sexta-feira, 31 de outubro de 2008
Ops!
Todos passaram ilesos pela curva 1, mas a "cordialidade" entre os pilotos acabou antes mesmo da chegada na 2. Sobrou para o Voyage #25 da dupla "Chico Bala" e Gianfranco Ventre, estando este último ao volante no momento desse vôo incrível.
Não sobrou muito do carro...
Fonte da imagem: jornal Zero Hora
quinta-feira, 30 de outubro de 2008
Pace Car Power
Encontrei vários registros daquele ano e publico agora para a apreciação de todos.
quarta-feira, 29 de outubro de 2008
Olho no Chevette maluco, o herói de Tarumã.
Pois foi na quinta e penúltima etapa, disputada em Tarumã, que o Ronaldo Nique, o então líder da Copa Chevette, decidiu colocar seu carro na competição. Nos boxes, o Chevette chamava a atenção de todos. O modelo 1973, mal pintado, que fora um táxi e que por algum tempo repousou em um ferro-velho, tinha um motor que fora retirado de uma Marajó com cerca de 68.000 km rodados. O "Diko" colocou o motor na barata e com apenas alguns acertos, o carro foi para a pista, vencendo a etapa da Copa Chevette regional pouco tempo antes. E em meio às equipes de fábrica, a surpresa. Nos treinos livres de sexta-feira, em meio a outros 44 carros, o Chevette #53 fez o segundo tempo com 1m24s37, sendo superado apenas pelo Fiat de Attila Sipos, que estreava um carro novo.
Esse fato fora suficiente para transformar o pobre carrinho em estrela do final de semana, ganhando destaque em todos os jornais que cobriram a prova na época. Alguns títulos das matérias diziam assim:
Por se tratar de uma prova longa, Ronaldo conseguiu fechar uma dupla com ninguém menos do que Luis Alberto Ribeiro de Castro, o "Castrinho", assim o ex-táxi, seria pilotado por dois "botas", capazes de fazer frente a qualquer esquema de ponta. Logo após assistir a volta voadora do Chevette, "Castrinho" dizia não acreditar no que tinha visto e passou a se entusiasmar com o carro assim que o tempo foi confirmado pela cronometragem.
Apesar de virar um "temporal" nos treinos, a regra da competição reservava os primeiros lugares no grid para os carros que participavam regularmente do campeonato, sendo assim, a dupla largaria no meio do pelotão.
Dada a largada, o #53, vinha ganhando posições até que com algumas horas de prova aconteceu uma quebra em um componente da suspensão na sáída da curva 1 e o carro bateu e capotou. "Castrinho" estava ao volante, mas nada sofreu.
O Chevette "Maluco" encerrava aí a sua história no Brasileiro de Marcas, mas já tinha deixado a sua marca na história.
Fonte das imagens: jornal Esporte Motor, arquivo Ronaldo Nique.
terça-feira, 28 de outubro de 2008
Copa Chevette
Começo por 1980, ano de estréia nas quatro rodas, na categoria Estreantes e Novatos, com o carro preparado pelo Derli Meneghetti Stefani, o "Diko", que o acompanhou em quase todos os seus anos de automobilismo.
Em 1981 Nique competiu na TEG, conforme já publicado aqui, na última semana. Em Julho do ano seguinte, seria dada a largada para a Copa Chevette, categoria da qual foi um dos organizadores. Alguns dos pilotos daquele campeonato, disputado até 1983 foram:
André Kipper
Darci Benini
Edamir Graudino Peres
Fabio Gaya Rocha
Fernando Amaro
Flávio Pilau
Gilberto Laste
Hélio Figueiredo Neves
Henrique Damo
Itacir Gasparotto
João Alfredo Ferreira
João Carlos de Andrade
João Sant"Anna
Jonir Paulo Scherer
Luiz Carlos Kuenzer
Luiz Fernando Costa
Paulo Zanatta
Tadeu Matuzalém
Vitor Wierewicz
Abaixo mais algumas imagens de 1982 e 83.
Amanhã, ou assim que possível - esta semana está meio complicada - volto com uma história imperdível do Nique e o seu Chevette.
Fonte das imagens: arquivo Ronaldo Nique.
domingo, 26 de outubro de 2008
Desafio da Semana
Sem muitas pistas, digam onde, quando e claro, quem é o "bota"? Resposta no próximo sábado.
sábado, 25 de outubro de 2008
Pra matar os "veinho" de saudade
Aí vão mais uma penca delas, começando em 1979 na 125 cc Especial, mostrando também um pódio com Atílio Manzoli e David Hilgert.
Agora umas com o rival dentro das pistas e amigo fora delas, Rubem Di Giacomo.
Mais uma de um pega entre Nique, Hilgert e Manzoli, em 1980.
Já estamos em 1984, na Fórmula Honda 400 com mais um pódio também, onde identifiquei o Guzinski e o Ricardo de Jesus. Quem são os outros?
Encerrando a série de imagens das motos, com essas aí embaixo da Copa RD 350 de 1986 em Tarumã.
Aproveitando o embalo, não foi difícil identificar o carro do Nique no último Desafio. Era realmente na Turismo Especial Gaúcho, ex-Divisão 3 e futura Hot Car. A idéia desse carro, preparado pelo "Diko" durou pouco, mas o suficiente para o piloto dar um show com sua pilotagem agressiva e irreverente.
Pretendo publicar várias imagens dos Chevettes do Nique na próxima semana.
Fonte das imagens: arquivo Ronaldo Nique.
quinta-feira, 23 de outubro de 2008
Quem será?
