lado de alguns dos carros da Escuderia. O #60 era do Mário Katz e do Paulo Pacheco Prates. O seguinte era dos Irmãos Sinibaldi. A terceira imagem mostra os quatro carros, prontos para saírem para mais uma prova.
segunda-feira, 13 de julho de 2009
Diabinho
O Ricardo Di Leone lembrou e o Fernando Onofrio confirmou. O Fusca #19, feito pelo Dino (pai do Ricardo) tinha até apelido. Era "Diabinho", pois era vermelho e tinha umas luzinhas no teto.
Fernando lembra que o carro era fantástico. Disse ele: "quando metia a quarta, na saída da 9, ele empurrava a gente contra o banco. Infelizmente, foi um campo de provas para o Dino nos motores a 4 tempos. Quebrava muito. Nas 12 Horas de 1971, conseguimos quebrar duas admissões Webber, montadas sobre coxins para não quebrar, mas quebraram. Numa prova de 500 Km em Tarumã, vazou óleo por um retentor e molhou o disco de embreagem, fizemos mais de 400 Km sem embreagem. Numa prova de Divisão 3 pelo Campeonato Brasileiro de 1972, abaixo de um toró, o Adão, cunhado do Dino, esqueceu de ligar os fios do limpador de para-brisas, ele era encarregado da parte elétrica, corri sem ver nada. Doutra feita com motor 1.300, numa prova do Gaúcho larguei muito bem cheguei no Laço em cima do Décio Michel e tinha certeza que na reta dos boxes eu o passaria. Fiz muito bem a 9 e quando acelerei, o cano da bomba de gasolina saiu do lugar e fiquei sem nafta... E assim as coisa foram acontecendo uma após a outra. Por incrível que possa parecer, em uma corrida de universitários, vencida pelo Ênio Sandler com o 43 do Leonel, em lugar de botarem o motor 1.600 colocaram um 1.300 e chegaram atrasados no autódromo. Larguei em último e fiz o terceiro lugar, na época muito elogiado pelo Elton Jeager na Zero Hora. Tenho certeza que, se não tivéssemos tidos os problemas secundários, teríamos vencido alguma corridas com o 19 que comprei do Vova Soares. O Vilmar Azevedo, na época vizinho de oficina, era fã do 19. Um dia contamos para ele que um dos segredos estava no peso do carro, aliviado ao máximo. Ele pesava menos que o carro do Rejany Franzen, uns 50 Kg. Não se podia empurrar os para-lamas, capôs e portas porque amassavam."
Abaixo o "Diabinho" em ação durante a temporada de 1972.
Fernando correu as três primeiras 12 Horas de Tarumã. A primeira, conforme já dito, com Dino Di Leone. A segunda (1972) com o careca Paulo Nienaber no Corcel #31 e a última (1973) também com Corcel, mas dessa vez com "Chico Feoli" e Jorge Martinewski no #2. Abaixo dois registros dessas provas.
A partir de 1973 Fernando passou para a Fórmula Ford, onde foi companheiro de equipe de "Chico Feoli" na equipe A cambial - Telefunken. Abaixo dois momentos da prova de Tarumã daquele ano. Na segunda ele aparece em um pega com Alex Dias Ribeiro na curva do Laço.
A última temporada de Fernando na Fórmula Ford e no automobilismo foi em 1975, quando disputou o campeonato com o carro que comprou do Clóvis de Moraes, que preparou o carro para ele naquela temporada. Abaixo uma excelente imagem dos dois carros da equipe, provavelmente em Goiânia, cidade onde reside atualmente.
O piloto lembra com entusiasmo e muita saudade seu tempo no automobilismo. Diz que foi muito feliz enquanto correu e que mesmo após mais de 30 anos ainda tem bem vivos na memória detalhes da pilotagem e das provas. Ele completa lembrando de um momento inesquecível: "nas 12 Horas, subir a reta dos boxes, com o sol nascendo de frente, ofuscando a visão e o motor crescendo, uma tiradinha de pé perdendo uns 200 giros e vamos de novo."
Sensacional.
Muito obrigado por dividires com os amantes da velocidade estes teus registros, Fernando. Estejas à vontade para mandar tuas histórias sempre que quiseres.
Fonte das imagens: arquivo Fernando Onofrio.
