Cuidar das crianças é dar a elas proteção e ensinar a elas a reconhecerem uma situação de violência e abuso sexual
De forma lúdica a literatura é uma grande ferramenta para conversar abertamente com as crianças sobre um assunto tão sério. Vale salientar que a proteção das crianças é responsabilidade de seus pais e que deve-se usar uma linguagem apropriada e também falar o necessário de acordo com a maturidade da criança, mas sempre dialogando e observando sempre o comportamento das crianças quando retornam de algum atividade com adultos
Cabe aos pais e responsáveis:
- Quando você deixar o seu filho sozinho com outra
pessoa, seja adulto ou adolescente, procure que possam ser observados.
- Favoreça situações nas quais o seu filho se integre em
grupos.Mas fique atento como buscar conhecer os responsáveis e monitores e ficar atento quando a criança retorna;
- Ensine o seu filho com o exemplo. Evite o máximo
possível, estar sozinho com um menor que não seja seu filho.
- Supervisione o uso da Internet que o seu filho
faz.
- Ensinar a criança a não aceitar presentes de estranhos
-Orientar para que não deixe que toque em áreas íntimas do seu corpo
Muitas são as ações de proteção e segurança para manter as crianças longe de violência
A Aletria caba de lançar o livro: Não me toca, seu boboca escrito por Andrea Viviana Taubmam e ilustrado por Thais Linhares, tendo o cuidado de pensar numa história em que os personagens são animais Como a coelhinha Ritoca que enfrenta uma situação de encontrar um tio aparentemente gentil que quer enganar ela e seus amigos, mas que felizmente consegue escapar.
Para escrever esse livro contaram c com a consultoria de profissionais que trabalham dia e noite pela proteção de crianças e adolescentes. Psicólogos, juízes, advogados e a fundação Childhood Brasil.
O livro chegou aqui e já foi usado com Alice e as amigas e ontem também ela levou para ler com a turma dela na escola. Um assunto sério que precisa de orientação e de muito cuidado de pais, professores, responsáveis.
Assistam o vídeo da Alice e suas amigas respeitando amadurecimento de cada uma
Para ler o livro digital:
Vejam a entrevista com a autora:
Como proteger as crianças do abuso sexual?
Para prevenir que abusos aconteçam, é importante ensinar às crianças e aos adolescentes a diferenciar uma brincadeira de uma potencial situação de risco e fortalecer suas capacidades para que possam se defender e denunciar quando uma pessoa age de maneira inadequada com elas.
No entanto, falar sobre este tema é, muitas vezes, uma tarefa bastante difícil para pais, mães, familiares e demais profissionais da área de educação, saúde e assistência social. Pensando nisso, a Aletria lança o livro "Não me toca, seu boboca!", escrito por Andrea Viviana Taubman e ilustrado por Thais Linhares.
Para prevenir que abusos aconteçam, é importante ensinar às crianças e aos adolescentes a diferenciar uma brincadeira de uma potencial situação de risco e fortalecer suas capacidades para que possam se defender e denunciar quando uma pessoa age de maneira inadequada com elas.
No entanto, falar sobre este tema é, muitas vezes, uma tarefa bastante difícil para pais, mães, familiares e demais profissionais da área de educação, saúde e assistência social. Pensando nisso, a Aletria lança o livro "Não me toca, seu boboca!", escrito por Andrea Viviana Taubman e ilustrado por Thais Linhares.
Para chegar no formato final do livro, Andrea e Thais
contaram com a consultoria de profissionais que trabalham dia e noite pela
proteção de crianças e adolescentes. Psicólogos, juízes, advogados e a fundação
Childhood Brasil foram importantes parceiros para a criação de "Não me
toca, seu boboca!".
Na semana que antecedeu
o lançamento do
mais novo livro, o Blog da Aletria conversou com Áurea Domingues, psicóloga do
Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Áurea, juntamente com Christina Mendes,
Glicia Brasil e Sandra Levy, foi uma das profissionais que colaborou
amorosamente com as revisões técnicas dos textos que contam a história de
Ritoca, personagem do livro "Não me toca, seu boboca!". Leia abaixo a
entrevista completa:
1) A literatura, com sua ludicidade, sempre foi
importante mediadora para temas delicados como a morte e a sexualidade, por
exemplo. Como um bom livro pode se tornar aliado de conversas difíceis
entre pais e filhos?
A literatura infantil é um excelente aliado para
conversas difíceis no âmbito familiar, pois explora o imaginário infantil de
uma forma lúdica e leve. Assim, um bom livro evita impactos negativos na mente
da criança ao abordar assuntos delicados, como é a questão do abuso sexual.
2) No caso da temática da violência sexual contra crianças e adolescentes, a
delicadeza do assunto exige um cuidado especial para elaboração do livro, a fim
de informar, orientar e proteger nossas crianças. Enquanto psicóloga, como foi
o processo de colaborar para a criação de "Não me toca, seu boboca!"?
Quais foram os maiores desafios?
