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sábado, 30 de junho de 2018

Anoitecer




E antes que anoiteça
quero vivenciar toda poesia 
brincar, conversar, 
viver a vida
ser amigo de borboletas 
falar como os passarinhos.
Antes que a tarde caía
e tudo aqui adormeça
quero sonhar os mais belos sonhos
e cantar para as crianças singelezas.
E assim depois de tudo realizar
viver o espanto e o fortuito 
e  quando anoitecer
serei livre alma a voar
serei pó de estrela,
quem sabe
um pássaro da lua
com asas leves de liberdade
sem se preocupar com o tempo
eternidade repleta de constelação.
Serei dia e noite paixão!

Paula Belmino


Esta é minha participação na 41ª Blogagem coletiva do Filosofando e Encantado do blog da Lourdes 


O tema escolhido nessa imagem acima que mostra crianças brincando no início da noite, e veio  a calhar com minha aula neste fim de semana com as crianças aprendendo sobre o tempo, a vivência poética, as relações entre a matemática e a geografia, tudo contextualizado sem perder o sentido, mas acima de tudo o prazer e o espanto para brincar com poesia.



O livro ABC dos abraços de Sérgio Caparrelli pela Editora Global chegou aqui nos trazendo espanto, sensações indescritíveis de prazer através da leitura.
O livro reúne poemas endereçados a protagonista Bia que aparece em cada um deles num diálogo entre natureza, fenômenos, expressões, sensações. A poesia viva para a gente brincar e sentir, expressar e aprender valores e refletir sobre nós mesmo s e os mistérios do mundo.



As crianças aqui leram o poema: Anoitecer, releram, recitaram, brincaram, interpretaram oralmente e deram suas explicações do porquê existe dia e noite usando o conhecimento cientifico, o tempo, as horas relembrando conceitos sobre geografia, como os movimentos da terra, inspirados no calendário, depois ilustraram usando lápis de cor e canetinhas CIS e puderam ir além do ler e escrever, mas guardar para si o sentimento expresso nos versos.

Vejam:



Deixo aqui um outro poema desse livro lindo  das crianças recitando e brincando com muita poesia viva.


Para participar da Blogagem coletiva Poetizando e Encantando siga o blog  http://filosofandonavidaproflourdes.blogspot.com

Comente lá, pegue o selinho, poste e visite os amigos participantes



Para conhecer mais do Livro ABC dos Abraços



Autor (a) : Sérgio Capparelli
Ilustrações : Cris Eich
A criança gosta de fazer perguntas. Quer saber por que isto e por que aquilo. Pouco depois, junto ao porquê, ela pergunta sobre o como. Age assim estabelecendo relações com os objetos e com os seres vivos ao seu redor. Em ABC dos Abraços, essa criança é Bia. Ela aplica uma gramática pessoal para entender o mundo, com um ABC sem pé nem cabeça, em que o grande pode ser pequeno e o tombo uma razão a mais para se pôr de pé.
São 33 poemas; alguns bem curtinhos, outros curtos, alguns médios, outros maiores. Os temas apresentam-se diversos e tratados de forma coerente com o universo infantil – família, escola, animais, tempo, medos, atitudes, comportamento, sentimentos, entre outros. A menina Bia, presente em muitos versos, cria um elo afetivo com o leitor.



quinta-feira, 30 de novembro de 2017

O rei descalço





Toda criança tem direito à imaginação
à fantasia através do sonho
 a expressar seus sentimentos
a brincar.

Toda criança tem direito a morar num livro
e fazer dele o seu castelo
ser rei, rainha
príncipe ou princesa
ser a fada ou a bruxinha.

Toda criança tem direito a viver num livro
 rir de uma piada
se comover num poema
ou se encontrar num conto de fadas.
Ler, escrever
 guardar textos afetivos na memória.

Toda criança tem direito de sonhar
de transformar-se pela leitura
de reinventar-se pelos livros
e mudar sua própria história.


