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Ganso brilhando no Santos: acima da média |
Ganso no São Paulo: ainda está devendo |
Ganso brilhando no Santos: acima da média |
Ganso no São Paulo: ainda está devendo |
Barcelona quase não saiu na foto |
Não são só os zagueiros que querem pegar Neymar |
Durante a Copa do Mundo de 2010, todo mundo se divertia com o Galvão Bueno nas transmissões da competição. Mas era um se divertir ruim, sarcástico, cheio de críticas, do Cala boca Galvão no Twitter. Nenhum problema com essa modalidade de humor mal humorado.
Mas nesta quarta-feira, 14, minha diversão na transmissão foi diferente. Achei o tantas vezes odioso Galvão Bueno divertido mesmo. Teve momentos em que me ocorreu a ideia de que Galvão tivesse tomado um vinho de Mendoza durante a cena em Córdoba, antes de ir ao Estádio Mário Alberto Kempes. Ou um Fernet Bianco, para descontrair.
O cidadão me soou mais leve e bem menos pretensioso do que o normal. Admitiu que não sabia o número do Casemiro porque "na lista não tem", mandou o comentarista de arbitragem Arnaldo César Coelho pastar (por duas vezes), tomou uns pedalas de volta, reclamou dos bons tempos em que os jogadores eram revelados na várzea, lamentou a atuação do árbitro, disse que Neymar "apanhou da bola"...
Como não assisto nem acompanho Fórmula 1, em cujas transmissões, consta, abundarem asneiras, nem sei se foi exceção ou se anda sendo nova regra.
Claro que pintaram bobagens, elogios desnecessários ao Mano Menezes, comentários sobre o futuro de Neymar (incluinco "bronca" do técnico Mourinho e as pretensas necessidades de driblar menos e de ganhar mais massa muscular). E menção a um suposto medo dos argentinos durante o jogo. Mas foi bem mais agradável do que eu imaginaria.
Jogo chato
Apesar de o Brasil ter colocado duas bolas na trave, com Leandro Damião, o jogo foi chato. Claro, se não fosse assim, o Galvão Bueno nunca teria ido parar no topo deste post. O melhor teria sido se a bola tivesse entrado na chance com direito a carretilha do atacante do Inter. Mas a defesa mostrou fragilidades, mesmo com três volantes. Enquanto o meio e o ataque tiveram dificuldade de fazer jogadas e permitir que se chegasse com qualidade no campo de ataque.
A Argentina jogou pouca bola e teve pouca vontade e disposição para ganhar. Com um pouco mais de qualidade, e o marcador teria sido alterado para o lado dos hermanos.
A ideia de ressuscitar a Copa Roca é legal, apesar de a partida só com jogadores que atuam nos respectivos países ter uma terrível aparência de vitrine para vender jogador. Ainda mais num período de crise econômica nos países ricos com falta de grana para contratações.
Dá o que pensar a história de que o troféu foi criado com nome de cartola paraguaio, Nicolás Leoz, e desenhado por um artista uruguaio, Carlos Páez Vilaró. Seria Mercosul demais?
E a rivalidade entre Brasil e Argentina já foi bem mais nervosa do que hoje. Muita cordialidade para um confronto de tanta história e tanta rusga.
Bobueno foi um fenômeno da Copa de 2006. Nos moldes de um minijoão-bobo, o boneco destinado aos "chegados da galera e aos chegados dos chegados". Trazia o informe: "para sua diversão, bata com EMPOLGAÇÃO". A proposta era de aliviar "suas tensões na Copa", mas com a ressalva de que se tratava de um personagem fictício e de que qualquer semelhança com a vida real era mera coincidência.
A inspiração no locutor Galvão Bueno era, portanto, pura intriga da oposição; fantasia de uma mídia golpista e sem caráter. Claro.
Mas Bobueno sumiu. Escafedeu-se! Passaram-se quatro anos no ostracismo, longe dos holofotes e dos punhos cerrados dos torcedores. Diferente da tensão gerada pela falta de futebol de qualidade da seleção brasileira. As últimas referências são de 2006. Quase todas as referências são de 2006.
Um esforço de reportagem hercúleo, com auxílio do incansável Vitor Nuzzi, viu um dos exemplares da série limitada (RN-15). Bem humorado, o joão-bobo auri-verde até posou para fotos. E foi devidamente alvo de carinhosos murros.
É bom para relembrar:
No exercício do nada pra fazer, eu e meu amigo Barão começamos a elencar as sete bestas do Apocalipse da TV brasileira. Depois de muita divergência, fechamos em Gugu Liberato, Luciano Huck, Jorge Kajuru, Amaury Júnior, Ronaldo Esper, João Kléber e Serginho Groissman (Sílvio Santos foi considerado o próprio Anticristo e Fausto Silva, Datena e Ratinho, seus serviçais). Mas, para não sermos acusados de machismo, elencamos também o time das bestas femininas: Xuxa, Hebe Camargo, Luciana Gimenez, Regina Duarte, Angélica, Ana Maria Braga e Miriam Leitão. Como sempre vai ficar muita "gente boa" de fora, de repente nos lembramos do glorioso Galvão Bueno (acima). Daí, o Barão saiu com a solução perfeita: "Bom, se o Galvão não é uma das bestas do Apocalipse, com certeza ele vai narrar o fim do mundo!". Nisso, imaginamos como seria essa transmissão:
- Olha lá, olha lá! Eu não falei? O Belzebu só marca infração contra a gente! Contra os argentinos, nada! Cadê a CBF que não toma uma providência nesse Julgamento Divino? Aquele anjo tocando trombeta estava completamente impedido! Um absurdo! Não é verdade, Arnaldo? (não, Arnaldo, não precisa responder, fica quieto!) Eu cansei de falar que nesse Juízo Final ia ter marmelada. Já começa que hospedaram a seleção no Sétimo Círculo do Inferno. Assim não dá! E pode apostar: o Dunga vai tirar o Apóstolo João! E quem vai entrar? Sim, porque tem que entrar alguém no lugar dele. No futebol, quando você faz uma substituição, tem que botar outro no lugar! Não é, Arnaldo? A regra é clara! (não, Arnaldo, fica aí, cala a boca!) Olha lá: de novo! O Cramunhão tá mal intencionado! Um inferno isso! Mas vamos a um rápido intervalo e já voltamos com a cobertura exclusiva do Apocalipse. Globo e você, todo mundo vai morrer!