Me senti muito honrada em poder participar da elaboração do livro orientando a autora Andrea Viviana Taubman com questões da área da Psicologia sobre a dinâmica do abuso sexual. O primeiro encontro com a escritora foi muito emocionante. Fizemos uma breve reunião no ano passado, em que foi apresentada a sala de atendimento às crianças vítimas de abuso sexual no Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro. À medida que Andrea lia o seu texto (primeiro esboço do livro), eu me lembrava dos casos difíceis que já atendi. Foi difícil evitar as lágrimas, pois o que ela descrevia no livro exemplificava os processos em que eu atuava. Construímos ali uma excelente parceria e, desde então, fui acompanhando e opinando na elaboração do texto e também nas excelentes ilustrações da Thais Linhares. Foi importante explicar que na dinâmica do abuso, muitas vezes, o abusador tenta ganhar a confiança da criança se aproximando de forma doce, delicada, com elogios, oferecendo presentes e utilizando um linguajar infantil. Assim, fica difícil para a criança identificar que está sofrendo um abuso. O maior desafio foi traduzir essa dinâmica do abuso para o livro com um vocabulário de fácil assimilação para as crianças.
3) Por que é importante trazer esse assunto para conversas dentro de casa?
É muito importante que esse assunto seja discutido em casa, para que as famílias possam trabalhar a prevenção. Assim, os responsáveis podem ensinar a criança a identificar uma situação abusiva. Por exemplo, quando um adulto pede para tocar suas partes íntimas em troca de presentes ou exigindo que a criança não conte para ninguém; quando um adulto pede para a criança tirar fotos nua ou com roupas íntimas; quando um adulto marca um encontro sem o conhecimento dos pais; é preciso dizer também para criança ter muito cuidado com quem conversa na internet e jamais enviar fotos ou marcar um encontro com um adulto desconhecido.
Além disso, muitas crianças não se identificam como
vítimas de abuso e se sentem culpadas, acreditando que são provocadoras dos
fatos. Como consequência, sentem vergonha e medo de revelar. Vale ressaltar que
muitos casos ocorrem no ambiente intrafamiliar, sendo mais difícil que a criança
revele para um adulto de sua confiança. Nesse sentido, quando o assunto é
tratado dentro de casa, empodera a criança para identificar, se defender e
revelar uma situação de violência sexual.
4) Você acha que o abuso infantil ainda é visto como uma questão privada e não como uma causa de interesse público? Para você, qual a importância de trazer essa discussão para dentro de produtos culturais como livros, filmes etc?
Sim, infelizmente a questão do abuso infantil ainda é vista como um tabu. É um tema delicado e enfrenta resistência nos espaços de discussão do poder público. Mas essa é uma questão que precisa ser mais discutida publicamente na sociedade. A criança vítima de abuso merece respeito e proteção, e jamais deve ser culpada pelos abusos. A culpa nunca é da vítima. Entretanto, vemos crianças sendo culpadas, dentro de casa e até na rede de garantia de direitos. Por outro lado, o abusador não tem cara, está presente em qualquer aparência física, etnia, religião, gênero, idade e classe social. Nesse sentido, nem sempre é facilmente identificado. Sendo assim, é muito importante que esse assunto seja tratado em livros, filmes, novelas como forma de prevenir que essas situações ocorram ou que fiquem impunes.
4) Você acha que o abuso infantil ainda é visto como uma questão privada e não como uma causa de interesse público? Para você, qual a importância de trazer essa discussão para dentro de produtos culturais como livros, filmes etc?
Sim, infelizmente a questão do abuso infantil ainda é vista como um tabu. É um tema delicado e enfrenta resistência nos espaços de discussão do poder público. Mas essa é uma questão que precisa ser mais discutida publicamente na sociedade. A criança vítima de abuso merece respeito e proteção, e jamais deve ser culpada pelos abusos. A culpa nunca é da vítima. Entretanto, vemos crianças sendo culpadas, dentro de casa e até na rede de garantia de direitos. Por outro lado, o abusador não tem cara, está presente em qualquer aparência física, etnia, religião, gênero, idade e classe social. Nesse sentido, nem sempre é facilmente identificado. Sendo assim, é muito importante que esse assunto seja tratado em livros, filmes, novelas como forma de prevenir que essas situações ocorram ou que fiquem impunes.
Créditos do blog Aletria
https://www.aletria.com.br/blog?single=Literatura-e-informacao-contra-o-abuso-sexual
Em casos de suspeita de violência e abuso sexual denuncie
Disque
100: serviço de proteção de crianças e adolescentes com foco em violência
sexual, vinculado ao Programa Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual
contra Crianças e Adolescentes, da SPDCA/SDH. Basta discar o número 100 (é
gratuito e aceita ligações anônimas);
Proteja Brasil: Esta iniciativa do UNICEF permite que sejam
feitas denúncias diretamente por um aplicativo disponível para android e IOS,
além de localizar os órgãos de proteção nas principais capitais e ainda se
informar sobre as diferentes violações. As denúncias são encaminhadas
diretamente para o Disque 100.