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segunda-feira, 26 de março de 2018

Esperando a Chuva






Na relação com o meio, no saber observar os fenômenos da natureza, identificando-se como agente que cuida e protege dos seres vivos , e sabendo-se proteger a si mesmo, os livros trazem o estudo do meio para ale´m de apenas ler para se informar ou apreender conceitos, mas para fazer-se coparticipante da natureza uma vez que somos de fato parte dela.
É com essa proposta de ler e compreender os fenômenos naturais, que o livro Esperando a chuva de Véronique Vernette  pela Editora Pulo do Gato traz imagens e textos dispostos de formas diferentes, texto curto ao meio da página, com palavras que brincam com as muitas imagens que desafiam o leitor a se propagar na história compreendendo as semelhanças e as diferenças entre a história do livro e a sua própria.
O livro conta a história de uma menina que espera com ansiedade a chuva, as ruas da cidade estão cheias de poeira, o céu vermelho de tanto calor, e de seu quintal ela acompanha o menino que vende a pouca água no barril, o homem que passa anunciando com sua tesoura reparos nas roupas de todos do vilarejo.
A menina e sua mãe preparam o almoço, toma banho e olha o céu que promete chuva, e é tão desejada.
A leitura deste livro  contribui para a reflexão e a curiosidade sobre a geografia e a própria história, cultura e costumes em dias de chuva , ou de verão, bem como outros assuntos como por exemplo: estações do ano, relevo e onde acontecem mais chuvas ou a escassez dela, pensando em ecologia e sustentabilidade, como economizar a água e preservar essa fonte esgotável.
As crianças leram o livro e relacionaram ao tema água e toda sua importância com a história. Depois das atividades de roda de conversa e leitura em duplas e trios por agrupamentos produtivos de acordo com as hipóteses silábicas elas puderam ilustrar o livro inspirando-se nas imagens mas usando a técnica recorte e colagem para fazer uma montagem e brincar com a história, com livros usados e revistas eles montaram, desenharam no papel que não era colorido e refizeram novas ilustrações para essa bela história.

Vejam o resultado:






Vejam o vídeo sobre o livro:



Mais sobre o livro:



O livro aborda o modo de vida, a cultura africana, a luta pela sobrevivência em meio à falta d' água .
O texto é escrito em primeira pessoa com textos curtos e em caixa alta para que o leitor iniciante possa fazer a ligação e a relação entre imagens coloridas, a disposição do texto e a variedade de modos de ver  e ver um livro

Para comprar:

https://editorapulodogato.lojaintegrada.com.br/esperando-a-chuva

terça-feira, 12 de dezembro de 2017

Os Girassóis de Van Gogh de Manoel de Barros: Um Clamor Pela Paz




Um girassol se apropriou de Deus: Foi em Van Gogh

Trabalhei com as crianças a obra de van Gogh e a poesia de Manoel de Barros
Como poesia não é pra se explicar, apenas expressar, sentir , e pela palavra explorar temas e sentimentos do mundo deixei que as crianças pudessem falar sobre o que sentiam com o poema que de início parecia ser algo difícil de se trabalhar com as crianças,mas e que temas devem ser abordados com elas, senão também as dores, o luto, as guerras, a questão dos refugados, dos órfãos, dos que não tem pátria e lar, nem pão e pouco menos amor?
Li uma vez:
"Os girassóis de Van Gogh", de Manoel de Barros
"Hoje eu vi
Soldados cantando por estradas de sangue
Frescura de manhãs em olhos de crianças
Mulheres mastigando as esperanças mortas

Hoje eu vi homens ao crepúsculo
Recebendo o amor no peito.
Hoje eu vi homens recebendo a guerra
Recebendo o pranto como balas no peito.

E como a dor me abaixasse a cabeça,
Eu vi os girassóis ardentes de Van Gogh."

Manoel de Barros

Dai pedi para me dizer o que sentia, que tipo de sentimento vinha sobre o coração deles.

No início disseram que achava que Manoel falava da solidão e da dor de Van Gogh, pois estudaram sua vida, a solidão no hospício, a maneira de retratar com a arte, como nas obras: Quarto em Arles


 Mas ai fui intervindo frase por frase, verso por verso, cada um lendo uma parte em voz alta com ritmo, e eu entonava como quem sofre e chora e quer dizer algo ao mundo, esmiuçando o que não se pode explicar, já que poesia  não precisa de razões para falar de sentimentos, por si só é todo sentido, no entanto como crianças ainda imaturas precisava instigar, e ir além do senso comum, criar espanto e assombros.