O Futepoca gosta de reclamar da mídia. Critica, chia, boqueja, tira onda, se diverte (essa lista de links poderia ir longe).
Foto: Youtube
Mas Luciano do Valle anda, já há algum tempo, merecendo uma homenagem semelhante àquelas normalmente dedicadas a Galvão Bueno.
O exaustivo levantamento de pérolas durante suas transmissões de Pequim foi motivado pela constatação de que rir das preciosidades é até uma forma de espantar o sono. Mas quando a "piada" é sem querer, fica feio...
Na semi-final brasileira do vôlei de praia em que Márcio e Fábio Luiz venceram Ricardo e Emanuel, o locutor torcia descaradamente pela segunda dupla, a favorita e dona do ouro olímpico em Atenas. Por isso, não se conformava com o que via. E dá-lhe pérolas.
"[A minha dupla favorita] tá começando a pegar no tranco, que nem carro de manhã."
"Saque tático do Ricardo (pausa dramática). E tem que ter frieza. Se for um pouco mais forte, fica fácil, se for mais fraca, fica na rede."
"Ricardo tem um saque chatinho quando passa da rede. Esquisitinho".
"Não dá para dizer que ganhando o primeiro set vai ganhar o jogo, mas é meio caminho andado."
"O torcedor brasileiro vibra mesmo sabendo que o ponto foi contra o Brasil"
E quando veio o informe sobre a brilhante participação brasileira na maratona de natação, modalidade estreiante nos jogos, veio uma ótima:
"Maratona [de natação]! O próprio nome já diz, que é uma prova de resistência".
Repeteco
Há pouco, durante final, quando o Brasil teve de se contentar com mais uma medalha de prata, Luciano do Valle voltou a carga. Desta vez só tive paciência para anotar esta, no começo do jogo, quando parecia que a dupla canarinho iria manter o padrão de jogo da semi-final.
"Não gosto de fazer previsão, porque ninguém aqui é vidente. Mas quando o Fábio Luiz tá com moral para defender, atacar e bloquear, hãm... Nem Ricardo e Emanuel conseguiram parar."
Hãm, melhor não comentar.
Mas depois do tie break, veio uma discussão com o Álvaro José sobre a evolução chinesa em 24 anos de participação em olimpíadas. Espelhar-se na China seria a solução para o Brasil? Veja bem:
"Precisamos colocar a cabeça no lugar. É simples. Mas parece que é complicado."
E quem discorda?
Ike/Gazeta do Sul
Essa eu soube pela Tribuna de Taquaritinga: Letícia Galvão Bueno (foto), da W1 Stock Car, e filha do locutor Galvão Bueno, pode assumir o CAT (Clube Atlético Taquaritinga) a partir de setembro. Ela integra o grupo liderado por Reinaldo Campelo, dono da FC 1 Eventos Esportivos (ex-presidente do Guaratinguetá, ex-diretor de esportes da TV Bandeirantes e ex-piloto de Stock Car), e o piloto de Stock Car Carlos Alves. A direção esportiva seria de Jarbas, irmão do ex-zagueiro palmeirense Luís Pereira. Nivaldo, ex-goleiro do CAT em 1980, seria o intermediário entre empresários e o clube do interior paulista. O grupo está negociando com o presidente do CAT, Bentinho Previdelli.
A proposta apresentada pelos empresários é de um contrato de cinco anos de parceria. Nessa história, o CAT entraria com o nome e a Prefeitura cederia o Estádio Taquarão (aquele que foi construído com 3 mil litros de pinga) para jogos do clube e possíveis eventos. A empresa parceira seria a responsável pelos gastos de contratação, alojamento, alimentação e viagens dos departamentos profissional e amador do clube. Na venda de um atleta, o clube ficaria com 30%, cabendo aos empresários os outros 70% da negociação. A proposta dos empresários foi apresentada no dia 7. A diretoria do CAT deve elaborar agora uma minuta de contrato para ser analisada pelo departamento jurídico dos empresários. Agora vai?
As bobagens do Galvão Bueno não chegam a ser novidade (nem aqui nesse blog). Mas espantam porque, por incrível que pareça, ele consegue sempre se superar. Cinco exemplos das transmissões da Copa América:
- Essa eu tive a sensação da bola entrando.
- No México, sai Castro e entra Castro. Isso é legal!!
- No Brasil, o pessoal usa apelido. O Mineiro, por exemplo, é gaúcho.
- Gilberto erra mais um. É o típico passe de quem ainda não se acostumou com a grama.
- O Afonso é um atacante que tem a função de fazer gol.