Agora é com vocês.
quarta-feira, 22 de outubro de 2008
As botas brancas e a moto destruída pelo fogo
"O Cecotto usava botas brancas. Se ele usava, eu tinha de usar também, por isso eu mesmo pintei as minhas de branco, como as dele", me disse ele. Vejam abaixo.
Aproveitando o assunto, e já que estamos em 1979, o Luiz Borgmann lembrou que nesse ano aconteceu um acidente com o Nique, no qual a sua moto foi consumida pelo fogo. Foi mais ou menos assim que aconteceu:
Na segunda volta da segunda bateria da categoria 125cc, Ronaldo Nique entra mal na curva do Laço e cai. A moto #53 da equipe Motozuki, arrasta alguns metros e incendeia. Nique liderava a prova e enquanto sua máquina era destruída, protestava desesperado contra os organizadores da prova, pela deficiência e má localização dos extintores de incêndio.
Nique tinha demonstrado, ao completar a primeira volta, que estava decidido a recuperar a liderança perdida para Rubem Di Giácomo, Yamaha #96 da Equipe Unificado, na primeira bateria. Mas, logo após ultrapassar Di Giácomo, Nique não conseguiu fazer o câmbio ("a caixa trancou", diria ele mais tarde) e com a roda presa ele entrou na curva do Laço. Caiu e com o atrito, incendiou a gasolina. O sinalizador correu com um extintor, que o próprio Nique tentou usar, mas em vão.
Em seguida outros sinalizadores chegaram ao local, carregando cinco extintores de 25 kg, em uma camioneta e até mesmo moto. Mas foi tarde demais, não conseguiram evitar a destruição total da máquina. Nique ficou segurando o extintor que, segundo ele, estava vazio. E desesperado, anunciava que iria processar os organizadores. Ele chegou a levar o extintor que marcava que estava vazio, sem ter sido usado, como prova do seu desespero.
A moto, por incrível que pareça, foi recuperada e com ela, Nique conquistou o título gaúcho daquele ano.
Fonte das imagens: arquivo Ronaldo Nique.
terça-feira, 21 de outubro de 2008
Correndo no limite
Como falei no último sábado, tive a chance de fazer uma visita à oficina dele e ficamos conversando - eu mais ouvindo - algum tempo.
Ao começar a ver o primeiro álbum, apareceram as fotos do seu ano de estréia, 1975, e ele logo tratou de contar como foi a sua primeira participação nas competições.
Ronaldo, então com 17 anos, foi acompanhar um amigo até Lageado e assistir uma prova de motocross. Havia vagas para pilotos estreantes e entusiasmado pelos amigos, resolveu se inscrever com uma moto emprestada. Resultado: chegou em casa com o troféu do primeiro colocado e a motivação para continuar. Foi o quarto na geral.
Quando se inscreveu para uma etapa do gaúcho de motovelocidade, uma semana depois, esbarrou na idade: faltava-lhe a autorização do pai, que só permitiu o cross, por julgá-lo menos perigoso. Mas a vontade de Nique era disputar velocidade. Assim não teve outra alternativa: no documento assinado e reconhecido pelo pai, ele tratou de acrescentar uma frase a mais que lhe garantia a presença. É claro que Ibraim Gonçalves, na época Presidente da Federação Gaúcha de Automobilismo, já sabia da manobra, mas diante da insistência e da vontado do guri, cedeu.
No seu estilo bastante agressivo, porém, ele apavorou todo mundo nos treinos de sábado, em Tarumã. Uma reunião foi organizada. Resultado: Nique havia sido suspenso antes mesmo de estrear. No domingo, enquanto todos os pilotos se preparavam para a largada, Nique aguardava, sem ser notado pela direção da prova, junto aos boxes. Dada a largada, ele ligou a moto, mas viu que a saída dos boxes estava fechada. O jeito, então, foi acessar a pista pela entrada dos boxes (!). Ele deu a volta e ainda passou pelas costas do Ibraim que acabara de dar a bandeirada da largada. O piloto saiu alucinado com sua moto e rapidamente alcançou os demais concorrentes, passando na primeira volta numa incrível segunda posição (!!). O motor da moto era um foguete, mas a inexperiência do jovem piloto, não considerou que um "canhão" daqueles não aguentaria muito. Correndo as primeiras voltas no limite, o motor quebrou logo em seguida e o piloto sabia que não poderia aparecer nos boxes. O jeito então foi encostar na curva do Tala, onde alguns amigos ergueram as cercas para que ele e a moto passassem por baixo.
O Ibraim estava furioso com o piloto e sabendo da quebra, entrou com seu Fusca na pista e ficou dando voltas procurando o "fugitivo".
Ele me disse que ainda hoje, quando os dois se encontram dão boas risadas sobre esse episódio.
Abaixo uma série de imagens, gentilmente cedidas pelo próprio Nique. Elas estão em ordem cronológica e começo com o ano de estréia, encerrando em 1979. A última mostra um protótipo da categoria 125 cc Especial, que utilizava peças de motos Honda, Yamaha e Suzuki, construído por "Nenê" Lobato, mecânico que o acompanhou em toda a sua carreira nas duas rodas. Com essa moto, Nique registrou o recorde para as 125 cc em Tarumã, com o tempo de 1min23s3, mesmo tempo obtido pelo piloto Otávio Miller.
Assim que possível, mais histórias do Ronaldo Nique.
Fonte das imagens: arquivo Ronaldo Nique.