Desfiei ponto por ponto
o desalento onde me
encontrei
passo por passo,
cada dia por vez
da vida o sonho refiz.
Do luto à luta
pois em dores fui quebrada
aos pedaços
como barro amassada
minha pele,músculos e ossos
e enfim tudo esqueci,
perdoei.
E só quando a terna massa de
amor
tomou conta de meu ser
e o verde esperança
alentou minha terra ressequida
e o calor das flores
coloriram meu jardim.
A alma leve, voltou do
anfiteatro da solidão
e tudo em volta se fez
quimera.
_És mãe!
Ali a voz de um anjo ecoou
o sonho a brotar.
E só quando vi dentro dos
meus
teus olhos a me sorrir
percebi que agora a vida
inundava meu ser
e nascia uma semente de paz
uma mãe nascia ali.
Paula Belmino
Quando soube o sexo da Alice
E toda minha alegria em ser mãe:
Inspiração para a Blogagem Coletiva do Filosofando na Vida, brincadeira que a Lourdes propõe a cada semana nos dando imagens para criar versos, reflexões, alguma frase ou pensamento que venha á tona.
A participação cabe a seguir o blog, comentar os posts dos amigos participantes e colocar a criatividade para funcionar.
Me inspirei nessas imagens:
1ª de uma mulher de vestido vermelho esvoaçante desalenta, como se a alma estivesse perdida como um dia me senti quando perdi meu primeiro filho por erro médico
Uma mulher incompleta, uma terra seca , os sonhos esvaídos, a dor da morte, o prato a arrasar tudo
E depois de muita luta e luto, ainda um grave acidente pude conceber, um milagre se fez em mim e fui mãe. E tudo voltou a ser esperança em mim!