Para eles chegarem a essa compreensão e interpretação fui intervindo tipo: 
O que vocês acham que significa soldados cantando por estradas de sangue? Seria um canto de felicidade? 

Até um dos meninos dizer: ele canta de gratidão porque ficou vivo.
 outros disseram: Os soldados cantam em meio ao sangue dos mortos na luta, mas de tristeza, e também para agradecer pois conseguirá voltar pra casa.

E de novo eu indago: E o que dizer sobre frescura de manhãs em olhos de crianças? uns de inicio achavam que é porque as crianças tem frescura , ela achava que frescura era birra, fazer bico, até  ir no sentido da palavra frescura de fresca, limpa, de bom clima, até ai entenderam e disseram:

"as crianças são tão puras que nos seus olhos mostram isso, amor, vida, um ar de alegria como o dia que nasce. " Jamilli

E ai depois que entenderam que falávamos de guerra e da luta pela paz, das dores do mundo saíram frases assim:

"As mulheres mastigam esperanças mortas pois não verão seus maridos, remoem seus pensamento, seus sonhos" Hellias

Eu mais uma vez desafio:

Que homens receberiam a guerra?

Eles:
Os que matam todo dia!
Os que faz violência por pouca coisa.
Os que tem ambição!


E por fim:

Mas será que Manoel de Barros via a obra de Van Gogh, ou seria uma plantação de girassol?

Depois que eles puderam compreender que antes de Van Gogh usar as cores suas obras eram muito escuras a só quando ele foi para Paris conheceu o Impressionismo ele começa usar a técnica de luz, cores, principalmente o amarelo

Uma aluna me diz:

"Ele queria dizer que mesmo na dor com a cabeça abaixada a luz podia aparecer. Maria Eduarda"


Ele falava da guerra, da dor das mães sem filhos, dos que perdem seus pais, a esperança, mas mesmo na dor de repente surge a luz. Maria Clara, Maria Luiza

E por fim:

Só pode nascer uma flor pra provar vida né tia? Ryan

E Eduarda me diz:

Mesmo na guerra há a busca pela paz!


E ai eu entendi Manoel de Barros:

"e, como a dor me abaixasse a cabeça,
eu vi os girassóis de Van Gogh.

Assistam eles recitando e mostrando as artes deles:



Me espantei de alegria e gratidão!

Além de Van Gogh as crianças também fizeram releituras da obra de Tarsila do Amaral




Paula Belmino


sexta-feira, 24 de novembro de 2017

Frederica a Galinha do Pé Azul




Frederica nasceu com um pé azul e outro amarelo
diferente das outras galinhas de sua espécie
ela até gosta de seu pé azul
o que dói é sempre olharem pra ele atravessado
o que incomoda é como estão sempre apontando por chão
seu pé azul que causa distração.


Ela tem mais dois irmãos
Joia uma galinha vaidosa
e Heráclito um galo brigão
Eles também são diferentes
por que não?
Cada um tem suas particularidades
é importante a aceitação.
Joia e Heráclito logo arrumam um jeito de ajudar Frederica
pintar os pés dela de amarelo ouro
a pobrezinha de pé pro ar, se cansa
que confusão!
Não deu certo não!


A avó faz chás de girassol
coloca Frederica de molho no chá
o pé enruga 
mas todo azul vai continuar.


Levam então Frederica a uma especialista
recomendações, conselho
simpatia ecológica:
suas penas numa bananeira  enfiar
cortam as penas da pobrezinha e 
esperam o cacho de banana amadurecer
de amarelo só as bananas
o pé de Frederica sempre ali a azular.


 Até que um dia na escola chega uma professora
alguém que logo reconhece em Frederica sua condição especial
seu jeito singular
e com arte apresenta as cores primárias
que bom é ter cor por todo lugar!
E muda-se toda situação:
Frederica aprende a não mais se importar
os amigos a enxergam além de sua diferença
e Frederica aprendem a respeitar,
pois todos somos diferentes
é bom viver a diversidade
o modo de se expressar.
Não faz diferença o nosso modo de ser,
diferença existe pra nos completar.


Paula Belmino

Poema inspirado no livor de Maria Cininha: Frederica a galinha do pé azul pela editora Cosmos.
As crianças leram, releram, criaram seus fantoches com recorte e colagem, recriaram a história usando um teatro de fantoches e trabalhamos sobre aceitação, diversidade, respeito e muito mais.

