Dessa poesia que me assombra e murmura canção
As árvores, o vento das folhas a fazer sinfonia
O canto de amor das rolinhas tecendo a manhã
Sou amante dessa poesia vã
Que não tem apego, não tem limites
Nem tempo, apenas destino certo... o encantamento.
Nessa poesia de deslumbramento,
da criança a sorrir, de uma mãe a abraçar o filho
das cantigas de rodas nas praças,
brinquedos e brincadeiras , o colo de avó
a contar histórias e a cantar versos livres e reais
sou plenamente cativa a desse cais... o amor.
A poesia que alimenta a alma e o corpo
atavia e enfeita de sonhos
faz viajar, sonhar, inspira canções de paz
Uma poesia leve que abre os muitos sentimentos
Cura feridas, é doce no âmago a tristeza intrínseca
Sou dela discípula... Essa poesia que edifica.
Da poesia que canta aos quatro ventos
É felicidade, juramento, é voz aos aflitos,
Poesia luz na escuridão
Abre as portas, desfaz o medo, conta segredos
Tece multiformes sentidos dentro do ser
Poesia minha paixão... fôlego de vida
Esse sonho a se escrever.
Paula Belmino