Fernando lembra que o carro era fantástico. Disse ele: "quando metia a quarta, na saída da 9, ele empurrava a gente contra o banco. Infelizmente, foi um campo de provas para o Dino nos motores a 4 tempos. Quebrava muito. Nas 12 Horas de 1971, conseguimos quebrar duas admissões Webber, montadas sobre coxins para não quebrar, mas quebraram. Numa prova de 500 Km em Tarumã, vazou óleo por um retentor e molhou o disco de embreagem, fizemos mais de 400 Km sem embreagem. Numa prova de Divisão 3 pelo Campeonato Brasileiro de 1972, abaixo de um toró, o Adão, cunhado do Dino, esqueceu de ligar os fios do limpador de para-brisas, ele era encarregado da parte elétrica, corri sem ver nada. Doutra feita com motor 1.300, numa prova do Gaúcho larguei muito bem cheguei no Laço em cima do Décio Michel e tinha certeza que na reta dos boxes eu o passaria. Fiz muito bem a 9 e quando acelerei, o cano da bomba de gasolina saiu do lugar e fiquei sem nafta... E assim as coisa foram acontecendo uma após a outra. Por incrível que possa parecer, em uma corrida de universitários, vencida pelo Ênio Sandler com o 43 do Leonel, em lugar de botarem o motor 1.600 colocaram um 1.300 e chegaram atrasados no autódromo. Larguei em último e fiz o terceiro lugar, na época muito elogiado pelo Elton Jeager na Zero Hora. Tenho certeza que, se não tivéssemos tidos os problemas secundários, teríamos vencido alguma corridas com o 19 que comprei do Vova Soares. O Vilmar Azevedo, na época vizinho de oficina, era fã do 19. Um dia contamos para ele que um dos segredos estava no peso do carro, aliviado ao máximo. Ele pesava menos que o carro do Rejany Franzen, uns 50 Kg. Não se podia empurrar os para-lamas, capôs e portas porque amassavam."
Abaixo o "Diabinho" em ação durante a temporada de 1972.
Fernando correu as três primeiras 12 Horas de Tarumã. A primeira, conforme já dito, com Dino Di Leone. A segunda (1972) com o careca Paulo Nienaber no Corcel #31 e a última (1973) também com Corcel, mas dessa vez com "Chico Feoli" e Jorge Martinewski no #2. Abaixo dois registros dessas provas.
A partir de 1973 Fernando passou para a Fórmula Ford, onde foi companheiro de equipe de "Chico Feoli" na equipe A cambial - Telefunken. Abaixo dois momentos da prova de Tarumã daquele ano. Na segunda ele aparece em um pega com Alex Dias Ribeiro na curva do Laço.
A última temporada de Fernando na Fórmula Ford e no automobilismo foi em 1975, quando disputou o campeonato com o carro que comprou do Clóvis de Moraes, que preparou o carro para ele naquela temporada. Abaixo uma excelente imagem dos dois carros da equipe, provavelmente em Goiânia, cidade onde reside atualmente.
O piloto lembra com entusiasmo e muita saudade seu tempo no automobilismo. Diz que foi muito feliz enquanto correu e que mesmo após mais de 30 anos ainda tem bem vivos na memória detalhes da pilotagem e das provas. Ele completa lembrando de um momento inesquecível: "nas 12 Horas, subir a reta dos boxes, com o sol nascendo de frente, ofuscando a visão e o motor crescendo, uma tiradinha de pé perdendo uns 200 giros e vamos de novo."
Sensacional.
Muito obrigado por dividires com os amantes da velocidade estes teus registros, Fernando. Estejas à vontade para mandar tuas histórias sempre que quiseres.
Fonte das imagens: arquivo Fernando Onofrio.
sábado, 11 de julho de 2009
Por onde é a corrida?
O último Desafio trouxe uma imagem de um Fusca, disputando uma 12 Horas de Tarumã. O ano era 1971, ou seja, a primeira disputada no autódromo, e a inscrição Vacaria no teto do carro, denunciava que o piloto em questão era Fernando Jacques Onofrio, natural daquela cidade.
O próprio Fernando, hoje morando em Goiânia, entrou em contato com o Blog e contou um pouco sobre sua história, que divido com vocês a partir de agora.
A primeira participação do piloto em competições de automóvel foi em 1967, nos 500 km de Lages com o DKW #69 preparado por Dino Di Leone. Como parceiro, Fernando teve a presença do piloto de Lages Ernani Varela e o resultado não poderia ter sido melhor: terceiro lugar já na estreia. Abaixo vemos a comemoração da Equipe Aragano após a prova, na casa da família Sinibaldi, já que a prova fora vencida por Dino e Luiz Araújo, com Roberto Giordani e Mário Katz logo atrás.
Da esquerda para direita estão: Fernando Onofrio, Paulinho Pacheco Prates, Mário Katz, Felipe Sinibaldi, de pé um primo do Dino, depois o saudoso Dino Di Leone, um convidado não identificado, Jorginho Amorim, Zé Pedro Sinibaldi e Roberto Giordani.
