[Cipriano Dourado]

[Cipriano Dourado]
[Plantadora de Arroz, 1954] [Cipriano Dourado (1921-1981)]
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terça-feira, 23 de novembro de 2021

[2623.] JOÃO SÉRIO [I] || DEPORTADO PARA ANGRA DO HEROÍSMO EM 19/11/1933

 * JOÃO SÉRIO *

[09/06/1904 - ?]

Preso em 1933 e 1943, tendo integrado o numeroso grupo de deportados políticos para Angra do Heroísmo (Fortaleza de São João Batista) em 19 de Novembro de 1933.

[João Sério || F. 1943 || ANTT || RGP/77 || PT-TT-PIDE-E-010-1-77]

Filho de Lucrécia Ramos e de Alexandre Francisco Sério, João Sério nasceu em Portimão, em 9 de Junho de 1904.

Desenvolveu, entre 1931 e 1933, actividade política em Portimão, onde militaria na sua Organização Juvenil, reunindo numa célula por intermédio de Álvaro dos Santos

Por ter participado activamente numa manifestação contra o desemprego, organizada pelos operários da cidade em Fevereiro ou Março, refugiou-se em Lisboa a partir do mês de Abril de 1933, cidade onde deu continuidade à sua militância. 

Integrou, então, a Comissão Central das Juventudes Comunistas, juntamente com Adelino dos Santos, Fernando Quirino, Júlio Vítor Ferreira e Pedro Batista da Rocha, de forma a regressar a Portimão afim de estruturar uma organização local. 

Enquanto se manteve na capital, foi subsidiado pelo Socorro Vermelho Internacional quanto à alimentação e aluguer do quarto. Interveio na manifestação e agitação realizada no Largo do Chafariz de Dentro no 1.º de Maio desse ano e desempenhou tarefas de propaganda com José Borges e José Gilberto Florindo de Oliveira, nomeadamente no âmbito da Comissão Intersindical. 

Preso, juntamente com Fernando Quirino e outros, em 9 de Julho, quando participava numa reunião clandestina no Sindicato dos Compositores Tipográficos, continuava a manter ligações com a organização de Portimão através de Álvaro dos Santos, utilizando o pseudónimo “Júlio Reis” [v. Processo 798]. 

Acusado de "estar envolvido em organização comunista", o processo foi enviado ao TME em 24 de Outubro de 1933 e, em 19  de Novembro, integrou o grupo de centena e meia de presos políticos que embarcou de Peniche para Angra do HeroísmoFortaleza de S. João Batista, onde chegou três dias depois. 

Julgado pelo TME/Secção dos Açores em 20 de Agosto do ano seguinte, pelo conjunto de actividades desenvolvidas em 1931, 1932 e 1933, foi condenado em 18 meses de prisão [Processo 87/933, do TME]. 

Terminou o cumprimento da pena em 1 de Janeiro de 1935, embarcou no vapor Lima em 16 de Fevereiro e apresentou-se na PVDE em 23 de Fevereiro, indo residir para Portimão. 

Voltou a ser detido em 22 de Setembro de 1943, acusado de emigração clandestina. Recolheu à 1.ª Esquadra e foi entregue, em 30 de Outubro, aos Tribunais Criminais de Lisboa [Processo 1219/43]. 

Viveria, então, em Lisboa e trabalhava no comércio. 

[João Esteves]

terça-feira, 24 de março de 2020

[2323.] PRESOS POR MOTIVOS POLÍTICOS - DA DITADURA MILITAR AO INÍCIO DO ESTADO NOVO [VIII] || 1926 - 1933

* PRESOS POR MOTIVOS POLÍTICOS: DA DITADURA MILITAR AO INÍCIO DO ESTADO NOVO || VIII *

00049. Adelino da Silva [1932]

[Lisboa, 1893, tipógrafo - Lisboa. Preso em 14/04/1932, libertado em 06/05/1932, quando "se encontrava incomunicável na 13.ª Esquadra"].
[revisto em 03/12/2021]

00050. Adelino de Almeida [1933]

[Celorico da Beira, 1910, empregado no comércio. Preso em 28/07/1933, libertado em 01/08/1933 (Processo 763). Não consta do RGP].

