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segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Farnerud: um estudo

O jogo é o Vitória de Setúbal - Sporting; o espécime em estudo, o sueco que, por diversão e vontade de agradar às massas, o país inteiro decidiu odiar.

1 minuto: Corte (antecipa-se a um adversário e ganha, chutando para longe, uma bola que vinha do ar.)

1 minuto: Bom passe. (Recebe, roda e joga na linha.)

2 minutos: Bom passe. (Recebe, controla a bola e dá no meio.)

2 minutos: Bom passe. (Recebe, aguenta uma carga, protegendo a bola e dá no meio.)

3 minutos: Corte. (Corte para fora.)

4 minutos: Bom passe. (Recebe e dá na esquerda; a bola é-lhe devolvida e dá em Moutinho.)

6 minutos: Drible e bom passe. (Recebe a bola vinda de um lançamento de Grimi, coloca-a no chão e passa no meio de dois adversários, dando depois em Veloso.)

7 minutos: Boa opção. (Bate livre curto para Grimi, que dá em Polga; este entrega-lhe novamente a bola e ele faz um passe vertical para Purovic, que, depois de dominar a bola, se deixa antecipar por Robson.)

8 minutos: Boa opção. (Ganha a bola no meio de dois adversários e dá de calcanhar para Grimi.)

9 minutos: Corte. (Corte junto à bandeirola de canto, cedendo um pontapé de canto.)

9 minutos: Corte. (Corta uma bola de cabeça difícil, mas adianta-a em demasia.)

10 minutos: Bom passe. (Recebe no meio de dois e dá no meio em Pereirinha.)

13 minutos: Perda de bola. (Desarmado por Janício, quando se preparava para executar um passe.)

13 minutos: Mau passe. (Passe de primeira demasiado comprido para Moutinho.)

14 minutos: Recuperação de bola. (Desarma Bruno Gama e Grimi limpa.)

15 minutos: Boa opção. (Recebe de Polga, dá em Grimi, que lhe devolve a bola; tabela com Liedson e dá novamente no avançado do Sporting, que a perde.)

19 minutos: Recuperação de bola. (Desarma um adversário e dá de calcanhar para Veloso.)

21 minutos: Bom passe. (Recebe de Polga, avança com a bola, mas, sem soluções, lateraliza para Veloso.)

22 minutos: Bom passe. (Recebe de Polga e dá em Veloso.)

26 minutos: Recuperação de bola. (Ganha uma bola no meio e dá para Moutinho, que lança Pereirinha em velocidade.)

28 minutos: Bom passe. (Recebe no meio e dá para Grimi.)

28 minutos: Bom passe. (Recebe de Polga e dá para Veloso.)

29 minutos: Má recepção. (Recebe a bola, conseguindo controlá-la em esforço, mas acaba por perdê-la pelas dificuldades na recepção.)

29 minutos: Recuperação de bola. (Desarma um adversário no meio e entrega rápido.)

30 minutos: Bom passe. (Recebe a bola vinda de um lançamento e dá para Polga.)

30 minutos: Bom passe. (Moutinho corta a bola, que sobra para ele; dá em Liedson, mas o avançado disputa o lance em falta.)

31 minutos: Corte. (Corte para fora.)

31 minutos: Bom passe. (Recebe de Moutinho e dá em Liedson, na linha.)

31 minutos: Desarmado. (Janício antecipa-se-lhe e fica com a bola.)

33 minutos: Recepção difícil. (Recebe à queima-roupa, à altura do peito, tentando endereçar a bola de primeira para Purovic.)

34 minutos: Boa opção. (Recebe de Liedson e dá em Polga (aparentemente, Liedson fica a protestar por o sueco ter interrompido o contra-ataque, mas a decisão foi bem tomada, uma vez que Liedson, se fosse servido, estaria encostado à linha, com a equipa toda recuada, e rodeado por três adversários).)

35 minutos: Bom passe. (Joga atrás em Polga.)

36 minutos: Bom passe. (Recebe de Veloso e dá de primeira em Moutinho, que joga de primeira em Veloso (excelente triangulação).)

38 minutos: Mau passe. (Tenta servir Grimi, mas o passe sai comprido.)

38 minutos: Bom passe. (Dá curto para Moutinho.)

39 minutos: Bom passe. (Recebe, dá em Veloso; recebe de novo, dá em Pereirinha, que lhe devolve a bola; de primeira, faz um passe de 40 metros pelo ar para Moutinho, aberto na esquerda.)

39 minutos: Bom passe. (Dá para Polga, que subira pela linha.)

40 minutos: Bom passe. (Dá para Purovic.)

41 minutos: Boa opção. (Alivia à entrada da sua área.)

41 minutos: Falta. (Recebe a bola da cabeça de Grimi, protege-a e sofre falta.)

