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segunda-feira, maio 16, 2011

No campo dos sonhos, Santos se sagra bicampeão paulista

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Nelson Rodrigues dizia que uma torcida vive e influi no destino das batalhas pela força do sentimento. Quem está no estádio, muitas vezes acredita piamente nisso, mas nem sempre é possível estar junto do time do coração. Aí, outros fatores entram no jogo.

O futebol tem o dom de fazer do ateu um agnóstico, e do agnóstico, muitas vezes um fundamentalista. Cada um desenvolve seus rituais como uma forma de pensar que está auxiliando os defensores da sua fé que entram em campo. No meu caso, gosto de pensar em coincidências, relembrando histórias, pessoais ou não, de confrontos e campeonatos.

Nem sempre, porém, tais coincidências foram positivas. Lembro, nas semifinais do Paulista de 2001 contra esse mesmo Corinthians de ontem, que o Santos levava vantagem até os 48 minutos do segundo tempo, quando Ricardinho fez o gol que eliminou o Peixe. Ali, antes do fatídico lance, achava que o clube sairia da fila – àquela altura, de 16 anos sem títulos – contra a Ponte Preta, como aconteceu com o Corinthians em 1977 e, mais tarde, com o Palmeiras, em 2008. Mas o Botafogo se classificava na partida que era simultânea ao clássico e a partir dali eu já esperava pelo pior, que veio no fim do jogo. Não, o Peixe não poderia sair da fila contra o Botafogo... Da mesma forma, tive a certeza (de torcedor, claro) de que o Peixe seria bem sucedido em 2002, já que sair da fila em cima do histórico rival, em um campeonato brasileiro, fazia mais sentido (de novo, em uma lógica de torcedor, claro).

Nesse aspecto, a final entre Santos e Corinthians me deixou inquieto durante parte da semana. Acreditava no potencial da equipe, mas o cansaço de idas e vindas nas últimas duas semanas e a sequência de decisões também causava algum temor pelo resultado. E faltavam as coincidências, alguma elaboração histórica para se agarrar e ter a certeza da vitória.


Esta só surgiu na manhã de domingo. Ao ler a Folha de S. Paulo, lá estava o texto sempre brilhante de José Roberto Torero, que desvendava o motivo pelo qual eu deveria estar certo da vitória peixeira. Há 50 anos, desde 1961, ano mágico para o Santos, o clube não decidia um campeonato na Vila Belmiro. Sim, houve o Paulista de 2006, mas eram pontos corridos (de um turno só, pérola da FPF) e o jogo final foi contra uma equipe que não disputava o título, a Lusa. Desde então, o Peixe levantou taças em inúmeros estádios: Pacaembu, Morumbi, Maracanã, Estádio da Luz etc etc etc. Mas nunca na Vila mais famosa.

E é claro, uma efeméride dessas não ia ser celebrada com derrota. Os atletas do Santos que entraram no campo dos sonhos do futebol não iam cometer esse desatino contra a Vila de tantos craques. E aos 16 minutos veio o primeiro gol. Que foi também o primeiro tento de Arouca no clube, na sua 66a partida pelo Alvinegro. Na primeira etapa, o volante, que já merecia há algum tempo uma chance na seleção, ainda meteu uma bola na trave. Neymar perdeu um gol cara a cara com Júlio César e deixou Alan Patrick também em excelentes condições para marcar, mas a finalização foi pra fora. O rival pouco chegou, finalizou somente duas vezes e teve uma oportunidade só em uma bola alçada na área.

Obviamente, o Corinthians viria pra cima no segundo tempo. E veio. Tite fez a óbvia substituição de Dentinho por Willian e partiu para o abafa. E a chance mais clara do clube da capital veio com um chute dele, aos 14, que resultou em um rebote perigoso de Rafael. O Santos resistia à pressão sem permitir que o Corinthians criasse, a zaga estava segura, especialmente Durval, com uma atuação sublime para um zagueiro. Mas não encaixava contra-ataques, já que Alan Patrick não conseguia nem armar os contra-ataques, nem segurar a bola no ataque. Zé Eduardo fez uma partida acima da sua média, além da assistência para o gol de Arouca, conseguiu se movimentar bem, mas também não mantinha a bola na frente. As esperanças se depositavam em Neymar. E ele correspondeu.

Uma arrancada pelo lado esquerdo e um chute surpreendente, mas sem muita força. A bola escorregadia traiu Júlio César, que aceitou, aos 38. O título que parecia decidido àquela altura voltou a estar em disputa, quando, aos 41, Rafael também falhou após um cruzamento de Morais tocar o chão e ir para o gol. Mas o time paulistano não conseguiu criar mais nada e o Santos assegurou o bicampeonato. Aliás, o clube tornou-se o que tem mais bicampeonatos na história da competição: 55/56, 60/61 (depois tri), 64/65, 67/68 (também seria tri), 2006/2007 e 2010/2011. E é também o maior vencedor do Paulista no século XXI, com quatro títulos, um a mais que o atual vice, Corinthians.

E, 50 anos depois, a Vila viu o Santos decidir um título. Certamente, sorriu.

domingo, maio 08, 2011

Corinthians 0 X 0 Santos - empate quase cômodo

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O empate entre Santos e Corinthians não foi um das partidas mais envolventes e técnicas do campeonato paulista. Mas foi razoavelmente leal, bem distante da semifinal entre Timão e Palmeiras no último domingo. E movimentada, com chances de lado a lado, bolas na trave e jogadas individuais que não deixarão as compilações de melhores momentos das emissoras de televisão ficarem monótonas.

A primeira etapa teve um domínio maior dos donos da casa, embora tenha sido o Santos, com Neymar, que tenha colocado uma bola na trave. Aliás, como foi na peleja contra o São Paulo em que o craque peixeiro chamou a responsabilidade, foi dos pés dele que saíram as chances agudas da equipe. Fora a bola na trave no primeiro tempo, colocou outra no segundo (a bola deu uma pingadinha no gramado depois da assistência de Alan Patrick) e deu um passe primoroso para Danilo, que não teve a técnica necessária para marcar por cobertura.


O Corinthians também chegou, principalmente com Bruno César, o homem da articulação e das chegadas perigosas à frente. Quando foi sacado por Tite na segunda etapa, a equipe perdeu a contundência e a qualidade, com Morais bastante discreto e Liédson buscando o jogo e contando com o apoio dos “elementos surpresa" Wallace e Castan, que por vezes chegaram bem na frente. Dentinho, substituído mais uma vez ainda na metade da segunda etapa, teve atuação irregular. Aliás, do garoto eficiente de tempos atrás, hoje tem-se a impressão de um jogador marrento e simulador, que acha que joga mais do que joga realmente. Seu correspondente no rival é Zé Eduardo, que teve mais uma atuação pífia, o que vem se tornando uma triste sina para o atleta (e para a torcida).

Com um jogo bastante centrado na disputa pelo meio de campo, o Santos se ressentiu dos desfalques de Léo e Arouca, justamente os dois atletas que fazem a saída da intermediária no Alvinegro. A volta de Elano, desfalque contra o América-MEX, deu mais segurança nas bolas levantadas na área em bola parada, e levou mais perigo nas faltas contra o rival, mas o meia ainda deve ofensivamente.

Como o esdrúxulo regulamento do Paulista (há décadas testando as fórmulas mais bizonhas do país) não prevê qualquer espécie de desempate, a não ser os pênaltis, em resultados iguais em número de pontos, a única vantagem do Santos é decidir em casa. O que não é pouca coisa, ainda que o desgaste da equipe vá continuar e possa vitimar mais atletas até a segunda partida das finais. Por enquanto, além de Diogo e Maikon Leite que continuam no departamento médico, Ganso deve parar por 30 dias segundo as informações preliminares, Arouca segue sendo dúvida para os próximos jogos e somente Léo parece apto a jogar contra o Once Caldas.

E o Santos segue para Colômbia para atuar em uma partida que pode valer por duas. De acordo com o que acontecer lá, o Paulista já começa a ser decidido na quarta-feira.

quinta-feira, março 24, 2011

Timão, o Rei, e a liderança

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Depois de alguns anos de Butantã, fui conferir o óbvio quando o assunto é assistir jogo no boteco: o Rei das Batidas, reduto de uspianos, estudantes e professores, e clássico absoluto da região. Eis que o bom bar tinha não uma, mas logo três televisões ligadas, uma delas com o jogo do Timão – nas outras passava o São Paulo.

Em minha jornada solitária, consumi duas cervejas e vi um Corinthians bastante aguerrido no primeiro tempo. Marcação adiantada, pressionando a saída de bola. Faltava um pouco saber o que fazer com ela depois de tomá-la, isso é fato. Mas foram bem umas duas chances mais ou menos – uma boa, com chute de Dentinho, que jogou bem – até o gol de cabeça de Paulinho, em escanteio batido por Morais.

Vantagem adquirida, surpresa das surpresas, o Timão recuou e assim permaneceu até o fim da primeira etapa. Postura triste para quem mostrou que podia mais, ainda que o Oeste não tenha construído nenhuma chance clara de gol – deixando para minha Serra Malte a maior parte das atenções.

No segundo tempo, novo período de animação. Aos cinco minutos, Dentinho tinha chutado outra perto da trave pouco antes de dar o passe para o belo gol de Liedson, o grande, que empatou com Elano na artilharia da competição, com impressionantes 10 gols em nove jogos disputados.


Feito o gol, feito o recuo, conforme a lei de Tite. E lá se vão mais uns bons minutos em que mesmo a Original meio sem graça que me foi servida após o trágico término das Serra Maltes levava vantagem sobre a partida. Tite, então, trocou Morais por Ramires e Jorge Henrique por Bruno César. O dois entraram acesos e, logo na primeira disputa, Bruno rouba a bola e passa para Liedson que não sei se chuta ou passa. O importante é que a bola cai para Dentinho fazer, meio de barriga. Ainda entrou William no lugar de Liedson, e em boa jogada pelo meio quase sai o quarto – mais uma participação decente do rapaz.

Nas TVs ao lado, o São Paulo levava 3 a 2 do Paulista de Jundiaí. Em parte, o resultado teve amplo protagonismo de Rogério Ceni, autor de um dos gols são-paulinos (o de número 99 do arqueiro) e responsável por falhas nos três sofridos. Com isso, o Timão passou à liderança isolada da pouco útil primeira fase do Paulista. Tal condição, no entanto, será colocada a prova no confronto direto exatamente com o Tricolor, no qual, fatalmente, Júlio César será a vítima do centésimo gol de Ceni – o Corinthians adora ajudar os rivais nessas. Mas isso não quer dizer que perderá a partida, que promete equilíbrio.