Vejam mais:


Reescrita:



                                                                  Confecção dos fantoches




Assistam a apresentação





Saiba mais sobre a artista Maria Cininha essa amiga linda que pudemos abraçar



Maria Cininha é arte educadora e bacharel em Artes Plásticas pela Faculdade de Belas Artes de São Paulo. Mestre pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, onde desenvolveu pesquisa sobre criatividade e envelhecimento. Nasceu e vive na cidade de São Paulo. desenvolve trabalhos em recorte e colagem. Como a criação de personagens, entre eles, As Marias, figuras femininas, lúdicas que, com suas formas inusitadas, falam do cotidiano e do meio ambiente. Foi através das Marias que a escrita chegou à sua vida. Entrelaça delicadamente a imagem e o texto, de maneira que a união entre eles provoque no leitor a possibilidade de construir outras histórias.

Visitem o site

sábado, 22 de julho de 2017

Música e Poesia





Quando o espírito elevar-se em música
e junto com os pássaros entoar
um canto terno
expressando sentimentos bons
que evoquem paz
a natureza florescerá
ao som da luz
ao toque do amor
e tudo em volta se fará sinfonia.

Quando a música fluir
e todos os sons ao redor
 forem envolvidos num canto inédito,
dentro de si se fará silêncio
e  os ouvidos serão abertos
para o que é etéreo 
para ouvir o som da vida
a melodia da música
 cândida
na alma em festa!

Paula Belmino


Alice tem se dedicado a estudar música tanto aprender a tocar violão como a flauta doce e aqui no Projeto Primeira Nota , projeto social com apoio do governo municipal as crianças no Espaço Cultural, e na total dedicação e belo trabalho dos professores Francisco Aprigio e Francienio Luis e coordenadores têm levado arte, música, movimento cultural e poesia à infância num intuito de fazer a vida mais bonita garantindo oportunidade de aprender cultura e se expressarem, desenvolverem habilidades e talentos.
Ontem as crianças estiveram ensaiando e pude perceber o quanto elas tem evoluído, e deixando-se levar pela música que traz tantos benefícios para a sensibilidade, cognição, saúde emocional e física.
Vamos continuar seguindo esse caminho da música elevando-se o espírito e entoar louvores à natureza e ao Criador.

Vejam alguns vídeos:










quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Um pouco de tinta e poesia e uma tarde boa


A vida aqui se inicia sempre em festa, ouvir os passarinhos
Colher goiaba que teima em cair da árvore do vizinho
Observar as flores no quintal de casa, uma borboleta a voar
Ir na biblioteca
Tocar violão
E brincar.

Há dias que a brincadeira leva cor, leva magia, a presença dos livros  e amigos, primos sempre em casa e nesta brincadeira as bonecas participam, há liberdade de escolher do que brincar, na área, no quarto, na sala de estar, sorrir , viver, gargalhar.





 A última invenção da Alice com a amiga Bia , foi fazer um piquenique na varanda, reparem que elas mesmas forraram o chão com uma manta( detalhe : a manta foi usada por Alice ao sair da maternidade e eu guardo de recordação, ela cobre as bonecas)
Usaram os livros para ler enquanto se deliciavam de bolachas, maçãs em forma de lua, que elas mesmo prepararam junto com o suco de saquinho inventado pelas meninas sapecas. aqui o que importa foi brincar, imaginar e ler se deliciando na aventura.






A magia dada à cor ficou quando foram reproduzir a ilustração dos lindos livros de Eloí Bocheco da coleção : Bruxinha da gaita, que trás a magia e o encantamento da bruxinha Elisa sempre pronta a ajudar os amigos, a achar coisas perdidas, a revirar o baú e trazer brinquedos do imaginário, a cantar e a recitar poesia.
Fiquei espiando por cima da porta e ouvia quando a Bia dizia: Nós nem estamos usando o livro estamos pintando de nosso jeito né Alice?
Alice prontamente responde: É. Minha mãe diz pra gente usar nossa criatividade!
É isso ai mesmo, brincar, se expressar, ler, ser criativo, interagir com os livros e com os sonhos, afinal ser criança passa muito rápido e então é necessário dedicar tempo bom para criar e usufruir do tempo leitor e da arte brincante.

E eis aqui o resultado:




Saiba mais:

Livros da coleção da bruxa da gaita - de Eloí Elisabete Bocheco - Editora Paulinas:


O PACOTE QUE TAVA NO POTE
CONTRA FEITIÇO, FEITIÇO E MEIO
A CHAVE QUE O VAGA-LUME ALUMIOU
GAITINHA TOCOU, BICHARADA DANÇOU




Para comprar


Conheça a autora


segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Alento






De um dia feliz
em meio a natureza
O brincar, a natureza, a paz
Sorriso na alma
Cabelo ao vento
Multidões de sentimentos
Um dia feliz para brindar o amor
E se fazer energia para enfrentar as tempestades
Aqui dentro de nós, porto seguro
Amparo, consolo e esperança em dias melhores.