42 minutos: Bom passe. (Recebe e dá de primeira em Grimi.)

44 minutos: Bom passe. (Recebe a bola no meio, vinda de Veloso, e dá em Liedson, na linha.)

44 minutos: Bola de cabeça. (Tenta ganhar um lance de cabeça, mas chega tarde e perde.)

47 minutos: Drible e passe. (Recebe de Grimi, dribla um adversário e lateraliza.)

50 minutos: Bom passe. (Recebe de Polga e dá em Grimi.)

51 minutos: Falta não assinalada. (Passe comprido de Grimi que ele consegue captar já em cima da linha; sofre um empurrão de Janício, que não é assinalado.)

52 minutos: Bom passe. (Recebe a bola de um lançamento de Grimi e entrega de primeira.)

52 minutos: Mau passe. (Passe vertical interceptado.)

53 minutos: Bola de cabeça. (Ganha bola de cabeça.)

54 minutos: Bom passe. (Recebe de Pereirinha no meio e faz um passe a rasgar para Grimi, que fica com o flanco esquerdo escancarado.)

55 minutos: Recuperação de bola. (Recupera para Polga.)

55 minutos: Bom cruzamento. (Recebe de Moutinho junto à linha, gira e cruza a meia-altura.)

56 minutos: Boa opção. (Cruzamento largo vindo da direita, recebe, protege e dá atrás em Grimi, que cruza.)

57 minutos: Bom passe. (Recebe de Polga e entrega rápido para Liedson, iniciando um contra-ataque sustentado.)

58 minutos: Boa opção. (Sobra uma bola à entrada da área do Vitória, que dá de primeira em Liedson, que perde.)

59 minutos: Bom passe. (Dá em Veloso, mas este adianta demasiado a bola e perde-a.)

61 minutos: Bom passe. (Recebe e dá rápido para Moutinho, que estica o passe para Tiuí, numa transição rápida.)

62 minutos: Bom passe. (Lança Tiuí, recebe do brasileiro e dá em Grimi, que cruza.)

63 minutos: Bola de cabeça. (Ganha de cabeça para Tiuí.)

63 minutos: Bom passe. (Isola Liedson na linha, que cruza.)

64 minutos: Bom passe. (Dá para Grimi, recebe de novo e dá no meio.)

64 minutos: Bom passe. (Recebe na coxa e joga na frente em Tiuí.)

65 minutos: Corte falhado. (Tenta cortar uma bola, mas Bruno Severino ganha o ressalto.)

69 minutos: Boa opção. (Recebe, progride com a bola e dá em Tiuí, no pé, mas o brasileiro não entende e tenta fugir nas costas da defesa, perdendo-se o lance.)

69 minutos: Má recepção. (Recupera uma bola, mas a recepção da mesma não é a melhor e a bola é novamente recuperada pelo Vitória.)

70 minutos: Boa opção. (Pressiona Auri, obrigando-o a chutar para fora.)


Coloquei em negrito as coisas negativas do jogo de Farnerud. Vamos então aos resultados:

1) 66 acções durante 70 minutos; 58 boas acções; 88% acções positivas.
2) Em 50 lances com a bola nos pés e com condições para fazer algo (exclui-se portanto os lances de bola parada ou as disputas de cabeça, ou os lances em que procura recuperar a bola, ou os lances em que não tem a bola totalmente dominada), teve 46 boas opções contra 4 más opções; 92% de boas opções.
3) Destas 4 más opções resultaram 4 perdas de bola, sendo que só 3 delas ficaram em jogo, saindo a outra do terreno de jogo.
4) Há quem ache que o rapaz não se mexe e que, além de ser mau a nível ofensivo, não ajuda em tarefas defensivas, mas Farnerud fez 6 cortes, recuperou 5 bolas e ganhou 2 bolas de cabeça.
5) Efectuou 42 passes correctos (não são contados aqueles que, por negligência dos colegas, não tiveram consequência) contra 3 passes errados; 93% de passes acertados. Há quem diga que ele só faz passes para o lado e para trás (o que por si só não deixa de ser bom para a equipa reter a posse de bola), mas a verdade é que, destes 42 passes acertados, 11 passes permitiram à equipa uma progressão imediata no terreno (passes verticais, passes de ruptura, tabelas, etc). Além disso, 2 deles foram passes de claro risco, nas costas da defesa. Os três passes falhados foram todos passes do mesmo tipo, ou seja, passes que visavam uma progressão imediata, pelo que dos 45 passes tentados, 14 passes comportavam um risco relativo, o que faz com que 31% dos seus passes sejam passes de progressão imediata. Afinal, parece que não joga só para o lado e não faz só passes de 3 ou 4 metros.
6) Não sendo a sua primeira opção, sempre que precisou de recorrer ao drible, desenvencilhou-se dos oponentes, perfazendo 2 dribles.
7) Não fez nenhuma falta e sofreu 1.
8) Raramente reteve a bola em seu poder demasiado tempo, fazendo fluir o jogo do Sporting numa primeira fase de construção. Foi muito participativo, como demonstra a impressionante média de quase 1 acção por minuto jogado, o que refuta a teoria de que foge da bola e se esconde do jogo. Pediu com frequência a bola e quase todos os ataques do Sporting passaram pelos seus pés.

Notas finais: através do acerto dos seus passes (93%) e da recorrência das boas opções (92%), Farnerud conferiu segurança nas primeiras fases de construção, momentos em que é fortíssimo, como se vê. Assegurando de tal forma o equilíbrio da equipa, libertou outros jogadores para lances de maior exigência criativa, como seja o caso de Moutinho e Pereirinha, mas não deixou de se integrar no ataque, tendo solicitado várias vezes os colegas à linha, em posição privilegiada para cruzarem, e tendo sido, inclusivamente, responsável por alguns passes que desequilibraram o adversário. Depois disto, que outros argumentos terão os que não apreciam as qualidade do sueco?

Outras coisas sobre este jogo:

1) Pereirinha fez um jogo notável, jogando e fazendo jogar. Juntou à já conhecida responsabilidade colectiva pormenores deliciosos e um carácter competitivo cada vez mais condizente com aquilo que sei dele. Já começa a calar muita gente...
2) Moutinho, Farnerud e Grimi também estiveram em bom plano.
3) Veloso esteve profundamente desinspirado e foi com bola, ao contrário do que tem sido hábito, que cometeu mais erros.
4) Liedson fez uma exibição patética. Não sei mesmo se pior que a de Purovic.
5) Dá-me ideia que Tiuí é outro Liedson, mas com menos moral... por enquanto.
6) Polga tem vindo a descer de forma.
7) Pedro Silva esteve muito nervoso.
8) O melhor losango do Sporting, neste momento, é composto por Farnerud, Pereirinha, Moutinho e Romagnoli.
9) O erro fatal de Patrício acabou por condenar a equipa, mas há que continuar a apostar no miúdo e confiar que aprenderá com os erros. E, para os críticos, é apenas o segundo erro dele...
10) O problema do Sporting voltou a ser a sua linha ofensiva. A equipa fez um jogo relativamente bom até ao último terço do terreno, no qual não conseguiu entrar em progressão, muito graças, também, ao excelente bloco baixo do Vitória. Isto resulta, contudo, principalmente da deficiência dos avançados em segurar bolas para a entrada dos médios e dos poucos movimentos laterais dos mesmos e do vértice ofensivo do losango. Sem bola, o sector ofensivo do Sporting tem sido uma nulidade esta época e quase todos os bons resultados da equipa ficaram ligados à ajuda na movimentação sem bola de Romagnoli. Ao contrário de outros momentos da época, o losango jogou curto e funcionou quase na perfeição (excepção para Miguel Veloso); os laterais também fizeram um bom jogo interior e ocuparam espaços ofensivos, essencialmente na segunda parte; pelo que os processos ofensivos não tiveram qualidade unicamente pelo sector ofensivo.
11) Carvalhal é grande...

domingo, 21 de outubro de 2007

Os mal-amados

Já todos sabemos que o futebol português é pródigo em esbanjar talentos. Não preciso, por isso, de recordar nomes como Diego, Roger, Mostovoi, etc. Hoje em dia, como noutros tempos, há jogadores que, muito injustamente, são mais criticados do que aplaudidos. Para mim, os cinco casos mais gritantes são os que se seguem:

5) Custódio.

Foi o melhor médio-defensivo português a nível posicional desde Paulo Sousa e, nem por isso, lhe guardam saudades os adeptos leoninos. Ocupava os espaços como ninguém; dava apoios perfeitos; jogava sempre, sempre simples, não tentando fazer nada que não fosse para ele; sabia sempre quando travar os contra-ataques adversários em falta. Era correctíssimo e inteligente, embora não fosse extraordinário a nível técnico nem muito agressivo a tentar recuperar a bola. Para a sua posição, antes de Miguel Veloso, não havia ninguém com a sua qualidade. Preferiu-se sempre jogadores com mais sangue, com mais vigor, com mais músculos. E perdeu-se alguém que sabia muito melhor quais os verdadeiros deveres de um médio-defensivo.

4) Hélder Postiga.

Mourinho, quando o seu jovem ponta-de-lança ficou impossibilitado de jogar a final da UEFA, disse dele que não se deveria preocupar, pois teria ainda muitas finais para jogar ao longo da sua promissora carreira. Enganou-se o "Special One" e Postiga não evoluiu enquanto jogador? Definitivamente, não. A opção pelo futebol inglês não terá sido a melhor, pois as suas características são pouco apreciadas por quem aprecia um futebol mais físico, mais intenso e menos pensado. Voltou a Portugal e, melhor que toda a concorrência, acabou por ser afastado da equipa pelo punho ditatorial de Co Adrianse. Voltou no ano seguinte, marcou mais golos que toda a gente e jogou que se fartou. Mesmo assim, não convenceu. Ao fim de algumas jornadas sem marcar, numa altura em que ainda liderava a tabela dos melhores marcadores, fruto de um arranque de campeonato fantástico, começou a ser criticado. Na pré-época, este ano, foi o melhor marcador da equipa. Não deixa de ser estranho que, depois disso, tenha voltado a ser afastado. Muito mais do que os golos que Postiga marca, vale por tudo o que pode dar à equipa. Não reconhecer que não há em Portugal, por esta altura, ninguém melhor que ele para a sua posição é, no mínimo, ingenuidade.

3) Nuno Gomes.

É um pouco como Postiga. É um avançado inteligentíssimo. Sabe que não é muito dotado tecnicamente, que não é forte e que não é rápido. Compensa tudo isso pensando, a cada instante, qual é a melhor opção. Seja a desmarcar-se, seja a adivinhar onde a bola vai cair, seja a tabelar com os colegas, seja a abrir espaços para que outros possam entrar, Nuno Gomes é um avançado como há poucos. É verdade que não é frio na hora de finalizar, que se precipita e falha golos fáceis. Mas também marca outros quase impossíveis e ninguém fala disso. O que é certo é que, muito do bom futebol que o Benfica pratica está ligado às acções de Nuno Gomes. Dizem que é desastrado, que é efeminado, que cai no chão com facilidade, que não vai ao choque. Talvez. Mas as suas decisões são melhores que as da generalidade. E boas decisões é quase tudo em futebol. Ah, e ainda é o melhor marcador em actividade no campeonato e, se tivesse tantos minutos como outros na selecção, estaria a lutar pela posição de melhor marcador de sempre.

2) Pontus Farnerud.

Achar que este sueco não tem qualidade é a melhor ilustração possível da falta de inteligência de quem fala de futebol. O mais parvo é que, embora não hesitem em falar mal dele, se lhes perguntarem que atributos maus tem ele para que não seja bom jogador, não sabem responder. Não é um jogador de choque; não é agressivo; o seu futebol não tem muita intensidade. Tudo isto é verdade. Mas nada disto é importante. Quase não falha um passe. E muitos deles verticais. Compensa defensivamente como poucos; é inteligentíssimo a posicionar-se; circula a bola com toda a segurança do mundo. A qualidade de passe é excelente; as opções, as melhores em cada lance. Dá à equipa um equilíbrio inigualável, gere os ritmos como mais ninguém, mas como não arrisca no um para um, como não faz passes a rasgar, como não disputa os lances como um rapaz esfomeado, acham que ele é mau. Esquecem-se, contudo, que em muitas fases de construção, é muito melhor ter jogadores que passam curto, que são discretos mas cumpridores, etc. Na primeira fase de construção, aquela que lhe compete, é excelente. Não perceber isto não é só estúpido; é criminoso.

1) Nuno Assis.

Falou-se, durante algum tempo, que Portugal não tinha opções válidas para fazer face a possíveis ausências de Deco. Não acreditando que Moutinho ou Hugo Viana façam a mesma posição de Deco, poderia sugerir o nome de Nuno Assis. Muitos se levantariam em fúria. Diriam alarvidades do 25 do Benfica. Não consigo perceber como é que não se gosta de um jogador do talento de Nuno Assis. Não falha um passe; é óptimo a nível técnico; sabe quais as necessidades da equipa em todos os momentos de jogo e conserva a posse de bola ou fá-la girar com tranquilidade. Joga quase sempre curto; não arrisca passes de difícil execução ou que não facilitem a recepção dos colegas. Executa e pensa mais rápido que qualquer outro jogador em Portugal. Faz-me lembrar, e muito, Pablo Aimar, outro mal-amado, mas a nível internacional. Como o argentino, que deveria ser considerado dos maiores astros da actualidade, Nuno Assis deveria ser considerado dos melhores da sua posição. Uma das maiores críticas que lhe poderão fazer é o não arriscar muito. Nem sempre o faz, é certo, embora não o faça porque sabe que a equipa ganha muito mais com outras opções, mas o jogo da Taça da Liga deste Sábado serve para calar toda a gente que lhe teça esta crítica. Nuno Assis assumiu o jogo ofensivo da equipa; driblou adversários, sentando alguns; foi, juntamente com Katsouranis e, a espaços, Di Maria, tudo o que de bom o Benfica construiu. A sério, não percebo e nem sequer aceito que digam que o rapaz é banal.