Adriano

Tem muita gente falando que o Imperador da Manguaça pode vir para o Corinthians vender mais camisas e aumentar a raiva da torcida flamenguista. O contrato seria “de risco”, com um (gordo) salário fixo de R$ 300 mil e valores variáveis que podem elevar os vencimento do cabra para mais de R$ 500 mil, caso o jogador cumpra alguns requisitos, como jogar bola e treinar. Quando esteve no Flamengo, treinando quando queria e se acabando na Cidade maravilhosa, Adriano foi artilheiro do Brasileiro e campeão. Como dirigente, não sei se contrataria. Se vier, comemoro aqui da mesa do bar e imagino uma dupla com o rápido Liedson num 4-4-2.

segunda-feira, janeiro 24, 2011

Um lento começo de ano

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A diretoria do Corinthians deve ter pensado que uma proposta irrecusável garantiria Ronaldinho Gaúcho no time, peça que a meu ver cairia como uma luva no time, mesmo que o seu prazo de validade fosse o mesmo de seu xará Gorducho: um semestre. O desenrolar do episódio foi, a meu ver, bem descrito pelo Marcelo do Vertebrais, aqui. Conversas para trazer Luis Fabiano, com a ajuda do celular do Roberto Carlos, também dispersaram ao vento. Tivesse sido bem sucedido nas duas “negociações”, o Corinthians teria resolvido suas principais lacunas, um meia criativo e um atacante decisivo. Palavras ao vento.

Após um bom brasileiro, em que o Timão esteve muito próximo do título, pode considerar sua base montada. E, de fato, o time não é mau: Julio Cesar é um bom goleiro, Chicão já não é um menino mas é um bom líder na zaga, Roberto Carlos continua rendendo bem acima da média dos laterais esquerdos em geral; Ralf e Jucilei formam uma excelente dupla de volantes, com características complementares; Bruno César é um bom meia-atacante, com rompantes geniais e com condições de crescer, Dentinho e Jorge Henrique são muito bons como "segundos-atacantes". Se pudéssemos de fato contar com Ronaldo, teríamos um time bem difícil de bater.

Mas o que todos veem (está em toda a mídia) é um time pesado, sem condicionamento físico para entrar num campeonato como a Libertadores. Nessa hora, a juventude faz falta, pois se a experiência e a qualidade sobram a Ronaldo, já não temos esperança de vê-lo desempenhar a sombra do que fazia, não digo cinco mas dois anos atrás. Assim, que se aprenda rápido com esse começo de ano lento, pois os campeonatos passam rápido...

quinta-feira, novembro 04, 2010

Mais uma boa rodada pro Timão

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Eita rodadinha boa, esta! O São Paulo ajudou vencendo bem o Cruzeiro, e o Flu empatou com o Inter. O Timão, com a bela vitória por quatro gols sobre o Avaí, embolou mais a disputa com os dois rivais carioca e mineiro, e ganha fôlego para essa reta final. A tabela ainda é mais favorável ao Flu, senão por outra razão, pelo fato de que Corinthians e Cruzeiro se enfrentam. Vai ser uma final antecipada mesmo, como já havia alertado o Marcão – diga-se, mesmo que quem vença o campeonato seja o Flu, nenhum jogo será tão decisivo.

Agora, só o gol do Bruno César já deveria valer um ponto extra. E o segundo gol, com uma jogada maravilhosa do Alessandro, que eu nunca imaginei que ele fosse capaz, com o arremate muito bonito do Elias. O terceiro gol também, uma bela jogada do Dentinho, o passe correto do Roberto Carlos e um chute do Ronaldo de quem sabe. Pode descontar esse pelo quarto, um pênalti injustamente marcado.

Apreciem:



Que as rodadas continuem boas como esta.

segunda-feira, agosto 09, 2010

Domínio com poucos gols e Elias volta a ser meia

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O Corinthians fez o dever de casa e venceu o Flamengo por 1 a 0, no Pacaembu. Como se trata de um grande time, vale comemoração maior. Mas convenhamos que o time que jogou contra o Timão com aquela terrível camisa azul e amarela não figura na galeria das grandes equipes do rubro-negro.

Com a volta de Dentinho, Adilson Batista montou a equipe no 4-2-3-1 (4-3-3?) do ano passado. No ataque, Dentinho na direita, Jorge Henrique na esquerda e Iarley no meio – o que não é a dele. No meio-campo, Jucilei e Ralph de volantes e Elias como armador central.

Quando ouvi falar da formação no meio da semana, não gostei. O camisa 7 já foi testado aí por Mano Menezes uma penca de vezes depois da saída de Douglas e nunca foi bem. Sempre entendi que era sacrificar o cara, que é um baita segundo volante e um meia não tão qualificado. Pois não é que dessa vez funcionou? Elias se mexeu bastante e apareceu diversas vezes livre na área, sendo o melhor jogador em campo. Foi ajudado pela boa exibição de Jucilei, que vem subindo muito de produção. O gol foi do camisa 7, em belo chute da entrada da área.

Dentinho se machucou ainda no primeiro e Adilson fez uma substituição discutível, colocando Paulinho. O time deu uma recuada, mas manteve o domínio sobre o fraco time auri-celeste. O Flamengo teve poucas chances, numa atuação segura da defesa – como é bom ter Roberto Carlos de volta! A melhor chance aconteceu em bola rebatida por Julio César e mal afastada pela zaga que sobrou nos pés de Vinicius Pacheco. O goleirão se redimiu do erro e defendeu.