Paula Belmino









Alice usa:
Beijinho coleção verão 2016

quarta-feira, 6 de julho de 2016

Frida de Alma



“Há alguns que nascem com estrelas e outros com mais algumas, e mesmo que você não queira acreditar, nasci com constelações…” Frida Kahlo


Pés, para que te quero,  se eu tenho asas para voar... Frida



"Tentei afogar minhas dores

Mas elas aprenderam a nadar " Frida Kahlo


Hoje é aniversário de Frida kahlo, que estaria fazendo 106 anos, pintora mexicana nascida na cidadezinha de Coyocán no México,Frida foi desde pequena uma revolucionária, naquela época as meninas só podiam serem donas de casa, mas com a ajuda do pai um fotógrafo e que também gostava de pintar Frida viveu a magia da arte e aprendeu olhar os rostos das pessoas, as formas de colorir.
Para comemorar o aniversário da artista fizemos este belo ensaio fotográfico em parceria coma  Bugbee Kids inspirada nas obras dela
Vejam só a releitura da Alice:









Mesmo sendo acometida pela paralisia infantil que a eixou com uma deficiência física Frida não se deixou abalar, na escola sofreu Bullying e era chamada de "perna de pau" o que tentava disfarçar usando calças e saias compridas, e mesmo em passo mais lento Frida sempre avançava .
Estudou em escola preparatória o que era raro para meninas e rebelde como era não se deixava levar pelos zombeteiros da época.
Numa viagem de ônibus na volta da escola sofreu um acidente que a deixou com ferimentos graves e impossibilitada de andar e foi preciso ficar de cama engessada, Sua mãe arrumou um jeito dela pintar deitada e assim surgiram grandes obras de Frida, inspiradas no Surrealismo, corrente artística na qual o autor escrevia e retratava o que sentia e o que vinha á mente sem regras para se expressar.
Nas telas de Frida muita cor e dor, sua vida, suas tristezas, sua alma ferida.
Sempre sozinha presa á cama , Fida pintava autorretratos sempre acompanhada de animais que lhe faziam companhia ao menos que fossem em telas.
Frida se casou com Diego Rivera, não teve filhos pois devido as muitas fraturas  e operações seu corpo não resistia a uma gravidez. Com Diego ela teve várias decepções , traições , mas foi amada  e de certa forma amou, conheceu paris e por lá fez exposição de sua obra, ela retratava o que via todos os dias e o que acontecia em seu país.
Frida Kahlo é um nome muito especial de quem as crianças precisam conhecer, sua luta, sua dor retratada de forma bela, exprimida e sentida a quem consegue olhar a cor através do luto por ela vivido.



Há para crianças o livro Frida da coleção antiprincesas que faz jus à obra da artista e conta parte de sua história, sua biografia, fala de sua vida com muitas imagens, seja de sua obra , seja com curiosidades como a de que Frida deixava o bigode sempre evidente nos seus quadros , pois a chamavam de bigoduda e quando pintava evidenciava exageradamente os pêlos. Ela era mesmo alguém que não dava bola ao que o povo falava e pode contornar todo sofrimento e preconceito com arte, cultura, magia.
Um livro lindo para trabalhar com as crianças as diferenças, o valor da amizade, o respeito, a alteridade , o saber colocar-se no lugar do outro, a maneira de superar conflitos diários e psicológicos tão comuns nos dias de hoje por meio da arte, música, poesia. A vida de Frida Kahlo é contada de forma poética e suas pinturas fazem refletir a vida como ela é e saber viver cada momento como se fora único.
Falar de arte e trabalhar expressões artísticas desde cedo é muito importante então fica aqui a dica de ouro com nossa releitura  no ensaio : Frida de Alma

Para adquirir o livro na versão Português:



http://www.surlivro.com.br/

Os looks da Alie saõ da coleção inverno Bugbee que sempre se inspira em magia para produzir peças lindas e encantar as meninas. O inverno tão terno que por vezes aparenta dias cinzas precisa de cor, de vibração e é isso que a Bugbee trás peças florais, autênticas, cheias de glamour e ao mesmo tempo singelas, doces e delicadas. A coleção tem uma pegada folk com calças flares, batas, muita leveza e estilo que logo mais mostro noutro ensaio por aqui
Para conhecer toda coleção Bugbee

http://bugbee.com.br/