Paula Belmino




Aconteceu na escola mais leiturinha maravilha com direito à fantasia de reis e rainhas.
As crianças leram O rei descalço de Pablo Morenno pela Editora Physalis
Depois de ler teve interpretação de texto, e as crianças confeccionaram suas coroas dando ênfase a unidade de medida, as crianças fizeram a medida da coroa usando régua e assim fazendo a operação da adição. Para descobrir o diâmetro da cabeça de cada um faziam operação de adição ou subtração.
Além de trabalhar medidas, as crianças puderam ver a geometria no trabalho com linhas retas na confecção das coroas, nas formas, no recorte.




E antes dessa montar pudemos ver nas formas da coroa: os dentes do jacaré, a ponta da lança dos soldados, as grades do portão, as torres etc.. .e perceberam assim a geometria no espaço e no livro.

O livro: O rei descalço conta a história de um menino que ia tomar posse no trono, mas no dia da coroação arranjou um bicho de pé e não podia calçar sapato. Para evitar a vergonha de os seus súditos o verem descalço , o bispo o coroa no quarto. Rei João ainda criança não tinha infância, tinha muitas ocupações para reinar, e de cama como ia ordenar?
Surge na história alguns personagens do reino animal para ajudar o menino rei, mas todos sem solução.
Até que chega às portas do castelo um menino que tem o segredo da cura para aquele mal, o rei vai com ele para alguns dias fora do reinado e tudo acaba extraordinariamente bem, com um final surpreendente.
Um livro para criançada ler, imaginar, brincar, refletir sobre o tempo de brincar e o cuidado com o meio ambiente.
As crianças leram aos trios, ás duplas, ouviram, brincaram,ilustraram, fizeram a interpretação escrita e entraram na fantasia desse rei descalço.




A lição de casa ficou para cada um recontar a história para seus familiares. Um Incentivo à leitura com objetivo de aproximar a família da escola.

Para conhecer e comprar o livro:




quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Adelaide , a canguru voadora



Adelaide é uma canguru diferente, ela nasceu com asas. Essa é a personagem principal do livor de Tomi Ungerer com tradução de Ronaldo Simões Coelho pela Aletria editora acaba de ser lançado e já voou aqui pro RN encantando a Alice e os primos Amós e Hadassa que é apaixonada por cangurus.
Na escola o livro fez a criançada se esbaldar de alegria, brincaram de conhecer algumas curiosidades da França, já que na história Adelaide vai voar para lá e conhecer museus e monumentos, a torre Eiffel por exemplo e a catedral de Notre-Dame em Paris.



Iniciei a aula querendo saber deles o que já conheciam sobre os cangurus, classe, alimentação, uma vez que já estudamos os animais, mesmo assim sempre estamos rememorando e aprendendo juntos.
Depois sobre a França como se fala, algumas saudações por exemplo.
O aluno Paulo logo disse que se diz Merci em francês para se dizer obrigado.
Daí fomos falar sobre o autor consagrado um dos mais influentes do mundo na literatura infantil e premiado pelo prêmio Hans Cristian Andersen, um dos maiores prêmios da literatura infantil.
 Li uma vez o texto, fizemos a roda de conversa sobre a personagem principal, suas características, os valores da família dela, o amor, o quanto é importante a gente estar em família. Uma roda de conversa que visa por meio da literatura a aproximação de pais e responsáveis, de ser cada vez mais unido, de amar os amigos e respeitar suas diferenças, aceitação e inclusão.
Depois da primeira leitura chamo as crianças para ler a três, em duplas, quartetos, por agrupamentos produtivos para que lendo em voz alta ajustem a pauta sonora, tirem dúvidas sobre fonemas e grafemas, para ler sem medo de errar e se apoiar nos outros para uma leitura fluente.
Enquanto isso os demais vão recontando suas histórias transformando em histórias em quadrinhos, onde estimulo o uso das características como os diálogos, ainda não o fazem por completo, mas conhecem o gênero, suas características e importância.
Minha sala de aula parece um circuito literário: Uns leem, outros desenham, outros que terminam primeiro podem ajudar os colegar, montar os jogos, ler de novo, até todos estarem prontos, e a gente recontar e avaliar o que estudou naquele dia.