O susto só foi tão grande porque o Corinthians insiste em perder gols. Criou várias chances, foi superior, mas não consegue botar a bola pra dentro. Um centroavante faz falta. Dizem que Ronaldo pode voltar contra o Avaí, domingo, na Ressacada, mas não sei se isso ainda me anima.



O que achei interessante foi o desempenho de Elias com mais liberdade no meio campo. Imaginei um 4-4-2 com Bruno César e Elias nas meias. Acho que os dois têm características complementares, o canhoto com mais visão de jogo e passes longos, o destro com qualidade de infiltração e drible. Além disso, os dois finalizam bem. Com Dentinho e, bem, mais alguém no ataque, e Jucilei de segundo volante, pode dar samba.

Sobre o campeonato, mantemos a segunda colocação, após a decepcionante derrota do Grêmio em casa para o Fluminense. De positivo, vai ficando maior a distância entre os dois líderes e o resto da galera: hoje o Timão está em 7 pontos à frente do Ceará, terceiro colocado (pelo menos até a realização de Santos x Inter, que foi adiado).

A sequência de jogos é perigosa. Depois do Avaí fora, tem o São Paulo no Pacaembu. Que Adilson ache logo seu time pra gente seguir na briga pelo campeonato.

quinta-feira, abril 15, 2010

Classificação garantida

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O Corinthians está oficialmente classificado para as oitavas de final da Libertadores. Com 13 pontos conquistados em 15 disputados, invicto, o Timão não pode mais ser ultrapassado por nenhum de seus fracos concorrentes.

Cair num grupo que se mostrou fraco pode dar ainda ao Timão a vantagem de sair com a melhor campanha da primeira fase, o que dá certos privilégios no resto da competição. Nada que decida, mas dizem que era importante.

Muito bem, mas e o futebol? Bom, esse aparece de vez em quando. No jogo desta quarta, contra o Racing, no Uruguai, tivemos um primeiro tempo muito seguro, com toque de bola tranquilo, algumas chances nossas (numa delas o gol de Dentinho) e poucas do adversário.



O segundo começou melhor ainda, com marcação na saída de bola dos caras, boas tabelas e pressão total. Mas, depois de uns 10 minutos, o time recuou inteiro e levou calor do fraco Racing – que naõ chegou a ter nenhuma chance clara de gol, que eu me lembre, mas ficou aquela bendita bola rodando a área, esperando a zica bater. Mas dessa vez um contra-ataque bem encaixado levou ao gol de Elias, de cabeça, fazendo 2 a 0 e batendo o prego no caixão.

Dentinho jogou muito, fez um gol e algumas jogadas bem legais. Devia ir mais pra cima dos adversários, tentar mais o drible. Mas foi o destaque alvinegro. Cresceu bastante sem as obrigações de marcar o lateral, fechar o meio e outras que o esquema do ano passado reservava ao camarada.

Nessas eu entendo e apóio o 4-4-2 que o Mano está tentando botar pra funcionar. Mas ainda acho que o time precisa de um meia de verdade na direita, pra aproximar mais do ataque. Elias rende alguns bons passes na meia, faz gols e tal, mas vai melhor vindo de trás como volante. Quem na meia? Se o multi-homem Jorge Henrique encarar, é dele. Mas eu apostaria em Defederico – se ele não for para o River, como diz nessa notícia do Lance...


Mas o fato é que, quando decide pressionar, parece que o time funciona. Talvez o que falte mesmo seja Ronaldo voltar a jogar bola. Ou o treinador parar com essa mania de recuar tanto quando em vantagem. Vamos ver contra adversários mais fortes como a coisa anda - o que ainda não vai ser o caso contra o Independiente de Medellin, dia 22, no Pacaembu, último jogo da primeira fase.

segunda-feira, março 29, 2010

Visão corintiana: Timão faz melhor partida do ano

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A vitória sobre o São Paulo foi a melhor partida do Corinthians esse ano e mostra o estilo de jogo do time, ainda em fase de consolidação. A boa notícia é que, se o Timão não teve o domínio amplo que transparece no tom catastrófico da visão sãopaulina sobre o clássico, jogou melhor que o São Paulo, especialmente no primeiro tempo e enquanto Dentinho esteve em campo.

A formação do meio campo tem Ralph, Jucilei (agora ele é titular, Maurício!), Elias e Danilo. Enquanto o primeiro se desdobra na destruição das jogadas adversárias, os outros participam tanto da criação quanto da marcação. Elias ocupa a faixa central do campo, mas com características diferentes de Douglas: enquanto esse se esmerava no passe e cadencia do jogo, o camisa 7 dá velocidade ao time, num jogo mais vertical, como no primeiro gol alvinegro.

A cadência do passe passa a ser função primordial do ex-sãopaulino Danilo, autor do segundo gol. Ele ainda ocupa o lado esquerdo do campo, mas se mexeu mais, ficando menos isolado do que em partidas anteriores. O entrosamento com Roberto Carlos – que, já é razoável dizer, está jogando muita bola – está melhorando, criando uma boa opção.

Jucilei participa mais da marcação sem a bola, cumprindo função semelhante à de Elias no esquema de 2009. Marca e saí para jogar mais pela faixa direita, com Moacir – que é bom lateral e acho que já merece a vaga de Alessandro no time titular (ainda que não saiba cruzar).

Com mais gente que marca e joga no meio campo, Dentinho tem mais liberdade para flutuar nos dois lados do ataque e está indo muito bem. Participou dos dois gols e de outras jogadas importantes até ser expulso – numa jogada que, pra mim, não valia o barulho que o árbitro fez. Com essa formação, o time tocou a bola com ciência e controlou o jogo até abrir 2 a 0.



