quarta-feira, 31 de outubro de 2018

Desejo de passarinho






Desejos



Desejo de árvores e flores,
 aves de multicoloridas asas,
a ávida liberdade.
Desejos de luz,e cor
de flor e sombra.
Desejos de ouvir o som da paz
ecoar no murmúrio do vento,
no sussurro do tempo.
Desejo de crianças e poesia
na terna magia da leitura e do brincar.
Desejos dessa esperança verde árvore,
natureza a dançar
envolta da nossa alma
que cisma a fé, firme no futuro
aqui, hoje,
no agora desta hora
onde árvores, pássaros e crianças
são a pura poesia da existência
contrariando o mau desejo
que paira sore o mundo.



Paula Belmino

Poema inspirado na poesia de Roseana Murray no livro: Desejo de árvores e pássaros com ilustrações de Valdério Costa pela Editora Imeph. O livro é uma homenagem ao poeta Manoel de Barros que dedicou sua obra às singelezas de aves e natureza, de rio e criancices, a poesia das pequenas e valiosas coisas.
Na escola hoje levei as crianças ao jardim e pedi que em silêncio observassem tudo ao redor, a natureza a cantar, o vento, os sons, as cores. Em silêncio usando os sentidos as crianças ouviram, viram, tocaram, sentiram, expressaram e fui chamando um a um para ler um poema do livro, depois de ler, de relacionarmos a importância das árvores e dos pássaros, contextualizando a poesia com os conteúdos de ciências como fotossíntese, partes das plantas e suas funções, sem perder a beleza da abstração.
As crianças puderam assim também após leitura criar seus próprios versos, sempre incentivando a escrita autoral, com autonomia, para compreender que escrever vai além de conceituar, contar, estruturar, resenhar, mas também de expressar sentimentos.
E eles se saíram bem.






 Até que de repente na hora do recreio as crianças acharam um pardalzinho caído da árvore com a asa machucada e foi mais um motivo para compreendermos o cuidado para com os animais, o respeito á natureza, a empatia, o zelo pelo verde preservando, alimentando. As crianças deram carinho, fizeram mais silêncio para não assustá-lo, deram água e pedacinhos de bolacha e depois de muito carinho o colocaram em cima de um galho do jardim, e ele como agradecesse esperou a foto, um afeto da nossa voz e voou.



Vejam mais:




terça-feira, 30 de outubro de 2018

Flor Amarela






Floriu primavera.
O ipê pintou seu dia.
Vestiu-se amarelo.

Paula Belmino

A primavera tomou conta de nós e não podemos deixar de ver as flores como elas são ainda que depois de caídas ao chão. Resto de flor é flor como já diz a artista Maria Cininha que nos inspira a criar arte com as flores de ipê amarelo que por aqui as crianças não conheciam por este nome, e sim craibeira.

Inciamos a aula com o poema de Cecília Meireles : a flor amarela do livro: O isto, ou aquilo pela Editora Global, que inclusive foi aprovado pelo PNLD literário e pode ser escolhido por escolas de ensino fundamental de todo país até o dia 31/10 com o código 0542L18601


Após a leitura indaguei sobre qual tamanho poderia ser a flor na poesia de Cecília Meireles, que tipo, como seria?
Surgiram nomes e assim os alunos escreveram uma lista
de flores baseadas no poema, e nas fores que já leram em outros livros, fizeram frases, acróstico com a palavra Primavera e depois na releitura da obra recriaram o deles assim:








Depois lemos um texto informativo sobre uma flor amarela de alto porte que floresce no ipê. As crianças puderam ver como floresce, a altura, para que é usada a madeira, como é conhecido o ipê em outras regiões etc... E depois da leitura foi hora de fazer uma aula passeio aos arredores da escola para descobrir flores amarelas. Será que existiam flores nas janelas? Ou em árvores grandes?


As crianças ficaram encantadas e puderam medir o diâmetro do tronco, sentir o perfume das flores, fazer estimativas da altura da árvore etc...
E por fim pegaram as flores caídas no chão para fazer arte na sala, sempre ressaltando a importância de se preservar , de não retirar as flores do seu habita, contextualizando para que serve cada parte da planta com atividades do livro didático de ciências.


Artes usado tinta guache, lápis de cor e flores de ipê amarelo






Por fim criamos um texto coletivo sobre o Ipê amarelo e as crianças levaram para casa a missão de plantar e acompanhar o crescimento de um vegetal, como por ex: um pé de feijão e ir registrando o processo.
Ler e escrever sempre para uma aprendizagem significativa!

Fiquem com a poesia a Flor amarela de Cecília Meireles em uma singela apresentação da Alice e da amiga Anayara na Biblioteca Pública de nossa cidade para alunos de escolas públicas



sábado, 27 de outubro de 2018

Flor do Amor




Teu amor perfumou minha alma
 salutar bálsamo de cura 
uma rosa a se abrir
e germinar na minha alma
a paz etérea.
Teu amor foi a flor 
a desabrochar minha juventude
e dar sentido a tudo,
exalando no ar 
uma paixão pela vida
uma vontade intensa de semear 
os mais belos sentimentos.
Teu amor  
se fez jardim em mim
e germinou sementes diversas,
cores intensas,
sensações indescritíveis,
flor por flor,
pétala por pétala,
a se descobrir em poderes sobrenaturais
desse amor em forma de rosa
a perfumar
todos os dias
a minha adolescência.
À flor da pele,
teu amor foi plantado em mim
e estabeleceu raízes profundas
que nem o tempo, nem o vento
são capazes de levar.
Teu amor é a rosa da existência eterna
que se misturou ao meu corpo,
à minhas lembranças,
e a parte inteira da minha alma.