As crianças recriaram assim suas histórias





Adelaide, a canguru voadora


Adelaide nasceu diferente de todos de sua família, tinha asas, erra apaixonada por tudo que voava e sonhava conhecer o mundo. 
Quando cresceu se despediu de seus pais e acompanhou um avião que passava, o piloto se admirou. Adelaide logo fez amizade e quando cansava deitava-se sob a asa do avião.



Com seu amigo Piloto ela conheceu muitos lugares do mundo. Foi até a Índia, conheceu um rico marajá


Depois seguiu viagem até à França, lá resolveu aterrizar e conhecer museus, monumentos, os lugares mais interessantes


Adelaide não sabia das regras da sociedade, que precisava de dinheiro para por exemplo pagar um táxi e quando foi cobrada ficou bem envergonhada. Nessa ocasião conheceu o Monseur Marius, um homem muito gentil com quem logo fez amizade. Monseur Marius lhe mostrou pontos históricos de Paris como a torre Eiffel, a Catedral de Notre-Dame, entre outros lugares e passeios divertidos.





Adelaide na França se tornou artista, e uma salvadora de crianças


Adelaide era feliz, realizava seus desejos, mas algo lhe faltava ,ela queria conhecer um canguru como ela.


E assim Adelaide percebeu que as asas lhe foram úteis para realizar seus sonhos.
Um lindo livro que não vou dar spoiler para contar o final pra não tirar a graça da história, mas que garanto foi ricamente aproveitado pelas crianças.

Além de todas as atividades contextualizando as disciplinas as crianças usaram o Tangram, um jogo de origem japonesa, para montar as personagens e cenário da história usando as formas geométricas





Assistam a interação das crianças com a história:


Para saber mais sobre o autor Tomi Ungerer que ontem fez 86 anos e comprar o livor com desconto especial de lançamento aproveitem e visitem o site da Aletria






Sobre o autor:



Jean-Thomas Ungerer, mais conhecido como Tomi, nasce na cidade francesa de Estrasburgo, região da Alsácia, no dia 28 de Novembro. Filho de Alice e Theodore, Tomi tinha três irmãos: Bernard, Edith e Vivette.
Com uma infindável lista de prêmios, dentre eles o Hans Christian Andersen, maior premiação da literatura infantil mundial, Tomi Ungerer tem nada mais nada menos que um museu fundado pelo governo francês em sua homenagem, o Tomi Ungerer Museum. Seu museu, localizado em Strasbourg, foi escolhido pelo conselho de Arquitetura da Europa como um dos “Top 10” museus europeus. Tamanha é a importância do autor e ilustrador, que o Tomi Ungerer Museum foi o primeiro museu público na história da França a homenagear uma personalidade ainda viva. 

Confira toda matéria no blog da Aletria

segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Ângela Lago Para Sempre


Nas asas da liberdade
em caudaloso meteoro
repentinamente voou
e pousou no infinito distante
a estrela brilhante
pra dar luz à constelação!

Paula Belmino

                  Adeus Ângela Lago, continue nos inspirando e nos iluminando com sua arte.



Tive o prazer de poder mostrar aos meus alunos sua magnífica obra , há pouco tempo as crianças se inspiraram nela para produzir suas imagens e haicai com o trabalho do livro de Sônia Barros em conjunto com sua arte,  pincelando com maestria o livro Nas asas do Haicai pela Aletria. Aqui

É preciso viver intensamente, amar os livros e esses astros e estrelas que mudam nossa história para sempre. Eu aqui sempre que me chegam as mãos os livros ensino a Alice, ás crianças a conhecer o autor, o ilustrador, a editora, as pessoas por trás dos livros que nos fazem sonhar. E pareço conheço cada um, afinal o amor nos transporta para perto do coração .