Os maus momentos vieram, além dos méritos tricolores, da mania de Mano Menezes de recuar o time quando está ganhando, buscando atrair o adversário e jogar no contra-ataque. Jogando a convite no campo do alvinegro, o São Paulo conseguiu as faltas que levaram aos dois gols de Rodrigo Souto. A estratégia só foi desmontada depois do empate.

Outro erro do treinador foi a manutenção de Ronaldo no time durante quase toda a segunda etapa. A lentidão do centroavante o deixa quase sem função num esquema voltado ao contra-ataque. Isso sem considerar a má fase do Gordo – apesar do passe para Elias no primeiro gol.

E o adversário?

Sobre o São Paulo, não entendo como Ricardo Gomes não coloca Cicinho no time titular. O time melhorou bastante quando ele entrou – apesar da inexplicável saída de Hernanes, o mais lúcido sãopaulino até então (os técnicos estavam inventivos ontem...).

Para mim, está claro que ele e Júnior César têm de jogar. Com aquela quantidade de volantes no elenco, deve ter dois que consigam cobrir os avanços dos dois. Eu escalaria Rodrigo Souto e Jean, por exemplo, ambos marcadores e com bom passe.

Outra dúvida é como Léo Lima ainda tem moral para ser titular de um time grande. E jogando de meia, não na invenção luxemburguiana de colocá-lo de segundo volante. O cara é lento e não tem habilidade o bastante no passe para compensar. Bota Hernanes e Marcelinho Paraíba na armação, com Dagoberto/Fernandinho na frente ao lado de Washignton.

Se o São Paulo não foi a negação que o Marcão pintou – tanto que fez três gols... –, continua dependendo demais de jogadas aéreas e bolas paradas. O primeiro gol, em bela jogada de Dagoberto, foi uma exceção.

E a classificação?

O Corinthians pega o Ituano fora e Rio Branco no Pacaembu nas duas últimas rodadas, dois times já sem pretensões e nem muito medo do rebeixamento. Mas não depende só de si mesmo para se classificar.

Grêmio Prudente e São Paulo ocupam nesse momento a terceira e quarta colocações, respectivamente. O time do interior joga contra o Bragantino na terra da lingüiça e recebe o São Caetano, times também na zona intermediária – apesar do Azulão, com 27 pontos, poder até sonhar com uma vaga.

O São Paulo em tese pega os adversários mais difíceis: Botafogo, ainda na briga pela vaga, no Morumbi e Santo André no ABC. Mas o Ramalhão já garantiu a vaga e pode tirar o pé.

domingo, agosto 23, 2009

3 a 3 e mais lambança da arbitragem

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Ainda com o desfalque de muitos titulares – nem sei dizer exatamente quantos, falaram em seis, mas tenho resistência enorme em chamar Morais e Moradei, só pra citar esses dois, de titurales –, o Timão empatou com o Botafogo em casa, por 3 a 3. O destaque ficou para a arbitragem. Dos dois pênaltis marcados por Dentinho, um aparentemente não foi, embora eu ache que cabe a dúvida. Ainda teve confusão porque o goleiro se adiantou, rebateu e Dentinho completou, mas neste caso vale a lei da vantagem. Houve dúvida se a falta sobre Jucilei que rendeu o belo gol de Marcinho teria realmente ocorrido, mas a imagem mostrou claramente que lhe puxaram a camisa. Para o Botafogo, André Lima fez um gol de mão. Houve ainda um pênalti não marcado para o Botafogo e o Noronha insistiu muito que houve também um não marcado para o Corinthians – mas a emissora não mostrou de novo o lance.

Assim, o Corinthians mantém o passo se segurando ali na sexta posição. Poderia ter ganho, mas pra quem tem metade do time no ambulatório até que não foi mal. Dentro de vinte dias o Ronaldo volta, outros jogadores como William, Chicão, Edu e Felipe devem voltar em breve. É aquela coisa, o time completo não é genial, mas é bem mais estruturado e num jogo como o de hoje poderia ter feito uma diferença brutal. Quer dizer, dependendo do andar da carruagem, não é que o Timão ainda tem alguma chance?

Confesso que, mesmo depois de tanto tempo, ainda não aprendi muito bem a torcer em campeonato de pontos corridos. Minha natureza bipolar corintiana prefere os mata-matas, que exigem uma superação após a outra, e não a regularidade – muito embora os sucessos do primeiro semestre o que tenha marcado o Corinthians foi mesmo a regularidade. Reitero, o time não é melhor que Palmeiras, São Paulo, Inter e talvez nem seja melhor que o Atlético Mineiro, mas se engatar uma boa sequência e jogar com a garra que tem tido, errando menos, vai chegar junto.

domingo, agosto 16, 2009

Corinthians cumpre obrigação e acaba com jejum de 5 jogos

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A torcida do Galo começou a chorar no meio da semana. Mas nem precisava, afinal, a obrigação de vencer em casa era mesmo do Corinthians, e apenas cumpriu seu papel. É verdade que poderia ter sido mais, mas pra respirar um pouco no meio dessa crise do desmanche até que 2 a 0 não está ruim. Um gol de Dentinho, em jogada que começou nos pés de Jucilei, improvisado como lateral direito, e um golaço do Boquita, numa bola roubada no meio-campo. Com isso, encerra o jejum de cinco jogos sem vencer.



Com isso, o Atlético-MG sai da zona de acesso à Libertadores – estará o Galo perdendo o gás, depois de criar tanta esperança na sua torcida? Já o Corinthians galga algumas posições e, principalmente, recupera um pouco da autoconfiança. Afinal, se o time hoje não inspira nenhuma admiração, não é pior que outros tantos neste fraco Brasileirão. Para o Mano Menezes, esse jogo serve pra manter a tranquilidade, para fazer o trabalho mirando mais longe. Este ano, segundo ele, vai servir pra montar o time visando uma campanha decente no ano seguinte. Mais ou menos como no ano passado, disse ele, comparando a série A com a série B, mas ressalvando que isso não era "desprezar o principal campeonato do país". E acho que não é mesmo. O técnico está só sendo sincero, talvez excessivamente sincero, mas não deve ser fácil lidar com a pressão que rola no Corinthians. Na prática, é a garantia de que assistir ao Brasileirão neste ano vai ser mesmo muito chato.

domingo, agosto 02, 2009

Tá bom, tá bom, é reconstrução

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Hoje, o corintiano assiste ao Brasileirão 2009 mirando mais longe. Não que vivamos o pior dos mundos. Ao final da partida contra o Avaí, um horripilante empate em 0 a 0 em pleno Pacaembu, o Corinthians oscila para cima (da 6ª para a 5ª posição), sem poder ser ameaçado pelos resultados dos jogos que ainda faltam nesta 16ª rodada. Mas o principal significado da partida é que o momento é de se segurar, pois quem tem entrado em campo é só meio time, pelo menos em relação ao grupo que começou o campeonato. Enquanto esperamos o retorno do Gordo lipoaspirado (e acho que essa cirurgia vai servir só pra compensar o sobrepeso que o Ronaldo sempre ganha quando fica alguns jogos parado), a incorporação ao elenco de Edu (que se entrar bem pode ocupar a lacuna deixada por Cristian), a volta do Dentinho (suspenso), e as contratações “à altura dos jogadores vendidos” (o boato atual é que vem o Riquelme, o que seria perfeito, mas entre o perfeito é um tempo verbal que não existe no futuro), resta-nos acreditar que estamos nos preparando para o próximo ano.

Quer dizer, como já enfatizei o “lado vazio do copo”, resta agora ver o lado cheio. Se eu acreditar que o Corinthians é agora um time em preparação, que usa o Brasileiro apenas como um campo de testes e experimentos para o próximo ano, começo a achar que esta temporada ainda tem um importante papel a cumprir. Que outra equipe terá condições de testar reservas e esquemas alternativos como o Corinthians? A série A deste ano, neste sentido, seria para o time como a série B do ano passado: sem apresentar por si grandes dificuldades – no ano passado pela sobra de qualidade, neste, por não ter a responsabilidade de vencer –, o time põe a bola no chão e se estrutura para a temporada seguinte.

A novidade mais interessante até agora, a meu ver, é o Jucilei. O garoto de 22 anos, formado na base do Corinthians Paranaense, tem mostrado que pode se tornar uma figura importante no meio campo, seja como um segundo volante, seja como meia. Ele sabe conduzir, tem tamanho e força para disputar bem as divididas, acerta bons passes, sabe cruzar. Terá qualidade para ser titular? É possível, embora minha experiência tenha me ensinado a não exagerar na esperança. Mano Menezes tem demonstrado que tem boa intuição para encontrar a posição em que jogadores rendem mais. Tem que ver, tem que ver...

Nos melhores momentos do empate com o Avaí, vejo que muitas jogadas passaram pelos pés de Jucilei, e em diferentes posições do campo. Ele cruzou da direita, armou pela meia esquerda, roubou bola no meio e criou contra-ataque. No momento, ele está cobrindo a vaga de Cristian, mas a tendência é que seja escalado mais à frente. Não sei se o garoto segura a bronca de substituir Douglas, sendo a referência de distribuição de bolas na meia. Além do que, ele tem mais arrancada, minha impressão é de que ele funciona melhor vindo de trás do que recebendo e distribuindo as bolas na frente. Quer dizer, sua posição seria a de segundo volante, mas não vai tirar a vaga do Elias (se ele não for vendido). É um bom problema para se resolver, e o Brasileirão está aí para isso, para experimentar, testar...

Dois receios

Tenho dois receios com relação ao momento que vive o Corinthians. O primeiro é saber se na remontagem do time o Mano Menezes vai ser tão bem sucedido quanto foi na montagem. Ele vinha construindo um trabalho, que dava resultados em grande medida pela continuidade, mais que pelos talentos individuais (exceção feita a Ronaldo e Felipe). Vai saber retomar o passo após essa quebra de ritmo?

O segundo receio é um pouco mais estrutural. Toda uma expectativa cresce em relação ao "ano do centenário" do Corinthians. Outros times tiveram desempenhos medíocres, a ponto de se falar em "maldição do centenário", acreditando que a efeméride dá um peso a mais à camisa. Quando vejo o Corinthians cheio de dívidas, vendendo jogadores de baciada e pensando em contratar jogadores caros (além do caríssimo Ronaldo), temo pela solução populista que pode estar reluzindo nas mentes de dirigentes do clube – populista por buscar agradar a torcida num curto prazo sem estar assentada em bases consistentes.

Qual seria esta solução? Contratar um timaço para disputar a Libertadores de 2010, enfiar o pé na jaca em dívidas, e depois, seja lá qual for o resultado – conquistas ou frustrações –, ter que se desfazer correndo do time, talvez com algum lucro, talvez com prejuízo, mas tendo como cenário geral uma quase bancarrota. Receio... ou será paranoia?

quinta-feira, julho 30, 2009

Corinthians empata pelada com o Santo André

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O Ricardo do parceiro Retrospecto Corintiano descreveu o Corinthians dessa partida como "um time em reconstrução". Espero que ele tenha razão, ainda vejo apenas o time destruído. Para a descrição do jogo, recomendo clicar no link dele. Eu, por conta do trabalho, acabei não vendo o primeiro tempo e vendo mal o segundo (quer dizer, por cima da tela do laptop, enquanto trabalhava).

Mas foi o suficiente para me dar conta do nível da pelada. Os dois times perdendo muitas bolas bestas no meio de campo, às vezes até em seu campo defensivo, e sem conseguir articular jogadas realmente perigosas. (Depois, nos melhores momentos, vi que Felipe fechou o gol no primeiro tempo, o que nos salvou de um resultado deveras humilhante.) O resultado não podia ser outro: dois gols de bola parada, empate em 1 a 1. Valeu apenas pela belíssima falta batida pelo veterano Marcelinho Carioca, mostrando que não esqueceu sua maior arte.



Deu tempo de ver ainda a expulsão estúpida de Dentinho, que cavou o próprio amarelo por reclamação. Sem ele, a coisa fica ainda mais feia no próximo jogo. E é precio considerar ainda que este era um jogo que o Corinthians teoricamente tinha que ter aproveitado para fazer pontos... teoricamente. Na prática, acho que é isso o que vamos ver por um bom tempo, um Corinthians que vai se segurando como pode.

segunda-feira, maio 04, 2009

Campeão! Invicto! É nóis! Corinthians!!!

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Senhoras e senhores, o Corinthians é pela 26ª vez campeão paulista, numa campanha digna de sua história: invicto, com brilho e garra nas semifinais e finais, superando os rivais em suas casas. Consolidou sua defesa ao longo da fase de classificação, a menos vazada do campeonato, e garantiu, com a incorporação do astro planetário Ronaldo ao elenco, lances de beleza ímpar, que marcaram a história do futebol nacional e viraram manchete em todo o planeta.

Todos os meus vivas ao Chicão – infelizmente fora da finalíssima, logo ele que levou a faixa de capitão por todo o campeonato e mais do que ninguém simboliza com sua raça e espírito esta vitória do Timão –, e ao Felipe – mesmo instável, brilhou e muito nos momentos decisivos. Minha alegria de ver Dentinho amadurecendo seu futebol e também belos gols do André Santos, que apesar de arrogante ainda pode render muita coisa boa ao futebol. Vivas ainda à presença marcante de Alessandro e Cristian, que apoiaram e deram corpo à equipe, assim como William, Douglas, Jorge Henrique, Boquita e tantos outros que lutaram conosco, por nós.

Mano Menezes consolida um retrospecto estatístico bastante positivo à frente do Corinthians, com mais de 60% de vitórias e apenas cerca de 10% de derrotas. A julgar que ele tem que trabalhar com o que tem – e o elenco, salvo exceções, está longe de ser genial –, a vitória estadual está aí para provar que, no cômputo geral, suas opções ao longo do campeonato estavam corretas. Soube aproveitar (e poupar) a presença de Ronaldo, soube se defender, soube virar jogo. No ano passado, liderou o Timão à final da Copa do Brasil, e pipocou. Agora mostra que aprendeu a lição e soube lutar com seu elenco por esse resultado de lavar a alma.

Para mim, como para muitos corintianos, essa taça vem pôr um ponto final à pior crise do Corinthians que eu tive o azar de presenciar. Não que o time – e mesmo o clube – esteja estruturado para jogar com consistência os próximos campeonatos – que dirá os próximos anos... Mas tínhamos um dever e o cumprimos. E com classe: in-vic-tos!

Agora é festejar, pra desopilar o fígado, depois respirar fundo e centrar o pensamento no próximo desafio. O Atlético Paranaense não vai facilitar nada pela Copa do Brasil. Mas o Timão é mais!!! É nóis!!!

PS:

E não é que o Fogão, que sumiu no Rio, foi querer participar da festa do Timão!

sexta-feira, fevereiro 06, 2009

Corinthians: um time de frangas

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Bem humorado, Ronalbucho confessou agora que o elenco do Corinthians já "perdeu o respeito" com ele, inclusive lhe pregando um indecoroso apelido. Questionado sobre qual seria, o Gordo Travequeiro não revelou: "Eu não, já tenho muitos problemas para mim". Mas a imprensa fuçou e o atacante Otacílio Neto acabou "soltando a franga":

"Durante as brincadeiras, a gente fica gritando e colocando apelidos. O Lulinha é a 'franga baixa', eu sou a 'índia', o Dentinho é a 'franga bicuda' e o Ronaldo é a 'franga fenômena'. Ele agora é mais uma das frangas".

Sem comentários. Ou aliás: campanha Richarlyson na Fazendinha?

quarta-feira, janeiro 21, 2009

Estreia mixuruca no Sub-20

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O Brasil iniciou ontem sua trajetória no Campeonato Sul-Americano Sub-20, torneio no qual é o atual campeão e detém soberania (tem nove títulos e é seguido pelo Uruguai, com sete). Mas, apesar de todo esse cartaz, o time não foi bem. Ficou apenas no 1x1 com o Paraguai.

Não vi o jogo inteiro, então me abstenho de comentários técnicos e de avaliações mais precisas sobre os atletas. Mas fiquei com a impressão de ser um grupo que tem qualidade mas (ao menos ontem) sente dificuldade na hora de decidir. Deteve a posse de bola na maior parte do jogo, criou bem mais chances que os adversários, mas não com o ímpeto preciso para se ganhar jogos - e campeonatos.

O destaque ficou por conta do belíssimo gol que Walter marcou aos sete minutos de jogo. Contrariando a máxima que diz que jogador brasileiro não sabe chutar de fora da área, o atacante do Inter percebeu o goleiro paraguaio adiantado e mandou um balaço indefensável. O ano mal começou mas eu arrisco dizer que esse gol figurará entre os mais bonitos de 2009.

Walter é titular em um time menos "estrelado" que o que disputou e venceu o último Sul-Americano, em 2007. Talvez o maior destaque do elenco atual seja Dentinho, titular do Corinthians. Também são dignos de citação os meio-campistas Douglas Costa (Grêmio) e Renan Oliveira (Atlético-MG). Como comparação, o time de 2007 tinha Alexandre Pato e revelou Cássio.

O time que enfrentou o Paraguai ontem foi o seguinte:

Renan (Atlético-MG); Patric (Criciúma), Rafael Toloi (Goiás), Welinton Souza (Flamengo) e Everton (São Caetano); Sandro (Internacional), Giuliano (Internacional), Renan Oliveira (Atlético-MG) (Zé Eduardo, Cruzeiro) e Douglas Costa (Grêmio); Walter (Internacional) (Alan Kardec, Vasco) e Dentinho (Corinthians)

Abaixo, os melhores momentos da partida.

terça-feira, junho 24, 2008

Boa notícia para o Corinthians

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O mercado da bola é mesmo imprevisível. Depois de receber míseros R$ 162 mil pelos 5% de direito, como clube formador, pela venda do zagueiro Betão (à esquerda) do Santos para o Dínamo de Kiev, da Ucrânia (transação de R$ 3,74 milhões), o Corinthians ganhará agora, de presente, a bolada de R$ 7,7 milhões pelos direitos decorrentes da venda do atacante Jô (à direita), do CSKA, da Rússia, para o Manchester City, da Inglaterra (transação de R$ 57 milhões). O Corinthians tem direito a 10% sobre a multa rescisória, registrados no contrato de venda para o CSKA, em 2005, mais 3,5% de um tal "mecanismo de solidariedade" para indenização aos clubes formadores. Os 13,5%, portanto, totalizam R$ 7,7 milhões.

Se soubesse que essa dinheirama ia cair em seu colo, o presidente do alvinegro paulistano, Andrés Sánchez, teria pensado duas vezes antes de vender os direitos econômicos do atacante Dentinho (22,5%), do lateral-esquerdo André Santos (22,5%) e do zagueiro Renato (25%) à empresa D.I.S. Esporte e Organização de Eventos Ltda., o chamado Grupo Sonda, por R$ 5,4 milhões. Assim como Betão e Jô, Dentinho (à esquerda) e Renato (à direita) também são revelações das categorias de base do Corinthians.

Mas os R$ 7,7 milhões poderiam ser utilizados, por exemplo, para manter alguns dos destaques na execelente campanha que o time faz na Série B do Campeonato Brasileiro. Os direitos federativos do artilheiro Herrera (à esquerda) podem ser adquiridos por módicos R$ 3,54 milhões. Metade de seu passe pertence ao clube argentino Gimnasia y Esgrima e metade, ao empresário Ricardo Schilieper. Outro que veio emprestado, o atacante Diogo Rincón (à direita), do Dínamo de Kiev, custa exatos R$ 7,5 milhões.

A grana do Jô também poderia ser utilizada para quitar de vez os R$ 3,3 milhões, divididos em seis parcelas, que o Corinthians tem de pagar ao São Caetano pelo importante meia Douglas. Ou, então, procurar outro bom reforço no mercado. De qualquer forma, R$ 7,7 milhões despencando na conta assim, inesperadamente, é sempre uma boa notícia.

sexta-feira, janeiro 18, 2008

Corinthians lidera Paulistão

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Em jogo que eu não vi, o Corinthians ganhou do Guarani pr 3 a 0, no Morumbi. Dois gols de Finazzi e um de Dentinho. Segundo os comentários, o tal de Marcel não jogou nada, sendo substituído por Dentinho, que além de marcar o seu, cruzou para o primeiro gol (cagado, como diriam lá em Mauá) de Finazzi e sofreu o pênalti que originou o terceiro. Parece que a defesa foi bem segura (o que foi facilitado pela fragilidade do Guarani) e que o Acosta foi muito bem, obrigado, o que me deixa bem mais tranqüilo.

Não dá para falar muito do jogo, só para ficar feliz com ele. Mas, como comentarista esportivo, arranjo um assuntinho para ocupar o espaço: a comemoração de Dentinho. O garoto, de 18 anos, marcou seu (se não me engano) segundo gol pelo time principal, mandou bem no jogo de estréia e coisa e tal. E sua comemoração foi, pelo tape, meio tímida. O que acontece com essa galera de hoje em dia que parece não ter explosão? Esperava que o cara corresse, gritasse, beijasse a camisa, coisa assim, e ele fez um coraçãozinho com a mão. Parece que foi, tudo bem, uma homenagem aos pais, mas esperava um pouco mais de vibração.