Fernando me disse que sempre gostou muito das corridas de estrada, aquela época romântica do automobilismo gaúcho e brasileiro. Desde guri seu pai o levada para ver as corridas que passavam por Vacaria e também assistiam o circuito Festa da Uva em Caxias do Sul. Em um desses Circuitos da Festa da Uva um fato engraçado aconteceu e acabou marcando a trajetória de Fernando nas competições. Ele ainda hoje lembra: "assistimos um paranense chegar atrasado na largada e ele nos perguntou: por onde é a corrida? Dissemos: Segue em frente. Estávamos na saída de Caxias para Farroupilha. Era o Germano Shoegel, notável piloto do Paraná, que cruzou a linha de chegada em 2º lugar. A partir deste fato, que data mais de 50 anos, adotei o número 19 que era o do Germano, em meus carros de corrida."
Após algumas provas com DKW, Fernando passou a competir com um Gordini e com esse carro obteve sua única vitória no automobilismo. Foi na I Prova Vale Rio das Antas, disputada entre Veranópolis e Bento Gonçalves no dia 11 de Maio de 1969. Ele venceu na categoria Estreantes até 1200 cc. O carro era preparado na oficina do Dino Di Leone pelo Ângelo Magalhães Medeiros conhecido, por seu tamanho, como "Contra-Pino". Abaixo dois registros daquela vitória.
Fernando também esteve presente na inauguração do Tarumã com seu Gordini, que já apareceu por aqui, quando falamos do Breno Job Freire. Na ocasião pensávamos ser o João Roberto Schmidt, o "Shimitão". Este também correu com Gordini, mas com um dourado. O de Fernando era vermelho escuro. Na imagem abaixo a imagem do Gordini #19 com "Breninho" a sua frente.
O próprio Fernando, hoje morando em Goiânia, entrou em contato com o Blog e contou um pouco sobre sua história, que divido com vocês a partir de agora.
A primeira participação do piloto em competições de automóvel foi em 1967, nos 500 km de Lages com o DKW #69 preparado por Dino Di Leone. Como parceiro, Fernando teve a presença do piloto de Lages Ernani Varela e o resultado não poderia ter sido melhor: terceiro lugar já na estreia. Abaixo vemos a comemoração da Equipe Aragano após a prova, na casa da família Sinibaldi, já que a prova fora vencida por Dino e Luiz Araújo, com Roberto Giordani e Mário Katz logo atrás.
Da esquerda para direita estão: Fernando Onofrio, Paulinho Pacheco Prates, Mário Katz, Felipe Sinibaldi, de pé um primo do Dino, depois o saudoso Dino Di Leone, um convidado não identificado, Jorginho Amorim, Zé Pedro Sinibaldi e Roberto Giordani.
Fernando me disse que sempre gostou muito das corridas de estrada, aquela época romântica do automobilismo gaúcho e brasileiro. Desde guri seu pai o levada para ver as corridas que passavam por Vacaria e também assistiam o circuito Festa da Uva em Caxias do Sul. Em um desses Circuitos da Festa da Uva um fato engraçado aconteceu e acabou marcando a trajetória de Fernando nas competições. Ele ainda hoje lembra: "assistimos um paranense chegar atrasado na largada e ele nos perguntou: por onde é a corrida? Dissemos: Segue em frente. Estávamos na saída de Caxias para Farroupilha. Era o Germano Shoegel, notável piloto do Paraná, que cruzou a linha de chegada em 2º lugar. A partir deste fato, que data mais de 50 anos, adotei o número 19 que era o do Germano, em meus carros de corrida."
Após algumas provas com DKW, Fernando passou a competir com um Gordini e com esse carro obteve sua única vitória no automobilismo. Foi na I Prova Vale Rio das Antas, disputada entre Veranópolis e Bento Gonçalves no dia 11 de Maio de 1969. Ele venceu na categoria Estreantes até 1200 cc. O carro era preparado na oficina do Dino Di Leone pelo Ângelo Magalhães Medeiros conhecido, por seu tamanho, como "Contra-Pino". Abaixo dois registros daquela vitória.
Fernando também esteve presente na inauguração do Tarumã com seu Gordini, que já apareceu por aqui, quando falamos do Breno Job Freire. Na ocasião pensávamos ser o João Roberto Schmidt, o "Shimitão". Este também correu com Gordini, mas com um dourado. O de Fernando era vermelho escuro. Na imagem abaixo a imagem do Gordini #19 com "Breninho" a sua frente.
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