* PRESOS POR MOTIVOS POLÍTICOS: DA DITADURA MILITAR AO INÍCIO DO ESTADO NOVO || CCC *
01779. Arnaldo António Marques [1928, 1933]
[Arnaldo António Marques || ANTT || RGP/49 || PT-TT-PIDE-E-010-1-49]
["O Arnaldo das Escrófulas". Lisboa, 11/11/1888. Empregado de comércio. Filiação: Maria dos Anjos, António Marques. Casado. Residência: Rua do Telhal, 58 - Lisboa. Preso em 21/07/1928, por «ter tomado parte no movimento revolucionário de 20 do corrente»; libertado em 29/08/1928. Vigiado em 1930, por manter contactos com os tenentes Pio, Quilhó e Lage e com José Joaquim Martins. Preso pela SPS em 24/11/1933, «por ter conhecimento do local onde se encontrava material explosivo», tendo ainda colaborado, entre outros, com Custódio Rodrigues Ferreira, Fernando Augusto Mariz e Francisco da Costa Lopes. Transferido nesse mesmo dia da 26.ª esquadra para o Aljube. Transferido, em 04/01/1934, para a 1.ª esquadra. Julgado pelo TME em 14/08/1934, seria condenado a onze anos de degredo, com prisão no local, e multa de vinte mil escudos, ficando à disposição do Governo. Recorreu, mas o tribunal, reunido em 01/09/1934, manteve a sentença. Deportado para Angra do Heroísmo em 23/09/1934, de onde regressou em 25/06/1943. Seguiu para Peniche e, em 04/10/1945, foi transferido para o Aljube. Entregue, em 09/10/1945, às Cadeias Civis Centrais de Lisboa.]
[alterado em 15/05/2024]
[alterado em 24/05/2024]
01780. João Caetano Ferreira [1933]
[Cartaxo, c. 1893. Pintor. Filiação: Bernarda Alexandrina, António Caetano Ferreira. Solteiro. Residência: Travessa do Salitre, 9 - Lisboa. Preso pela PSP em 23/11/1933 e entregue à SPS por, sob o efeito do álcool, «ter dado vivas ao Comunismo e à República Social». Libertado em 28/11/1933.]
01781. Hernâni Amaro [1932, 1933]
[Lisboa, c. 1913. Mecânico dos Correios e Telégrafos. Filiação: Maria Gertrudes Batista Amaro, José Amaro. Solteiro. Residência: Rua de S. João - Abrantes. Preso em Abrantes e entregue pela PSP de Santarém à SPS em 01/05/1932, por «ser o principal organizador do Partido Comunista naquela localidade». Por despacho do ministro do Interior, datado de 22/06/1932, foi-lhe fixada residência obrigatória na Ilha Terceira. Libertado em 31/10/1932, por ser menor de idade e o tio ter assinado um termo de responsabilidade. Julgado pelo TME em 20/11/1933, foi considerado abrangido pela amnistia de 05/12/1932 e «solto».]
[João Esteves]