Ontem em nossa homenagem à Ângela, a Alice não estava em casa pois tinha ido passar o domingo no sertão, quando soube em casa à noite chorou e sentiu muita tristeza e pediu para gravar essa homenagem





Um pouco de Ângela Lago

sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Errar faz parte, Perdoar faz bem (dica de livro)





Errar é um caminho, não um fim, é uma parte do processo de aprendizagem,não uma prova de incapacidade, errar é porta pra seguir em frente, para se tentar de novo, mesmo em meio as frustrações, decepções, dor e sofrimento, errar é parte de um processo de desenvolvimento do conhecimento e que por vezes deixa traumas causa danos à alma e refletem no comportamento quando o erro e a falta de perdão é levado a ferro e a fogo e  apenas uma medida de oito ou oitenta, de que ou se sabe ou não se sabe. Tudo começa no pensamento, no como se enxerga a vida, e se processa os erros, e se se é recebido com um olhar de compreensão  percebendo que ao errar pode-se tentar outra vez, ir por outros caminhos, seguir em frente.
Nos dias atuais e no mundo cheio de pressa e competição que vivemos fica difícil não sofrer quando não se acerta, quando não se consegue algo, quando se erra. Se nós adultos sofremos, choramos e nãos abemos como agir frente aos erros imaginem as crianças, na escola que por dificuldades de aprendizagem ou por muitas vezes não terem acesso á variadas explicações e aulas lúdicas que a faça aprender rápido são pressionadas a realizar exames e provas e mostrarem que sabem, sem ser levado em consideração o tempo de cada uma, as habilidades, as potencialidades e inteligências múltiplas , o exercício da compaixão. Além da escola cobrar habilidades e competências , vivem também em casa com pais muitas vezes ansiosos por seus filhos brilharem na vida e mostrarem que são melhores a luta e a infelicidade, que cobra e transferem para os filhos os sonhos e desejos que eles não puderam realizar.
As crianças crescem assim com medo, ansiosas, nervosas de ao tentar errar e esses sentimentos e pensamentos de fracasso escolar e na vida causa danos, doenças emocionais que aparecem na escola, com os amigos deixando crianças expostas a tantos males dessa época e geração.
O livro Errar faz parte, Perdoar faz bem é um livro embasado na terapia da compaixão e da compreensão que trás a tona o uso constante e reflexivo de ações de empatia e tolerância, o uso constante do elogio e do dar força a superação, ao tentar de novo. 
Errar faz parte, perdoar faz bem narra a história de Juninho, um menino que não se permite errar e sofre com isso.
O livro é indicado para pais e educadores e crianças de 6 a 10 anos, trás belas ilustrações e exercícios  de reflexão e auto-ajuda e atividades com desenhos sobre o que se sente no momento que os pais podem fazer com as crianças e assim exercerem a capacidade da tranquilização e  da paciência.



Um livro de ótima ajuda para educar com amor e olhar apaixonado pela infância saudável.



Ontem passei por uma consulta com a psicóloga , uma vez que esta semana que vem começaremos o estágio do curso de psicopedagogia que estou cursando e foi exatamente isso que conversamos e aprendemos. 


Errar e perdoar andam juntos, tempo e paciência, empatia, colocar-se no lugar do outro, exercer o amor e a ajuda, e saber que cada um tem seu tempo para aprender e que cada um é diferente e e necessário respeitar essas diferenças e colocar em avaliação o pouco que se alcança e não o que não se consegue realizar. Compaixão e ternura, amor e paciência para viver bem e não matar os sonhos de quem quer aprender, sim por meio dos erros , acertando-se na vida.

Paula Belmino


Sobre as autoras:
Aline Henriques Reis

Doutora em Psicologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Especialista em Psicologia Clínica na Abordagem Cognitivo-Comportamental pela Universidade Federal de Uberlândia/MG. Formação em Terapia do Esquema pela Wainer e Piccoloto Centro de Psicoterapia. Professora Adjunta do curso de Psicologia da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Terapeuta Cognitiva Certificada pela Federação Brasileira de Terapias Cognitivas com mais de 10 anos de experiência clínica.

Carmem Beatriz Neufeld

Pós-Doutoranda em Psicologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Doutora e Mestre em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Professora e Orientadora do Programa de Pós-Graduação em Psicologia do Departamento de Psicologia da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. Coordenadora do Laboratório de Pesquisa e Intervenção Cognitivo Comportamental (LaPICC-USP). Vice-presidente da Associação Latino-Americana de Psicoterapias Cognitivas (gestão 2015-2018). Bolsista produtividade do CNPq. Terapeuta Cognitiva Certificada pela Federação Brasileira de Terapias Cognitivas com mais de 15 anos de experiência clínica.