Paula Belmino


Minha participação na 57ª Blogagem Coletiva do Filosofando na Vida com um poema de amor em forma de flor que se mistura para sempre as lembranças e ao estado de graça, apesar de que o tempo passou, esse amor se fez poesia, e aqui transmutado em forma de amor de mãe pelo filho, de amores diversos, pois o amor nunca morre, se transforma.
Escolhi essa imagem abaixo, mas a BC anda muito romântica e eu tão transparente não teria um caso de amor para postar aqui a não ser o meu por Alice rsrs



Para participar basta seguir o blog, escrever, deixar o link e visitar os amigos participantes.

https://filosofandonavidaproflourdes.blogspot.com/

quinta-feira, 25 de outubro de 2018

A família da casa amarela



Uma família feliz 
vive numa casa amarela, 
cheia de amor 
e muitas flores belas, 
entre elas um girassol no jardim 
todo amarelo e singelo.
Uma menina e dois irmãos
sonham inventar coisas 
para o mundo mudar.
Um outro irmão
gosta de passarinho
e de carrinho brincar.
O pai sai bem cedinho
todo arrumado
só volta no fim do dia
o paletó vem amassado.
A família é feliz
na casa amarela
sonham, se amam
ouvem histórias
comem os bons pratos da mamãe.
Essa família vive em paz
Pois todos se respeitam 
e se amam demais!

Paula Belmino



Poema feito de forma coletiva com as crianças na escola, inspirados no livro lido e  para retratar a história trabalhada hoje na escola com as crianças com o livro: A família da casa amarela de Acsa Brito pela Editora InVerso
O livro foi escrito pela autora que tem 8 anos, quando ainda tinha seis anos de idade e por ela também ilustrado. O livro é bilíngue e conta de forma criativa as relações de uma família, desenvolvendo a empatia e os valores para com nossos parentes.







 


As crianças na escola ficaram encantados, e curiosos, listamos algumas palavras do inglês que eles conheciam, li outras e falamos sobre a importância de ler e escrever, e registrar nossos sentimentos, expressar nossas ideias, para assim compreender melhor o mundo e a nós mesmos.
Após a leitura fizemos uma roda de conversa sobre as semelhanças e diferenças da família do livor para com as de cada aluno, e eles puderam produzir seus textos inspirados no livro com rimas ou não, com frases curtas que falassem da casa em outras cores, da personagem principal e de outros parentescos na diversidade da composição familiar de hoje em dia.





Na escola por exemplo tem criança criada só pela avó, outras que sentem a falta do pai, outras que perderam recentemente um avô e ou avó, e esse livro veio com muita importância para tratar do assunto família como base da sociedade, e razão de existirmos.

"Mais que ensinar ler  e escrever, é importante saber olhar as crianças em sala de aula , amá-las, enxergá-las, compreender como se sentem e assim usar a escrita e a literatura para ajudá-las, para abraçá-las." Paula Belmino



Para comprar o livro:

https://www.editorainverso.com.br/pagina-de-produto/a-fam%C3%ADlia-da-casa-amarela-the-yellow-house-s-family


segunda-feira, 22 de outubro de 2018

Onde está a margarida?



Primavera literária
Um jardim na escola
Cantarolando sem parar a
poesia para florescer a vida
para enaltecer a natureza
e aprender com ela
a ser sempre flor
e por onde for
florear.

Paula Belmino




Nossa aula lúdica de campo para comemorar a primavera com muita poesia, observando as flores ao redor da escola. Nessa observação encontramos essa árvore que dá uma linda flor chamada acácia rosa, falsa acácia, robínia.
Confesso não conheço bem e quem souber o nome certo nos informe aqui.




As crianças puderam observar apreciar, sentir o cheiro, observar os insetos e pássaros, e relacionar aos conteúdos de ciências e geografia, como a importância da flor para a fecundação e reprodução das plantas, além de abstrair as formas para ilustrar seus desenhos inspirados no real, além de comparar as flores  que eles não conhecem com as de nossa região, jardim e arredores da escola e as  as flores do livro de Eloi Bocheco: Cantorias de jardim com ilustrações de Elma, pela EditoraPaulinas


Ainda puderam receber a "visita da autora" de forma lúdica com a aluna Andriele se fantasiando da própria, já que a autora mora lá em Santa Catarina e não seria possível nos visitar, a aluna pôde assim, falar um pouco da biografia da autora, recitar uma parte do poema e dizer de sua emoção em descobrir a leitura e homenagear a escritora, acompanhada pela turma que já tinham lido e agora se preparam ara apresentar o livro nas outras turmas da escola.



"Quando a gente ama uma flor,
 permite à nossa alma pousar nela.
E  flor brotada de amor,
faz da nossa alma morada
e perfuma para sempre 
a gente por dentro." 

Paula Belmino





As crianças fizeram ainda lista de flores em ordem alfabética e belas ilustrações do poema trabalhando





Vejam um pouquinho da aula que continuará também com a professora de Sala de Leitura Vitória Lópes