00051. Adelino Dias [1931]

[Viade de Baixo - Montalegre, 1884, alfaiate. Preso em 07/02/1931, libertado em 13/02/1931 (Processo 4788-B)].

00052. Adelino dos Santos [1933]

[Lisboa, 1915. Empregado comercial. Filiação: Maria Assunção dos Santos. Solteiro. Residência: Rua Triângulo Vermelho, 8 - Lisboa. Preso em 09/07/1933 - envolvimento na Federação das Juventudes Comunistas Portuguesas (Processo 798). Transferido, em 11/12/1933, da 1.ª esquadra para o Aljube. Julgado pelo TME em 22/01/1934 (Processo 87/933), seria condenado a 16 meses de prisão correcional. Transferido para Peniche em 08/02/1934 e libertado em 26/10/1934. Não consta do RGP.]
[alterado em 19/05/2024]

00053. Adelino Ferreira Moreira [1930, 1932, 1937]

[Assinatura de Adelino Ferreira Moreira || 26/03/1932 || ANTT || PT-TT-PIDE-DP-D-001-5232_m0251]

[Póvoa do Varzim, 12/01/1908, alfaiate - Póvoa do Varzim. Preso em 21/04/1930 e entregue, em 08/05/1930, na Artilharia 3 (Processo 4565). Preso pela Delegação do Porto da Polícia Internacional Portuguesa em 16/02/1932, acusado de ser o organizador, na Póvoa do Varzim, do núcleo do Partido Comunista e do Socorro Vermelho Internacional. Levado para o Aljube do Porto em 17/02/1932 e, provavelmente, libertado em 02/04/1932 (Processo 52/Porto; Processo 561/PIP - Porto). Preso pela Delegação do Porto da Polícia de Vigilância e Defesa do Estado em 03/12/1937 e libertado em 01/09/1938 (Processo 1184/937)].


[Cadaval, c. 1898 Comerciante. Filiação: Gertrudes da Conceição, Francisco Ribeiro. Casado. Residência: Adão Lobo - Cadaval - Bombarral. Considerado agente de ligação do major José Manuel Sarmento de Beirescom quem manteve ligações entre agosto de 1931 e novembro de 1933, assegurando a angariação de fundos e os contactos com o ex-alferes Mário Martins dos Santos e o médico Raul Coelho Madeira«era a pessoa que sempre estava em contacto com aquele elemento conspirador, quer pessoalmente quando este indivíduo se encontrava em Portugal, quer por correspondência quando se encontrava ausente, para o que usava as cifras que lhe foram apreendidas». Há muito vigiado «pelos agentes secretos desta Polícia», foi preso em 21/11/1933, na casa que arranjara, clandestinamente, para Sarmento de Beires, na Rua da Padaria - 15. Recolheu incomunicável a uma esquadra. Transferido, em 22/11/1933, da 26.ª esquadra para o Aljube. Transferido do Aljube para Peniche em 08/02/1934. Entrou, em 07/04/1934, no Hospital de Arroios «para tratamento». Julgado pelo TME em 02/06/1934, seria condenado a quatro anos de desterro, sem prisão, multa de quatro mil escudos e perda dos direitos políticos por oito anos. Por ter interposto recurso, o julgamento de 09/06/1934 reduziu a pena de desterro para três anos e a multa para mil escudos. Requereu, em 03/07/1934, ao ministro do Interior para que cumprisse a pena no Bombarral ou Alcobaça, invocando a continuação do tratamento da doença de que padecia, o que foi autorizado por despacho de 18/07/1934. Libertado em 23/07/1934, seguiu para Alcobaça, não podendo ausentar-se dessa localidade sem autorização da PVDE. Requereu, em Fevereiro de 1935, para ser transferido para o Bombarral, autorização concedida por despacho do ministro do Interior de 26/02/1935. Foi sempre autorizado a deslocar-se a Lisboa sempre que o solicitou para realizar tratamentos. Sepultado no Cemitério do Bombarral. O nome não consta do Memorial de Homenagem aos Ex-Presos Políticos, inaugurado na Fortaleza de Peniche em 9 de Setembro de 2017, embora tenha lá permanecido entre 8 de Fevereiro e 7 de Abril de 1934.]
[alterado em 12/05/2024]

[João Esteves]