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terça-feira, 6 de junho de 2017

Semear livros


É a semente levada por pequenas formigas
que abriga um ninho inteiro e alimenta para toda uma vida.


É a flor que perfuma o canteiro, o jardim do coração e que ficará para sempre na memória olfativa.

É o fruto, doce, azedo, ácido, que sendo degustado aos poucos, aguça o paladar e com o tempo saber-se-á decifrar o sabor, só pelo cheiro, pela cor,  separando o que é doce, do que for amargo.


São galhos estendidos como abraços que acolhem, abençoam, mãos que afagam, e tocando a alma, transforma a si e ao mundo, cada um fazendo sua parte.

É a pequena folha, que mesmo caída ao chão, aduba o solo e o faz fértil, e se verdinha absorve toda poluição e transforma em puro ar aos pulmões. Vitalidade para a vida toda.


É tronco que apoia e dá força, gerando vida, guardando em seu lenho o tempo, a vida, reminiscências de um tempo passado, água, vitalidade.

É raiz que suga do mais profundo da terra a força, o vigor, a esperança e faz nos tempos de seca a planta viver, ainda que tudo seja perdido, e se pareça árvore seca, a um sopro de brisa, a chuva chega e o pouco de água transforma, enverdeja,alimenta, é  força, é sustento para a vida toda... Raiz que viaja em busca do novo... Raiz que conta histórias, atravessa os limites do espaço e do tempo,  se alimenta e transporta para toda árvore o dulçor, a vertente das águas, a esperança e a vida.



Assim são os livros uma pequena semente que florescendo em terra fértil, dá  um pequeno broto,
Uma flor  que encantam e embeleza a vida,
Um galho que balança ao vento, movimento,
Uma pequena árvore que sendo alimentada em suas raízes, cresce, guarda histórias e transforma a realidade.
Livros são feito árvores de vida!



Paula Belmino


Esse texto é só pra dizer da grande importância que é ler, e incentivar à leitura e mostrar um pouco do lindo trabalho do grupo Semear Livros, a quem dedico esse poema




O grupo Semear Livros, tem por lema levar doação de livros para escolas e ONGS da grande Natal, mas por coincidência tive o prazer de conhecer a Eloiza Cirne, um dos membros do grupo, no dia em que fui conhecer a escritora Roseana Murray, ela estava lá também tinha ido levar livros para a biblioteca que daria o nome à nossa mestra escritora e poeta. Pois bem, ela me conheceu, ficou sabendo desse meu trabalho de formiguinha numa pequena cidade e veio com o grupo neste sábado passado fazer a doação de livros para minha escola e para a biblioteca Municipal.



 A auxiliar de biblioteca Vitória Lópes recebendo e agradecendo os livros para o acervo da Bibliteca Bernadete Xavier



Foi um presente muito grande, a companhia de mulheres valorosas que se deslocaram tantos quilômetros para plantar sementes, que a seu tempo darão frutos, flores, e gerarão novas plantas.
As crianças simplesmente ficaram eufóricas, nem acreditavam no que via, aqui nas imagens há poucas crianças pois a escola foi aberta em dia de sábado, mas  nós professores já estamos usando os livros com toda escola e logo mostro o tanto de amor que tem causado neles.

Vejam só:











Alice tocando violão e cantando comigo o poema: O menino e o rio de Manoel de Barros musicado pelo grupo Crianceiras
Aproveitem e se inscrevam em nosso canal no Youtube




Não tenho palavras para agradecer, e espero que essas singelas palavras sejam abençoadoras aos vossos corações, e que Deus possa retribuir e lhes ajudar a levar essa bendita semente a tantas crianças que necessitam de luz, de esperança, de poesia, de livros.



Vamos semear boas sementes de poesia na alma das crianças, somos semeadoras de esperança e livros!

E acabamos de receber pela página no Facebook essa linda interação da escritora Angelica Gouveia na sua página Carinho é bom demais



quinta-feira, 20 de abril de 2017

Caiu na rede é... Poesia. Momento literário











Caiu na rede... não é peixe
É poesia que eu quero fazer
É pescar o mundo com as mãos
No livro voar ao ler
É ter o aconchego na rede
No balanço frenético do amor
Acalentando sonho,
nuvens, árvores, estrelas
tudo ali bem perto do coração.

Caiu na rede... é poesia
é ler aninhando 
no vai-vém de uma canção
na rima, no som, nos trocadilhos das palavras
 brincar ao ler com emoção
Vestir-se de poesia
o corpo todo na rede rendido
cheio de poesia que embala
que dá a infância o sentido

Ler na rede 
No chão
debaixo da árvore, 
sentado, deitado, pulando
de poesia em poesia
na rede pescando!

Paula Belmino


 Essa foi nossa aula ontem, um momento literário na rede embaixo das árvores do jardim da escola, fizemos um recital poético, onde as crianças liam em voz lata para os outros, de três em três, de dois em dois, depois liam todos, embalados na rede, no amor à poesia.
Aproveitei para inaugurar lá essa ação literária: Caiu na rede ... é poesia  aproveitando todo o contexto dos conteúdos trabalhados, no caso, a cultura indígena, levei alguns livros que falavam sobre índios como: Poeminhas da Terra de Márcia Leite , pela editora parceira Pulo do Gato
Cobra Norato de Eloí Bocheco
e Pitulú de Bê e Léo Maciel pela Aletria

As crianças depois puderam ler os livros da biblioteca que chegaram pelo projeto RoMaria de Livros e e se esbaldaram.

Vejam só:











Em comemoração ao dia do índio, falamos sobre a importância do povo indígena e a contribuição na língua, comida, artesanato. Li o poema Cadê o índio que tava aqui? De minha autoria, as crianças fizeram a reescrita do poema e surpreenderam na produção. Aliamos o conteúdo ao livro didático sobre a cultura indígena e o trabalho dia a dia, materiais e extrativismo. 
Aprendizagem significativa, lúdica e reflexiva.

Assistam: