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quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

Aula Passeio



A aula passeio é instrumento pedagógico e estratégia para que as crianças possam aprender ao ar livre o amor pela natureza, o contato com o meio ambiente. Desenvolvida pelo educador francês Celestin Freinet a mais de 100 anos a aula passeio motiva e traz entusiasmo às crianças contextualizando os assuntos referentes ao meio, à geografia, história, na observação do espaço, do movimento das coisas, cores, arte, e tudo que se pode observar e aprender por meio de outros sentidos que não seja limitado apenas ao ouvir do professor conceitos e temas abordados dentro de quatro paredes.
Com essa proposta de aprender brincando visitamos a cidade de Cerro Corá-RN, para as crianças observarem e aprenderem no olhar o que viram no livro de geografia.
Para Freinet a aula-passeio proporciona sentir com todo o nosso ser, não só objetivamente, mas com nossa sensibilidade natural. As aulas-passeio são experiências humanizadoras que proporcionam aos alunos e professores atribuir novos olhares á prática e ao estudo.


A cidade tem este nome em homenagem ao último momento da guerra do Paraguai, e é onde nasce o Rio Potengi, rio importante na história do Rio Grande do Norte.



As crianças visitaram praça, a casa grande, construída a mais de 100 anos intitulada Casa Grande e outros pontos turísticos da cidade como a Prefeitura Municipal com residência antiga




A Casa de taipa, onde abriga utensílios e ferramentas utilizadas pelo homem sertanejo e está localizada no espaço da Pousada colina dos Flamboyants que nos recebeu muito bem.
As crianças puderam brincar, observar o espaço geográfico, a flora, plantas da caatinga, o açude, e tudo relacionado aos assuntos estudados durante o ano letivo. Aproveitamos para falar sobre a importância da preservação das águas  nas nascentes, de não jogar lixo, de reciclar e de preservar assim o planeta.
A leitura é como um campo aberto onde você mapeia, e escolhe o melhor lugar para acampar, ou voar, viver, pousar.
Na praça as crianças também leram, desde o ônibus onde fizemos um Expresso literário no trajeto entre as cidades.









Sempre em nossas aulas há tempo e espaço para ler, afinal leitura se faz necessária para a vida, fora da sala de aula, onde puder e desejar, ler é livramento, ato social e deve ultrapassar os muros da escola.




Para finalizar fiz a leitura do livro Um dia, um Rio de Leo Cunha com ilustrações de André Neves pela Editora Pulo do Gato



Encerramos a aula na casa da professora de sala de Leitura Vitória Lopes onde as crianças puderam ver o mirante e admirar a serra de Santana e as formações rochosas e todo o relevo, além de algumas plantas típicas da caatinga



Uma aula contextualizada, dinâmica, e interdisciplinar com direito a observação, experimentação, leitura, brincadeira e muita aprendizagem.
Agradeço a Secretaria de Educação pela disposição do Transporte que nos permitiu realizar essa viagem de estudo.

Para comprar o livro:

http://www.editorapulodogato.com.br/

sábado, 5 de julho de 2014

Contando Histórias da Casa Grande










Todos que acompanham o Poeia do Bem já sabem que aqui o que publico como editorial de moda vai além de propaganda das marcas parceiras,  é mais que moda e marketing e incentivo ao consumo desenfreado, pelo contrário uso as fotos e seleciono por temas e a partir das ideias que tenho faço uma releitura , vejo além do que elas propõe, fotografo história, escrevo sobre natureza, amor, contos de fadas e o mais que a marca queira passar nas entrelinhas de suas estampas ou na inspiração de sua coleção. Hoje não vai ser diferente, ao fotografar Alice em um cenário cheio de cultura e história que além de aprendizagem remete ás lembranças de nossa infância e é oportunidade para minha Alice aprender mais sobre nossa cultura seridoense e desperta para conhecer mais da cultura do sertão, das gerações que vão deixando marcas, de casas que contam  muitas histórias.
Fomos conhecer a "Casa Grande" casa da antiga e tradicional família Pereira na cidade de Cerro Corá que guarda até hoje muita história e tive o prazer de adentrar e  receber informações sobre a casa e a família por um dos netos dos Pereira a quem agradeçoa  gentileza e o acolhimento em sua casa linda e com tanta história viva pra contar.
Além da tradição da cidade e tanta historia bonita, a cidade de Cerro Corá tem em suas terras a nascente do Rio Potengi, um dos rios mais importantes do Rio Grande do Norte, e recebeu este nome em homenagem ao último momento histórico da Guerra do Paraguai, que ainda estava ávida na memória dos sertanejos potiguares, e talvez por isso, José Pancrácio Madruga, sugeriu o nome de Cerro Corá, quer dizer “serrote do curral” recebeu esta denominação por ser este local onde faleceu a 1º de março de 1870, o ditador Francisco Solano Lopez, do Paraguai. “Sendo o local onde Solano Lopez fora definitivamente derrotado pelas tropas brasileiras na citada guerra. O nome do município que remete a batalha final da guerra do Paraguai, quando na serra de Santana esta comunidade que teimava mudar de nome”, teve este momento escolhido para homenagear os feitos dos soldados brasileiros.
*Fonte http://www.cerrocora.rn.gov.br/portal1/municipio/historia.asp?iIdMun=100124031



Confiram o ensaio e conheçam um pouquinho mais da "Casa Grande da Família Tomás Pereira





 



Abaixo  poesia sobre as memórias da Casa Grande e sua história registrada por um escritor da família da qual aproveitamos a inspiração e neste  ensejo realizamos este belo ensaio.

Reminiscências poéticas de Edson Pereira
"CASA GRANDE"  *

Casa Grande, Casa Grande,
Que hoje tanto me doe,
Pedaço de minha vida,
Da minha infância querida,
Que o tempo não reconstrói

Casa Grande eu me lembro
De minha mãe e meu pai,
De meus irmãos e irmãs,
De doces recordações,
Cujo tempo já se vai.

Casa Grande eu recordo
"Tetê", "Vitô" e "Didita",
De "Zé Preto" e de "Verdura",
Que para mim era aventura
Guiá-lo com tanta dita.

Eu me lembro que meu pai,
De uma de construtor.
Casando a primeira filha
Tu ficaste - maravilha!
Aos olhos do viajor.

Casa Grande, o progresso
Desvirginou tua frente,
Porque teus figos cortaram?
Porque não te conservaram
Para alegria da gente?

Debaixo daqueles figos,
Eu guardo bem na memória,
Vendo meu pai numa rede,
Recostado na parede,
"Pintado" contando estória.

A meninada escutando,
Esperando o seu final,
Em torno de uma bacia
Debulhava com euforia
Produtos de seu quintal.

De dançar, meu pai gostava,
E clareou sua mente,
Com a segunda intenção,
Aumentou no casarão
A sala grande da frente.

Casa Grande, quantas festas
Assisti tão inocente,
A fina flor da cidade,
A nossa sociedade,
Brincava ali docemente.


Eu te deixei Casa Grande,
Á procura de estudo.
Eu via dos olhos meus
Os figos dizendo adeus,
Me deixando quase mudo.

Voltei para gerenciar
A firma do meu irmão.
Encontrei-a quase só,
"Tetê ", "Joana" e "Cocó"
Morando no casarão.

Para ficar majestosa
Foi feito um primeiro andar.
Quantas vezes organizei
Na área que cimentei,
Para te valorizar.

Fizeram na tua frente
Um Museu Municipal,
Amanhã pra nossa glória,
Tu serás a nossa história,
Num museu nacional.

Quando amanhã, Casa Grande,
Me chamarem de saudade,
Peço a Deus que me mande
Residir na Casa Grande
Como espírito de amizade.

Edson Pereira
(créditos ao blog:  Cerro Corá News http://cerrocoranews.blogspot.com.br/2012/04/reminiscencias-poeticas-de-edson.html )

Alice usa
Conjunto saia jeans, blusa e colete em paetê Pakita Modas
Vestido xadrez com laço couro fake Pakita Modas
Sapatilha Pé com Pé Calçados
Acessório Vic &Vicky